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ATENÇÃO: Esta fic pode conter linguagem e conteúdo inapropriados para menores de idade então o leitor está concordando com os termos descritos.

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Visualizando o capítulo:

1. Um dia muiiito looongo..!


Fic: A conquista de um grande amor..! (RL/NT) ~~* capítulo 07 postado..! *~~


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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Era uma noite fria e cinzenta, Tonks estava em seu quarto, olhando pela janela. O céu estava nublado, mas entre uma nuvem e outra era possível ver algumas raras estrelas. E a lua... a lua estava linda, perfeitamente nítida e brilhante. Era noite de lua cheia, quando ela ficava na sua mais perfeita forma.

Tonks estava ali, em seu quarto, debruçada sobre a janela, olhando a lua, ela sempre fazia isso, mesmo não sabendo exatamente o motivo, bom, ela sabia, mas não queria aceitar isso... Tonks ainda era apaixonada por Lupin, mesmo depois de tudo que ele disse, ela ainda não tinha conseguido esquecê-lo, isso para ela era completamente diferente e estranho, pois, em seus antigos relacionamentos frustrados ela sempre conseguia se esquecer do indivíduo bem rápido, pelo menos, ela achava.

Mas com Lupin era completamente diferente. Era como se ele permanecesse ali, dentro dela, ela dormia e sonhava com ele, acordava e sempre via ele, trabalhava e se encontrava sempre perdida em pensamentos, pensamentos cujo quais incluíam sempre a mesma pessoa: Lupin, Lupin, Lupin... Esse nome não saia da cabeça da metamorformaga, mesmo que ela lutasse contra com todas as suas forças. Simplesmente ela não conseguia parar de pensar em Lupin.

E os sonhos? Os sonhos eram constantes agora, Lupin a beijando, Lupin a pedindo em namoro, ela se casando com Lupin, tendo filhos com Lupin, Lupin, Lupin, Lupin... Isso já se tornou tão comum, ela sempre pensava nele, não importa onde ela estava ou o que estava fazendo.

Mas, nesses tempos de guerra era tudo mais difícil. O trabalho a sobrecarregava. Sempre tinha que fazer relatórios imensos ou batalhar contra Comensais da Morte, e era isso que ela fazia praticamente o dia todo. Quando chegava na sede da Ordem, quase sempre exausta encontrava com um Lupin sério e totalmente preso ao trabalho. Ele mal a olhava. E isso se tornou uma rotina. Lupin sempre concentrado nos seus pergaminhos. Nas reuniões, ele discutia fervorosamente sobre como dar mais segurança a população bruxa e proteger os trouxas de uma maneira que eles não percebam o tamanho do problema que estão enfrentando.

Tonks já estava desesperada, não sabia mais o que fazer com esse sentimento tão especial.
Ela não podia se declarar para Lupin, não de novo! Ela já tinha feito isso antes e digamos, não deu certo. Ela até hoje se lembra dele dizendo que era um lobisomem e ela era nova e podia arranjar alguém que realmente a mereça. Ela queria que se ferrasse o fato dele ser um lobisomem. Era isso que o tornou essa pessoa fria e impenetrável.

Bom, observando a lua Tonks estava pensando:

“Onde Lupin deve está agora? Provavelmente no quarto dele pensando em uma maneira de combater aquele estúpido do Voldemort. Ah... Como eu o odeio! Ou talvez, Lupin esteja dormindo. Ou quem sabe lá em baixo fazendo um lanchinho. Não sei porque ele ainda diz que é um lobisomem, o St. Mungus conseguiu a poção Mata Cão contra a transformação dele. Ele nem de longe aparenta ser um lobisomem. Às vezes eu queria que a poção desse um pouquinho errado! Aí talvez Lupin pegasse um pouco de suas características de lobisomem e falasse para mim o que realmente sente!”

Pensando nisso Tonks deu um doloroso suspiro e uma lágrima escorreu de seus olhos... Ela fechou a janela, se trocou e foi deitar-se. Não conseguiu dormir. Óbivio! Então ela levantou-se abriu a porta do seu quarto sem fazer muito barulho, bem, não deu muito certo porque logo em seguida ela derrubou um vaso de flores que estava no corredor.

Não só Tonks como Olho-Tonto, Arthur, Molly, Gina, Fred e Jorge Weasley, tinham se mudado provisoriamente para a Ordem por questões de segurança. Voldemort e seus capangas estavam ficando cada vez mais perigosos. Bem, a casa dos Black não era o conforto em pessoa mas, quebrava um galho, se pensassem positivamente.

Harry, Rony e Hermione estavam desaparecidos desde o início das aulas, eles davam notícias uma vez ou outra, porém nunca diziam onde estavam.

Bom, então Tonks consertou com um feitiço o vaso quebrado e se abaixou para pegar as flores, quando derrepente...

- Tonks, está tudo bem com você? Ouvi um barulho e... – Falou Lupin um pouco assustado.

- Tá tudo beleza! – Respondeu Tonks sem olhá-lo, um pouco envergonhada e ficando de pé.

- Bom, nesse caso, boa noite. – Falou Lupin em um tom de seriedade virando-se para se retirar.

Tonks, ficou ali, estupefata, ela mesma não sabe por quanto tempo. Mas a simples presença de Lupin a deixava assim... Nervosa. Ele já tinha desaparecido da sua linha de visão quando ela se deu conta que estava ali, no meio do corredor, parada, olhando para o nada! Então, ela voltou para seu quarto se esquecendo totalmente do que ia fazer inicialmente.

Era assim, toda vez que se encontrava com Lupin ela agia assim, meio que totalmente no mundo da lua, agia por impulso, bem nem tanto, porque se fosse assim ela teria o agarrado e lascado um beijo ali mesmo, no corredor da sede da Ordem.

Bom, a noite se passou. Tonks dormiu pouco, como sempre, e ainda estava com muito sono. Lupim estava do mesmo modo, calado e sério.

Todos desceram para tomar café. A Srª Weasley arrumou a mesa da mesma forma carinhosa e cuidadosa de sempre. Gina se encontrava em Hogwarts, então só restaram Molly, Arthur, Tonks, Lupin, Moody e os gêmeos.

- Meus queridos, o café está servido – falou a Sra. Weasley para todos que estavam sentados no sofá da sala.

Em menos de cinco minutos todos ocuparam seus devidos lugares na mesa e começaram a refeição. Arthur, Lupin e Moody conversavam sobre assuntos da Ordem, os gêmeos conversavam animados sobre algo que explodia na mão de quem tentasse pegar sem pedir e Molly estava prestando atenção em Tonks que estava muito calada brincando com os ovos em seu prato.

- O que houve minha querida? – perguntou uma Sra. Weasley preocupada.

Tonks, não ouviu, estava pensando em outra coisa, ou melhor, em alguém, alguém que estava sentado quase a sua frente, alguém que conversava freneticamente com seus amigos, alguém que nem parecia notar se quer sua presença.

- Querida? Você está bem? – repetiu a Sra. Weasley.

- Hã? Ah sim, sim eu estou bem Molly, ótima! – respondeu Tonks meio atordoada.

--- Como se eu não te conhecesse... Você está com essas olheiras há dias. Se você quiser conversar, estarei sempre aqui, do seu lado.

Ao ouvir isso Tonks tampou o rosto com as mãos. Ela não queria conversar sobre seu amor com a Sra. Weasley, não que ela não tenho conversado antes, mas já se passou um tempo e ela não queria que Molly achasse que ela era uma fraca em não conseguir esquecer Remus...

- Molly... Eu não estou me sentindo bem. Estou com dor de cabeça. – Falou Tonks, fingindo que não ouviu o que Molly disse.

Era verdade, ela estava com dor de cabeça, mas não era desde de hoje ou ontem, fazia um certo tempo que ela sentia isso. Umas pontadas, não muito fortes, mas bastantes desgastantes depois de algumas semanas.

- Minha querida, você realmente não aparenta está bem. Vá lá para cima que eu logo levo uma poção e você se sentirá melhor.

Após ouvir isso Tonks levantou-se, deixando seu prato do jeito que o havia encontrado. Assim que ela deu o primeiro passo em direção a porta da cozinha reparou algo, digamos que, inesperado: Lupin a olhava. Era um olhar misterioso, talvez indiferente, mas era um olhar! Lupin estava olhando para ela! Isso deixou Tonks muito feliz.

Então, Tonks retribuiu o olhar, parando e ficando em pé ao lado da cadeira que há pouco tempo estava sentada. Ela perdeu a noção de tudo, apenas o olhava. Ele por sua vez não tinha notado que tinha parado de conversar só para olhar para aquela menina, linda... que estava com o cabelo rosa e liso, na altura do ombro.

Depois de cinco segundos mais ou menos ele se deu conta do que estava fazendo e virou o rosto rapidamente para seu prato, como se nunca o tivesse visto antes. Tonks então continuou andando até a porta e ao passar pela sala tropeçou no pé de uma mesinha e caiu, por sorte, em um sofá, mas ela estava em outro mundo... Lupin havia olhado para ela! Foi um olhar indecifrável, mas foi um olhar!

*****

Tonks estava sentada naquele sofá velho, olhando para a parede do outro lado da sala quando todos terminaram o café e estavam saindo da cozinha. Os gêmeos subiram para arrumar suas coisas que iriam levar para a loja de logros, pois iriam dormir lá essa noite, depois de um tempo passaram pela sala o Sr. Weasley acompanhado de um Moody completamente absorto em sua conversa e um Lupin muito atencioso.

Ela arriscou uma olhada para Lupin, mas sua tentativa foi frustrada porque ele estava olhando com muita atenção para Moody que fazia gestos enquanto falava. Depois do trio passar pela sala e ir para seus quartos para terminarem de se arrumar, Tonks se deu conta que estava na sala e então subiu para seu quarto.

Ao deitar-se parecia que a dor tinha aumentado a deixando atordoada. Ela queria que isso passasse, não só a dor de cabeça, como também a dor no seu coração... Ela queria muito que seu sentimento fosse correspondido, mas Lupin parecia não está nem aí para ela! Bom, até agora pouco que ele tinha a olhado! Mas ela não conseguiu decifrar aquele olhar. Era um olhar de curiosidade? Pena? Dúvida? Preocupação? Ou apenas um olhar, ora, ela também olhava para as pessoas, não era cega! Mas ele a encarou! Disso ela podia ter certeza! Eles ficaram se olhando durante um pequeno intervalo de tempo, e isso a deixava tão feliz!

Depois de alguns minutinhos, a srª Weasley bateu na porta do quarto de Tonks:

- Querida? Posso entrar?

- Entre Molly!

- Aqui está, beba todinho que daqui a algumas horas você estará se sentindo outra pessoa! – disse Molly com um ar de felicidade e compaixão.

- Algumas horas? Mas eu preciso trabalhar! Não posso ficar aqui esperando o efeito da poção! – disse uma Tonks um pouco histérica.

- Creio que você não poderá ir ao trabalho com essa dor, Tonks! Acho melhor você ficar aqui descansando um pouco, se você quiser eu mando uma coruja avisando ao Ministério o motivo da sua falta.

- Está bem, vou ficar e ficaria agradecida se você mandasse a coruja, Molly. – falou uma Tonks meio contrariada, depois de alguns instantes. Ela não queria faltar o trabalho, mas estava com muito sono.

- Eu mandarei, minha querida.

E, dizendo isso, a Sra. Weasley foi caminhando até a porta do quarto para se retirar e deixar Tonks descansando em paz, quando:

- Molly?

- Sim, minha querida.

- Você sabe me dizer o que o Lupin vai fazer hoje?

- Nós teremos uma reunião da Ordem às duas da tarde, ele participará, mas, posso saber o porque da pergunta?

- Nada, curiosidade!

- Sabe Tonks, minha proposta ainda está de pé, se você não quiser falar sobre o Lupin, vou entender, mas acho que não adianta nada você ficar sofrendo sozinha por causa disso. – falou a Sra. Weasley carinhosamente.

Tonks apenas abaixou a cabeça, por Merlim, como aquela mulher era tão atenciosa e carinhosa, ela sabia que podia contar com Molly, a hora que for... Então, Tonks começou a chorar, um choro de desespero, de angustia, de dor.

A Sra. Weasley deixou a bandeja em cima do criado-mudo e sentou do lado de Tonks, abraçando-a. Tonks retribuiu o abraço e continuou a chorar. A Sra. Weasley por sua vez não disse nada, ela sabia exatamente o motivo do choro de Tonks, e sabia que naquele momento não tinham palavras que a confortariam.

Depois de alguns minutos, a Sra. Weasley finalmente falou alguma coisa:

- Querida, você tem que entender o lado dele, ele apenas quer te proteger, ele é um lobisomem e é muito complicado lidar com isso.

- Eu sei disso Molly e ele sabe que eu não me importo! E será que ele também não vê o meu lado? Eu estou com-completamente apaixonada por ele! Será que isso não importa para ele não? – falou Tonks, se recuperando do choro, em um tom de tristeza e raiva.

- Tonks... – começou a Sra. Weasley, mas ela não sabia o que dizer, a metamorformaga caiu no choro novamente, e a Sra. Weasley tornou a abraçá-la.

- Eu não sei ma-mais o que fazer, Molly... Toda à noite eu so-sonho com ele, mesmo que eu tente, eu não con-consigo mudar isso! Acho que ele não tem noção do ta-tamanho do meu sentimento, por isso fica me fa-fazendo sofrer dessa forma. Eu o a-amo! – disse Tonks a beira de um surto de tão nervosa que estava, ela estava quase gritando e já soluçava de tanto chorar.

- Querida, isso tudo vai passar, eu prometo... – a Sra. Weasley agora já estava chorando, ela estava sentindo um pouco da tristeza de Tonks, sabia que era horrível sofrer por amor.

- Molly, você tem sido uma ótima amiga. Muito obrigada por está aqui agora! – falou Tonks depois de alguns longos minutos.

- De nada, minha querida. – falou a Sra. Weasley carinhosamente.

Então, a Sra. Weasley ficou ali com Tonks até a triste metamorformaga adormecer. Assim que isso aconteceu, ela se levantou calmamente, pegou a bandeja e saiu do quarto, fechando a porta com cuidado.

*****

Quando acordou Tonks estava se sentindo bem melhor, sua cabeça não doía mais e sua tristeza tinha passado um pouquinho. Ela se sentou na cama, calçou-se, tomou coragem e se levantou.

Ela desceu as escadas e foi procurar por Molly na cozinha para agradecê-la pela poção que a deixou melhor.

Chegando na cozinha Tonks se surpreendeu ao ver Lupin sentado na mesa, sozinho! Ah... Como ele é tão lindo! Seus cabelos despenteados, caindo sobre seus olhos, sua aparência largada, sua expressão séria. Tudo isso enlouquecia Tonks, era incrível a capacidade que Lupin tinha de atrair a atenção de dela.

- Oi Tonks, Molly disse que você não estava se sentindo bem, o que houve? – perguntou Lupin assim que Tonks se aproximou.

- Nada de mais, só uma dor de cabeça, mas já passou. – respondeu Tonks, sentando-se ao lado de Lupin que estava tomando um copo de suco de abóbora.

- Mas você não foi para o Ministério hoje, sei que é muito dedicada ao trabalho, então não faltaria sem um motivo bem maior que uma dor de cabeça.

Era verdade, Tonks não faltou só por causa da dor de cabeça, ela faltou porque estava cansada, cansada por dois motivos: o primeiro é que ela não estava conseguindo dormir direito já fazia semanas e o segundo é que ela não agüentava mais fazer relatórios pensando em Lupin, uma vez quase escreveu o nome dele em um pergaminho importante.

- É... Bem, não foi só pela dor de cabeça, é que Molly insistiu que eu descasasse um pouco, e você sabe como ela é.

- Sei, é claro! Você está servida? – concordou Lupin não querendo continuar falando sobre o assunto. Então, ele levou com a mão um copo de suco de abóbora até Tonks.

- Porque não?

E dizendo isso Tonks estendeu a mão para pegar o copo, e sua mão encostou na mão de Lupin, bem, na verdade só no dedo “mindinho” e “seu vizinho”, mas aquele toque, sentir aquela mão, isso a deixou nervosa, mais nervosa que estava só pela presença dele. Então, ela olhou para o rosto de Lupin, e ele a olhava! Ele a olhava! De novo! Era a segunda vez que ele fazia isso naquele dia! Como Tonks estava feliz! Só que aquele olhar não era diferente do de mais cedo, era impenetrável e indecifrável.

- Obrigada! – disse uma Tonks sorridente!

- Você vai participar da reunião da Ordem hoje?

- Sim... Já que não fui para o trabalho, vou fazer alguma coisa de útil para a sociedade! – falou um Tonks alegre.

- Então vai se preparando que o pessoal vai começar a chegar daqui a pouco.

- Já estou preparada! Ou você está insinuando que eu estou despenteada e mal arrumada? – perguntou uma Tonks um pouco irritada, mas tentando fingir que era uma brincadeira.

- Não, que isso, não foi isso que eu quis dizer. Você está linda! – Lupin parou subitamente, parecendo só perceber o que havia dito quando terminou a frase, e então olhou para seu copo, achando muito interessante a substancia que estava lá dentro.

Ao ouvir aquela frase o coração de Tonks disparou. Ela sentiu um frio na espinha, um frio que foi subindo e tornando-se quente e ao chegar em seu rosto, parecia que já estava fervendo. Ela não podia acreditar! Lupin havia a chamado de linda!

- O-obrig... – começou uma Tonks muito envergonhada.

- Tenho que ir arrumar meus pergaminhos, até mais Tonks... – cortou-a Lupin e levantou-se rapidamente e em questão de segundos ele já tinha saído da cozinha.

“Mas como assim? Ele acaba de me elogiar e sai correndo, fugindo de mim dessa forma! Que absurdo! Seu covarde! Ai... mas que raiva! Por que? Por que ele saiu? O que eu fiz? Ah... Ele deve ter dito isso só para me animar. Eu estou horrível! Por isso ele fugiu de mim...”

Arrumando a pequena bagunça que eles fizeram, Tonks reparou que Lupin nem terminou seu suco de tanta pressa que ele saiu da cozinha e isso a deixou com um misto de irritação e tristeza. Ela estava se sentindo cada vez mais triste e deprimida.

*****

A cozinha agora se tornara o local de uma reunião, na verdade, Minerva não foi lá para fazer uma reunião, (até porque só o pessoal que morava na sede estava presente) e sim para dar um, digamos, aviso. Ela havia dito que tinha uma grande surpresa para todos aquela tarde, só que existem surpresas boas, e algumas (como essa) ruins.

- Bom,vocês devem está achando estranho o fato da reunião ser em uma quarta-feira e não no final de semana como de costume, mas existe um motivo muito especial para isso. – começou Minerva com um certo ar de mistério.

Todos que estavam presentes se ajeitaram nas cadeiras.

- O motivo é que uma informação muito importante chegou até mim, em um jornal trouxa apareceu uma manchete que falava sobre a morte de um casal na Escócia, mas o “estranho” era que nenhum médico conseguia identificar o motivo da morte e os vizinhos afirmaram ter visto cerca de dez pessoas vestidas de preto perto do local da morte.

- Certamente eram Comensais da Morte, não profª? – falou um Moody atento.

- Sim Alastor, certamente.

- Mas por qual motivo eles fariam isso? – perguntou a Sra. Weasley.

- O motivo é desconhecido, mas se os Comensais da Morte estão na Escócia é porque algo está acontecendo por lá, algo muito importante, creio eu que uma horcruxe está por lá, se não Voldemort não deixaria seus capangas serem vistos dessa forma e em grande quantidade.

- Mas nós temos que descobrir o que exatamente Voldemort está procurando! – falou Lupin.

- É por isso que eu convoquei essa reunião Remus, eu gostaria de pedir que você e o Alastor viajassem até lá para estudar mais sobre o assunto.

Quando Minerva terminou de falar parecia que um peso tinha caído sobre a cabeça de Tonks, ela duvidou de que se não estivesse sentada, cairia no chão. Ela não podia deixar Lupin se afastar, não, ela não suportaria! Ainda mais correndo um risco tão grande como esse. E se acontecesse alguma coisa com ele? Como ela ficaria? Não ela não podia deixar! De jeito algum.

- Isso seria sensato, Minerva? Nós seremos minoria e se os Comensais da Morte nos achasse entraria tudo pelo cano. – falou Moody.

- Bem, Alastor, vocês não estão indo para resolver o problema e sim para saber qual é o problema. Gostaria que vocês perguntassem mais detalhes para os vizinhos do falecido casal e investigassem os antepassados deles. É muito arriscado para duas pessoas, concordo, mas acho que é o que Dumblendore faria... – e ao mencionar o nome dele os olhos de Minerva encheram-se d’água.

Ao ouvir o nome de Dumblendore, Tonks se perdeu em lembranças, tantas coisas aconteceram com ela depois da morte do diretor, parecia que não só ela como todos os membros da Ordem tinham perdido o chão. Aconteceu tudo muito rápido, depois dela se declarar para Lupim na ala hospitalar de Hogwarts ela achava que tudo ia ser flores dali para frente, mas, não demorou muito para ela perceber que estava muito enganada. Dumblerore morreu! Isso afetou muito a Lupim. Ela chegou a ir ao enterro do diretor junto com ele, pode perceber que Lupim chorava muito, mesmo tentando esconder isso. Eles ficaram de mãos dadas todo o tempo, chegaram até a se abraçar, ao mesmo tempo em que ela estava muito triste, estava um pouquinho feliz de está assim desse jeito em público com Lupim. Mas, depois daquele dia Lupim parecia está sempre fugindo dela, mas Tonks ficava sempre ali ajudando-o a se recuperar.

Depois de alguns instantes, foi Tonks que quebrou o silêncio:

- Bom, profª, eu também posso ir, afinal sou metamorformaga, ninguém nunca desconfiaria de mim e... – falou Tonks esperançosa.

- Compreendo que você queira ajudar Nynphadora, (ao ouvir isso Tonks fez uma careta) mas creio que não será preciso, além do mais você já está ajudando muito trabalhando no Ministério. – falou Minerva, cortando Tonks.

- Concordo plenamente prfª McGonagal, acho que a Srta. Tonks seria de maior ajuda trabalhando infiltrada no Ministério, talvez ajam pistas lá. – concordou Lupin quase que de imediato.

Ao ouvir isso Tonks quase chorou de nervoso, ela não podia de forma alguma deixar Lupin ir sem ela e ele queria que ela ficasse! Ela tinha que ir de qualquer jeito, ela não sabia quanto tempo ele iria ficar por lá e ela sabia que sentiria muita saudade! Mesmo se sentindo rejeitada, Tonks continuou seus argumentos:

- Mas o sr. Weasley também trabalha lá, e-e-e a mais tempo que eu, aliás, agora e-e-ele está lá, ele é melhor funcionário que eu e tem a ma-maior confiança do Ministério. – falou Tonks muito nervosa.

- Correto, ele também trabalha lá, mas ele não é um auror, e você é a única integrante da Ordem que é uma auror e trabalha no ministério e se isso mudar creio que a Ordem sofrerá grandes danos. – explicou Minerva calmamente.

Tonks, depois de ouvi isso dela, teve uma grande vontade de mandar ela ir se ferrar e dizer que ia para a Escócia e ponto final! Mas, seu bom senso era maior e ela tinha consciência de sua importância no Ministério, tendo assim que concordar com a profª McGonagal.

- Certo Minerva, vou ficar aqui e continuar trabalhando no Ministério da Magia. – falou Tonks com um tom aparentemente contrariado.

Tonks, nessa hora arriscou uma olhada para Lupin, mas ele estava absorto em seus pensamentos e nem notou que havia alguém o observando.

- Bem, então está resolvido, eu e o Remus vamos para a Escócia, mas quando? – perguntou Olho-Tonto.

- O mais cedo possível. – respondeu Minerva de imediato.

Ao ouvir isso, Tonks teve uma imensa vontade de chorar, ali mesmo, na frente de todo mundo, ela teve vontade de gritar “NÃO...”, ela teve vontade de sair correndo, mas teve que se contentar em ficar apenas sentada olhando esperançosamente para Lupin.

- Bom, nesse caso podemos ir amanhã mesmo. – disse Lupin.

- Creio que amanhã seria muito precipitado, seria melhor vocês descansarem um pouco, arrumarem suas coisas com calma e irem na sexta. – falou a Sra. Wesley.

- Concordo Molly, na sexta seria perfeito! – disse uma Minerva radiante.

- Está certo então, sexta-feira nós iremos para a Escócia! – anunciou um Moody muito empolgado.

- Bom, já que está tudo resolvido eu preciso ir agora. – falou Minerva.

- Já professora? Mas a senhora mal chegou, fique para um chá, uns biscoitos talvez? – dessa vez era a Sra. Weasley que falava.

- Infelizmente não posso Molly, tenho que voltar para Hogwarts ainda hoje e não posso chegar muito tarde devido a minha segurança. – disse a prfª McGonagal já se levantando.

- Bom, nesse caso eu lhe acompanho até a porta. – interrompeu Moody.

- Seria um prazer Alastor. – falou uma Minerva cheia de si.

Ao ouvir isso Molly, Tonks e Lupin trocaram olhares cômicos.

- Bem, você deve está bem animado com sua viagem-relânpago, né Lupin? – Falou Tonks com um tom bastante irritado e um pouco irônico. Era a primeira vez que Tonks falava com ele depois do incidente da cozinha.

- Bastante... – respondeu um Lupin distraído, e ao perceber a expressão da amiga, logo corrigiu – Aliás, não, não muito, na verdade eu só estou indo porque é pela Ordem se não nem iria.

Tonks não respondeu, apenas o encarou com um olhar fuzilante e ao perceber isso Lupin rapidamente virou-se para a Sra. Weasley que estava preparando um lanchinho na outra extremidade da cozinha:

- Precisa de ajuda Molly? – perguntou ele pedindo internamente que ela dissesse que sim.

- Ôh, não meu querido, não se preocupe. – respondeu a Sra. Weasley não querendo separar o casal.

Então, Lupin ficou praticamente obrigado a virar-se para Tonks e continuar uma conversa enquanto Moody não voltava.

- Er... Bem, hãn... E aí, o que você tem feito no trabalho? – arriscou Lupin, não querendo falar sobre a viagem.

- Nada de mais... Só lutando contra Comensais quase que diariamente e fazendo relatórios de tudo que acontece.– respondeu Tonks aceitando a proposta sub-entendida de não falar sobre a viagem.

- O Profeta Diário fala sobre vários ataques de Comensais da Morte, deve ser horrível ter que resolver tudo isso como uma obrigação.

- Bem, algumas vezes é sim, mas eu gosto do que faço, às vezes quando o chefe do Departamento de Aurores não deixa eu duelar porque existem muitos comensais perigosos eu me irrito profundamente. – explicou Tonks.

- Mas isso é um absurdo, como então você vai adquirir experiências para o futuro? – perguntou Lupin, não exatamente para Tonks, mas para o Ministro dos Aurores que não podia ouvi-lo. Ele sempre quis protegê-la mais sabia que Tonks tinha um poder incomparável de duelar.

- Bom, eu acho que já tenho experiências suficientes para acabar com qualquer estúpido Comensal da Morte.

- Sei que sim... – disse um Lupin sonhador e sem ter noção do que estava fazendo. Ele estava apoiando o cotovelo na mesa e apoiava a cabeça em sua mão, ele a olhava, de novo, pela terceira vez naquele dia, só que dessa vez o olhar não era indiferente, era um olhar de admiração e acompanhado de um sorrisinho.

“Não... Não pode ser verdade! É uma miragem. Por Merlin! Ele está me olhando de novo! Ah... Mas ele é muito lindo. Ah! Como eu queria ele pra mim. Que coisa fofa! Ele está tão meiguinho desse jeito. Ai caramba... Estou começando a ficar com muita vergonha! O que eu faço? Ele não para de me olhar!”

Lupin finalmente percebeu que já estava há muito tempo admirando Tonks, e o rosado das bochechas dela deram certeza a ele. Ele se ajeitou na cadeira, pigarreou e olhou em volta.

“Por Merlin, o que eu acabei de fazer? Que vergonha. Ai... Onde está o Alastor que não volta! Parece até que foi levar a Minerva até Hogwarts.”

- Então o que você pretende levar para a Escócia? – Tonks resolveu tentar irritar um pouquinho Lupin, e aquele clima já estava ficando muito constrangedor.

- Er... Bem... Eu não sei ainda. Lá faz frio ou calor? – perguntou Lupin, fingindo não entender o verdadeiro motivo de Tonks fazer aquela pergunta.

- Não sei direito, acho que o clima de lá é bem ameno, mas leve roupas de frio e de calor, nunca se sabe, né?

“Ela é muito linda. Ela é perfeita. Ela é divertida, engraçada e inteligente! Eu não posso continuar aqui sozinho com ela, não vou agüentar!”

- Acabei de lembrar que esqueci uma coisa... já volto! – e Lupin saiu da cozinha, praticamente correndo.

“Ah... De novo! Ele fugiu. Mas dessa vez eu não entendi o motivo! Eu não fiz nada, ou fiz?”

Tonks se levantou e foi até Sra. Weasley:

- Ainda não tive oportunidade de te agradecer... Muito obrigada pela poção, estou me sentindo bem melhor!

- De nada, minha querida! – falou a Sra. Weasley em um tom muito contente, e continuou: - E vejo que você e o Lupin estão se entendendo...

- Quem me dera Molly, ele inventou que tinha esquecido uma coisa e fugiu de mim no meio da conversa e já foi a segunda vez só hoje! E além do mais ele não quer minha companhia na Escócia, ele deixou bem claro ainda há pouco!

- Ôh minha queria, ele não quer que você vá para não correr o risco de te perder. – falou um Sra. Weasley carinhosa.

- Poxa Molly, o Lupin tenta me proteger mais do que meus pais! Ele tem que acabar com essa mania! – disse uma Tonks um pouco irritada.

- Mas, você disse que foi a segunda vez que ele fugiu de você hoje, o que aconteceu antes? – Molly tentou desconversar para que Tonks não se irritasse com Lupin, mas ao terminar sua pergunta percebeu que não iria obter muito sucesso.

- Ah... Ele me chamou de linda e em seguida saiu quase que correndo da cozinha. – explicou Tonks, sonhadoramente feliz.

- Como? Ele te chamou de linda? Essa eu não esperava do Remus! – espantou-se a Sra. Weasley, ela nunca iria imaginar que antes de fugir de Tonks, Remus fosse capaz de elogiá-la.

- É... Mas... – começou Tonks.

- Olá senhoras, aliás, senhora e senhorita! Voltei... Ué, cadê o Remus? – Moody acabara de entrar na cozinha, estava muito alegre e nem percebeu que havia cortado Tonks.

- Acho que ele está no quarto dele. – respondeu Tonks percebendo que alguma coisa aconteceu entre Minerva e Moody. Isso na imaginação dela era assustador!

- Bom, vou lá em cima chamá-lo. – mas não foi preciso, nesse exato instante Lupin entrava pela cozinha.

- Chamar quem? – perguntou Lupin distraído.

- Quem mais além de você? Mas creio que não será necessário já que você está aqui! – disse Moody.

Os quatro ficaram conversando durante um tempo e depois da conversa terminada, a Sra. Weasley serviu o lanche da tarde. Após comerem, os homens se retiraram e Molly e Tonks foram arrumar a cozinha.

- Ai Molly... Não queria que o Remus fosse para a Escócia sem mim. Vou senti tantas saudades dele. – comentou uma Tonks tristonha.

- Minha querida, ele não vai demorar muito. – Molly tentou consolá-la.

- Mas eu queria ir com ele, e essa missão é muito perigosa, tenho muito medo de que aconteça alguma coisa com ele.

*****

Depois de acabar de limpar a cozinha e de tirar mais um cochilinho (ela estava muito dorminhoca nesse dia), Tonks desceu para começar a preparar o jantar. Ao passar pela sala ela viu um trio conversando fervorosamente. Ela não sabia de onde Remus, Olho-Tonto e o Sr. Weasley (que havia chegado do trabalho) tiravam tantos assuntos...

Quando Tonks passava exatamente por traz da poltrona em que os três estavam sentados, conversando:

- Ei, Nynphadora, venha até aqui por favor. – chamou o sr. Weasley.

- Por favor Sr. Weasley, me chame apenas de Tonks... – disse a metamorformaga irritada.

- Desculpe-me, bom, eu a chamei até aqui porque eu e meus amigos aqui estávamos conversando sobre a viagem deles para a Escócia e acabamos de perceber que não sabemos onde eles vão dormir, e eles querem parecer turistas, você sabe onde tem um hotel troucha na Escócia? – perguntou Sr. Weasley sem noção de que acabara de irritar profundamente uma metamorformaga...

- Não Arthur, eu nunca estive na Escócia. – respondeu Tonks se contendo para não mandar ele se ferrar.

Ao terminar de responder, Tonks virou-se e foi para a cozinha onde Molly já estava preparando a janta:

- Nossa Molly, você não se cansa não? Vai, deixa que eu termino isso aí, vai descansar um pouco. – disse uma Tonks sorridente.

- Não querida, está tudo bem, já estou acostumada a cuidar da casa e de sete filhos, fazer uma janta não me assusta. – falou uma Sra. Weasley como sempre, simpática.

Depois de mais ou menos vinte minutos a janta estava pronta. Então Molly e Tonks foram para outro cômodo conversar um pouco. Mas, não por falta de opção mas por questão de saúde elas se acomodaram na sala (os outros cômodos eram muito mofados), na outra extremidade em que os “homens da casa” estavam.

Elas ficaram ali conversando animadamente por muito tempo, até que o Sr. Weasley interrompeu a conversa:

- Amor, não é querer ser chato não, mas eu e os dois ali (ele apontou para Lupin e Moody) estamos morrendo de fome! Vamos jantar? – perguntou um sr. Weasley amoroso.

Ao ver aquela cena Tonks se perguntou se algum dia Lupin a iria chamar de “amor” em público, ela adoraria... E pensando nisso, ela arriscou uma olhada para Lupin, já que ele estava tão interessado em admirá-la ultimamente.

Tonks virou cuidadosamente sua cabeça na direção de onde Lupin estava e fazendo charme com o cabelo ficou encarando-o por algum tempo, não demorou muito para que ele notasse sua admiradora.

Lupin retribuiu o olhar da mesma forma que ela, (o que estava acontecendo com ele?) observava todos os detalhes do rosto da metamorformaga, ele sorriu, ela corou e retribuiu o sorriso.

Os dois ficaram se encarando por alguns segundos até que Moody, que estava conversando com Lupin notou a total ausência de espírito do amigo e notou que ele estava olhando na direção de uma “menina-mulher” que estava do outro lado da sala de estar.

Tonks ficou sem graça porque Moody estava olhando para os dois com um certo ar cômico, então desviou seu olhar e logo em seguida a Sra. Weasley avisa a todos que o jantar está na mesa.

O jantar foi divertido, o sr. Weasley contou uma história engraçada sobre um troucha que ao tentar abrir sua porta se assustou porque a maçaneta gritou “ai” e chamou a mulher que ficou horrorizada achando que o marido tinha bebido de mais, e quando viu a maçaneta gritando “ai” gritou para vizinhança toda que estava muito bêbada.

- ... aí tivemos que remover a maçaneta e apagar a memória do casal. Descobrimos que quem fez isso foi um bruxo que tem um circo troucha. – terminou o sr. Weasley depois de muito tempo contando os mínimos detalhes e parando constantemente para dá enormes gargalhadas.

- É cada uma que aparece lá no Ministério, né Arthur? – comentou Moody.

- É... E eu conheço histórias piores... – e continuou a contar suas hilárias histórias de anos de trabalho no Ministério.

Era raro nesses tempos de guerra, alguém conseguir ri, aquele jantar estava sendo fantástico! O Sr. Weasley fazia caras e bocas para incorporar na história e isso era muito engraçado.

Aquele raro momento feliz passou muito rápido, em um piscar de olhos tudo já havia acabado e novamente, Tonks e Molly estavam limpando a cozinha.

Assim que acabou de ajudar a Sra. Weasley, Tonks subiu para seu quarto, ela estava sem sono, mas toda a casa foi se deitar e ela não iria ficar perambulando sozinha por aí.

Tonks chegou muito sorridente em seu quarto. Tomou banho e colocou seu pijama, o seu preferido, ele era rosa com estrelinhas roxas. Era também o mais aconchegante que ela tinha. Depois disso tudo, Tonks ainda estava sem sono, então ela ficou debruçada na janela de seu quarto, ficou observando a lua, como aquilo tinha se tornando tão comum para ela. Tonks simplesmente fica encantada com a lua, talvez seja porque ela tinha algo haver com Lupin, e Lupin era tudo na vida dela.

Tonks cochilou sentada na janela com a cabeça apoiada no vidro e acordou sobressaltada com o forte vento que entrou pela pequena fresta que estava aberta e passou pelos seus cabelos levando-os para frente e para traz fazendo cosquinha em seu pescoço.

Tonks desceu do para-peito da janela e se olhou no espelho automaticamente. Ela estava com o rosto todo marcado, os cabelos despenteados, enfim, uma aparência horrível. Ela foi até seu banheiro, lavou o rosto e voltou para o espelho, ela queria mudar, enjoou daquele cabelo.

Então Tonks mudou. Isso para era simples. Agora Tonks estava com os cabelos na altura das costas, na metade, para ser mais precisa e a cor era um vermelho vivo, bem bonito.

Depois disso, Tonks resolveu descer para fazer alguma coisa, não estava com vontade de dormir agora...

Em cinco minutos Tonks estava na cozinha da casa dos Black, ela abriu a geladeira e procurou por alguma coisa que a interessante, então ela viu uma jarra de suco de abóbora e isso a trouxe lembranças agradáveis. Tonks pegou a jarra pensando em Lupin, só que ela se distraiu e deixou a jarra cair, fazendo um barulho incomum.

Ela rapidamente apanhou sua varinha e consertou a jarra, abaixou-se para pegá-la e procurou um pano em seguida para limpar o suco que estava espalhado por todo o chão, ela deu uma primeira passada e quando levantou para torcer o pano ouviu um ruído que a assustou, então ela agilmente empunhou sua varinha e largou o pano no chão.

Logo em seguida Lupin apareceu na cozinha, em posição de ataque. Quando viu Tonks logo abaixou e guardou sua varinha. Tonks fez o mesmo.

- Nossa Remus, você me assustou! – disse Tonks saindo do seu estado de alerta.

- Não foi minha intenção. Pensei que alguém tinha invadido a Ordem, ouvi um barulho. – falou um Lupin com voz de sono.

- Er... Fui eu que derrubei a jarra de suco. – explicou Tonks com um pouco de vergonha.

- Ah... Estou vendo...

- Deixa que eu arrumo isso. – os dois falaram ao mesmo tempo, abaixaram ao mesmo tempo e pegaram o pano ao mesmo tempo. Foi tudo muito rápido, eles não perceberam que estavam tão próximos.

Lupin, ao tentar pegar o pano, pegou a mão de Tonks e os dois se olharam, assustados, a distância entre seus rostos era de um palmo fechado.

Tonks sentiu seu coração subir para a garganta, suas mãos começaram a tremer e seu rosto provavelmente estava muito vermelho a julgar pela ardência que ela sentia. Lupin por sua vez estava a beira de um ataque de nervos, ele ouvia duas voszinhas, uma dizia: “beije-a, vamos logo”. E a outra dizia: “O que você está fazendo? Sai já daí”. Mas ele não queria sair, ele queria beijá-la, mas a voz da razão falou mais alto.

Então, Lupin tirou sua mão de cima da de Tonks, carinhosamente deixando que elas tivessem o maior contato possível e levantou-se. Mas Tonks continuou ali parada, agora ela olhava para sua mão, ela estava tão perto, tão perto... Mas seria muita felicidade para um dia só.

- Vamos, levante-se, eu quero conversar com você. – disse Lupin estendendo a mão para Tonks. O coração de Tonks disparou novamente, “o que será que ele vai falar?”

Tonks olhou para ele e deu a sua mão, Lupin fez força para levantá-la e como isso era desnecessário devido ao pouco peso de Tonks, a metamorformaga ficou novamente cara-a-cara com o lobisomem.

E... Nesse momento o Sr. Weasley entrou na cozinha, assustando o casal, que logo olhou para ele.

- Er... Eu não queria atrapalhar... Desculpe. – disse ele bastante envergonhado.

- Não ag... – Tonks começou a explicar.

- Não, não é preciso me explicar nada, eu só vim... Bom, vocês não vão querer saber disso agora, bem, boa noite. – dizendo isso o Sr. Weasley virou-se e saiu da cozinha.

Tonks e Lupin estavam mais envergonhados do que nunca, e perceberam que ainda estavam de mãos dadas, Tonks não estava muito a fim de largar a mão de Lupin e ele por sua vez estava tendo outra batalha entre a razão e o coração.

- Er... Bem, eu só queria te dizer para vo-voçê não ficar chateada co-comigo por causa do que eu disse na re-reunião da Ordem. Eu sei que vo-você queira muito ir mas... – disse um Lupin nervoso e ainda segurando a mão de Tonks.

- Tudo bem Remus, eu te entendo. – cortou-o.

- Entende? – perguntou ele meio incrédulo.

- Sim... É claro! – respondeu Tonks com simplicidade.

Tonks não queria começar uma discursão com Lupim e além do mais, ela realmente o entendia, ele apenas não queria que ela corresse risco de vida, mas entender não é a mesma coisa que concordar.

- Bom, nesse caso, boa noite. – falou Lupin, completamente perdido nos olhos de Tonks.

- Boa noite Lupin... – respondeu Tonks quase que em um sussurro. Só que nenhum dos dois se movia e nem soltava a mão do outro, eles ficaram assim por alguns instantes e foi Tonks que se moveu primeiro chegando mais perto de Lupin, a intenção inicial dela era beijá-lo, mas faltou coragem então quando ela estava a apenas centímetros de distância da boca do Lupin e ele já começava a fechar os olhos, ela virou um pouco o rosto e deu nele um beijinho na bochecha, daqueles estalados, foi um pouquinho mais demorado que o normal, claro.

E, quando terminou de beijá-lo sussurrou em seu ouvido: “durma bem Lupin” e só então largou a mão dele e saiu da cozinha...

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N/A: Bom... Essa é a minha primeira fic, então espero que vocês não me critiquem muito. Eu fiz esse capítulo todo em apenas um dia... Aliás dois (são 04:56 da madruga)... Ontem eu não sei o que deu em mim que acordei inspirada! Então comecei a escrever e não consegui parar... Nunca pensei que eu fosse ficar até às 5h da manhã escrevendo mas... Eu escrevi... Espero que gostem... E eu sei que é chato esperar um novo capítulo, mas esperem... Prometo que vai ser legal e um pouco menor que esse... Beijos...

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