Cap.10 – A ajuda vem de quem menos se espera.
- Hermione, Hermione – Snape estava em pânico, o que estaria a acontecer com ela, estava perdendo muito sangue, não tinha tempo então desaparatou com a menina dentro de seu quarto, nas masmorras
Snape estava acostumado com as voltas desorientadas da desaparatação, mas na hora nem pensou se aquilo realmente não afetaria Hermione.
Chegando nas masmorra, Snape colocou Hermione como um cristal sobre a sua cama. Desesperado, foi até a lareira e disse: Sala Precisa.
Na verdade ele gostaria de ter dito enfermaria, mas não havia tempo. Deu de cara com Harry e Gina se beijando calorosamente. A situação seria cômica se não trágica. Snape pigarreou para se fazer notado.
- Potter, Srta. Weasley. Eu não tenho tempo para perguntar o que os dois fazem aqui como se isso não fosse obvio – Disse Snape sarcasticamente.
Harry estava positivamente vermelho enquando Ginevra Weasley se preparava para lançar uma resposta a altura, mas fora interrompida por Snape
- Hermione está aqui nas masmorras, sangrando muito. Por favor alguém chame Pomfrey.
- Professor, Madame Pomfrey não está no castelo. – Disse Harry correndo em direção a lareira com um pouco de pó de flu. – Estou indo para ai.
- Gina, Chame Dumbledore e peça para que ele vá para as masmorras.
O uso incomum do primeiro nome para se referir a Hermione não passou desapercebido pelos dois jovens, mas não havia tempo.
Antes que Snape pudesse mostrar sua indignação perante a petulância do “Eleito” ele já estava do seu lado na sala.
- Onde esta Hermione? – o tom preocupado de Harry fez Severus voltar a órbita e ficar desesperado.
- Sr. Potter o que pensa... – Mas era tarde, Harry já invadira seus aposentos e olhava Hermine desacordada e pingando sangue.
Com um carinho quase fraternal, Harry desabotoou a blusa ensangüentada da amiga, fato o qual deixou Snape abobado e enciumado.
- Professor, você está comigo?!- Disse Harry fazendo Snape acordar de seus devaneios.
-Sim Senhor Potter. Precisamos limpar o ferimento, mas acredito que isso seja fruto de magia, a qual eu desconheço.
- Traga panos limpos, uma vasilha com água, linha e agulha cirúrgica. Rápido, estamos perdendo-a. – Disse Harry Potter.
Uma lagrima insistente ameaçava cair daqueles grandes olhos verdes. Será que ele seria culpado pela morte de mais uma amiga sua, sua irmã.
A familiaridade entre Harry e Hermione deixou de incomodar Snape, finalmente ele percebeu que o carinho dos dois era fraterno e que o-garoto-que-sobreviveu provavelmente daria a sua vida para salvar a de Hermione.
Enquanto ia buscar as coisas que Potter lhe pedira, Snape não pode deixar de comparar a situação a Lílian, será que perderia a segunda pessoa que ele conseguiu amar, a qual amava-o com todas as forças?
Correndo, Snape trouxe tudo o que o garoto pediu e se sentou do lado oposto da cama ajudando Harry Potter a estancar o sangue.
- Professor, isso não vai adiantar, eu já vi este feitiço antes, mas apenas lançado por Voldemort.
- Não fale o nome dele Potter, droga. – o uso incomum deste termo assustou Harry que continuou relatando a historia
- No cemitério, o próprio Voldemort lançou este feitiço em mim, é algo cosanguineo pelo que eu entendi. Mas como ele tem o meu sangue, isso não me afetou, fez apenas um corte pequeno na altura do meu ilíaco.
- Potter, você pode parar de usar este maldito nome? – Disse Snape esfregando o local da marca negra.
- Quem foi que lhe lan... – antes que Harry pudesse falar, Albus Dumbledore entrou na sala de modo preocupado.
- A Srta. Weasley me disse o que aconteceu, pude ouvir que o Sr. Potter já sabe que feitiço é esse não, mas precisamos descobrir quem o lançou ou... – Snape podia jurar que os olhos de Dumbledore estaam refletindo algo estranho. E algo dizia que ele não iria gostar da solução encontrada pelo diretor.
- Estamos perdendo-a, rápido professor – Disse Harry.
- Severus, ela só pode ser libertada com a contribuição sanguinea de alguém que ela ame e que a corresponda. – antes que Harry pudesse falar que ele se cortaria, Dumbledore emendou – não amor fraternal como o de Harry, mas de um homem que ela ama. – os olhos de Dumbledore faiscavam e Snape estava falhando miseravelmente em conter sua raiva.
Num movimento rápido e sem explicação, Snape conjurou uma faca e fez um corte no seu antebraço, longe da Marca negra, e deixou uma grande quantidade escorrer no corte de Hermione.
- Professor, o que o sen... – antes que Harry pudesse completar a frase, o corte começou a se fechar e, num sobressalto Hermine acordou confusa.
- O que aconteceu, por que estão todos olhando para mim. – Ao tentar sentar na cama, uma vertigem a atingiu e ela caiu novamente deitada na cama.
Snape, sem se importar com as pessoas presentes na sala correu ao encontro de Hermione.
- Por Merlim, Hemione, você podia ter nos avisado, você podia ter ME AVISADO, eu quase te perdi. - uma lágrima errante escorreu do rosto de Snape.
Harry Potter estava confuso, olhava a cena com um sentimento indecifrável, sabia que Hermione era apaixonada pelo professor de poções mais ou menos desde seu quarto ano, mas não poderia imaginar que o professor a corresponderia. E Dumbledore. Velho, sempre sabia de tudo e sempre guardava o segredo, não importa quantas vidas dependem disso. Resolveu se resignar e esperar. Não odiava o Snape, e provavelmente ele era a única pessoa capaz de entender Hermione. Queria ver sua amiga feliz. Não importava como. Olhou em volta a cena: Snape segurando a mão da sua irmã quase desfalecida. Chorando, ele nunca havia visto Snape Chorar. Dumbledore confiava nele, e isso já era o suficiente.
Os olhos negros encontraram os verdes e antes que Snape dissesse qualquer coisa Harry apenas assentiu com a cabeça em forma de agradecimento e dando a entender que se encontrariam mais tarde para conversar e saiu da sala sem ser percebido.
Snape admirou a atitude de Harry Potter. Talvez ele apenas quisesse a felicidade de sua amiga. Ao menos isso eles tinham em comum e Harry Potter não era Thiago James Potter. Depois eles conversariam, sabia disso. Mas agora não era hora. Pensando nisso ele voltou sua atenção a Hermione, ensaiando uma caricia nos cabelos da morena.
Albus Dumbledore deu um ultimo olhar a Snape e saiu da sala, sorrindo, talvez um problema estava resolvido.
E foi embora aquela saudade e a felicidade foi quem me sorriu.
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Oi Genteeee...
Desculpem a minha ausência... mas eu prometo atualizar com mais freqüência... tava sem inspiração...
BjO*
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