-E o que você sente por mim, Draco? - Hermione perguntou em um fio de voz.
-Desejo – ele respondeu beijando seu pescoço - Te desejo, Hermione. Por enquanto isso basta. O resto vem como consequência.
Hermione gemeu ao sentir os lábios de Draco em seu pescoço. Fechou os olhos tentando respirar. Ele sorriu ao vê-la entregue e sussurrou em seu ouvido:
-Se segura.
Hermione nem teve tempo para protestar. Abriu os olhos, esquadrinhando o local onde estava. Seu corpo enrijeceu ao sentir novamente os lábios urgentes de Draco em seu pescoço. Delicadamente empurrou o homem à sua frente.
-Onde estamos? Aqui é a sua, a sua...
-Não, Hermione – Draco respondeu entre entediado e divertido. – Aqui não é a minha casa na Londres Bruxa. Eu sei que você e seus malditos princípios não se permitiriam ficar lá. É minha casa de campo. Eu não posso aparatar na sua casa, lembra-se?
Hermione corou. Olhou para o homem à sua frente que lhe devolvia o olhar intensamente.
Ele pode notar a mudança na respiração dela e seu olhar se desviou das íris castanhas para o colo da mulher que subia e descia conforme ela respirava. Ele foi caminhando lentamente em sua direção. Como se os seus passos acompanhassem a respiração. Dela.
Ela, por sua vez, fechou os olhos diante de sua aproximação.
Desejo.
Ela também o desejava.
Sorriu.
Ele venceu a distância que os separava e a beijou.
Primeiro os lábios. E a única coisa que ele conseguia pensar era como desejava aqueles lábios. De forma absoluta e possessiva.
Após capturar urgentemente os lábios de Hermione, Draco percorreu o seu pescoço e colo e ela não conseguiu segurar o gemido que estava preso em sua garganta.
Ele sorriu ao vê-la tão entregue.
Parou para aspirar o seu perfume. Jasmim e pergaminho. E ele pensou que, para ele, parecia que aquelas eram as suas fragrâncias preferidas por toda uma vida.
Puxou-a para mais beijos: nuca, orelhas, lábios...
Entre beijos e lentamente, ele a foi conduzindo até esbarrarem na cama.
Draco sentou, puxando Hermione para o seu colo. Uma das mãos dele foi em direção à nuca dela. Hermione arqueou seu corpo para trás.
A outra mão dele foi à cintura dela. Apertando-a com firmeza.
A boca foi ao pescoço, traçando um caminho com a língua que queimava toda a pele de Hermione que mordeu os lábios, sufocando mais um gemido.
Eles se olharam mais uma vez e, com pressa e impaciência, as roupas que estavam em seus corpos foram sendo retiradas. Pararam para se olhar e se admirar mutuamente. Hermione corou com o olhar tempestuoso de Draco sobre si.
Ele a deitou na cama, beijou seus seios e sorriu com a imagem que se desenhou à sua frente: cabelos revoltos, boca inchada, olhos quase fechados de tanto prazer. Com uma mão, ele apoiou o seu próprio corpo, enquanto a outra começou a brincar displicentemente pelo ventre dela.
Draco sugava o seio de Hermione com sofreguidão. Como se sua própria vida dependesse disso. Sua mão deslizou para baixo e Hermione estremeceu ao sentir os dedos de Draco brincarem com sua intimidade. Há muito tempo ninguém percorria esse caminho. Seu caminho de prazer que Draco descobriu tão rápido. Dessa vez ela não quis segurar o gemido. E ele gemeu junto, sentindo-se vibrar à aproximação da entrega de ambos. Ele se posicionou e lentamente a penetrou. Não tinha mais pressa. Ele tinha certeza que ela era sua.
Sua Hermione.
Ele abriu os olhos que não havia percebido que estavam fechados. Hermione transpirava. Gotículas de suor brincavam em seu nariz. Ele mexeu dentro dela e gemeu quando percebeu que ela entrelaçava suas pernas em sua cintura, puxando-o mais para si. Como se isso fosse possível. Como se os seus corpos já não estivessem fundidos em uma dança de prazer.
Os dois gemeram. Há quanto tempo ambos não se sentiam tão completos?
Hermione mordiscou o peito do loiro e ele intensificou o seu toque e seus movimentos. Ela gritou rouca seguida pelo gemido dele de prazer. Sorriram um para o outro.
Ele se levantou e parou para admirá-la. Pensou o quanto a idade havia lhe feito bem e ela sorriu tímida. Então ele se deitou ao seu lado. Aninharam-se e adormeceram.
---
2 semanas depois
Conforme a tradição, Hermione almoçava na casa dos Potter todo último domingo de cada mês. A única exceção era quando coincidia com o domingo anterior das crianças regressarem à Hoqwarts, nesse caso, o almoço era realizado com toda família Weasley n’A Toca.
-O que tanto me olha, Ginny? –Hermione perguntou em um sorriso.
-Nada – a ruiva sorriu em resposta.
Hermione parou de separar o material para a salada e virou de frente para a cunhada. Como conhecia aquela ruiva que amava como irmã.
-Fala! – Hermione ordenou.
-Nada, ué – Gina voltou a olhar as panelas e com um floreio da varinha, começou a descascar alguns legumes. – Primeiro Harry me conta que há umas três semanas o Malfoy apareceu no Ministério querendo saber pelo seu paradeiro.
Hermione a fitou com a boca e olhos arregalados. Havia esquecido de perguntar ao loiro como ele havia encontrado o seu escritório.
-Segundo – Gina continuou, interrompendo Hermione em seus pensamentos – desde que você chegou, não tira esse sorriso da cara e terceiro, mas não menos importante: você está de cinza Hermione. Por Merlin! Você tirou o luto – A ruiva pôs a mão na cintura à la Molly Weasley – Está me escondendo alguma coisa, Hermione Jean Weasley?
Hermione enrubesceu. Gina era impossível. E era impossível alguma coisa diferente passar sem que ela percebesse. Hermione mordeu os lábios e olhou para a sala. Harry não estava lá.
-Estou me sentindo uma adolescente – riu boba, olhou para sala procurando Harry mais uma vez e abaixou sua voz em um tom – Transei com Draco Malfoy.
-Merlin – Gina disse em um grito, sendo logo advertida por Hermione.
-Shhhhhh.
-Está tudo bem com vocês? – Harry gritou de outro cômodo.
-Está sim, amor – Gina gritou em resposta. Completou em um tom mais baixo. -Como foi?
-Como foi o quê? – Hermione perguntou assustada.
-Não se faça de desentendida, Hermione. Como foi que isso aconteceu? –Gina perguntou impaciente.
Hermione suspirou. Era impossível manter discrição com a Gina.
-Draco esteve... – Hermione começou.
-Draco – Gina repetiu. – Harry me disse que os achou bem próximos no dia que a Astoria – Ela olhou para Hermione. Parou ao perceber o olhar de fúria que Hermione lhe lançou.
-Eu não tive um caso com o Draco durante o tratamento da Astoria, se é isso que está pensando, Ginevra.
-Calma Mi. Eu nunca pensaria isso de você – Gina falou na defensiva – E, mesmo se acontecesse, você sabe muito bem que eu nunca a julgaria.
-Desculpa – Hermione disse beijando o topo da cabeça da amiga. –Eu sei que não.
Hermione passou a narrar o diálogo que teve com Draco em seu escritório até sua ida à casa de campo.
-E aí? –perguntou a Gina.
-E aí que uma semana depois ele viajou à negócios. Deve ficar aproximadamente um mês fora de Londres. E eu não sei de mais nada. - Hermione sorriu tímida.
Gina sorriu
-Embora inusitado, estou feliz por você. Já estava mais do que na hora de você tocar sua vida.
---
Um mês depois
-Dra. Weasley – a secretária de Hermione entrou em seu consultório – Já despachei suas solicitações ao departamentos aqui em St. Mungus.
-Obrigada Luana. Acho que já chega por hoje, não é mesmo? –Hermione sorriu.
Sua secretária lhe sorriu.
-O senhor Malfoy está aí fora e disse que gostaria de vê-la. Quer que eu peça para voltar outro dia?
-NÃO! – Sua voz saiu mais alta do que o esperado. Luana lhe olhou espantada.- Diga-lhe que pode entrar. E você já pode ir para casa – Hermione completou se recompondo.
Hermione levantou de sua mesa. Sorriu ao vê-lo entrar.
-Draco! Quando che ...
As palavras ficaram perdidas nos lábios de Hermione.
Draco havia diminuído o espaço entre os dois em um piscar de olhos e a beijava intensamente.
-Senti sua falta – ele disse enquanto beijava o seu pescoço.
-Eu também – ele respondeu suspirando ao sentir a mão de Draco apertar sua cintura.
-Daqui a vinte dias eu viajo de novo – ele disse olhando em seus olhos – Quero que vá comigo.
-Bem eu preciso ver se posso porque...- ele pôs o dedo em seus lábios.
-Isso não é um pedido, Hermione. Não é negociável.
Ele a puxou-a mais para perto e mordiscou sua orelha. Hermione gemeu.
-Se segura – ela sorriu marota.
-É possível aparatar em St. Mungus? – ele perguntou divertido.
-Não você – ela disse girando nos calcanhares.
---
-Sua casa, Weasley? – Draco perguntou realmente admirado.
-Cala a boca, Malfoy – Ela respondeu puxando-o pra um beijo.
---
Quatro semanas depois
-Eu não consigo acreditar que ainda está assim, Scor! – Uma menina negra de longos cabelos cacheados e de profundos olhos castanhos olhava para um rapaz de cabelos quase tão brancos de tão loiros. Ele bufou e continuou olhando pela janela. – Vamos nos atrasar.
-Eu não vou a lugar algum, Vê.- ele respondeu sem olhá-la.
-Ótimo – ela respondeu sentando-se ao seu lado. Scorpious a olhou e somente nesse momento percebeu que sua prima, embora já estivesse maquiada, ainda estava de roupão.- Se você não vai, eu também não vou.
- Vênnice, vá – ele pegou em suas mãos – é o seu último baile. Pode ir, vou ficar bem!
-E o seu primeiro, pelo menos oficialmente falando – ela completou rindo -Eu não vou a lugar algum, Scorpius. Não vou deixar você aqui embaixo sozinho.
Scorpius bufou irritado e Vênnice sorriu.
-Eu nem tenho roupa, Vê. Com tudo o que aconteceu, não tive cabeça para avisar sobre esse baile em casa.
-Mamãe mandou sua roupa – ela respondeu com um sorriso angelical no rosto.- Já está, inclusive, em cima de sua cama.
-Você pensou em tudo, não é mesmo? – Ele ergueu uma sobrancelha e deu um sorriso de canto de boca. – Não é à toa que é uma sonserina. Tudo bem, Vênnice Ravine Zabini, você me convenceu.
Vênnice bateu palmas de contentamento.
-Então vá se arrumar. Podemos nos encontrar em meia hora?
---
O olhar superior com que Scorpious olhava a tudo e a todos no baile de Hogwarts, mostrava o quanto estava entediado. Estava escorado displicentemente em uma pilastra do salão principal, quando avistou uma cabeleira ruiva se dirigindo para fora. Embora fosse um baile de máscaras, a reconheceu. “Reconheceria aquela cabelereira até no inferno”, pensou enquanto um sorriso perverso se formava em seu rosto.
-Scor, aonde vai? – perguntou sua prima, receando que ele voltasse ao dormitório da Sonserina.
-Vou ali me divertir um pouquinho – ele disse com um sorriso de lado. Sua prima lhe retribuiu o sorriso. – Já volto.
---
Rose estava exausta. Nunca havia dançando tanto em sua vida. Era seu primeiro baile em Hogwarts e estava animadíssima. Informou aos seus primos que iria se refrescar um pouco e se dirigiu para fora do salão principal.
---
Rose saiu do Salão Principal e sorriu ao sentir o vento bater em seu rosto. Mas não levou 5 minutos para começar a sentir frio. “Que esperteza, Rose Weasley. Corpo quente, tempo frio, vai arranjar uma doença”, pensou consigo. Resolveu voltar para dentro do salão quando esbarrou em alguém.
-Está perdida, Weasley?- Scorpius falou com a voz arrastada no ouvido de Rose, que se arrepiou.
-Merda, Malfoy! Você me assustou – Ela disse o olhando de cara feia e passando por ele. Sentiu seu braço sendo segurado.- Me solta, Malfoy – ela completou impaciente.
-Eu quero falar com você – ele disse a arrastando para a parte mais escura do local aonde estavam.
-Eu não tenho nada para falar com você, seu idiota – Ela disse se debatendo – Já mandei você me soltar. – Ela disse pegando a varinha com a mão livre e apontando para ele.
-Ei, ei, ei. Calma, Weasley – Ele levantou as duas mãos em sinal de rendição. – Não te trouxe até aqui para duelar com você. Abaixe essa varinha, não queremos acidentes por aqui.
Durante aproximadamente 30 segundos ela ainda permaneceu com a varinha apontada para ele que se aproximou lentamente. Ele pousou sua mão na varinha dela, abaixando-a completamente.
-O que quer comigo, Malfoy ?– Rose perguntou entre dentes.
-Isso – ele respondeu a puxando pela cintura e colando seu corpo ao dela. Rose arregalou os olhos. A mão de Scorpius que estava livre foi para a nuca de Rose, puxando-a para um beijo intenso. Ele parou apenas quando não lhe restava mais fôlego.
-Malfoy – Rose disse em um sussurro, abrindo os olhos que nem percebera quando fechara. – porque me beijou? – ela perguntou vermelha como seus cabelos.
-Eu queria saber se havia alguma coisa especial em um beijo de uma Weasley a ponto de enlouquecer um Malfoy. – ele riu debochado. Lágrimas brincaram nos olhos de Rose. Mas ela não as derramaria ali. – Sabe qual foi a minha conclusão? – ele aproximou o seu rosto do dela –Não há nada especial, Weasley. Você beija muito mal – Ele soltou uma gargalhada e Rose permitiu que uma lágrima solitária escorresse de seu rosto.
N.A: Olá xuxus, o capítulo veio antes do previsto, viram?
Fiquei tão feliz com os comentários recebidos que a imaginação fluiu.
Quero saber o que acharam da cena de amor do Draco e Hermione e da ação do Scorpius.
Beijos e até daqui a 20 dias (o tempo pode ser menor, vocês que sabem rsrsrsr).