Shippers: Hermione/Rony e Hermione/ Remus
Resumo : Hermione está feliz, muito feliz com o seu casamento, tudo está em perfeita ordem e como ela sempre sonhou, porém existe um desejo que assombra seu coração, um acontecimento do passado que não quer deixá-la em paz. A forma como ele encontrou para aliviar seu coração foi escrevendo e é exatamente algumas páginas de seu diário secreto que vamos ler agora...
"Me chamou para um cantinho e disse: Morde!"
Quando dei por mim, pensei: Que sorte!
Tudo é bom...tudo é natural
Olhou bem nos meus olhos e disse:
Por que a gente não se esquece?
Deveria ser assim, mas não acontece.
Prefiro sempre...Sempre correr o risco
Não tenho grana, mas me divirto"
 
Capítulo Único
Sob seu feitiço de novo
Eu não consigo dizer não para você
Deseje meu coração e ele está sangrando na sua mão
Eu não consigo dizer não para você
Aquele era o meu dia, o dia que eu sonhei, o dia que eu esperei, o dia que eu contei nos dedos para chegar e vê-lo ali parado me observando não podia existir presente maior na minha vida, é claro que ele não estava na posição que eu gostaria, mas isso talvez seja minha culpa mesmo, talvez eu não tenha compreendido a beleza de um amor complexo, talvez eu seja insegura demais para aceitar os desejos do meu coração, talvez eu ainda precise me tornar uma mulher.
Era o meu casamento, todinho feito nos moldes trouxas como eu queria, sempre tive fascínio por casamentos e apesar de ser completamente apaixonada por casamentos bruxos eu não queria que o meu seguisse essa tradição, apesar de bruxa eu nasci trouxa, queria uma parte de mim no meu casamento, queria mostrar à todos como eu estava feliz.
Era exatamente 19:00hs e eu entrava, conduzida pelo meu pai, em uma capela pequenina repleta de amigos sorridentes, eu também estava muito sorridente, se existe felicidade na vida ela acontece quando você se casa, é uma emoção sem igual, o coração pulsando em ritmo frenético pronto pra explodir de tanta alegria. Rony estava parado no altar sorridente com aquela carinha de bobo que ele sempre teve, um bobo que eu sempre amei, que realmente me fez descobrir o que era o amor de verdade, meu homem.
Caminhei lentamente até o altar cumprimentando a todos com o olhar, ao chegar ao meu destino ajoelhei-me ao lado daquele que estava pronto para me aceitar como esposa para o resto da vida, sorrimos um para o outro, felizes, extremamente felizes.
A cerimônia foi curta, eu solicitei isso ao padre, apesar da minha fé acho muito incomodo ter um padre falando um monte de coisas quando o que você mais quer é dizer o tão esperado “sim” e partir para a comemoração, essa sim é a parte legal do casamento. Mas ainda assim, apesar de toda essa alegria existia uma coisa que me incomodava muito, meu coração estava feliz, porém não estava leve, carregava comigo um grande desejo, não sei se existe diferença entre amor e desejo, só sei que conseguia perfeitamente amar um e desejar outro.
Rony é o homem que eu pedi a Merlin, é certo que ele é um pouco teimoso, raramente se da a oportunidade de mudar de idéia, mas no fundo ele sempre arranja um jeito de me agradar, faz de tudo para mim, me enche de mimos, aqueles que ele pode comprar, é claro! Ele ainda não tem grande poder financeiro, porém isso ainda é uma questão de tempo, sempre fora um rapaz extremamente esforçado e na verdade o dinheiro dele é o que menos me importa eu já tenho dinheiro bastante para nós dois e não falo sobre isso com ele, não quero que ele se sinta inferiorizado.
Já Remus é o homem dos meus sonhos, ele povoa meus pensamentos, preenche meus espaços, ocupa-se de mim sem a mínima permissão, ele simplesmente existe e me faz existir, é disso que eu estou falando, isso é que é desejo.
Estávamos todos dançando, a música estava animadíssima, quando ele pediu licença ao Rony para dançarmos juntos, Remus havia sido nosso professor em Hogwarts era muito mais velho que nós, pra falar a verdade ele tinha quase a idade de nos dois juntos, mas ainda sim era extremamente charmoso e despertava um ciúme doentio em Rony.
- Acho que seu marido não gosta de te ver comigo... – Observou Remus malicioso e eu apenas sorri – Também não gosto de te ver com ele – Completou com um olhar triste.
- Remie, já conversamos sobre isso... Ele agora é meu marido e você não deve alimentar falsas esperanças – eu disse tentando me convencer que o resistiria.
- Impossível aceitar isso... Tenho pra mim que serás sempre minha por toda tua eternidade e por favor não me tire os meus sonhos, você já me levou o coração... – Remus me largou depois daquelas palavras, fui dançar novamente com o meu marido que sorria satisfeito.
Dançamos, nos divertimos, comemos, tudo estava perfeito, mas a certa altura da festa senti falta do meu lobinho me olhando, me desejando o tempo todo. Era de certa forma cômodo para mim ter os dois, cada um me completa em uma coisa, cada um me faz sentir única em minha essência, um me desperta o lado infantil que devo amadurecer o outro me dá a liberdade de uma pessoa madura, quero ser de Rony foi isso que eu escolhi para minha vida, mas quero ter Remus foi isso que ele sempre quis.
Rony dorme feito um anjo na nossa cama enquanto eu escrevo para desabafar, é simplesmente fantástico o poder de nossas palavras, escrever não me faz sentir culpada por meus desejos, quem me conhece sabe que esse comportamento não é típico, porém algumas coisas mudam em nossa vida e algumas delas são nossos hormônios, poxa vida eu só tenho 23 anos! Perfeitamente normal, não é? Porém normalidades à parte eu preciso por um fim nisso, afinal uma hora esse choque de hormônios vai passar e Remus, Rony e eu como ficaremos? Acho que ainda tenho algum tempo para pensar nisso, agora prefiro ficar aqui sentada na poltrona do meu mais novo quarto deliciando-me com algumas lembranças.
Outubro – 1993 Hogwarts
- Com Licença Professor Lupin, posso entrar? – pedi permissão para entrar na sala dele, foi a primeira vez que nos olhamos nos olhos, que olhos bonitos - pensei - mas estava falando com o meu professor não pude demonstrar nada.
-Pois não Srta. Granger, em que posso ajudá-la? – ele disse prestativo e sorrindo.
“Que sorriso lindo!” pensei sorrindo de volta para ele, que ficou paralisado me observando.
Conversamos algumas minutos queria falar com ele sobre Harry, estava preocupada com o meu amigo e como nós dois tínhamos a intenção de protegê-lo de qualquer coisa que fosse nos tornamos inconscientemente aliados, mas não foi aí que nossa história começou naquela época eu era apenas uma garotinha de 13 anos que achava seu professor de DCAT um verdadeiro gato, quer dizer Lobo. Quando descobri que ele era um lobisomem confesso que fiquei perplexa, como alguém com uma vida dessas, sendo renegado por onde quer que andasse, não conseguia amigos, nem emprego enfim nada por estar nessa situação e ainda assim poderia ser tão amável, sensível e doce? Percebi nessa hora que não existiria barreira no mundo que aquele homem de feições angelicais não pudesse ultrapassar, apaixonei-me nesse instante, mas não passava pela minha cabeça que pudesse um dia ser correspondida, nunca imaginei que Remus J. Lupin pudesse me desejar.
Depois que ele pediu demissão de Hogwarts ficamos um ano sem nos ver, mas com a reunião da Ordem no ano seguinte pudemos passar mais tempo juntos, porém naquele tempo tão conturbado tivemos que suprimir nossas vontades, tivemos que nos olhar apenas como aliados em prol da salvação do mundo bruxo, foram três anos nessa luta, não tendo tempo para nada além da caçada infernal atrás de Voldemort, durante essa época percebi que ele me olhava de maneira diferente, me olhava com certo desejo, mas parecia querer suprimir qualquer pensamento impuro como esse. Certa vez estávamos na cozinha da sede da Ordem quando desci logo pela manhã ainda de pijama para tomar café, como era muito cedo achei que não teria problemas, afinal todos ainda estariam dormindo. Ao chegar no cômodo pude me deparar com ele e Sirius conversando baixinho, pareciam falar algum segredo, alguma coisa que ninguém pudesse saber, um verdadeiro pecado, mesmo assim entrei estava com fome e outra eles tinham quarto se não queriam ser interrompidos poderiam confabular segredos lá, não é verdade?
-Bom dia! - disse ainda bocejando, nenhum dos dois se quer me respondeu, cumprimentei-os novamente. - Bom dia, Senhores Aluado e Almofadinhas! - brinquei fazendo menção aos apelidos que tinham na adolescência, eles me responderam sorridente.
-Bom dia Srta. Granger! - fizeram um coro.
-O que faz acordada tão cedo? - perguntou-me Sirius despreocupado.
-Estou sem sono...tenho algumas coisas me atormentando, mas antes que me perguntem não quero falar sobre isso. - respondi olhando para Remus e Sirius percebeu na hora do que se tratava.
-Nosso amigo Aluado também tem...está sendo consumido por um certo desejo impossível, para ele é claro! Eu já teria dado um jeito nisso – Sirius sorriu para Remus malicioso e nós dois ficamos extremamente corados, mas mesmo assim nos olhamos profundamente nos olhos e entendemos o conflito que cada um estava internamente passando.
Aceitei que aquela não era a hora de fazer qualquer coisa, deveríamos primeiramente acabar com o mal que nos afligia e depois então teríamos um mundo livre para ficarmos juntos, mas esse meu aceite não durou muito, mais ou menos um ano depois comecei a namorar Rony, não o amava, porém sabia que isso era apenas uma questão de tempo, afinal desde que nos conhecemos acho que ele era apaixonado por mim, quando Remus ficou sabendo percebi certo ódio em seu olhar, não era mais o mesmo conosco, raramente ficava nos mesmo lugares onde nós estávamos, já não era mais nosso amigo, não conseguia olhar para mim. Uma angústia apoderou-se de mim me fazendo agir de maneira estranha com todo mundo, não queria e nem podia demonstrar o que estava acontecendo, mas existem momentos na nossa vida em que ou desistimos de tudo ou lutamos por aquilo que queremos, não tinha a intenção de terminar com o Rony, já o amava e o correspondia perfeitamente, porém meu coração ainda disparava e eu perdia o ar quando Remus estava ao meu lado e eu simplesmente não podia continuar ignorando isso.
Sede da Ordem...
-Lupin? - chamei na cozinha, ele estava sentado com a cabeça entre as mãos, parecia preocupado.
-Sim – respondeu ele sem me olhar.
-Quero falar com você – aquelas palavras simplesmente saltaram da minha boca, assustei-me quando escutei minha própria voz pedindo pra falar-lhe com aquela urgência.
-Pode falar – ele continuou de cabeça baixa sem me olhar, estava tentando me evitar, mas a essa altura eu já não era nem mais sua aluna e muito menos uma criança, então sentei-me na cadeira que estava na sua frente.
-Será que podia ao menos olhar para mim? - perguntei irritada. Ele me olhou querendo não olhar, parecia querer até evitar de ouvir minha voz.
-Pode falar... - ele disse displicente e eu me irritei mais, já não sabia se o que eu estava fazendo era o certo.
-Quero saber por que está me evitando? - perguntei naturalmente tentando esconder a irritação.
-Não estou te evitando.
-Está sim e sabe disso.- falei convicta e ele apenas me olhou – Não me olhe assim, sabemos o que está acontecendo.
-Não está acontecendo nada.- ele continuou tentando disfarçar
-Não minta pra mim! - elevei minha voz dando um basta naquele joguinho idiota. Remus se levantou e começou andar pelo cômodo aparentemente pensando em algo para me dizer que fosse bastante convincente para que eu simplesmente parasse de ver aquilo que estava tão nítido para nós dois.
-Hermione... - Remus falou suavemente, geralmente ele agia dessa forma quando queria explicar alguma coisa, quando queria fazer com que seu ouvinte entendesse perfeitamente o que ele estava querendo dizer. Então levantei-me e fui atrás dele, como estava de costas para mim estendi minha mão e coloquei no seu ombro para fazê-lo virar, senti que ele estremeceu ao meu toque, sorri levemente gostei de lhe causar essa sensação. - Você é muito nova, poderia ser minha filha.
-Mas não sou! - respondi prontamente.
-Você é namorada de um menino da sua idade, alguém que parece te amar e ser correspondido. - Remus tinha uma ânsia de me fazer entender que o que eu, ou melhor, nós estávamos querendo era simplesmente inaceitável.
-Não vejo grandes problemas nisso – respondi um pouco displicente.
-Não vê? - Remus me perguntou surpreendido, enquanto eu me sentava na mesa e apoiava os pés na cadeira, queria forçá-lo a tentar fugir de mim sem conseguir.
-Não, acho que você está precipitando as coisas... Quero saber se existe algo acontecendo entre nós e isso não significa nada até agora. - disse finalmente explicando a situação.
-Algo acontecendo?-Perguntou Remus mais para si mesmo do que para mim e eu continuei sentada olhando cada movimento dele, sem nenhum aviso ele retirou a cadeira e afastou minhas pernas encaixando-se no meio delas, podia sentir seu calor, seu perfume, suas mãos quentes e macias acariciando meu rosto, congelei, somente naquele momento eu me dei conta de que estávamos na sede da Ordem e que alguém poderia chegar a qualquer momento pensei em para com tudo, minhas respostas já eram suficientes, mas ele queria mais.
Começou a roçar seus lábios pelo meu pescoço subindo até minha orelha mordiscou de leve o lóbulo e passou para o meu rosto finalmente chegando perto dos meus lábios, fechei os olhos me permitindo navegar sem culpa.
-Tem certeza? - Remus me perguntou pedindo permissão para me beijar e eu apenas acenei positivamente com a cabeça.
Remus me tomou pelos lábios e começou a explorar minha boca com sua língua quente e úmida, seu gosto era simplesmente maravilhoso. Beijamo-nos com certa urgência as mãos dele percorriam minhas costas pressionando-me levemente, enquanto as minhas acariciavam sua nuca. Passamos alguns minutos nos conhecendo por um outro ângulo, quando finalmente nos separamos, estávamos ofegantes.
-Não deveríamos ter feito isso... - disse Remus com aparente arrependimento.
-Arrependeu-se? - perguntei constrangida.
-Não...
-Então qual o problema? - Estava ficando um pouco envergonhada.
-E que agora eu vou querer mais e mais e mais... Agora eu te quero pra sempre. - Remus aproximou-se de mim e tomou os lábios novamente com um beijo sensual repleto de paixão e desejo, foi um dos melhores momentos de minha vida.
Depois daquele episódio Remus não me evitava mais, pelo contrário, sempre que podia estava ao meu lado, não vou negar que aquilo me fazia bem, mas ao mesmo tempo me sentia levemente constrangida, principalmente quando Rony e Remus precisavam fazer algumas coisas juntos, era um desastre interno quando olhava os dois homens da minha vida lado a lado e ainda por cima se entendendo tão bem, me sentia ainda mais culpada porque apesar de tudo Remus sabia da existência de Rony, mas esse outro nem sequer sonhava com a possibilidade de estar sendo enganado. Certa vez estávamos na minha casa, tinha acabado de me mudar e estava arrumando algumas coisas, Rony precisava sair para resolver alguns problemas no ministério, provavelmente demoraria bastante, assim que ele aparatou para o ministério, alguém tocou minha campainha.
- Bom dia Srta. Granger-de-casa-nova... - Lupin disse parado na porta com um lindo buquet de rosas vermelhas.
- Bom dia Sr.Lupin-sedutor-de-ex-alunas. - respondi pegando o buquet sem ao menos convidá-lo para entrar.
- Não vai me convidar para entrar? - ele perguntou desapontado.
- Hummm - pensei fazendo charminho - Pode entrar se quiser... - sorri ao ver a cara de espanto dele.
- Sem graça... - ele falou mais aliviado. - Então...como está a casa nova? - perguntou obviamente querendo puxar assunto, afinal estava nítida a bagunça.
- Bem...levando em consideração que eu estou exausta de tanto arrumar essas coisas que nunca acabam...eu simplesmente amei... - respondi jogando-me no sofá e ele fez o mesmo.
- Nunca mais ficamos sozinhos depois daquele último dia... - ele observou tentando se fazer entendido.
- Eu sei...no fundo eu achei bom... - respondi displicente, não queria que ele soubesse que o simples fato de se sentar ao meu lado me transtornava, eu sentia um calor percorrer meu corpo.
- Achou bom? Pois eu achei péssimo - finalmente ele confessou que estava morrendo de desejos, eu simplesmente achei isso o máximo.
- Podia apostar que você estava completamente indiferente ao fato... - comentei fazendo um joguinho.
- Mas não estou... - ele disse um pouco irritado com a minha demora.
Beijou-me urgentemente, como se a qualquer momento pudéssemos ser interrompidos, e de fato poderíamos mesmo, mas naquele momento eu não tinha outra coisa em minha mente a não ser retribuir o beijo daquele homem que eu tanto desejava. Passei por cima dele e me sentei em seu colo sem descolar nossos lábios, enfim ele pode me abraçar, eu sentia tudo aquilo intensamente, podia contar quantas vezes ele me apertava tentando possuir meu corpo, fazia uma leve pressão na minha cintura me pressionando contra seu corpo, ainda nos beijávamos e nossas mãos percorriam nossos corpos com total liberdade, estava me surpreendendo, mas naquele momento o que eu mais queria era aquele homem, queria ele pra mim, inteirinho para mim. Remus me suspendeu, segurando-me no colo encostou-me na parede, me pressionava, achei que uma hora de tanto tentar ia acabar dentro do meu corpo, achava aquilo engraçado, doentio e ao mesmo tempo delicioso.
- Remus, calma...desse jeito parece que você vai me engolir... - falei finalmente interrompendo o longo beijo para retomar o fôlego.
- Vem aqui... - Remus me puxou para dentro do banheiro, fechou a porta com o pé e imediatamente ligou o chuveiro me empurrando para baixo d'água, depois ficou me observando, a água cristalina caia sob o meu corpo molhando minha camiseta branca deixando o meu corpo visível, ele continuava me observando enquanto mordia o lábio inferior nitidamente tentando se controlar, eu era para ele um verdadeiro desafio, se conseguisse me resistir naquele momento era capaz de fazê-lo a qualquer hora da vida, pelo menos era assim que ele pensava...
- Você não vem? - perguntei chamando ele, que simplesmente negou com a cabeça e permaneceu parado, decidi que era a hora de começar a provocar, não era preciso, mas tirei minha camiseta ficando nua, gostava de tê-lo aos meus pés.
- Mione...coloca isso... Agora!- devolveu-me a camiseta um pouco resistente.
- Pensei que era isso que você queria... - supus displicente.
Remus aproximou-se de mim e eu ainda estava sem a camiseta ele pressionou seu corpo quente contra o meu e me beijou ardentemente, com fogo, podia sentir o furor de sua respiração, seu desejo penetrava minhas entranhas, me contagiava... Uma sensação nova e diferente tomava conta de mim, era um formigamento gostoso e pulsante que percorria o meu corpo, Remus abandonou minha boca e começo a percorrer meu pescoço, choques passavam pelo meu corpo como se estivesse ligada à uma corrente elétrica, desceu mais chegando com intensidade ao meu colo, por fim não resistiu aos meus encantos e começou a beijar, chupar e lamber meus seios enquanto meus olhos reviravam de prazer e eu emitia alguns gemidos.
- Nunca imaginei que essa era a sensação...- observei sorrindo.
- E eu nunca imaginei que seria eu o seu instrutor... - Remus disse ligeiramente constrangido.
- Mas você já foi meu professor... - provoquei inocente.
- Mas isso está longe de ser DCAT, você consegue ser bem pior que algumas azarações... - ele brincou comigo e eu fechei a cara fazendo graça.
Remus desceu começando a beijar minha barriga, dava voltar com a língua ao redor do meu umbigo enquanto eu me arrepiava e segurava na parede para não desabar, desceu mais um pouco e desabotoou meu jeans, a essa altura eu já estava completamente congelada, nunca tinha avançado assim, nem mesmo com Rony, estávamos prestes a consumar o fato, todas aquelas sensações eram novidades para mim, eu nunca havia sentido nada tão prazeroso na minha vida, talvez por isso que eu acabei elegendo Remus como meu mestre. Enquanto ele observava meu rosto e percebia que eu estava assustada, eu acariciava seus cabelos sorrindo e tentando disfarçar.
- Mione...- Remus disse num suspiro – Acho que eu não posso fazer isso...não agora...não assim...não hoje... - parecia levemente descontrolado.
- Remus... - disse assustada achei que tivesse feito alguma coisa errada, tá certo que eu realmente estava fazendo uma coisa errada, afinal eu tinha um namorado e seguindo alguns parâmetros previamente estabelecidos eu deveria fazer amor com ele, pelo menos na minha primeira vez, a impressão que eu tinha era que Remus também pensava assim ele não queria ser o estreante, não por achar que não seria bom o suficiente, mas por ter quase certeza que Rony não o alcançaria mesmo se fizesse um curso intensivo – resumindo – ele não estava afim de me”apresentar” um novo mundo antes de meu namorado oficial, muito respeitoso da parte dele apesar de bastante esquisito, qual seria a verdadeira diferença?..eu logo descobriria...
- Mione, isso não é justo com você e nem com Rony, isso vocês precisam descobrir sozinhos, apesar de querer muito não me sinto à vontade... - Remus disse isso e logo em seguida aparatou deixando-me a ver navios semi-nua no banheiro, como eu não tinha grandes alternativas pensei no que ele havia me dito, realmente como eu poderia deixar Rony de fora dessa parte da minha vida? Como eu poderia simplesmente ignorar o fato de que ele era o meu namorado e por direito ele teria essa chance? Enfim... Sentei-me no chão e comecei a chorar, não tinha mais a mínima noção se eu estava certa ou errada, não sabia mais se podia continuar convivendo com aquele desejo infernal que estava encalacrado na minha mente. Rony chegou um tempo depois e eu ainda estava sentada embaixo do chuveiro, não tinha a mínima força para levantar estava decepcionada comigo por estar sentindo tudo aquilo, por estar traindo Rony e também porque Remus havia me deixado daquele jeito, que – no fundo – eu não sabia se esse não havia sido todo o motivo do meu choro.
- Mione, meu bem, o que aconteceu? - Rony me perguntou assustando-se com meu estado e ao mesmo tempo que tampava os olhos para não me ver nua, achei bobo, uma atitude um pouco infantil, mas fiquei feliz com a demonstração de respeito, ele sempre fora assim e isso era uma daquelas coisas que você consegue amar e odiar em uma pessoa.
- Nada Ron, nada demais... - disse irritada pegando uma toalha que estava próxima ao box para me cobrir e dar a chance do meu namorado se comportar de forma adequada. - Ron...- falei baixinho e um pouco chorosa – Senta aqui comigo...por favor – completei quase suplicando e ele obedeceu ao pedido, sentou-se ao meu lado sem desligar o chuveiro, ficamos abraçados por um tempo e eu estava muda, não queria falar nada, queria apenas sentir o calor do meu namorado me aquecendo sem a mínima culpa, era bom estar ao lado de Remus, definitivamente era muito bom, mas estar ao lado de Rony conseguia ser melhor, a ausência da culpa deixava o meu coração leve.
- Mi... - Rony ia começar a falar alguma coisa, mas eu o interrompi.
- Ron, você sente desejos por mim? - perguntei olhando-o curiosa. Como era de se imaginar ele se espantou com a pergunta e começou a ficar escarlate, suas orelhinhas já estavam extremamente vermelhas, acho tão bonitinho quando isso acontece, ele fica com uma ar angelical.
- Ah! Mione... - ele suspirou – Eu não sei por que está me perguntando isso agora... - Rony a essa hora já admirava com extremo interesse o desenho dos azulejos do banheiro.
- Rony...olha pra mim... - pedi irritada e ele atendeu de prontidão.
- Mione... Eu sinto um desejo enorme por você, uma coisa inexplicável...- Rony desembestou a falar como se aquilo fosse um grande pecado e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele tomou coragem e continuou – Mas eu respeito sua vontade e concordo com aquilo que você me pedir. - Essa última frase eu preciso confessar que tocou fundo meu coração.
- Então Rony... Se eu te disser que finalmente chegou a hora... - disse com um sorriso malicioso.
- O que? - Rony ficou pasmo,ao mesmo tempo alegre e sem nenhuma reação.
- Isso mesmo Ron acho que chegou a hora...Bem... Você sabe, eu já tenho uma casa, estamos quase noivos, pra que esperar mais? - Eu sabia que apesar de estar realmente preparada para ser de Rony eu queria mesmo era poder esfregar na cara de Remus que eu não era mais virgem, portanto agora ele não precisava ser tão cheio de coisas para cima de mim. Tá eu sei que isso não é um bom pensamento e que eu posso estar sendo vista com outros olhos, mas fazer o que se essa é a real?
- Você está falando sério? - Rony me perguntou ajoelhando-se na minha frente.
- Nunca estive tão séria em toda minha vida... - respondi sorrindo e o puxei para um beijo.
Rony estava feliz, isso era possível perceber no seu beijo, tinha um gosto diferente, um quê de desejo, um fogo, enquanto nos abraçávamos tirei a toalha que cobria meu corpo e em seguida tirei sua camisa, nossos corpos se tocaram, senti Rony tão próximo à mim que estremeci, estava voltando a sentir os choquinhos percorrendo meu corpo, era uma sensação infinitamente maravilhosa, se pudesse guardá-la em um frasquinho para usá-la quando estivesse triste com certeza o faria. Afastei-me de Rony e o olhei fixamente nos olhos, ele não conseguiu sustentar o olhar como eu previa, automaticamente seus olhos pousaram sob meus seios e ali se perderam, ele me deitou no chão e começou a beijar meu corpo, sua língua quente e aconchegante delineava meu corpo e eu simplesmente não conseguia suprimir os gemidos, não cabia mais em mim, a sensação que eu tinha era que ia explodir a qualquer hora. Levantei a cabeça de Rony e comecei a beijá-lo novamente, suas mãos que sempre era muito controladas agora perdiam-se com extrema facilidade, eu achava isso muito engraçado, sei que não era hora para pensar nisso, mas comecei a imaginar se de repente a família Weasley resolvesse aparatar no meu apartamento acho que eu entraria em choque e Rony com certeza morreria, teria um colapso bem na nossa primeira vez, imaginei a cena com uma clareza absurda na minha mente e comecei a sorrir.
- Do que você tá rindo? - Rony perguntou-se receoso.
- Tô rindo da bobeira que nós fizemos esses anos todos esperando por esse dia – menti para ele, quer dizer falei a verdade, mas não a verdade que motivou meu riso, que eu tenho certeza que seria o suficiente para acabar com o clima.
- Mi..err...você está certa disso? - Rony apesar de contente ainda se sentia inseguro.
- Sim..claro que estou! - respondi entusiasmada enquanto tirava sua calça jeans e ele me ajudava com uma carinha de susto.
Confesso que me surpreendi com o volume por baixo de suas cuecas, não imaginei que fosse assim, mas como nunca tinha visto nada parecido achei bom. Rony também tirou minha calça e parece que o resultado foi igual ao meu, com uma diferença ele já havia visto algo parecido, afinal ele é homem e mesmo no mundo bruxo também existem revistas.
Passamos momentos maravilhosos embaixo daquele chuveiro, pudemos descobri quase todas as sensações que nos eram permitidas, com certeza nunca me esquecerei, nunca mesmo, Rony me apresentou coisas que eu jamais pensei que fosse sentir, uns arrepios diferentes, sensações realmente boas e depois que você conhece pela primeira vez não tem vontade de parar, só naquela noite fizemos amor umas quatro vezes, em quase todos os cômodos do meu novo apartamento, só perdoamos a cozinha porque...bem...a cozinha estava bagunçada ao extremo, mas eu prometi para ele que nós iriamos para lá qualquer dia desses. Rony dormiu comigo naquela noite, ele não costumava fazer isso a Sra. Weasley não aprovava a idéia.
É engraçado descrever dessa forma como foi minha primeira vez com Rony, realmente foi tão boa que me casei com ele, apesar desse jeito trapalhão e ao contrário do Remus previa o garoto leva jeito para coisa.
Nessa mesma noite assim que Rony adormeceu chamei minha coruja e enviei um bilhete para Remus, que transtorno esse desejo me causava! quer dizer...nem sei se ainda não continua me causando...Enfim contei no bilhete o que havia feito, não era certo, mas eu queria que ele ficasse louco de raiva por ter me abandonado daquele jeito, ah! Não existe no mundo uma só pessoa que entenderia perfeitamente essa atitude dele, fiquei muito brava também. Remus mais uma vez me ignorou, não só o meu bilhete, ele simplesmente não tinha a mínima vontade, ou melhor, ele detestava dividir até o mesmo ar comigo, onde eu estivesse ele com certeza não estaria, me evitava a todo custo e aquilo me maltratava o coração, mesmo que tivesse que guardar todo meu desejo por ele, não era justo comigo que não nos falássemos, eu precisava pelo menos de um comprimento, pelo menos um oizinho já me deixaria feliz. Rony não é nenhum idiota ele conseguiu perceber que Remus me evitava e que eu estava extremamente chateada por isso.
Sede da Ordem...
- Mione...é impressão minha ou Remus não está falando com você? - Rony me perguntou na frente de Harry e Gina enquanto almoçávamos, Gina nem sonhava com o que estava acontecendo, ela era minha melhor amiga, porém era a irmã de Rony também e com certeza não ficaria feliz com essa notícia, mas Harry, que era tão meu amigo quanto de Rony já sabia de parte da história, com a morte de Sirius, Remus ficou sem ninguém para desabafar, então mesmo que toda sua prudência de longa data o aconselhava não dividir seus segredos com ninguém ele não era de ferro, certa vez contou ao Harry quase tudo que nos aconteceu, acho que parou no nosso primeiro beijo.
- Não sei o que está acontecendo...e quer saber deixa para lá...não fiz nada para ele... - respondi vagamente querendo mudar de assunto, Harry percebeu minha aflição e mesmo não concordando com o fato tratou de me livrar logo dessa.
- Vou falar com ele e depois te falo, certo?! - Harry disse mudando de assunto na mesma hora.
Nesse dia mesmo, durante a madrugada enquanto todos dormiam e minha insônia me acompanhava eu desci para tomar um chá, talvez alguma coisa quente pudesse ser útil para aquecer meu gélido coração.
Entrei na cozinha que só estava iluminada por uma vela fraca, me assustei ao perceber que alguém estava sentado em uma das cadeiras no final da mesa.
- Nossa! Você quer me matar de susto? - perguntei reconhecendo quem era a pessoa, e como era Remus ele não se deu ao trabalho de me responder.
Continuei fazendo meu chá, esquentei a água no fogo, mesmo que pudesse usar magia para isso queria ver quanto tempo seria necessário para aquele homem abrir a boca e me pedir desculpas por esses meses de gelo. Confesso que demorou mais do que eu previa, ele não queria ceder e parecia decidido à isso, mas acredito que minha camisolinha semi-transparente colaborou um pouco.
- Hermione...por que fez aquilo? - perguntou com a voz rouca, parecia ter travado uma luta interna para me dizer aquilo.
- Achei que era o que você queria... - respondi displicente lambendo a colher com que havia adoçado meu chá, logicamente para provocá-lo e ele suspirou irritado, parecia ter percebido minha intenção e automaticamente estava tentando se preparar para resistir.
- Como pode ser tão...tão... - era visível que não encontrava a palavra certa para me xingar, então resolvi dar uma ajudinha.
-...tão encantadoramente irresistível? - supus tentando dar uma alegria à nossa conversa, mesmo contra gosto ele sorriu.
- Mione...de onde tirou a idéia de que eu ficaria feliz em saber que você estava...estava...enfim...você compreende... - Remus estava transtornado em falar sobre aquele assunto.
- Eu achei que tinha sido você mesmo que me aconselhou sobre ter minha primeira vez com meu namorado – disse sarcástica e Remus fez uma careta horrível ao ouvir aquilo.
Remus levantou-se da cadeira e veio em minha direção. Eu estava em pé encostada na pia, como sou um tanto baixinha e ele ficou bem na minha frente assim que eu levantasse meu rosto estaríamos a um passo de nos beijarmos. Então eu olhei para cima e...ele me encarou tentando me fazer perder o controle, passou seus braços pela minha cintura e me sentou na borda da pia encaixando-se entre as minhas pernas e me beijou, finalmente pude sentir o gosto dele novamente em mim. Ah! Que sensação maravilhosa, só o fato de estar beijando aquele homem me fazia visitar o céu em segundos, eu flutuava a cada enroscada de nossas línguas. Remus não cabia em si, parecia que eu ia fugir se ele me deixasse respirar, apertava-me com força, queria me possuir.
- Remie – chamei-o carinhosamente e ele me olhou sorrindo – Vamos para o seu quarto.
- Ficou maluca?! Eu não posso fazer isso....Não aqui...Se alguém nos descobre seremos....Nossa! Não quero nem imaginar o que pode acontecer.... - Remus falava descontrolado, naquele momento eu pude perceber que para ele, eu era como uma espécie de vício, alguma coisa que ele sabia que não deveria fazer, mas não conseguia resistir. De certa forma chateei-me com isso, não queria ser motivo de desgraça, não queria que ele me visse somente com um objeto de satisfação de desejos.
- Tudo bem...se não me quer... - falei tentando sair de perto dele fazendo um pouco de graça.
- Mione... As coisas não são assim e você sabe...- Ele me segurou na mesmo posição e começou a acariciar meu rosto.
- Sei...o pior de tudo é que eu sei... - falei sorrindo e o beijei novamente.
As mãos de Remus estavam mais atrevidas do que nunca, passeavam pelo meu corpo procurando alguma coisa, eu sentia um arrepios enquanto ele me tocava, achava aquilo o máximo, não posso negar eu estava tendo um aprendizado e tanto. Remus finalmente encontrou o que tanto procurava..”Minha calcinha”, confesso que quando ele me tocou senti um pouco de medo, uma coisa era estar com Rony, que assim como eu estava descobrindo algumas coisas, outra era estar com um homem quase 20 anos mais velho que eu e que já sabia de quase tudo, fiquei com medo de ser um fiasco. Suas mãos alcançaram minha calcinha e a removeram com delicadeza enquanto eu me limitava a olhá-lo profundamente nos olhos... rompemos o contato quando ele voltou a me beijar, sua boca escorregou para o meu pescoço, depois para o meu colo, ele abaixou a alça da minha camisola com a única mão livre, já que a outra me acariciava na intimidade, e eu estava perplexa com aquela sensação, os formigamentos voltavam a assombrar meu corpo, tinha horas que eu morria de vontade de gritar, mas me continha, afinal não podíamos fazer barulho, de repente Remus abandonou meu colo e desceu, substituiu a mão pela boca, nesse exato momento eu não resisti mais e soltei um gemido, ele me olhou sorrindo e pediu que eu fizesse silêncio, como se isso fosse a tarefa mais fácil de se fazer, francamente! Enquanto a língua de Remie fazia o que outrora sua mão estava fazendo eu me segurava com força na pia, já que não podia emitir nenhum som eu apertava aquele mármore com extrema força. Ah! Que sensação maravilhosa! Atingi o clímax mais rápido do que eu queria e mais tarde do que Remie previa. Estava ofegante quando ele finalmente se levantou para me olhar, chegou perto do meu ouvido e murmurou algumas palavras.
-Depois eu te digo o local e a hora, tah?! - Remus beijou-me despedindo-se e eu continuei estática observando ele ir embora levando minha calcinha com ele.
Sentada na pia não entendia o que eu estava sentindo, era um misto de prazer misturado com culpa, não deveria ter feito aquilo,mas era impossível resistir, enfim apesar de ser completamente contra os meu valores eu tinha que saber qual era o gosto, mas mesmo que eu quisesse não poderia dizer adeus, não estava mais em minhas mãos, já era uma dependência física, eu já necessitava de Remus Lupin e isso não queria dizer que eu era infeliz com Rony e tampouco que ele não me satisfazia, uma sensação esquisita, um feitiço, um encantamento, um desejo insaciável.
Depois daquela noite Remus já me cumprimentava quando nos víamos e isso ao contrário do que eu queria não foi muito bom porque Rony queria saber se Harry havia conversado com Lupin, se tinha descoberto o problema, enfim queria notícias e cada vez que ele tocava nesse assunto eu ficava completamente constrangida tentava mudar de assunto e uma hora as coisas iam acabar pesando para o meu lado.
- Mione... Eu já perguntei para o Harry e ele me disse que não conversou com Lupin, mas ele já voltou a falar com você...por acaso conversaram? - Rony me perguntava com um olhar intrigado e inquisitor.
-Não! Não conversamos... - tentei disfarçar, tenho a impressão que foi pior – Vai ver ele estava com algum problema...
- Vai ver esse problema era você! - Rony tinha as orelhas vermelhas e isso poderia significar apenas duas coisas: estava bravo, ou envergonhado. Acredito que a primeira opção.
- Que idéia Rony! - tentei falar da melhor maneira possível.
- Que idéia, Hermione?Que idéia? Acha que eu não percebi que essa é a segunda vez que ele passa um tempo te ignorando e depois começa a agir como se nada estivesse acontecendo? - Rony despejava aquelas palavras com certa ira, o que eu confesso que me deixava com medo.
- Ron, não está acontecendo nada! - tratei de afirmar categoricamente abraçando-o.
- Tem certeza? - ele me perguntou inseguro.
- Absoluta! - respondi olhando fixamente em seus olhos e pensando como posso ser tão cara-de-pau?! Deu certo Rony logo aliviou-se.
- Então...o que vai fazer essa noite? - perguntou-me já sorrindo.
- Nada...que eu saiba – respondi tranquila e rezando para o tal bilhete de Lupin não chegar naquela hora tão inconveniente.
- Tenho uma proposta... - Rony começou... - Que tal irmos jantar na casa dos meus pais? - perguntou com aquela carinha de nem-pense-em-dizer-não.
- Por mim tudo bem, Rony...sem problemas! - concordei não querendo concordar...Adorava os Weasleys, mas só tinha cabeça para esperar o bilhete de Remus.
Aquela seria a noite mais decisiva de minha vida, a noite em que tudo iria finalmente entrar nos eixos e permitir que minhas idéias começassem a se encaixar de forma clara em minha mente. Não era possível conviver com aquele desejo e aquela culpa toda em meu coração, já não aguentava mais, não era possível.
Cheguei à casa dos Weasleys no horário combinado, pude perceber certa movimentação ao redor do local, achei que seria mais um dos jantares da Molly, ela adora reunir os amigos, cozinha extremamente bem e ama receber elogios. Eu também adoro a Molly, apesar de ser meio crica comigo às vezes, sei que ela gosta bastante de mim também.
Entrei na casa e todos me olharam felizes, correspondi ao sorriso de todos, achei que eles estavam felizes em me ver, só isso. O jantar logo ficou pronto, Lupin também estava lá, como Rony havia feito uma ceninha de ciúmes durante nosso encontro à tarde achei melhor não me aproximar dele. Sentamos todos à mesa e quando íamos começar a comer Rony levantou-se.
- Queridos amigos, é com extrema satisfação que eu os convidei para esse jantar, tenho uma coisa importante à dizer, poderia assegurar-lhes que é a mais importante de todas, aquela que finalmente vai mudar minha vida... - aquelas palavras penetravam meu coração com um misto de alegria e tristeza, já previa o que ele pretendia fazer e o amava, mas não sei bem se aquilo era o que eu mais queria.
Rony pegou-me pela mãos e eu ainda estava perdida em meus pensamentos me assuntei.
- Hermione Granger...Você quer casar comigo? - Rony falou aquilo com extrema dificuldade, seu rosto mais parecia um tomate maduro de tão vermelho e eu parecia ter morrido de tão branca e sem reação que estava, acho que isso deixou Rony mais receoso, eu simplesmente emudeci, meu olhos procuram os de Remus desesperadamente e quando os encontrei pude perceber certa tristeza, o brilho que eu havia visto outrora simplesmente desapareceu deixando seu olhar em um vazio sombrio.
- Rony! - apressei-me em falar para que ninguém pudesse desconfiar de nada.- Eu estou surpresa! Feliz, é claro, mas extremamente surpresa! - tinha que pensar em uma saída rápida, é claro que à essa altura a única saída que eu tinha era dizer que sim, mas isso definitivamente não era o que meu coração queria naquele momento, mas eu amava Rony, queria me casar com ele, então pra que toda essa preocupação? Encontrar-me com Lupin estando noiva me parecia um crime mais grave ainda.
- E então, Mione? - Jorge gritou despertando-me.
- Ah! Claro que eu aceito Rony...Claro que sim! - finalmente dei a resposta para o alívio de todos e para o meu também.
O jantar não teve o mesmo gosto depois disso, havia um misto de arrependimento e certeza no ar, algumas coisas eram tão inéditas no meu coração que eu não saberia nomear aqueles sentimentos, não saberia dizer se estava contente como deveria, não saberia dizer se estava triste como queria, simplesmente jantei e conversei com todos como se nada tivesse de fato acontecido. Certa hora fui dar uma volta nos jardim, aquele excesso de mimo causado pela notícia do casamento estava me deixando nauseada.
Aproximei-me de um arbusto forte que tinha um pneu amarrado em cordas formando um balanço e lá estava ele, Remus, sentado deprimido, como se sentisse que não havia mais motivos para sorrir, como se estivesse cercado de dementadores.
- Oi... - cumprimentei tentando iniciar uma conversa, mas ele apenas me olhou suspirando infeliz.- Remie, eu não sabia, também foi uma surpresa para mim...
- Você está feliz? - perguntou-me temendo a resposta.
- Bem...eu...ainda é uma novidade... - tentava ensaiar algo menos doloroso para nós dois.
- Você está feliz? - ele insistiu.
- Estou... - disse engolindo seco, não queria dizer aquilo, mas para que mentir para mim mesma?
- Então....seja muito feliz...tenha a vida que sempre sonhou...seja muito feliz, tente ser mais feliz com ele do que poderia ser comigo, tente fazer com ele o que poderia fazer comigo, tente amá-lo como poderia me amar e principalmente deseje-o como você me deseja...e sempre irá me desejar... - Remus abandonou o pneu e simplesmente aparatou, para onde? Não sei...provavelmente um lugar onde pudesse ficar sozinho.
Sentei-me no lugar onde Remus estivera há pouco e comecei a chorar, não queria, mas as lágrimas insistiam em saltar dos meus olhos, era horrível a sensação de tentar suprimir a dor que eu estava sentindo com a partida do homem que eu sempre desejei, não sabia classificar meus sentimentos por ele, era uma coisa doentia, uma necessidade tão grande que por um momento eu não achei que pudesse superá-la. Chorei até ser interrompida por Harry.
- É complicado, não é?- Harry sabia o que eu estava sentindo, talvez até mais do que eu gostaria que ele soubesse.
-Harry, me perdoe... - foi a única coisa que consegui dizer.
- Não é à mim que você deve desculpas... Eu não te culpo por nada...e apesar de não ser muito a favor disso eu posso dizer que estou do seu lado...Para o que for preciso.- Harry me abraçou tentando me acalmar, mas ter o conforto de um ombro amigo só me fez chorar ainda mais. Rony não entendeu muito bem o motivo do meu choro, mas Harry deu um jeito de explicar-lhe.
Quando cheguei em casa nada era mais como deveria ser, nada era tão mais inocente, nada era puro, parecia que em cada canto daquele lugar eu podia me ver completamente nua esperando que Remus aparecesse para que pudéssemos finalmente nos amar, para que pudéssemos saciar nossos desejos carnais, para que eu pudesse enfim ser dele e ele só meu.
O meu quarto estava mais frio que de costume, deitei-me algum minutos na minha cama e fiquei pensando na vida, pensando em como seria o meu casamento, qual seria a decoração, as flores, decidi naquela hora que iria querer um casamento trouxa, com direito à todas tradições possíveis, achava tudo lindo...Rony iria me fazer feliz e Remus seria uma parte integrante e importante do meu passado. Finalmente havia conseguido aliviar meu coração e já me sentia arrependida por ter abandonado meu jantar de noivado. Não podia mais voltar mesmo decidi tomar um banho quente. Demorei o mais que pude, a água sempre conseguiu clarear minhas idéias, saí do banheiro com a cor da decoração da igreja definida, o modelo do meu vestido, quem seriam os padrinhos, damas de honra, enfim já estava começando a me acostumar com o meu casamento. Olhei para minha cama e percebi que alguém estivera ali, acho que estava tão entretida com meus planos que nem ouvi nada, uma rosa vermelha estava em cima de um bilhete, segurei a rosa, sentindo seu perfume e abri o bilhete.
“ Querida Mione,
Acho que não fui capaz de entender esse momento como deveria...Minhas sinceras desculpas.
Estou feliz por você, não quanto gostaria e nem quanto deveria, mas estou muito feliz.
Parabéns e Muitas Felicidades!
Abraços
Remus J. Lupin”
Sorri ao ler aquele bilhete, Remus era realmente um homem incrível! Como alguém que estava triste poderia ser tão gentil a esse ponto? Tá certo que eu compreendo que aquilo era apenas uma gentileza e que no fundo ele estava bem abalado, assim como eu, mas de certa forma já estava me acostumando com a idéia de me casar, estava gostando da idéia, afinal quem é que não seria capaz de se sentir feliz quando estava prestes a casar com o grande amor de sua vida?
Rony e eu passamos os últimos meses indo atrás das coisas para o casamento, como disse queria uma festa deslumbrante, queria algo que fosse capaz de me lembrar para o resto da vida. Os últimos meses voaram até a data do casamento nunca mais havia encontrado Remus, não da forma como costumávamos nos encontrar, sempre que estávamos juntos em um determinado local conversávamos normalmente e assim que tínhamos a mínima oportunidade falávamos sobre nós, ainda existia bastante entusiasmo, mas agora a situação me deixava mais apreensiva, era óbvio que isso não mudava nada nas vezes que eu havia traído Rony com ele, mas não me sentia à vontade em continuar com aquilo estando prestes a me casar.
- Linda como sempre... - Remus sussurrou em meu ouvido enquanto eu pegava um copo de água na cozinha da minha casa durante o meu jantar de despedida de solteira.
Eu e Rony decidimos fazer uma festa juntos, não suportava a idéia de que ele pudesse fazer aquelas coisas que os homens costumavam fazer nessas festas.
- Obrigada! - respondi virando para ele e nós ficamos frente a frente e nos olhamos com o mesmo desejo de sempre.
- Por que algumas coisas têm que ser tão difíceis na nossa vida? - ele me perguntou articulando bem os lábios tentando me hipnotizar.
- Acredito que as coisas aconteçam como devem acontecer... - respondi certa de aquela não era a melhor coisa a ser dita no momento, afinal nem era o que eu pensava.
- Acha mesmo? - ele perguntou apertando-me contra a pia e eu gelei.
- Acho... - respondi abaixando o olhar.
- Eu tenho certeza de que ainda existirá uma oportunidade para nós... - ele disse finalmente desgrudando de mim e saindo para a sala.
Eu fiquei imóvel pensando no que ele havia dito... Será que nós ainda nos encontraríamos? Será que mesmo de casamento marcado eu seria capaz de tal coisa?
Descobri que seria capaz de qualquer coisa nessa vida principalmente se estivesse cega de desejos.
....
Uma chuva torrencial caia aquele dia era difícil até enxergar o caminho de casa e eu caminhava pela calçada carregada de sacolas com as coisas que eu havia comprado para minha casa nova, ainda bem que nada do que tinha ali estragava com a chuva. Caminhava tão rápida e de cabeça baixa que acabei dando um encontrão com um homem que vinha na mesma direção.
- Você está bem? - o homem me perguntou.
- Remus?
- Mione? Deixe-me ajudá-la... - Remus levantou-me e segurou minhas sacolas que caíram no chão.
- Obrigada! Me acompanha até em casa? - perguntei inocente. Ele olhou-me por inteiro, minha roupa marcava meu corpo por estar molhada e ele sorriu malicioso.
- Claro! Será um prazer ajudá-la donzela...- respondeu brincalhão.
Chegamos em casa extremamente molhados, pedi que ele colocasse as sacolas em cima da mesa da cozinha enquanto me dirigia ao banheiro para pegar uma toalha para nos secarmos.
- Remie, você quer uma camiseta do Rony? - perguntei com a voz elevada pensando que ele estava na cozinha, mas ouvi um “não, obrigado!” bem atrás de mim.- Ah! Você está a..aqui! - virei-me para olhá-lo e acabei ficando frente a frente com um homem sem camisa e extremamente sedutor.
- Estou! - ele disse displicente.
- Então... não quer a camisa? - perguntei novamente virando-me, não queria ficar olhando para ele.
- Já disse que não preciso... - Remus respondeu afastando meus cabelos e beijando meu pescoço.
- Remie... - disse fraquejando.
- Mione...- ele respondeu abraçando-me por trás. Senti seu calor...aquele perfume suave e tão indecente penetrou minhas narinas entorpecendo-me.
Remus virou-me e quando já estávamos frente a frente ele me beijou. Um beijo profundo, envolvente, mas ao mesmo tempo calmo e suave. Separei-me dele tentando demonstrar que estava brava, mas acho que não consegui.
- Remus! Não devemos fazer isso... Eu estou noiva, vou me casar na próxima semana e isso não é correto! - minha boca falava uma coisa e o que eu o meu corpo queria era outra.
- Olhe nos meus olhos, Mione e diga que não me quer... - disse Remus forçando meu rosto para olhá-lo e eu continuei muda. - Vamos Mione, diga! - ele insistiu.
- Eu..bem...- as palavras agora pareciam querer fugir do meu pensamento, era como se eu soubesse o que deveria dizer, mas não queria dizer. - Eu...não consigo... - finalmente admiti que era impossível dar-lhe as costas nesse momento, por mais que eu soubesse que não deveria fazer, eu também sabia que não tinha o poder de dizer-lhe não.
Beijamo-nos suavemente admitindo que aquele momento era só nosso, nada teria o poder de destruí-lo, da minha cabeça saíram todas as censuras, todos os pensamentos, todas as certezas, tudo... Deixei-me levar pela situação sem querer saber se mais tarde eu me arrependeria ou não. Ao mínimo toque de suas mãos suaves eu simplesmente entreguei-me por inteiro, não havia o que temer, não havia motivos para eu me preocupar, eramos só nos dois, eramos o que finalmente queríamos ser.
Remus desabotoou lentamente os botões da minha camisa, apesar de todo o desejo que formigava em seu corpo ele queria que aquele momento fosse eternamente especial e a sensação que eu tinha era a de estar flutuando sob um céu de baunilha. Uma delícia!
Assim que ele terminou seu ritual, comecei o meu, mas ao contrário de toda a sua delicadeza eu fui direto ao meu objetivo, comecei a beijá-lo ardentemente, não havia camisa para ser tirada, afinal ele já estava com o peito nu e eu sem demora em seus lábios me ocupei de seu toráx. Beijei-o em toda sua extensão demorando-me em seus mamilos e eu o sentia arrepiar-se. Encostei-o na parede e o ouvi gemer pelo frio dos azulejos, sorri e abaixei soltando seu cinto e logo em seguida desabotoei sua calça e fui descendo zíper devagar, quando cheguei no final ele segurou minha mão e me puxou para cima.
- Que foi? - perguntei intrigada.
- Nada...Só acho que poderíamos ir para a cama... - ele falou sorrindo maliciosamente. Disse isso virando-me e abraçando-me por trás, pudia sentir seu membro enrijecido e aquilo me dava mais vontade de ser dele.
Remus jogou-me na cama e logo veio por cima de mim beijando-me, estávamos envolvidos, na mesma sintonia parecíamos um só corpo naquele momento. Virei o jogo subindo em cima dele e terminei de tirar-lhe a calça. Quando comecei a tirar-lhe a cueca pediu que eu parece, então deitou-me novamente buscando meus lábios, beijamo-nos mais uma vez, porém com mais urgência.
Na minha cabeça nada mais importava naquele momento eu só queria sentir seus lábios, que tocavam meu pescoço e acariciavam meus seios com muita leveza proporcionando-me um prazer diferente de todos que eu já havia sentido na vida.Um instinto diferente tomava conta de mim, nada que eu fizesse naquele momento seria dominado pela razão, a minha emoção fluía sem pudor e acredito que a de Remus seguia o mesmo caminho. Era fantástico sentir suas mão desenhando movimentos perfeitos pelo meu corpo nu, sentia-me extremamente livre, como se fosse mestre naquilo, como se fosse experiente.
Remus parou na minha frente, estavámos sentados na minha cama, que agora estava completamente bagunçada, olhou-me com desejo, mordia o lábio inferior para tentar controlar sua fúria em possuir-me, de certa forma isso me assustava, Rony era mais afobado, ele não analisava muito a situação, era mais “prático” chegavamos ao ponto com mais rapidez.
- Você é linda! – disse Remus sorrindo e eu corei. – Principalmente quando está com essa carinha de garotinha mimada, essa carinha que eu adoro... Ahhhh! Garota, você não sabe o estrago que causa em mim. – Finalizou Remus partindo para cima de mim novamente.
Senti alguma coisa diferente naquele momento, alguma sintonia fina, alguma coisa diferente de desejo, era como se fossemos feitos um para o outro, não sei se isso é verdade ou somente um jeito para amenizar aquilo que eu estava fazendo, para amenizar minha situação.
Deitei-me sobre Remus provocando-o, já estávamos no limite, a qualquer hora explodiriamos de desejo. Ele me virou com firmeza, afastou minhas pernas e penetrou-me lentamente, seus movimentos suaves e envolventes me proporcionavam muito prazer, era uma sensação doentia, eu me sentia doente, era como se eu não pudesse impedir aquilo, era como se eu nunca pudesse mudar aquela situação, como se eu e ele estivéssemos conectados até a morte.Meus gemidos serviam de combustível para Remus, a cada gemido as coisas intensificavam mais, e eu estava quase atingindo o orgasmo quando ele parou.
- Mione...eu não aguento mais... – disse ofegante e descontrolado.
- Então vem logo que eu também não... – disse puxando ele para dentro de mim novamente.
Não demorou muito atingimos nosso clímax juntos. Nossos corpos suados e ofegantes encontravam apoio um sob o outro. Aninhei-me no peito de Remus e ficamos lá, paredos e quietos absorvendo aquela sensação maravilhosa, nunca imaginei que essas coisas pudessem mudar coforme a pessoa.Com Rony eu sentia de um jeito, era uma coisa angelical, serena, pura, era um azul claro e produndo. Com Remus era uma sensação de fogo, desejo, era rápido, apressado, urgente, essencial, um vermelho intenso e duradouro.
Depois daquela tarde eu e Remus não nos encontramos mais até o dia do casamento, não conseguia definir a sensação que tinha, era uma espécie de perda misturada com a sensação de missão cumprida, era esquisito não tê-lo ao meu lado, era como se eu estivesse incompleta, era triste, mas ao mesmo tempo feliz. Eu estava entrando em uma nova fase da minha vida e não poderia levá-lo junto comigo.
Bônus....
O meu primeiro jantar na casa dos Weasleys depois de casada foi muito animado e interessante, qualquer um que sentava ao meu lado perguntava-me sobre filhos, é engraçada a urgência das pessoas na vida dos outros, tinha acabado de me casar e já queriam que eu fosse mãe.
Depois do jantar sentei-me no balanço da árvore no jardim, sempre que estávamos lá fazia isso, era uma forma de relaxar, às vezes o barulho da conversa me irritava, então preferia ficar sozinha.
- Casou-se, mas não perdeu o jeitinho de moleca! – disse uma voz masculina e sedutora aproximando-se e eu sorri.
- Ainda bem, não é?- respondi virando-me para olhá-lo, percebi que Rony nos observava pela janela e acenei para ele, era uma forma de tranquilizá-lo.
- Eu não consigo aceitar isso... – Remus me disse aparentando tristeza.
- Sabe que de certa forma nem eu? – respondi mais com o coração do que com a razão.
- Por que a gente não se esquece? – perguntou-me irritado.
- Deveria ser assim, mas não acontece... – respondi certa de que ainda levaríamos tempo para acreditar que estávamos errados em sentir aquilo.
- Prefiro sempre...sempre correr o risco... – disse-me virando para ir embora..e eu o chamei.
- Remie...- disse suavimente..
- Sim...
- Algumas coisas mudam, querido…outras nunca mudarão... – disse voltando-me para imensidão negra do céu, enquanto ele partia, mas nada na nossa vida era para sempre, a não nós dois...
---------------------------
N/a: Então pessoas, gostaram??? Espero que sim, pois apesar de ter sido complicado finalizá-la eu gostei do resultado...Ah!!! só mais uma coisa...eu estava pensando na próxima...todas serão N/C-18, então tenho uns casais em mente e gostaria de saber se vira, quer dizer se a galera gosta...eu gosto de tudo que é diferente...então vamos lá...Gina/ Lucius ou Lilly/Sirius...me digam o que axam disso, ok? bjos e obrigada!!!!
|
|