Festa no ministério, todos da dita alta sociedade bruxa estavam lá. Todos prontos para observar a vida alheia e começar a destilar seus venenos impiedosos com suas línguas afiadas. Harry estava de braços dado com Gina, na qual se encontrava deslumbrante com seus cabelos pouco presos e seu vestido tomara que caia na cor verde escura. Seus olhos procurando algum sinal da amiga. O ministro estava conversando com três senhores altamente respeitados e era óbvio que o ministro tentava agradá-los ao máximo. Rita Skeeter perambulava por todos os cantos, sua pena sem parar de escrever logo atrás dela. Dentre as famílias ricas estava a família Parkinson, tendo Pansy trocando sorrisos e olhares com todos os rapazes bem aparentados. Era visível que muitos especulavam a aparição de algumas pessoas, pois muitos eram vistos como seguidores de você-sabe-quem.
Não tão longe dali, Draco estava persuadindo Hermione para ir a festa.
Eu não vou, Draco.
Sinto muito. Mas esse vestido fica perfeito em você e seria um desperdício que ninguém o veja.
Eu agradeço ter cuidado da minha ressaca, mas eu preciso e quero muito ir para minha casa.
Não antes de ir a festa, querida. - Draco sabia que Hermione não gostava de ser chamada de querida.
Tentando me agradar? Está errando feio. - Hermione responde com um tom chato.
Ah... Que é isso, Hermione? Eu quero muito ir a festa e sozinho eu não vou. - Draco fala com birra.
Pra quem tinha dito “eu não fui convidado”. Não tem mais ninguém pra você encher o saco?
Você sabe que não. Ninguém quer andar com o senhor Comensal Malfoy.
Drama...
Por favor...
O que eu ganho em troca?
Hum... - Draco sorriu safadamente. Hermione percebeu o que tinha passado na mente dele, pegou o travesseiro e jogou. - Que é isso? Vai estragar meu penteado.
Certo. Eu vou, senhor arrumadinho não toque no meu cabelo Malfoy.
Obrigado, senhorita chatinha aborrecida Granger.
Aparataram no ministério.
Draco segurou firme a mão de Hermione que deu um sorriso sem ele ver. Pegaram o elevador e desceram para onde ficava o salão de reuniões, lá se passava a festa.
Ao abrir a porta, respiraram fundo, pensavam na mesma coisa, todos veriam os dois juntos.
Abriram a porta e deram de cara com muitas pessoas rindo alto, uma música tocava e a luz estava iluminando fracamente os participantes da festa. Deram um passo e logo foram engolido pela multidão barulhenta, então se deram conta que tinham chegado bem depois da festa ter iniciado. Andaram mais um pouco e logo Hermione foi agarrada por Gina com Harry logo atrás meio desconfiado. Elas se falaram rapidamente, Gina comentando que precisava conversar com ela. Draco a puxou para o meio, mesmo sem dançar e pôs seus braços em volta da cintura dela. De repente, um alvoroço começando de perto deles se formou. Em menos de 2 minutos todos estavam comentando de Malfoy com Granger na festa abraçados. Uma pessoa, ao escutar uma senhora falar junto, tratou de ir ao meio do salão para ver o que se passava.
Como? Herrrmione, você aqui com...ele? - perguntou Krum batendo no ombro dela.
Como vai? - pergunta Malfoy.
Não estou falando com você. - responde Krum, arisco.
Olá Krum. Estou bem e você? - fala Hermione fingindo que não tinha visto nada.
Não tão bem quanto você, aparentemente. - ele fala sarcástico.
Não é aparência, ela está ótima. - Draco fala e segura firme a mão de Hermione.
Krum dá um meio sorriso e se afasta cerrando os punhos. Draco não parecia nada contente.
Esse imbecil!
Só está surpreso, assim como muitos aqui. - ela olhou ao redor. - Devemos nos misturar.
Nada disso. - ele recupera a calma. - Devemos dançar.
Antes que ela pudesse discordar já estava rodopiando em direção ao meio do salão. Ele sorrindo galante a posicionou escostou em seu joelho numa dramatização de uma dança trouxa que havia visto. Tango.
Magicamente a música começou a tocar, era como se sentisse o desejo das pessoas ali situadas e assim começou a soar um som quente e ritmado. Eles dançavam com muita precisão e sensualidade. Draco girava e levantava a perna de Hermione apertando forte na parte detrás da coxa, e num sussurro ela chamou seu nome. Estava sendo seduzida.
Ela se perdeu nos seu olhar. Os dois parados com os corpos encostados. Parecia que só havia eles ali. A música mudou completamente e algo parecido como a música trouxa Still Loving You foi ouvida por todo o local.
Burburinhos. Flashs. A pena de Rita Skeeter a toda escrevendo. Nada os tiraram dali. Aproximaram mais um pouco. Olhos nos olhos. Mãos na cintura. Krum rangendo os dentes. Gina e Harry de olhos arregalados.
Mais um pouco, eles encostam os lábios, os olhos se fecham e...
Todos os rostos se viraram pra ela. Como ela ousa atrapalhar a cena do ano?!!
Mais uma que quer a herança do meu marido. - ela olha as unhas.
Como é? - Hermione apoia as mãos em sua cintura visivelmente contrariada.
Estou dizendo que esse aí, - aponta para Malfoy. - não entrega a minha parte que é de direito, sendo meu marido também um Malfoy.
Tecnicamente seu marido é que deveria receber, não você. - Malfoy retruca. - E como não temos prova alguma disso...
Não estou entendendo nada. - Hermione o olha.
Simples. O avô dele teve um caso com uma mulher na qual resultou em um filho, o meu marido, e eles nunca deram nada a ele. O avô tão respeitado no mundo bruxo, não poderia aparecer com essa mancha, não é? Claro que eu ia ficar calada mas quando soube que você estava enfeitiçando crianças e prestes a colocar a culpa em quem você achava ser seu tio, Malfoy, não imaginei em que você é melhor que meu marido. O problema é que o homem que foi preso e morreu, não era seu tio... Eu já levei os papéis que provam a identidade do meu marido. E agora você, - apontou para Hermione. - está querendo se dar bem na vida, ficando de casinho com ele.
Hermione e Draco olharam confusos para ela.
Eu querendo me dar bem? Sua...
Eu não sabia dessa coisa de tio até pouco tempo atrás. - Draco percebe que todos olham atentamente para eles como velhas fofoqueiras na porta prontas para a próxima fofoca do dia.
Sua mãe lhe contou... - Kika não perde a pose. - O problema é quando ela lhe contou. Duvido muito de que tenha sido a pouco tempo.
Kika mostra uma carta que recebera de Narcisa com os dizeres de que ela não se daria bem pois o filho já sabia de tudo.
Draco reconheceu a caligrafia da sua mãe. Porém não entendia como podia ser antiga, ela lhe contara havia dias.
O ministro o olhou com cautela.
Malfoy, você fez os feitiços?
Claro que não foi ele. - Hermione o corta. - Isso só pode ser coisa dela.
Kika sorri para Hermione.
Só acho injusto ver alguém com a reputação tão duvidosa se divertir com crianças dessa forma tão...repugnante e ficar na boa, enquanto eu e meu marido ficarmos nas sombras, escondendo quem somos realmente. - Kika fala teatralmente.
Isso é mentira! - Draco grita. - Eu nunca fiz nada àquelas crianças.
Kika faz aparecer uns papéis em sua mão. - Ainda bem que mantive umas cópias comigo, você mesmo pode ver, ministro.
O ministro leu e com um olhar triste mandou:
Estavam na sala do ministro Harry, Gina, Hermione e Draco. Todos esperavam o que o ministro decidiria.
Os papéis revelaram que o senhor Kelvin era o tio de Draco, mas além disso, só existia especulações de que fora Draco a enfeitiçar as crianças, até então.
Não preciso de mais nada, Malfoy. Seus bens serão congelados até ficar decidido o que irá para seu tio.
E ainda o quero preso. - Kika invade a sala com um homem ao seu lado, o mesmo que espionava as coisas para ela. - Esse senhor aqui é uma testemunha ocular de Malfoy ter enfeitiçado pelo menos uma criança. - ela sabia que se fosse provado em uma criança, logo ele receberia pena por todos já que os crimes foram completamente iguais, como uma marca registrada.
Eu o vi, senhor. - o homem fala tentando parecer solidário. - Eu vi com umas criança e apontar a varinha para ela, eu esperei para ver o que aconteceria mas a menina parecia normal até correr pra casa. Em seguida eu ouvi gritos da mãe dela e eu mesmo a socorri.
Draco sentiu ânsia por ser acusado de uma coisa daquelas. Ele a olhou odiosamente e avançou em sua direção.
Você! Você é uma desgraçada. Como vai provar isso?
Ele vai dar a lembrança dele, claro.
Draco não podia acreditar. Não sabia ao certo, como o rapaz iria provar com lembrança já que não fora ele a fazer aquilo. Contudo, olhando para Kika completamente confiante, ele sabia que ela tinha dado um jeito nisso.
O homem já havia dado a lembrança e o ministro não se encontrava mais na sala. Tinha se dirigido a penseira e levou consigo dois aurores para verem a lembrança também como testemunhas. Alguns minutos depois eles estavam de volta.
Hermione quis brigar com os aurores que foram em direção de Draco para tirarem da sala. Ela acreditava na inocência dele. Kika observou Hermione e decidiu que tinha de abalar essa confiança que a morena exibia, ou ia ter problemas ainda com isso.
Sabia, senhorita Granger, que eu cheguei a pensar que você estava junto com ele nessa? - Harry e Gina pararam de segurar Hermione. Os aurores tinham fechado as algemas mágicas em volta dos punhos de Draco e o levavam pra fora.
Kika bocejou.
Eu não ligo se vocês foram heróis ou qualquer coisa parecida. Sempre desconfio de todos. Granger, cheguei até pedir para Malfoy ficar de olho em você...e ele aceitou.
Draco virou-se feroz.
Sua cretina! Você me ameaçou.
Você aceitou? - Hermione perguntou em voz trêmula, mas Draco já estava quase totalmente fora da sala.
Eu posso explicar. - foram as últimas palavras dele que Hermione conseguiu escutar.
N/A: Pessoal, desculpe a demora e também por não betar o capítulo, senão tomaria mais tempo. Digo com felicidade e com tristeza que essa fic está chegando ao fim, devo ter mais dois capítulos para postar.
Espero ideias, xingamentos, pensamentos, qualquer comentário pra me fazer feliz :D
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Qualquer coisa que mostre que passaram por aqui e gostaram.
Boa leitura e até mais!