PARTE II
FUTURE
____________________________________
- Obrigada – disse Gina, tirando o sinto do corpo.
- Não fica triste por aquilo – disse Harry.
Gina tentou sorrir, e foi em direção a boca do amado.
- Se você for nervosa assim em quatro paredes... – disse ele, tentando conter os pensamentos e seus lábios já estavam sendo mordidos pelos próprios dentes.
- Harry... – disse ela, dando um tapinha no ombro dele.
Ele riu, e agora ela ria de forma espontânea.
- Você é mais linda sorrindo do que brava – disse ele, abraçando ela e a beijando no rosto.
- Sou linda do seu lado – e ela beijou a boca dele.
- Melhor eu ir, porque ainda tenho que trabalhar... – e ela suspirou.
Harry e Gina iniciaram outro beijo, que demorou mais que o comum.
- Até hoje à tarde – disse ele.
Ela saiu do carro com um sorriso nos lábios, e no decorrer até a casa olhou para trás muitas vezes. Harry esperou ela entrar para dentro de casa e depois partiu para a sua casa.
- Mãaaae – disse ele, abrindo a porta.
Ele consultou o relógio do celular e eram sete e meia.
- Querido, aonde estava? – perguntou Lily.
Harry levantou o olhar. Muitas caixas estavam ali, e algumas coisas tinham jornais em torno delas e a mala de sua mãe estava ali do lado do sofá.
- Mãe, o que é isso? – perguntou ele, parado a porta.
- Querido, eu comentei que íamos ficar três dias aqui – e ela riu – Não lembra?
Harry contou nos dedos. Seu primeiro dia ali ele tinha conhecido Gina, o segundo tinha sido ontem, e hoje era o terceiro...
- Temos que estar meio dia em uma cidadezinha ai para mim avaliar uma obra, coisa pouca, é só a planta da obra...
- Mãe – disse ele, largando a chave na mesinha da sala e passando a mão na testa – Eu não posso sair dessa cidade.
A mão de Harry ficou na testa por alguns instantes. Lily ficou a observar o filho por um bom tempo.
- Querido... – sussurrou ela.
Ele foi até a mãe, que estava sentada na mesa comendo. Ele se ajoelhou na frente da mãe e segurou as mãos da mãe.
- Mãe, eu, eu... – comentou ele, respirando e tentando se controlar ao olhar as lágrimas que brotavam nos olhos da ruiva a sua frente – Eu não posso deixar a Gina aqui. Mãe eu a amo! Ela é a mulher da minha vida, e eu sei disso. De alguma forma eu sei! Não posso deixar passar!
A mãe do garoto já estava em prantos a sua frente. Ele apertava as mãos da mãe com tanto entusiasmo que ela segurava as mãos dele. Ela passou a mão no rosto do filho...
- Olha só! – disse ela, tentando melhorar a voz tremula e chorona – Meu filho demorou tanto para amadurecer emocionalmente e encontrou isso em uma garota. Você passou de adolescente para adulto nesses três dias meu amor – disse a mãe, com as lágrimas tomando conta de seus olhos.
O filho a abraçou com entusiasmo e os dois choraram juntos.
- Já era hora de eu sair do seu colo mãe – disse ele.
- Para uma mãe isso é muito difícil – e ela riu.
Os dois respiraram, e Harry pegou uma cadeira e sentou do lado da mãe.
- Posso me virar com a pensão que o meu pai me dá por um tempo. Vou ter que achar uma casa aqui...
Ela sorriu para os planos do filho.
- ...Você precisa se aposentar! – disse ele, por fim. – Você sabe que o desgaste da sua profissão é enorme! Você viajou a vida toda, e o governo já lhe deu oportunidade de se aposentar a dois anos!
- Vou pensar no caso! – e ela sorriu para o filho.
A despedida dos dois fora brusca e dolorida, mas como Lily falara: Agora Harry era um adulto.
E adultos tem que tomar conta de sua vida!
Gina voltava do trabalho pensando sobre a tarde. Harry tinha falado que a tarde ia até a casa dela para falar com seus pais. Arthur gostava de Harry, Molly gostava de Harry e Gina gostava de Harry! O que poderia dar errado?
Ela passou a tarde em seu quarto, com o olhar fixo na janela. Seu pensamento foi difícil e complicado a tarde inteira.
15:00hs, Aonde estava Harry?
17:00hs, Ele desistiu?
19:00hs, Porque não havia chegado?
- Gina... – disse Molly, batendo na porta do quarto e já a abrindo. Gina estava abraçada no sobretudo branco, que ainda tinha o cheiro de Harry e olhava pela janela aberta.
- Oi mamãe – disse ela, olhando para a mãe.
- Esperando o Harry? – perguntou ela.
- Eu esperei por ele a minha vida toda mamãe – disse ela, olhando fixamente nos olhos da mãe. – Eu sei disso de alguma forma.
A mãe riu e sentou na ponta da cama.
- Você parece comigo mais nova. Mas na sua idade eu já estava noiva.
Ela sorriu para a mãe.
- Você o ama querida?
- Mais do que tudo! – e ela olhou para o chão.
- E ele sente o mesmo?
Ela suspirou.
Ela sabia que Harry a amava tanto quanto ela, mas agora parecia tudo tão superficial. Ele não estava ali. Já não era mais tarde, agora era noite! O que acontecera? Ele fora embora da cidade?
- Eu acho... – ela disse em um suspiro, mas não terminou a frase.
A buzina de um carro começou sem parar na frente da casa e Gina pulou para a janela. Harry descia do carro com pressa, mas que carro era aquele?
- Mãe, ele chegou! – disse ela, puxando a mão da mãe.
As duas desceram as escadas, e quando chegaram ao final da escada, Arthur abria a porta da sala.
Harry estava ofegante e sua respiração era forte.
- Boa noite – disse ele, com o olhar brilhante. – Desculpe a demora – disse olhando diretamente para Gina. – Minha mãe foi transferida para uma outra cidade, e fui levar ela. Lá, almoçamos e ela me deu um carro de presente.
- Você ainda vai voltar para lá? – perguntou Molly – Dirigir a noite é perigoso....
- Não – disse ele, sorridente para a sogra – Vou ficar aqui – disse, voltando o olhar para Gina. – Para sempre – Os olhos de Gina se encheram de lágrimas!
Ele sempre viajou com sua mãe, sempre viveu com sua mãe, ele a contou tudo isso na madrugada passada! E agora ele tinha tomado essa decisão enorme para ele. Ela se jogou nos braços dele, e ele a abraçou.
Arthur fechou a porta e foi abraçar Molly pelo ombro, Harry percebeu que os dois se entreolharam e sorriram.
- Senhor e Senhora Weasley... – disse Harry, quando Gina estava mais calma – Eu fiquei aqui por causa da filha de vocês.Ela é a mulher da minha vida, e de uma forma estranha eu sei disso. Eu quero pedir o consentimento e a benção de vocês para o nosso namoro.
E Harry tirou do bolso um anel prata com uma pequena pedra em cima. Gina levou a mão aos lábios, Molly e Arthur sorriram um para o outro.
- Foi tudo meio rápido – disse Arthur – Mas você é especial Harry.
- Apoiamos completamente! – Molly disse em meio a um sorriso – Mas o que temos que saber, e a resposta da nossa querida filha.
Harry virou a cabeça para Gina, que estava aninhada entre seu braço direito. Ela mirava o anel, que era muito lindo.
- Eu quero ficar com você para o resto da minha vida – disse ela, não se importando se seus pais estavam ali.
- Então isso me leva a um segundo pedido. Você quer se casar comigo? – perguntou ele, olhando nos olhos dela e tirando uma aliança do mesmo bolso que tirou o anel.
- Aceito – sussurrou ela.
