- Mamãe... – Gina sussurrava com o coração apertado.
- Calma Gina! – pediu Molly. – É normal nas primeiras vezes – explicou a mãe, limpando as lágrimas dos olhos da filha.
- Não acredito que isso esta acontecendo comigo mamãe – reclamou ela, encarando o pequeno embrulho enrugadinho e manhoso no seu colo.
- Gina, pode acontecer que nas primeiras mamadas que o leite não desça.
Lily entrou no quarto.
- Você contou ao Harry? – Gina suspirou.
- Não Gina – respondeu Lily – Apenas pedi que ele fosse buscar as roupas, mas ele não precisa saber disso, é coisa de mulher! E não se apavore – Lily comentou ao ver a expressão duvidosa de Gina – aconteceu comigo também. Tenta deixar o bebê sugar o bico do seio para facilitar um pouco.
Gina respirou fundo.
Harry entrou na casa e encontrou Marlene sentada na sala, quase dormindo na poltrona.
- Marlene, muito obrigada – ele disse, enquanto entrava pela porta.
- Ah,ah – ela respondeu se alertando e levantando – De nada. E como esta Gina?
- Tudo bem. O bebê é lindo e saudável. Vamos ao hospital da cidade vizinha em breve. Quero ir essa noite ainda para saber se esta tudo ok com o bebê, mas dependo do animo e disposição de Gina.
- Como assim? Não foram ao hospital da cidade? – Marlene fez uma careta confusa.
- Não tinha médico – Harry passou a mão pelos cabelos.
- Que absurdo! Gina e o bebê poderiam... – a voz falhou.
- Esta tudo bem. Meu pai fez o parto... – parecia haver orgulho na voz de Harry.
- Como Harry?
- Quando ele e minha mãe se separaram ele estava terminando a faculdade de medicina. Nunca imaginei que ele fosse se especializar nessa área.
Marlene sorriu enquanto se dirigia para a porta.
- Obrigada mais uma vez Marlene.
- De nada querido. E espero que o pequeno Potter chegue logo para alegrar o nosso bairro.
- A propósito, é Tiago Potter.
- Linda escolha Harry. Parabéns. – ela se despediu com um abraço e se foi pela noite.
Harry encostou a porta e partiu para o quarto de Gina. Apanhou um dos poucos vestidos que ela tinha, um pijama folgado, e uma rasteirinha que estava no canto do quarto. Também resolveu pegar alguns hidratantes de pele para ela.
Correndo até o quarto do bebê ele senti um embrulho na barriga: O que levaria? Gina era fácil pensar em o que levar. Ele a conhecia a tanto tempo, conhecia as manias e gostos da esposa. Mas Tiago era algo novo, era diferente saber o que o bebê usaria pela primeira vez!
Enquanto pensava ele resolveu apanhar primeiro o shampoo, banheira, óleo, talco... Quando chegou perto do armário ele o abriu com tanta pressa que escutou os parafusos “reclamarem” da força usada.
Haviam tantas roupinhas, sapatinhos... Resolveu então usar o conjuntinho menor que achou, em tons de amarelo. Mas uma coisa ele havia decidido desde o primeiro momento dentro do quarto: O bebê usaria o sapatinho branco que ele comprou para ele na praia, quando eles nem sabiam qual seria o sexo do bebê.
Roupa, shampoo, sapatinho, óleo, banheira, talco... Mas faltava uma coisa!
- FRAUDA! – exclamou ele.
Harry surpreendeu-se consigo mesmo em lembrar desse detalhe.
Haveria uma farmácia aberta aquela hora? Todas as farmácias tinham fraudas?
Ele correu com as coisas para dentro do carro e as jogou de qualquer jeito no banco de trás do carro e partiu para a única farmácia da cidade.
Estacionou o carro de qualquer jeito e entrou lá dentro.
No primeiro momento encontrou uma pilha de fraudas com o seu preço escrito em uma plaquinha bem grande em vermelho.
Chegando mais perto notou que havia uma diferença entre as fraudas, elas haviam variados tamanhos.
- Meu Deus! – ele colocou as mãos na cabeça.
- Posso ajudar? – perguntou um farmacêutico.
- Quero uma frauda de cada tamanho – pediu ele.
O homem olhou pelo canto dos olhos para ele e riu, foi até as fraudas e pegou uma de cada prateleira. Harry acompanhou o homem até o caixa e pagou a conta, correndo para dentro do carro novamente e partindo para a casa de Molly.
- Harry – Lily apareceu para abrir a porta com uma xícara de café na mão.
- Com licença mamãe. – ele pediu, passando com toda aquela bagagem.
- Para que tantas fraudas?
- Não sabia que tamanho comprar, então comprei de todos os tamanhos. É só deixar guardada acho que frauda nunca é demais.
Lily sorriu enquanto ele subia as escadas até o quarto de Gina.
- Gina, cheguei!
Ele disse abrindo a porta.
Gina estava de costas para a porta e terminava e prender um roupão rosa no corpo.
Mesmo ainda com o corpo inchado, a barriga volumosa e um tanto cansada aparentemente ela ainda o deixava tão bobo. A silhueta estava perfeita com a luz baixa do abajur e apenas a luz da lua vinda da rua.
Gina tinha os cabelos úmidos e soltos por todas as costas e os afastou com delicadeza para poder avaliar melhor o marido.
Ela abriu um sorriso quando viu o que ele carregava nas mãos, o sorriso dela amoleceu os braços dele.
- Eu escutei lá de baixo. – ela se referia as fraudas.
Ele deu de ombros e deu uma gargalhada.
- Pai de primeira viajem. – ele pousou as coisas no canto do quarto.
Gina continuou a olhar o marido. Harry foi na direção de Gina, porem, parou no meio do caminho com um olhar assustado.
- Aonde esta o bebê?
Gina deu um sorrisinho e olhou para o lado deles.
Um cesto que Harry conhecia estava com alguns cobertores e um pequeno bebê se encontrava ali dormindo. O cesto que Molly usava para guardar as frutas em cima de um balcão no canto da cozinha agora guardava um pedacinho de Gina e de Harry.
Harry puxou Gina para um abraço demorado.
Gina e Harry não falaram nada, apenas continuaram ali do lado do seu filho, abraçados e unidos.
A noite tinha passado rápida e logo pela manhã Harry e Gina foram verificar se estava tudo bem com o bebê.
Foram até a cidade vizinha, chegaram ao hospital em poucos minutos. Quando contaram o que havia acontecido o médico responsável pelo hospital logo foi chamado, tamanha indignação dos enfermeiros que atenderam o casal e o bebê.
- É com vocês que aconteceu aquilo? – o médico adentrou a porta da sala de espera.
Gina tinha Tiago no colo e Harry estava ao lado dela, a abraçando pelos ombros.
- Sim, foi com eles Doutor Vinícius. – respondeu a enfermeira.
- Quero o número do hospital, vou demitir aquele médico e aquelas enfermeiras hoje!
- Mas... – Harry fora protestar.
- Sou responsável pelos dois hospitais. Não dou conta de dar conta de ambos... Óh Céus – ele avaliou as folhas da prancheta – Não tenho médico para o hospital.
Harry procurou o olhar de Gina, que já estava a sua espera. Ela sustentava o seu olhar calmo e sereno de sempre, e fora visível que Harry e ela pensavam no mesmo.
- Meu pai é médico... Ele é novo na cidade e tenho certeza que deve ter um belo currículo.
O médico parou de folhear as folhas da prancheta.
- Ele esta trabalhando atualmente?
- Não, e acredito que ele pode cuidar do hospital. Pelo menos eu acredito! – ele suspirou.
- Gostaria dos contatos do seu pai.
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N/A: Haha, e aí, o que acharam? 
Pensei muito na cena do Harry comprando as fraudas e me senti muito empolgada em escrever ela, rs
A cena do leite da Gina eu me inspirei na minha prima. Sábado eu fui na casa dela e fazia quatro dias que ela tinha ganhado bebê, então ela me contou dessa do leite enquanto o filho dela dormia no meu colo 
To louca pra postar novamente, mas só posto com comentário *chantagem* kkkk Já escrevi metade do próximo capítulo e está bem interessante... Vai ter curiosidade do Tiago/Lily e o começo das “dores de cabeça” que Gina e Harry terão do pequeno Tiaguinho. 
Comentários 
Sah Espósito, Sua linda, fico feliz em saber que lhe fiz ficar emocionada. Obrigada por comentar.
Leo Potter, não recebi não... Fiquei procurando mas não achei. Manda para o email fcjohnnydepp2@hotmail.com. Obrigada por comentar.
Biahhh Weasley Potter, aaaaah* consegui surpreender você *pulos* haha Obrigada por comentar.
Sophie Lauren Potter, sou muito bad kkkk que bom saber que eu consegui transmitir isso. Espero que lhe surpreenda nesse novo cap. Obrigada por comentar.
