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Visualizando o capítulo:

4. Parte IV


Fic: Voltando Pra Toca - Concluída


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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Um pequeno aviso antes do capítulo: Se você já leu “GEORGE” ou “SATISFY MY SOUL” é capaz de lembrar de algumas passagens que aparecem aqui. É como eu disse logo no início, essas três histórias estão interligadas, acontecem na mesma época, o que muda é o casal principal. Agora se você ainda não leu nenhuma das duas fics que eu citei acima,  ESTÁ ESPERANDO O QUE????? Hehehe. Bjs e espero que gostem.


 


Voltando pra Toca – Parte IV


 


_ Que cara é essa, Rony? – Harry perguntou ao sentar em frente ao amigo na cafeteria do Ministério, após chegar de uma missão que lhe custara todo o domingo e a madrugada de segunda. - Ei, você andou brigando?


_ Arre, cala a boca, Harry! Você tomou muito café durante o plantão?


_ Eu só fiquei preocupado...


_ Não foi nada demais. Só mais um dos ataques do George.


_ O que ele aprontou agora?


_ Ele apareceu ontem lá em casa e me enfiou a porrada só porque eu tinha mexido em um dos inventos de Fred. Você precisava ver como ele estava transtornado, empurrou a Gina, destratou a mamãe... Sinceramente, eu não sei mais o que fazer para ajudá-lo.


_ Ele fez o que com a Gina? Ela se machucou?


_ Nada sério. Ele só deu um safanão nela quando ela foi tomar satisfações.


_ Por que ninguém me avisou nada? – Harry reclamou, apertando com força a varinha involuntariamente.


_ Olha, eu tinha mais com o que me preocupar do que com isso, ok?


_ Eu vou lá falar com ele – declarou, levantando-se e saindo apressado sem ouvir Rony perguntar:


_ Agora?


Bem que Harry tentou, mas só conseguiu se desvencilhar dos relatórios que eram obrigados a preencher após cada plantão lá pela hora do almoço. Recusando-se a esperar um minuto a mais que fosse, saiu do Ministério e rumou apressado para o Beco Diagonal.


Aos poucos a rotina do mundo bruxo estava voltando ao normal e as lojas do Beco quase pareciam as mesmas de quando ele as vira pela primeira vez, ainda criança. Ainda tomado por um pouco de nostalgia, Harry alcançou a loja de George, uma das únicas que ainda estava fechada. Contudo, apesar de aparentemente não haver ninguém no interior da loja, Harry conseguiu distinguir algumas vozes, alguns murmúrios angustiados. Sem saber o que poderia encontrar – sempre havia um comensal querendo causar problemas -, empunhou a varinha e abriu a porta o mais silenciosamente que pode.


De tudo que poderia ter passado na cabeça de Harry, deparar-se com George atacando Angelina Jonhson nunca teria entrado na lista. Mas era isso que seus olhos viam. George tinha acabado de passar todos os limites e alguém precisava pará-lo. E esse  alguém, pelo visto, seria ele.


- Solta ela, George!


A ordem, dada por Harry ao entrar na loja, foi mais eficaz do que um rugido, mas apenas fez com que George parasse de tentar beijar Angelina. Ainda abraçando-a, ele perguntou:


- O que faz aqui, Harry?


- Acho que chegou a hora da gente ter uma conversa.


- Se você não percebeu, eu estou no meio de uma coisa importante aqui.


- Ah, eu percebi sim! Angelina, você poderia nos dar licença? - A jovem olhou para Harry, agradecida, e soltou-se, dessa vez facilmente, de George. Ela saiu, murmurando um 'obrigado' para Harry quando passou por ele.


- E eu posso saber a que devo a honra dessa visita? - George escarneceu, cruzando os braços numa posição defensiva.


- Você não acha que está passando dos limites, não?


- Eu não sei do que você está falando.


- Sabe sim. Não foi só você quem perdeu alguém que amava na guerra, caso não tenha percebido.


- Eu sei que não.


- Não parece, pois anda por aí como se fosse o único. Maltratando a todos que se aproximam para tentar te ajudar!


- Acho que o que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta, Potter.


- Eu concordava com isso enquanto você não mexia diretamente com mais ninguém, mas agora você vai ter que me ouvir.


- Nossa, e não é que é "O Eleito" falando?


- Você está enganado. Quem está falando é o "Se você continuar agindo como um idiota eu acabo com a sua raça"! – Os olhos de George se arregalaram. Harry podia não perceber, mas a aura que emanava dele quando estava nervoso era quase palpável e capaz de atemorizar os mais desavisados. E os olhos verdes pareciam gelo quando ele deu mais um passo a frente e cutucou o peito de George. - Se você encostar um dedo sequer na Gina novamente, você vai se ver comigo!


- E se você encostar um dedo na minha irmã eu faço o que?


- Enquanto estiver bancando o imbecil irresponsável? Nada.


George e Harry se encararam durante longos segundos até que George desviou o olhar novamente para a caixa de Penas Auto-corretoras, que havia abandonado com a chegada de Angelina.


- Todos nós amávamos Fred - Harry recomeçou. A voz baixa e triste enquanto apoiava uma das mãos no ombro de George. - Nunca vi seus pais tão arrasados quanto no funeral. Seus irmãos também, e eles estão tentando seguir em frente. Mas se já é difícil sem nada atrapalhando, com você agindo desse jeito, fica praticamente impossível.


Harry soltou o ombro do cunhado e rumou para a porta. Contudo, antes de sair, virou-se novamente e completou:


- Eles precisam de você, do mesmo modo que você precisa deles. Pense nisso.


 


Durante a semana que Hermione esteve na Austrália, Harry teve que se desdobrar para não azarar Rony. O único pensamento que o controlava era que, apesar de todo o cansaço do treinamento e da irritação provocada pelo amigo, suas noites com Gina eram maravilhosas. Tinha até mesmo se atrevido a dormir no quarto dela na noite anterior, já que agora ela não dividia o cômodo com mais ninguém.


É claro que o fato de Hermione ter e Rony ter ido ficar com ela em Londres, ajudara bastante, pois assim teve que driblar menos pessoas para poder passar mais uma noite ao lado de Gina. O problema maior fora de manhã. Estava rumando silenciosamente para o próprio quarto, logo cedo, quando ouviu o amigo esgueirando-se para dentro de casa. Agradeceu aos céus por ter tido a idéia de usar a capa de invisibilidade. Mas sua preocupação se mostrou desnecessária, já que Rony aparentemente resolvera aparatar até seu quarto. Sem demora, Harry aproveitou a sorte e decidiu que aquela seria uma boa hora para tirar uma soneca.


Poucas horas depois sentia-se revigorado. Levantou e foi logo para a cozinha, tomar o sempre delicioso café-da-manhã preparado pela senhora Weasley. Como de costume, sentou-se ao lado de Gina e cumprimentou a todos. Estranhou a cara emburrada de Rony, mas decidiu que não iria perturbar o amigo com perguntas naquele momento. Provavelmente ele e Hermione haviam tido mais uma de suas discussões.


Na hora do almoço Rony permaneceu estranhamente calado, chamando a atenção de Harry, que começou a observar o amigo mais atentamente. Na primeira oportunidade que teve, Rony voltou para seu quarto e Harry aproveitou para abordá-lo.


_ O que está acontecendo, Rony?


_ Nada – ele grunhiu em resposta, se afastando sem encarar Harry.


_ Nada não iria fazer você ficar com essa cara. Aconteceu alguma coisa?


Rony apertou os olhos por um segundo, tentando se controlar, e só depois falou:


_ Olha, Harry, eu não ‘tô a fim de conversar, ok?


_ Você e Hermione brigaram de novo? – Harry continuou, ignorando o amigo, que retrucou num rosnado.


_ Não.


_ Então o que é?


_ Porra, Harry, você poderia fazer um favor a si mesmo e me deixar em paz!? – Rony explodiu, cerrando as mãos perigosamente em punhos.


_ Está bem... Mas, se quiser conversar...


_ Ah, você está aqui! – Gina exclamou, entrando no quarto do irmão e encontrando o namorado. – Estava te procurando.


Rony bufou perigosamente, achando uma afronta o modo como Harry abraçou sua irmã pela cintura.


_ O que houve, Rony? Você está tão estranho.


_ Ele está de mau humor, vamos... – Harry explicou, rumando com Gina para a porta e completando num tom de voz mais baixo. – O que você acha de irmos até o lago?


_ Cara-de-pau! – resmungou Rony, aparentemente incapaz de se conter.


No mesmo instante, o casal estacou e virou-se novamente para Rony, com expressões intrigadas nos rostos.


_ Como é?


_ Eu sei sobre vocês dois!


_ Nossa, e eu achando que ninguém tinha descoberto nosso namoro – Gina disse com sarcasmo.


_ Você sabe sobre o que eu estou falando – Rony acusou, olhando diretamente para Harry que manteve o olhar fixo no amigo em desafio e respondeu.


_ Não sei não.


_ A Hermione me contou que você a ajudou com a poção – Rony voltou-se para a irmã.


Gina pareceu surpresa apenas por uma fração de segundo, antes de revidar.


_ É? E daí?


_ E daí?  E DAÍ?! Inferno sangrento! Como você espera que eu reaja ao saber que vocês dois tem dormido juntos?


_ Pro seu governo, dormir é algo que nós fazemos muito pouco – Gina provocou, dando um passo a frente.


_ Gina, não provoca! - Harry pediu, segurando-a pelo braço e tentando puxá-la novamente para o seu lado.


Com o rosto afogueado, Gina parecia surda aos apelos do namorado e continuou:


_ A vida é minha e você não tem nada que se meter com o que eu e Harry fazemos!


_ Pro inferno que não!


_ Calminha aí, Rony! – Harry interpelou, entrando no meio dos irmãos para impedir que se atracassem. Ainda encarando o amigo, se dirigiu à namorada. – Gina, você poderia nos deixar sozinhos um pouco?


_ Harry... – ela começou, mas o modo como ele e seu irmão se encaravam fez com que capitulasse. – Ok.


Gina saiu devagar e só depois que Harry viu a porta se fechando foi que voltou a falar.


_ Agora nós vam... – a frase que começara foi interrompida quando Harry sentiu o impacto do soco dado por Rony. Com dificuldade, xingou. – Que merda foi essa, Rony!


_ Isso é muito menos do que eu gostaria de fazer, ou do que você merecia.


Tentando controlar a raiva que borbulhava dentro dele – e com mais intensidade na área atingida pelo golpe de Rony – Harry fechou os olhos e contou até dez.


_ De uma vez por todas: eu gosto da sua irmã mais do que qualquer outra coisa no mundo. E eu não vou deixar essa sua superproteção atrapalhar nosso namoro.


_ Eu não sou o único com quem você tem que se preocupar, sabia? Mesmo... Mesmo sem o Fred, temos Weasleys o suficiente para acabar com você!


_ Poxa, agora eu fiquei preocupado – Harry respondeu num tom cheio de desdém, antes de se virar e sair do quarto. – Acabar com Voldemort realmente não se compara a isso!


Mal Harry entrou em seu quarto, percebeu Gina esperando-o, segurando uma das pontas de uma tripa cor de carne.


_ Eu escutei quase tudo, graças a essa orelha extensível que eu guardei. Como você está?


_ Com raiva, irritado... e completamente apavorado! – declarou largando-se sobre a cama e segurando a cabeça com as mãos.


- Ahm?


_ E se ele contar para os seus pais? – Exclamou assustado, novamente encarando Gina. - Para os seus irmãos?


_ Se isso acontecer ele também vai ter que contar COMO descobriu e assim todos vão saber que ele e a Hermione também já dormiram juntos.


_ E...?


_ E ele não vai querer que todos fiquem no pé dele, vai?


_ Isso é verdade, mas...


_ Harry, você está com medo do seu melhor amigo? – Gina perguntou em tom de brincadeira, aproximando-se e envolvendo o namorado num abraço estreito.


_ Do amigo não, do cunhado!


 


Os dias que se seguiram foram definitivamente muito estranhos. Harry e Rony se tratavam com tanta formalidade que logo Molly e Arthur começaram a ficar intrigados. E tinha Gina, que mesmo achando que o irmão não tinha o direito de se meter em sua vida, estava cada vez mais triste por estar brigada com ele.


Foi preciso Harry e Rony passarem uma noite inteira e mais metade de um dia participando de uma tocaia nos arredores de Plymouth para que isso mudasse.


Apesar de estarem no verão, um vento gelado, vindo do mar, açoitava as árvores escolhidas pelos aurores para servir de observatório. Não era um local muito bom, mas foi o melhor que encontraram.


Harry procurou um local mais afastado dos demais aurores para se esconder. Não via lógica em ficarem todos agrupados daquele jeito, mas, não era o chefe da missão então, não havia muito o que pudesse fazer.


Já haviam se passado algumas horas desde que o grupo de aurores iniciara a tocaia quando Harry percebeu um farfalhar diferente em meio às árvores do seu lado direito. Pensou em avisar alguém sobre suas suspeitas, mas não via como pudesse fazer isso sem chamar atenção para suas posições. Daquela vez teria que seguir seus instintos sozinho, já que nem mesmo com Rony poderia contar.


Esgueirou-se entre os arbustos e árvores o mais silenciosamente que pode, logo encontrando algumas pegadas frescas. Deparou-se com uma grande rocha e quando terminava de contornar-lhe quase foi acertado por um feitiço. Mais uma vez seus instintos não falharam; os comensais que estavam procurando se encontravam a poucos metros, naquele exato instante. Seriam três contra um, não tinha outro jeito.


Mesmo com toda sua agilidade, cada vez mais aprimorada a cada treinamento de aurores, Harry percebia que logo ia começar a levar a pior naquele duelo. Ele era bom, excepcional na verdade, mas era apenas um contra três bruxos enlouquecidos. Tinha acabado de receber um feitiço cortante que fazia seu braço doer um bocado quando notou uma movimentação às suas costas.


Foi com alívio que percebeu Rony entrando rapidamente na luta, desviando a atenção dos bruxos e dando uma vantagem para o ataque de Harry. Em poucos minutos os três bruxos foragidos estavam estuporados no chão.


Os outros aurores chegaram  enquanto Rony e Harry terminavam de prender com cordas os bruxos capturados. Com ordens expressas para irem imediatamente à medibruxa do ministério e, assim que suas escoriações e ferimentos fossem tratados, em seguida, direto para sua sala, os dois rapazes não tiveram tempo de trocar sequer uma palavra.


 


Somente no final da tarde foi que Rony e Harry se encontram sozinhos novamente, já no vestiário do esquadrão de aurores. Enquanto se arrumavam para deixar o ministério, um silêncio constrangedor se seguiu por longos minutos, até que Harry o quebrou.


 


_ Você me ajudou.


 


_ É...


 


_ Pensei que estivéssemos brigados - ele olhou na direção de Rony que estava de costas.


 


_ Estamos... Estávamos... - Rony começou. Em seguida, com um suspiro frustrado, sentou-se e começou a amarrar o cadarço, antes de continuar. - Eu não podia deixar você sair do grupo, sem nenhuma cobertura.


 


_ Por quê?


 


_ Caramba, Harry. Eu sou seu melhor amigo! - exclamou exaltado, ficando de pé.


 


_ Você me deu um soco! - Harry gritou, irritado.


 


_ E você está dormindo com a minha irmã!


 


Com um bufar resignado, Harry passou a mão pelos cabelos e sentou-se no banco do vestiário e perguntou:


 


_ Vai querer começar essa discussão novamente?


 


_ Não... - Rony respondeu após um tempo, sentando ao seu lado. - Eu... Eu vou me encontrar com a Mione no Beco Diagonal, daqui a pouco... Você não quer vir? Chame a Gina, a gente pode tomar um sorvete...


 


Sentindo um alívio reconfortante percorrer todo seu corpo, Harry olhou para Rony. Por mais que não quisesse admitir, precisava da “benção” do amigo.


 


_ Ok, vou avisar a sua irmã.


 


Gina estava fingindo prestar atenção nas explicações que sua mãe lhe dava sobre uma receita nova que ouvira na rádio, quando percebeu a chegada do patrono de Harry. Seu coração imediatamente acelerou. Devia ter acontecido alguma coisa importante para que ele enviasse um recado daquele modo. Assim que o grande animal parou ao seu lado e abriu sua boca prateada, a voz de Harry se fez ouvir claramente.


“Boa notícia, Rony e Hermione nos esperam para um sorvete no Beco Diagonal.”


Aquela mensagem inocente encerrava uma bela notícia, Gina sabia. Se Rony estava esperando por eles, era sinal de que os havia perdoado. Sob o olhar de incompreensão de sua mãe, pela alegria que um sorvete com amigos podia causar, Gina saiu aos pulos até o seu quarto, onde se arrumou e rapidamente foi ao encontro de Harry, Rony e Hermione.


 


Só o fato de ter aceitado a “evolução” do namoro de Harry e Gina não significou que Rony tenha deixado de perturbá-los. Sempre que podia, este arrumava uma desculpa para estar junto ao casal ou aparecia de repente, com a intenção clara de interrompê-los.


Normalmente nem Harry nem Gina se importavam muito com a proteção excessiva de Rony. Pelo menos não até isso começar a chamar a atenção de Gui e, principalmente,  Molly. Contudo, ao contrário do que o mais novo dos irmãos Weasley poderia supor, a contrariedade do casal por estarem tendo o namoro mais regulado durou muito pouco. Gina logo lembrou ao irmão que namorar escondido deixava as coisas muito mais excitantes, fazendo com que Rony ficasse soltando fumaça pelas orelhas durante pelo menos uma hora.


Quando agosto começou, as cartas com as listas de material para a volta a Hogwarts chegaram, e com elas a decisão definitiva de Rony e Harry em não regressarem para a escola. Mesmo Hermione e Gina não pareciam mais tão animadas quanto antes. Mas, como precisavam comprar o que estava na lista, decidiram ir ao Beco Diagonal logo no primeiro sábado do mês.


Ainda sonolentos por terem ficado de plantão no Ministério até metade da madrugada, Rony e Harry desceram as escadas para encontrarem Gina já os aguardando para sair. Ambos muito mais cabisbaixos do que deveriam. Estava sendo mais difícil do que imaginaram ver os preparativos de Hermione e Gina para a volta a escola. Não haviam conversado sobre o assunto, mas tinha certeza absoluta de que Rony pensara em voltar atrás na decisão de não retornar à Hogwarts, assim como ele.


Mal haviam entrado no Beco Diagonal, Harry, Rony e Gina encontraram Neville que também se preparava para o retorno à escola e juntou-se a eles para encontrar Hermione. Algumas horas depois, já carregados de livros, ingredientes de poção e vestes novas, resolveram continuar apenas vagueando pelo lugar. Observaram vitrines e apreciaram as lojas até chegarem a Geminialidades Weasley, ainda fechada, o que abalou o ânimo de todos. Ali mesmo foram encontrados por Luna, cujos comentários repletos de sinceridade, apesar de muitas vezes mexer com eles, sempre acabava por desanuviar o ambiente.


Juntos resolveram terminar o dia na sorveteria Fortescue, reaberta por um dos sobrinhos de Florean alguns dias antes. Já estavam acomodados em volta de uma das mesas circulares na calçada, saboreando o que poderia ser considerado uma montanha de sorvete, quando foram abordados por algumas garotas cheias de risinhos.


_ Com licença... Você é Harry Potter, não é?


Curiosos, os seis amigos olharam para as recém-chegadas, que não lhes deram nem tempo para responder antes de outra delas continuar.


_ Nós também estudamos em Hogwarts. Terceiranistas...


_ Quarta! – Interrompeu novamente a primeira a falar. – Quartanistas. Somos da Lufa-lufa.


Durante a pequena pausa que a garota deu, obviamente achando que causaria algum tipo de recordação ou impacto entre eles, o grupo se entreolhou confuso.


_ O que desejam? – Hermione perguntou por fim.


_ Nós queríamos saber se vocês podiam nos dar os seus autógrafos.


Agradavelmente surpresos, mas bastante constrangidos, o papel que a garota entregou foi sendo rabiscado por cada um presente na mesa, sob pequenos risos e caretas. Antes que terminassem, porém, uma delas continuou:


_ E aulas de feitiço.


_ Aulas?! – Exclamou Harry.


_ Sim! Sabe, quando voltarmos à Hogwarts, queríamos saber se vocês dois não gostariam de nos dar algumas aulas de feitiços – a garota agora exibia um enorme sorriso para Harry e Rony.


_ Nó-nós dois? – Rony gaguejou, incerto sobre o que ouvira.


_ Claro!


_ Nossa!... Obrigado pela...


_ Obrigada pela oferta, mas eles não vão poder não!


Hermione interrompeu a fala de Harry. As inocentes quartanistas da lufa-lufa não conheciam Hermione muito bem. Ela havia freqüentado a escola apenas em seus dois primeiros anos, durante os quais não tiveram nenhum contato, talvez apenas uma passagem ou outra pelos corredores ou salão principal. Por isso, provavelmente, não conheciam aquela expressão em seu olhar. Se conhecessem teriam aceitado a derrota e ido embora.


_ Eu não pedi aulas a você.


_ Hermione... – Rony murmurou baixinho, segurando a namorada pelo braço.


_ Você está certa – Gina tomou a palavra, encarando as meninas com uma versão diabólica de um sorriso angelical. – Você não pediu aulas a ela, nem a mim.


_ Porém, infelizmente, Rony e Harry não vão voltar para Hogwarts – Hermione retomou a palavra, com um sorriso malvado brincando em seu rosto quando percebeu a decepção nos rostos das alunas da lufa-lufa. - Mas nós duas vamos. Vocês sabem quem nós somos?


As garotas concordaram com gestos de cabeça e então, Gina continuou.


_ Que bom. Então, já devem estar compreendendo aonde se meteram.


_ E, como sabemos um pouquinho mais de feitiços do que vocês todas juntas, não vamos usar isso contra vocês – Hermione falou, causando  apreensão ao completar: - Pelo menos não aqui. Nem agora.


 


 


Já era meio da madrugada quando Harry se lembrou do olhar homicida com que Gina havia mirado as pobres alunas da Lufa-lufa e riu, acabando por despertar a namorada que cochilava em seus braços.


_ O que foi?


_ Nada... Eu só lembrei do jeito que você olhou para aquelas garotas, lá na sorveteria.


_ Aquelasinhas! – Gina exclamou ajeitando-se de modo a encarar Harry. - Minha vontade era de azará-las ali mesmo. Sorte delas que eu ainda não posso. Mas deixa só eu esbarrar com uma delas lá em Hogwarts!


_ Você fica linda cheia de ciúmes, sabia? – Harry declarou com um pequeno sorriso e os olhos estreitos e brilhantes.


_ Quem disse que eu estou com ciúmes? Eu só achei um grande desaforo, só isso.


_ Aham – ele concordou aproveitando para beijá-la.


_ Harry...? - Gina chamou num sussurro. - Você vai sentir minha falta?


Harry olhou no fundo dos olhos castanhos da pessoa que possivelmente mais amava no mundo e viu neles a mesma angustia que o incomodava nos últimos dias. Faltavam apenas algumas semanas para o recomeço das aulas em Hogwarts e logo eles iriam se separar. Depois de um suspiro cansado, começou um tanto inseguro:


_ Eu andei pensando... Talvez fosse melhor voltar para a escola, sabe.


_ Voltar?


_ Sim, acho que se eu conversar com a McGonagall ela não iria negar.


_ Mas, Harry... Por que isso agora? E o esquadrão de aurores?


_ Eu... Eu sei lá! Droga, Gina, eu só não queria me separar de você agora. Queria...


_ Queria ser um auror – declarou decidida, começando a ficar impaciente. - E conseguiu. Vai largar tudo e voltar a ser um simples estudante? Espera, nem isso. Estudante sim, mas nunca um simples estudante, será sempre “O Eleito”, “O Menino-Que-Sobreviveu”, com toda a atenção e inveja que isso sempre carregou.


_ Mas não tem só isso...


_ Claro que não! Tem aulas, tem provas, tarefas...


_ Tem você – Harry falou, interrompendo-a.


_ Você largaria tudo por mim? – Gina perguntou, sentindo seu coração  falhar uma batida. Tocou delicadamente o rosto de Harry, traçando seu contorno, antes de continuar. - Então esse é mais um motivo para você deixar de bobagens. Eu nunca iria me perdoar se você abandonasse sua vida, seu sonho por mim. E um dia, você também não.


_ Você está certa. Mas...


_ Mas?


_Promete que me avisa se algum engraçadinho der em cima de você? – Harry pediu, apertando-a em seus braços.


_ Harry!


_ O que, eu posso ser um cara ciumento, não posso?


 


 


Aquela, definitivamente, tinha sido a viagem mais silenciosa que os Weasleys fizeram até a estação de trem de King’s Cross. Harry e Gina estavam sentados, no banco de trás do automóvel que Arthur conseguira emprestado, de mãos dadas e sem conseguirem olhar um para o outro. Já haviam se despedido n’A Toca, a sós, com direito a muitas juras de amor e lágrimas de uma saudade que ainda não existia. Quando finalmente estacionaram, Gina ainda relutou para sair do carro, mesmo sabendo que, como sempre, estavam atrasados para o embarque.


Molly e Arthur se despediram de sua caçula ainda na estação, dando um pouco mais de tempo para que o casal ficasse sozinho. Harry e Gina atravessaram a barreira para a plataforma 9 ¾ e forçaram a passagem pela multidão que lotava o lugar, até um canto mais afastado, onde acabaram avistando Rony e Hermione que já se encontravam ali.


_ Não esquece de me avisar sobre a visita à Hogsmead – Harry falou, pelo que deveria ser a milésima vez nos últimos dias, abraçando-a.


_ Pode deixar, assim que eu souber o dia, mando uma coruja.


_ Ok.


_ Ok... – Gina repetiu, encostando a cabeça no peito de Harry por alguns segundos antes de chamá-lo: - Harry...


_ Gina...


_ Eu te amo – disseram juntos.


Com um sorriso triste e a cumplicidade que possuíam, Harry e Gina estreitaram ainda mais o abraço. Nenhum dos dois queria soltar, sem ser solto. E apesar de saberem que era inevitável, tentaram adiar a separação ao máximo. Após mais um beijo apaixonado, e ouvirem soar o último aviso de partida, finalmente Gina subiu no trem, e apanhou o malão que Harry lhe entregava.


Enquanto a locomotiva começava a fumegar e se arrastar para fora da estação, Harry continuou parado, os olhos verdes fixos em Gina, sentindo uma vontade imensa de mandar tudo às favas, correr atrás da composição e ir com ela para a escola.


Quando o trem para Hogwarts era apenas um pequeno borrão negro em sua visão, Harry sentiu um toque em seu ombro e a voz tão conhecida de Rony parecendo ler seus pensamentos.


_ Esse vai ser um longo ano, companheiro... Um longo ano.


 


FIM


 


NB Kelly: Ai! Que fofo o Harry! Sim Gina ele faria muito por você!


Pri, lembro como se fosse hoje a nossa primeira conversa sobre fazer essa fic. Eu fiquei tão empolgada, imaginando tudo que eu poderia ver, agora que eu vi, que delicia! Ainda bem que você escreveu! Eu amei cada parágrafo, só fico triste porque acabou. Eu sabia que ia acabar, mas eu sempre quero mais rsrs. Amiga, obrigada por me deixar participar, palpitar e me deliciar com tudo isso!


Parabéns e muito sucesso!


 


N/A: Bom, é isso. Acabou. Óbvio que a história de Harry e Gina não acaba aqui. A tia Jo já nos deu muitas pistas, indícios e pedaços dessa história. Eu acrescentei um pouco do que eu gostaria que tivesse acontecido e para isso tentei seguir todos os detalhes já conhecidos. Espero que tenham gostado de trilhar esse caminho comigo.


Eu gostaria de agradecer a todo o apoio e ajuda de Kellysds, que atuou como beta dessa história desde o início.


Um muito obrigada bem especial também para os leitores que comentaram: Nikki W. Malfoy, Matthew Malfoy, Kalyne Potter, Sah Espósito, Carol Salander, Amanda Ananias, Thainá Araújo, Camile Damasceno, Flávia Ribeiro, Naty L. Potter, Amanda Regina Magatti, Mariana B. Potter, Maria Clara CP Duarte, Fernanda Silva Weasley, Tatiane Rocha, Sophya Black, Deborah Evelyn de Aquino Martins, Tamy Black, Priscila Wilston, deh.swan, Lari_sl, HermioneJGWeasleyCullen, gabi, CarolMedeiros, Graziely "Grace" Black, Livia Cavalheiro, Hugh Black xD, CaroldoubleS, Lys Weasley, Claudia Thé e a todos que leram mas não comentaram ou que lerão um dia. Continuo aguardando comentários, então agora é com vocês.


A gente se encontra por esse mundo maravilhoso que é o Universo Potteriano. Quem quiser me adicionar no Twitter é só procurar por @priscilalas.


Um grande beijo, Priscila.

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Comentários: 6

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por Neuzimar de Faria em 07/04/2012

Linda a sua fic. Pena que acabou.

Nota: 5

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por Mcpd em 05/04/2012

´Peeeeeeeeeeeerfeito ! *--* lindo demais . Continua , continua , continua !

Nota: 5

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por Sah Espósito em 02/04/2012

Ouuuwwt

Trsite e emocionante

a culplicidade é muito bonita

tudo lindo

parabéns!

Nota: 5

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por Nikki W. Malfoy em 01/04/2012

ah, adorei o final... meio triste e emocional... AMEI
o até pedir se vc não pudesse fazer uma continuação para essa história, pq ela é maravilhosa, amei ela.
parabéns.

Nota: 5

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por matthew malfoy em 01/04/2012

Acabou mais uma grande fic, pequena no conteúdo, mas enorme no contexto, história maravilhosa que complementa nossa idolatria pelo universo HP, que nunca, digo NUNCA deve acabar, por favor peço que escrevo outra fic focada nesse mesmo casal, com alguns anos a frente, ia ser  muito bom, no mais agardeço pela execelente fic que li, sucesso e abraços.

Nota: 5

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por Andye em 01/04/2012

Ai ai... Você vai continuar com a Fic agora em Hogwarts? Espero que sim!

Bejocas

Nota: 5

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

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