Capítulo 3
Nirvana
| Respirar, Transpirar, Não Pirar! |
"A cama está em chamas
Com paixão e amor,
Os vizinhos reclamam no barulho que vem de cima".¹
Hermione tentava inutilmente enfiar a chave dentro da fechadura da porta, mas descobriu que essa era uma tarefa praticamente impossível com Harry agarrado na sua cintura, espalhando beijos quentes em seu pescoço.
Soltou um gemido nada ortodoxo quando sentiu os dentes dele em sua pele exposta, metendo a chave novamente no lugar errado e quase perfurando a madeira da porta.
Atrás de si, Harry não parecia nem um pouco incomodado com a demorar para adentrar no apartamento, muito concentrado em fazer o corpo da mulher se contorcer com seus carinhos.
Sequer notava o completo descontrole e falta de concentração por parte dela. A porcaria da tarefa de abrir uma porta parecia muito complicada à Hermione, com Harry pressionando seu corpo contra suas costas e espalhando uma trilha de fogo na sua pele.
Quando finalmente conseguiu girar a maçaneta, os dois quase tropeçaram para dentro do apartamento pequeno de Hermione, o peso dele fazendo-a bater contra a parede.
Harry colou mais seus corpos – se é que isso era fisicamente possível. Hermione o puxou pela gravata frouxa, forçando seu rosto e beijando-o ardentemente.
Demorou só um momento para Harry perceber que os lábios dela estavam nos seus. Ele a envolveu com os braços com força, beijando-a ferozmente, as línguas lutando entre si. O peito dele ruge, e ele sabia porque: sua fome por ela o dominava por completo, arrebatando seus sentidos e roubando seus pensamentos.
Tudo que importava era sentir todas aquelas curvas femininas pressionandas contra o seu corpo, ou a mão direita dela enterrada em seus cabelos e a esquerda puxando a gravata, como se quisesse trazê-lo para mais perto, mesmo que isso fosse impossível.
E, perdidamente, Harry constatou: estava viciado. Em seu gosto. Em seu cheiro. Em seu corpo. Nela.
E em seus gemidos. Apesar do barulho insurdecedor da sua própria pulsação dentro de sua cabeça, ele conseguia ouvir bem seus sussurros ofegantes. Mérlin, Hermione deveria ser proibida de gemer daquele jeito. Era indescente, imoral, e o deixava absolutamente excitado. Com certeza, ela seria capaz de pô-lo louco apenas se gemesse em seu ouvido daquela forma.
Hermione mordeu seu lábio com força, arrancando um grito rouco da boca do homem.
–Hermione... – ele chamou, em tom de aviso, empurrando propositalmente o quadril contra o dela, fazendo com que ela sentisse a pressão do seu desejo. - Vê o que faz comigo? Vê o estado em que me deixa?
Ela soltou uma risada maliciosa, descolando da parede e puxando-o pela gravata. Harry a seguiu, para em seguida, ser jogado no sofá, caindo sentado e batendo as costas; ele nem sentiu a dor, observando abobado o jeito que Hermione balançava os quadris.
Ela sentou-se em cima dele com violência. Estavam muito perto agora, mas Harry não ousou se mexer, esperando o próximo passo da mulher, intrigado.
Com uma expressão muito concentrada, Hermione repousou as mãos pequenas sobre seus ombros, fazendo uma leve pressão nos músculos dali, e fazendo Harry soltar um sibilo de prazer. Ela parecia muito interessada em observar cada detalhe da anatomia de seu amigo para notar que os olhos deles estavam escuros de desejo.
As mãos passearam até o pescoço, parando no nó da gravata. Sem pressa, Hermione começou a desfazê-lo, livrando-se da gravada logo a seguir, jogando-a em um canto qualquer da sala. Abriu o primeiro e o segundo botão da caminha de linho branca, expondo o começo do peito de Harry.
Uma mão dela voou na direção da pele recém-descoberta, onde alguns pêlos finos brotavam. Hermione enrolou os dedos ali, arranhando-o levemente com a ponta das unhas.
Harry observava com fascínio a mulher, o peito arfando, enquanto tentava se controlar. Queria saber e viver todos os planos que Hermione obviamente tinha para ele, por isso, sua calma teria que ultrapassar a sua vontade.
Os olhos de Hermione, que também perdiam o foco de desejo, passaram do colo dele para, sua boca. Os lábios de Harry eram uma linha fina, ela notou. Percebeu, também, que eram os melhores lábios que ela havia beijado.
Estendeu a mão e segurou o queixo quadrado dele, fazendo um carinho quase cálido no rosto dele. Aproximou-se, e o beijou levemente, num selinho.
Harry retribuiu o beijo. Embora não entendesse o que Hermione pretendia, estava adorando tê-la em seu colo, tão absoluta e lindamente sentada em cima da sua dolorosa ereção.
Ao sair do beijo, Hermione tirou os óculos de Harry, que há muito já estavam tortos em seu rosto. Ele a deteu, quando ela esticou o braço para colocar o objeto na mesa de centro.
– Quero vê-la – murmurou.
– Você irá.
Hermione inclinou-se para beijá-lo novamente, e, dessa vez, não foi nada inocente. Ela meteu as mãos em seu cabelo novamente, enquanto erguia languidamente os seios na altura de seu queixo.
Deixou o lábio dele apenas para beijar-lhe a orelha, mordiscando o lóbulo da mesma. Harry apertou a cintura dela, fechando os olhos de prazer.
–Harry... – Hermione chamou, rindo diabolicamente. Chegou muito perto do ouvido dele, e sussurrou, provocante: - Você pode me tocar.
Imediatamente, as duas mãos de Harry desceram vertinosamente até as nádegas da mulher.
Decidiu que Hermione já brincara o suficiente, e que era sua vez de comandar. Encheu as mãos para apertá-la, fazendo com que ela soltasse uma exclamação de surpresa.
Sem esperar mais nem um segundo, Harry a beija, empurrando o quadril dela contra a sua masculinidade. Percorreu os lábios pela mandíbula de Hermione, enquanto ela gemia e tentava desesperadamente arrancar os botões de sua camisa.
Hermione geme alto, sentindo seus joelhos fracos, quando a língua de Harry invade seu pescoço, marcando, mordendo, chupando. Sentia vontade de gritar seu nome. Como um único ser humano, em poucos minutos, conseguia deixá-la naquele estado de pura insanidade?
De repente, ela sente-se erguida no ar, quando Harry levanta-se, carregando-a consigo. Hermione abraça-o pela cintura com as pernas, sentindo a mão dele em sua coxa, por debaixo do vestido amarrotado.
Harry carrega-a até o seu quarto, caindo na cama por cima dela. Hermione ergue o quadril, imediatamente com saudade da pressão que a anatomia do homem fazia em seu corpo.
Hermione lambeu atrás da orelha de Harry, fazendo com que a endorfina fosse liberada em altas doses na corrente sanguínea dele.
–Harry – sussurrou ela, a respiração quente e ofegante arrepiando a pele dele. - Preciso de você...
Ela agarrou-o pela nuca, e levou novamente os lábios aos dele. Ao mesmo tempo, segurou o cós das calças dele e puxou a pélvis dele em direção a dela, e quando o fez, quase desmaiou de prazer.
Pondo a mão em seu vestido, Harry simplesmente o puxou, removendo-o pela cabeça dela, sem perder tempo. Hermione já havia sido despida por outros homens, mas nunca sentiu-se tão desinibida e sem reservas como se sentia agora. Seu desejo pressionava o corpo, tão imensamente forte que era difícil até respirar.
Arranhou sem pudor as costas largas de Harry, quando ele começou a descer os lábios do seu pescoço em direção aos seios. Quando os lábios dele tocaram o vão entre eles, foi como se sua pele queimasse.
Quando as mãos habilidosas de Harry finalmente conseguiram se livrar do sutiã de renda, Hermione não pôde se conter, erguendo o colo na direção do rosto dele, num pedido desesperado e silencioso.
Harry segurou um dos seios com as mãos, acariciando a pele macia, enquanto roçava levemente os lábios no mamilo rosado, fazendo Hermione delirar e pedir que ele não parasse – Oh, Deus! – que ele jamais parasse.
Hermione gemia e se contorcia, e chegou até a choramingar, enquanto Harry mordiscava um mamilo depois o outro, ambos tão eretos que chegava a doer.
Ela o agarrou pelos cabelos, puxando-o para cima com certa violência; voltaram a se beijar, quase que freneticamente, e Harry sentia uma onda de de arrepios cruzarem sua espinha, ao ter as unhas de Hermione gravando-se na pele de suas costas.
Sentiu as mãos da mulher deslizando pelo seu peito, arranhando um caminho perigoso até sua barriga; demorou-se um pouco ali, acariciando os músculos bem definidos, antes de alcançar o botão da calça dele.
Não demorou a conseguir abrir o botão, indo abaixar as calças dele; ao fazê-lo, porém, sua mão tocou de leve a ereção evidente de Harry, fazendo gemer lenta e deliciosamente.
Ele enfiou o rosto na curva do seu pescoço, tentando abafar os próprios grunidos, e Hermione estremeceu, sentindo a fragrância masculina que ele exalava.
–Você é linda – ela ouviu-o murmurar, longe, muito longe, a cabeça perdida nos próprios delírios.
Harry recomeçou a descer os beijos, e em pouco tempo Hermione estava gemendo, os olhos fechados e a cabeça arqueada para trás. Quando as mãos habilidosas dele apertaram suas costas, Hermione sentiu todo o seu corpo se contorcer contra sua vontade.
Os beijos quentes dele desciam perigosamente pelo seu pescoço, passando distraidamente pelo vão entre seus seios e cuminando em sua barriga. Hermione nunca pensou que poderia ter tanto prazer, ao sentir os dentes de Harry arranharem sua pele, mordiscando ao redor do seu umbigo.
Harry ergueu os olhos para encará-la, ainda com a carne da mulher entre os dentes. As mãos enormes e gentis desceram pelas suas costas, fazendo-a estremecer, e posicionaram-se nas laterais de seus quadris, bem em cima do elástico da calcinha.
Dessa vez, embora notasse que o olhar dele era um pedido silencioso de concentimento, Hermione pôde claramente a diferença na cor dos olhos de Harry; estavam obscurecidos de luxúria e desejo, o ciano e o amarelo misturados em tons de verde profundos e escuros.
–Harry – ela gemeu, pronunciando os quadris para frente, oferecendo toda a liberdade que ele pedia.
Os dedos puxaram o tecido para baixo, e Hermione dobrou os joelhos para facilitar-lhe o trabalho.
Ele jogou a peça longe, e Hermione delirou ao sentir a respiração quente dele tão perto de sua intimidade.
Agarrou-lhe os cabelos com vigor, puxando-o e obrigado-o a subir até seus lábios. Beijaram-se com fervor novamente, com Hermione completamente enebriada. Quando soltaram-se, seu desejo era tão ardente e urgente que lhe era quase palpável.
Era como se ela ouvisse a si mesmo em um plano diferente, a respiração ofegante enquanto Harry acariciava-lhe as coxas, os gemidos deturpados quando ele tocou seu sexo com os dedos, os sussurros indecentes saindo da sua própria boca, chamando o nome dele, implorando para que não parasse, pedindo por mais, sempre mais.
Quando o prazer estava quase atingindo o seu ápice, Hermione mordeu com força o lábio inferior de Harry, como numa ordem. Não queria que acabassse, não agora.
Ele riu, parando o carinho, olhando para ela de um modo imoral e quase faminto.
– Teremos que conversar sobre essas mordidas, Hermione – a voz dele era rouca, sensual, carregada de desejo. - Ou estarei sem lábio até o final dessa noite.
Hermione não respondeu, talvez por ter esquecido-se completamente de como se realiza tal ato, ou por estar muito ocupada, de olhos vidrados, observando enquanto Harry retirava a cueca.
Pele na pele, um grunido quase animal saiu da garganta de Harry. Hermione abraçou-o pela cintura, arranhando sem pudor suas costas, fincando as unhas nos músculos bem definidos, buscando apoio – porque suas pernas, ah, suas pernas! já não a sustentavam há muito.
Harry escorregou para dentro dela, e Hermione podia simplesmente ter gritado – ela realmente não notou.
Ele ficou parado um instante, beijando-lhe a boca, acariciando-lhe as costas, o corpo tremendo em cima dela.
Sem desgrudar os lábios dos dela, Harry começou a mover-se, devagar, carinhoso, maravilhoso.
Hermione apertou o agarro nele, gemendo, conforme a velocidade aumentava. O sangue bombeava com muita força em sua cabeça, produzindo um zunido insurdecedor nos seus ouvidos. Suas células e terminações nervosas estavam em chamas, e só tinham um propósito: sentir cada centímetro de Harry dentro de si.
Ele arremetava-se contra ela, suando e gemendo, o som dos corpos chocando-se preenchendo o quarto.
Hermione mexia os quadris de acordo com o dele, precisando que Harry fosse mais fundo, cada vez mais fundo. Grunia coisas incompreensíveis, sentindo os espasmos do orgasmo sacudir seu corpo.
Gritou o nome dele e lhe agarrou as nádegas, fincando as unhas na pele macia, quando chegou ao clímax.
Arrebatamento.
Nirvana.
Êxtase.
Foi isso que Hermione sentiu, chegando ao orgasmo ao mesmo tempo que Harry.
O corpo dela amoleceu, completamente desfalecido, como se seus ossos fossem feitos de gelatina. Harry desabou sobre ela, respirando fundo e pesado perto de sua nuca.
Hermione ergueu os braços, passando-o pelo pescoço dele, abraçando-se a ele como se fosse um pilar. Harry ofereceu um carinho cálido nos cabelos bagunçados dela.
Eles ficaram um pouco em silêncio, com Harry deitado por cima dela de olhos fechados, e respirando devagar contra sua pele. Hermione, quase que inconscientemente, passou a ponta dos dedos nas costas dele, roçando a unha nos músculos ali.
–Huum – um som de prazer arranhou a garganta do homem. - Isso é bom.
–Gosta? - Ela perguntou, muito distraída, forçando as unhas nos ombros dele. – Achei que estava dormindo.
–Impossível dormir com você nua embaixo de mim – ele comentou, com divertimento da voz.
Hermione corou, e agradeceu mentalmente que Harry estivesse de olhos fechados.
Ele escorregou para seu lado na cama, mas imediatamente puxou-a para seus braços. O silêncio mais uma vez preencheu o local. Hermione enroscou seus pés frios no dele, aproveitando-se para roubar um pouco de calor. A Lua que entrava pela abertura da janela era a a única testemunha daquele momento de carinho tão íntimo entre aqueles dois melhores amigos.
–Harry?
–Hum? - A voz dele era preguiçosa e sonolenta.
Hermione mordeu os lábios de apreensão, fitando o teto de seu apartamento.
–O que nós acabamos de fazer?
Harry não respondeu imediatamente. Hermione cerrou os olhos quando sentiu os lábios dele em seu pescoço, beijando e mordendo a pele sensível. Ela arfou, sentindo-se imediatamente quente.
Não demorou e ele estava em cima dela novamente, provocando-a com a boca e com as mãos. Sentiu seu lóbulo da orelha ser sugado com força, e não pode deixar de soltar um gritinho de prazer.
–Amor, Hermione – ele sussurrou no seu ouvido, apertando-a contra seu corpo. – Nós acabamos de fazer amor.
*
¹ - Laid, Matt Nathanson
N/A: Gente, cadê meus comentários? Rum! :~
Lembrando: esse é meu primeiríssimo capítulo NC na vida, e eu não tô muito confiante que ficou bom! Mas, prometo, me esforçarei para melhorar, nos próximos.
Beijo grande e mais que especial aos meus leitores que me deixaram comentários: Jhenny Lass, Laaauras, Amanda A., Herms_Granger Potter, Melissa Hashimoto, Brunizinha, Annabel Evers, Lisa Granger, Lilian Ferreira, Liana Bauer, Marry Potter Granger, Júlia Potter Malfoy, Marie Granger Malfoy e Bethany Jane Potter!