
Testando a pena de repetição rápida. Londres, 30 de junho de 2002.
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Ah, o adorável mundo das fanfictions!
Montes de cabeças desocupadas – ou atarefadas demais querendo mais um peso em sua consciência – tentando em vão recriar grandes sucessos por aí. Sim, eu sou muito bem informada, mas isso vocês já sabem. Contemos outra coisa.
Eis que andei sondando essas tais fanfictions e, POR MERLIN!, quanto lixo intragável. Mesmo. Sinto até pena do pobre Potter e da auto-suficiente garota Granger. Criam-lhes cada desfecho, cada momento, cada fala... Como podem? Até eu mesma, especialista em distorcer falas das pessoas – inclusive dessas citadas – não sou capaz de escrever tantas baboseiras.
O que estou fazendo aqui? Bem, como podem ver, estou tentando ajudar vocês pobres diabretes a escrever algo decente. O que vocês estão fazendo aqui? Devem ter finalmente entendido que não passam de cacatuas literárias, não é? Bem, espero que sim. Eu vos salvarei! Não precisam agradecer.
Talvez eu faça um manual ou relatos diversos, ainda não sei bem. Tenho uma preciosa entrevista com o decadente Fudge nesse momento, mas sei o quanto vocês são bonzinhos e estarão aqui para ler as deliciosas dicas que eu tenho para vocês. Os leitores mais sofisticados agradecem!
Aliás, não são apenas vocês autores que estão precisando de um empurrãozinho. Vejo cada comentário deplorável... Mas não, não os comentarei plenamente agora. Sabem como é, guardo meu bom veneno para horas interessantes. Afinal, veneno não brota em árvores! É necessário persuasão e um verdadeiro dom para tê-lo, principalmente para fazê-lo em seu interior. Benditas sejam as cobras que salivam maldades, hihi.
Você, querido leitor de mais um desses meus artigos – incríveis artigos, modesta parte –, tem sugestões para fazer-me? Deixe-me um aviso por aqui mesmo, oras! Uma boa alfinetada é sempre bem vinda, principalmente quando é minha para com os outros. Leu uma história por aí que lhe soou tão ruim quanto as imensas cuecas de bolinha de Dumbledore? Não deixe de citar.
Acompanhem-me os dignos!
Cessum! Hora de xeretar a vida alheia.
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NOTAS DA AUTORA:
Capítulos curtos, visto que isso seria uma coluna do jornal bruxo Profeta Diário. As matérias contarão com críticas, entrevistas aos bruxos relacionados, exemplificações e muito do melhor humor sarcástico de Rita Skeeter. Aceito sugestões para os próximos capítulos, afinal, todos já leram uma história que precisava de uma ajudinha por ser tão improvável ou exagerada em si. Espero que tenham gostado da idéia! Aguardo pelos comentários e notas de vocês. Obrigada por lerem :)