Aquele Sábado estava muito quente. Gina estava ao auge de seus oito meses de gravidez, e estendia a roupa no jardim dos fundos da casa. O cesto de roupas aos seus pés parecia um desafio complicado: Se agachar até ela era doloroso.
Ela respirava de forma calma e com a mão pressionando as costas de leve.
Harry não estava ali naquele momento. Havia saído atrás do brócolis que Gina havia desejado no meio da tarde. Gina estava aquele dia muito inchada devido ao calor, e sentia o bebê se remexer de forma violenta e imapaciente.
- Calma meu amor! – ela disse, alisando a barriga.
Ela e Harry haviam combinado de não ficar sabendo o sexo do bebê: queriam uma surpresa para ambos.
Gina desistiu da roupa quando sentiu o bebê se movimentar mais uma vez.
- Oh Céus, o que está acontecendo com você hoje pequeno?
Gina apoiou a barriga na mão esquerda e voltou para dentro de casa, deixando o cesto ali, com roupas úmidas. A ruiva se apoiou nos móveis até chegar no sofá, aonde se sentou e respirou de forma profunda enquanto encostava as costas no sofá.
Gina passou a mão por cima da mesinha do lado do sofá, que havia o telefone, precisava daquele óleo para massagear as costas. Ela encontrou o óleo na gaveta, mas não evitou gemer quando a cólica começou.
Gina rompeu a tampa do óleo e despejou grande parte em suas mãos um pouco tremulas, devido a dor excessiva. Começou a deslizá-las sobre as costas para a barriga, em movimentos circulares.
Porque será que Harry estava demorando tanto?
Ele era tão melhor que ela em massagens! Estava acostumado com as pequenas dores que ela sentiu após o sétimo mês de gravidez. Gina ficava contente em saber que o bebê era calmo. Teve um breve flash de Lily dizendo que o bebê nem parecia Harry, que viva mudando de posição na barriga dela.
Gina desistiu da massagem: não estava fazendo efeito algum. Ela apertou as mãos nos braços do sofá, aquela dor não era comum! Ela se lembrou de raspão da sua adolescência e das cólicas horríveis que sentia durante o período fértil.
A mulher apanhou o controle da televisão e a ligou, a fim de se distrair.
Ela mordiscava os lábios da dor e as pernas estavam arrepiadas quando escutou o barulho do motor do carro de Harry desligar a frente da casa, mas não a acalmou ao avistar o que estava na televisão.
A imagem fez o coração de Gina bater mais forte.
O restaurante que ela trabalhava estava em chamas, a repórter entrevistava Tom, que parecia inconsolável. Alice estava logo atrás da imagem e abraçava a mulher de Tom.
- Querida, demorei porque tive que ir comprar o brócolis direto no senhor Luís... Gina! – Harry deu um pulo para perto dela quando a viu naquele estado: suada e nervosa. – O que esta acontecendo?
Ela não precisou falar nada, apenas ele acompanhou o olhar dela.
- Meu Deus! – ele sussurrou entre os dedos, da mão que cobriu sua boca.
- Harry, me traga água, por favor. – ela pediu, se controlando para não gritar de dor.
Harry correu até a cozinha e pegou a água que Gina pediu, quando voltou e entregou o copo para ela permaneceu ali ao lado da esposa. Gina bebeu a água tremula e deixou um pouco de água despejar pela sua perna esqueda.
- Merda – xingou se levantando. – Oh... – ela exclamou de dor, que havia vindo com tudo naquele instante.
Gina deu uma breve inclinada com o corpo para frente ao exclamar a dor.
- Gina...Sua barriga esta mais baixa.
- Estou bem – ela mentiu, levantando o vestido para limpar a água que havia caído.
Um líquido um tanto esbranquiçado escorria pela perna de Gina, e certamente não era água!
- Harry – sussurrou, passando a mão pelo líquido e sentindo a dor mais forte ainda.
Harry pareceu ter o peito cheio por um ar forte e que lhe deu forças.
Seu braço envolveu a cintura de Gina, e o outro apanhou as pernas dela. Em passos largos ele correu até o carro com a esposa no colo.
- Marlene! – ele gritou para a visinha da frente, que regava as plantas e tinha os cachorros cocker. – Por favor, cuide da casa. Gina esta entrando em trabalho de parto! – ele disse, abrindo a porta do carro e colocando Gina no banco da frente. A mesma, estava com as mãos envoltas ao ventre e tinha os olhos fechados de dor.
Marlene acenou positivamente para Harry enquanto ele corria para dentro do carro.
Ele pegou o sinto de segurança e colocou em Gina, mesmo escutando ela gemer de dor, o que parecia cortar seu coração com tanta intensidade que ele podia sentir da forma mais bruta e dolorosa.
- Calma meu amor – pediu ele
- Eu te amo – ela abriu os olhos e encarou os dele.
- Eu também. Amo os dois! – ele respondeu nervoso, ligando o carro e partindo com tudo para o hospital.
A ida até o hospital foi dolorosa para os dois. Gina tentava controlar os gemidos de dor e Harry se sentia mais angustiado ao ver a mulher com tanta dor. A dor de Gina parecia ser triplicada e atingir Harry. Ele não a querida ver sofrer! De modo algum!
- Gina, foi aquela notícia! Você não poderia sofrer emoções muito fortes! – ele gaguejou.
- Não pude evitar! – ela disse, respirando fundo, como se tivesse faltado ar. – Falta muito?
Harry parou o carro.
Gina dava leves tremores no corpo devido a dor estrondeante.
Harry deixou a porta do carro aberta de qualquer jeito e correu até o outro lado do carro para poder abrir a porta para a esposa. Harry abriu a porta e pegou Gina no colo, com um tanto de dificuldade devido ao peso da esposa.
Harry correu até o pronto socorro do hospital em gritos.
- Minha mulher está ganhando o bebê!
Chegando a ermegencia ele já estava em lágrimas.
- Por favor, eu preciso que me ajudem!
A enfermeira olhou de forma repugnante para Harry, que agora depositava Gina em um banco.
- O Doutor Henry não está trabalhando hoje.
- COMO ASSIM? – gritou Harry. – ISSO É UM ABSURDO! A MINHA MULHER ESTA EM TRABALHO DE PARTO!
- Receio em lhe informar que isso é um hospital, não grite! – disse a loira – E se quer um conselho, leve ela até a cidade vizinha, aonde tem um hospital decente!
- A CIDADE MAIS PRÓXIMA É TRÊS HORAS DE VIAJEM!
A loira apenas levantou as sobrancelhas.
- Harry... – Gina sussurrou.
Harry se virou com pressa e chegou perto dela, que tinha o rosto coberto de suor.
- Me leva para a minha mãe, por favor!
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N/A: Me desculpem pelo capítulo curtinho, E NÃO ME MATEM POR ISSO! kk 
Mas achei que deveria parar nesse ponto! Espero ter representado bem a dor de Gina e deixado vocês todos com uma leve dorzinha no coração e no abdôme, haha.
E aí, o que acontecera com a Gina? E o bebê prematuro? E Harry? 
Beijos e comentem meus amores! ♥♥♥ 
