CAPÍTULO DEZ
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"Porque nada está dando certo e tudo está uma bagunça. E ninguém gosta de ficar sozinho. Por que tudo está tão confuso? Talvez eu só esteja louca. Está uma maldita noite fria. Estou tentando entender essa vida. Você não vai me pegar pela mão e me levar para algum lugar novo? Eu não sei quem você é, mas eu estou com você."
- Para.
- Para o quê? - perguntou continuando a distribuir beijos pelo pescoço dela.
- Para de fazer isso. - sorriu.
- O quê? Não posso mais beijar minha namorada?
- Não. Para de me excitar.
- Wow. - ele finalmente parou. - Bem que dizem que as quietinhas são as piores.
- Tão, tão clichê. - revirou os olhos. - Você podia fazer melhor.
- Isso ou a piadinha?
- A piadinha. Gosto de caras que dizem coisas inteligentes.
- Krum realmente era muito inteligente, Mione.
- Eu não namorei Krum.
- Bom. Porque eu iria ter que matá-lo com minhas próprias mãos.
- Bem, o Ron quase o fez... - disse Hermione fazendo Harry murchar. Suspirou. - Eu sei.
- Se ele descobrir de outro jeito, vai ser uma tragédia.
- Não estamos fazendo nada errado.
- Você viu o que isso fez a sua amizade com a Gina.
- É... - Hermione baixou os olhos – Eu queria tanto que houvesse uma maneia de eu me redimir... algo que eu pudesse fazer pra ajudá-la a ser fe- HARRY!
- Quê? Quer me matar de susto?
- Quais são as chances de você me conseguir um convite pra festa de natal do professor Slughorn?
- Mas você foi convidada...
- Não é pra mim, né. - disse a garota balançando a cabeça. Garotos eram tão lentos. - Ele te adora, tenho certeza que faria uma festa só pra você se você pedisse! Ainda que pelos motivos errados. - acrescentou, carrancuda. - Não pense que deixei pra lá aquela coisa do Príncipe. Você sabe, eu acho uma coisa muito indi-
- Tudo bem, tudo bem, tudo bem, Hermione! Eu arrumo quantos convites você quiser, mas não comece com essa história de novo.
- A verdade incomoda, não é Harry? Mas me diga qual vai ser sua brilhante solução para passar no teste para Auror e -
- Hermione! Por favor! Eu vou arrumar os convites!
A garota parou e suspirou.
- Ok. - sorriu.
- Pra que você quer isso hein?
- Pra uma boa ação. Quero ganhar presente do bom velhinho e pra isso tenho que ser uma boa menina.
***
- GINA!
- Que foi?
- Onde você vai?
- Pra casa?
- Só depois de amanhã!
- Como assim só depois de amanhã?
- A festa do Slughorn, se lembra?
- Ah. - disse Gina fazendo seu malão levitar novamente. - Eu não fui convidada.
- Tem certeza? Porque eu realmente achei que esse envelope fosse pra você. - disse Hermione erguendo uma carta. – Acho que foi desviada da sua correspondência... ou foi erro da coitada da Coruja, né?!
- Ah... ok. Tchau, tchau, meninas. – despediu-se de Fran e Luna –Vou voltar né.
- Essa festa vai ser promissora – disse Hermione com um largo sorriso nos lábios enquanto caminhava com Gina de volta à Sala Comunal.
- Por quê?
- Pressentimento.
- Hermione?
- Sim?
- Dorme comigo hoje e amanhã... afinal, eu estou acostumada a dividir quarto com você há tanto tempo né... Não quero ficar naquele dormitório sozinha.
Hermione sorriu. Era impressão sua ou estava recuperando sua amiga de volta?
- Acha que ela vai se importar? - perguntou a monitora depositando suas coisas sobre a cama da colega de quarto de Gina.
- Talvez. Mas só se ela saber.
- Gina, a Oleanders também vai, sabia?
- Que sútil você, Mione. - resmungou a ruiva com uma bufada. - E daí? Não tenho nada com isso.
Hermione limitou-se a sorrir.
O dia passou rápido e Gina foi dormir cedo. Havia passado a tarde toda conversando com Hermione e agora ela tinha saído, não quis contar a Gina para que, e a garota estava cansada. Não havia dormido nada na noite anterior...
Hermione, por sua vez, tinha outra reunião com Snape. Na reunião anterior, conversaram sobre Harry. Esperta como era, a garota não caiu na tentação de pressupor as aulas pela sessão anterior que tivera com Snape. Da outra vez, treinaram duelo. Sim, simples assim. Duelaram. E, é claro, Hermione saiu machucada.
- Posso entrar? - pediu.
- Não se sente. - disse, seco. - A tarefa de hoje é semelhante a da semana passada. Você ainda luta como uma criança de sete anos. Fazer um feitiço bem feito não é o suficiente para derrotar um oponente habilidoso.
- Sim, senhor.
- Expelliarmus!
A varinha de Hermione voou para a mão do professor e a garota pareceu meio aturdida, sem reação.
- Você está morta. - o tom entediado era claro.
- Quê?
- Se não fosse uma aula, você estaria morta.
- Mas o senhor não avisou que já tínhamos começado... pra prestar atenção.
- Na vida real os inimigos não escrevem cartas de apresentação, senhorita. - disse o homem jogando a varinha da garota de volta. - Ago-
- Expelliarmus! - berrou Hermione. - Contra-atacantes também não.
O dia seguinte foi legal. Hermione e Gina passaram o dia colocando fofocas em dia e também puderam se arrumar para a festa, uma a outra. Estavam realmente bonitas. Talvez Neville – a quem Gina convidara de última hora também – e Harry enfartassem ao ver as garotas. Quem sabe Anny também? Gina pensou por um instante, mas logo afastou a idéia e se odiou por tal pensamento. Marcaram um corredor antes do local da festa, Rony e Neville já estavam lá. Talvez Neville e Ron, a quem Hermione convidara visto que Harry tinha seu próprio convite, enfartassem.
A festa já estava adiantada quando os quatro chegaram, Slughorn imediatamente veio ao encontro dos garotos.
- Ora, ora, minha jovem! Por que Harry não está com vocês?
- Acho que ele já chegou, não?
- Ah, sim. Sim. Olha ele lá com a senhorita Lovegood. Harry! Harry!- Harry e Luna aproximaram-se do grupo. –Ah, caro Harry! Foi realmente difícil vê-lo aqui.
Harry sorriu amarelo.
- Mas eu entendo... um garoto exepcional tem compromissos excepcionais, certo? O importante é estarmos todos aqui!
Já se passara mais de uma hora e Gina ainda procurava algo de interessante para fazer na festa quando, entre vários estudantes que já dançavam bastante, viu um rapaz do sétimo ano da Sonserina abrir caminho até o grupo, onde estava o Professor Slughorn. Com ele, vinha uma bela garota vestindo preto e vermelho, seus levíssimos cachinhos negros sobre a pele alva em um semi-preso combinados ao vestido, colar e sapatos diferentes da maioria a destacavam além de sua beleza, ar imponente e magnetismo.
- Hohoho! – o professor dise. Parecia muito feliz. – Essa festa está muito boa! Os meus convidados mais rebeldes estão aparecendo! Primeiro Potter, agora Oleanders! – disse ele beijando a mão de Anny. Ela sorriu.
- Olá – disse ao resto do grupo.
Gina fechou a cara e nada respondeu. Olhou-a emburrada por um instante. Slughorn começou a falar algo onde todos os presentes continuaram a conversa, exceto Anny e Gina. Ainda encaravam-se.
- Imagino que esteja muito bem, não? – Gina falou – Ele é realmente bonito.
- Sim, estou muito bem. E espero que também esteja.
- Estou ótima. - disse com um tom de voz normal, conduzindo toda sua fúria ao modo como misturava o gelo em seu drink com o canudinho.
- Não sabia que era amiga da Srta. Weasley, Anny. – intrometeu-se Slughorn.
- Não somos. – respondeu Gina depressa.
- Adoro promover novas amizades!
- Se a senhorita Oleanders não fosse tão perfeita... tão distante de nós...
- Ela é mesmo perfeita. – o rapaz que a acompanha disse colocando a mão na cintura de Anny. Gina sentiu seus olhos fuzilarem as mãos dele. Um trovão ecoou com forte barulho de vento.
- Minha nossa! – disse Slughorn de bom humor – Será que vai chover? Mesmo com toda essa neve?
- Pode ter sido alguma carga elétrica realmente forte de fonte emocional entre duas pessoas na cidade. - começou Luna, mas ninguém deu atenção ao comentário.
- E então, Anny, por que sempre ignora meus convites?
- Ah professor. Tenho estado muito ocupada também. A vida pessoal não acaba mesmo estando em Hogwarts...
-A inda mais para alguém como você, não é? – Gina se intrometeu – Tão bonita. Deve ter muita gente aos seus pés.
- Isso é verdade – concordou Slughorn– E o namorado, Anny?
- Eu não estou namorando.
- Se dependesse de mim... – comentou o acompanhante da morena e os dois trocaram olhares cúmplices e risadas que mais ninguém entendeu. Um impulso de jogar o hidromel que Slughorn segurava na cabeça do menino cresceu em Gina, mas ela conseguiu controlar-se.
- Eu acho que esse não é assunto de festa né. - disse Hermione.
- Granger está certa.
- Uau! Ela sabe quem a Hermione é... será que consegue se lembrar meu nome?
- Minha memória é boa, srta. Weasley.
- Sim, eu me referia à seus olhos. Você não vê ninguém, ou vê?
- Vejo mais do que você imagina
- Talvez veja, mas talvez esteja entorpecida demais para mover-se como se visse.
- Ou talvez esteja me movendo tanto que você talvez nem perceba – disse encarando-a. Rony e Harry não estavam entendo mais nada. Provavelmente pensariam que era coisa de richa entre mulheres.
- Quem, sabe Oleanders... eu nem me arrisco a tentar entender. Crianças são tão imaturas, não é? Ah, e tão frágeis também! Precisam de proteção extra dos maduros, não?
- Sempre pensei assim. Mas sempre há alguém da espécie que pode provar o contrário... - virou-se para o rapaz. - Thomas, você pode pegar alguma coisa pra beber?
- O exército de brinquedos servindo a Rainha do Gelo. É, acho que faz total sentido.
- Nossa! – disse Hermione de repente – Essa música é tão legal! – ela falou – Vem Ron, Harry, vamos dançar! – disse ela puxando os garotos.
- Mas você disse que odeia essa band -
-CalabocaHarry e vem logo!
- Herm, espera, eu to... – Rony tentou resistir. Era muito bom olhar Anny e ouvir sua voz maravilhosa. Mas foi vencido por Hermione e Harry.
Estavam à sós.
- Acho que você provou que não precisa de proteção.
- Acho que você já provou que não tem a menor preocupação em me proteger.
Anny sentiu uma onda de impacto gelada bater em seu peito e sua barriga e sentiu sua voz falhar por um instante quando olhou Gina depois de sua frase e viu os olhos da garota... Marejados de lágrimas...
- Gina...
Mas a ruiva não lhe deu ouvidos, foi embora sem dizer mais nada. Anny ainda tentou ir atrás da garota, mas assim que entrou na pista de dança, Thomas chegou com os drinks. Parando bem no caminho da morena, ele tinha um sorriso irônico nos lábios. Anny olhou por cima do ombro dele, buscando desesperadamente cabelos ruivos, mas Gina já havia desaparecido de vista.
***
Que ideia mais idiota! - amaldiçoou a ruiva para si mesma. - Eu não devia ter vindo nessa festa ridícula.
Corrrendo para o mais longe daquele lugar o possível, Gina não conseguiu conter as lágrimas. Elas corriam com facilidade, borrando a maquiagem que Hermione fizera tão caprichosamente. Estava tão distraída dentro de sua própria bagunça sentimental que nem reparou quando o vento do inverno envolveu-a ao sair no jardim. O vento forte esvoaçava seu cabelo que estava se molhando, os flocos de neve grudavam nele. Caminhou em direção a Floresta, não sabia o que estava fazendo, mas de alguma forma sabia que estava fazendo o certo.
Depois de poucos passos, no entanto, o clima começou a afetar seu organismo, a garota se importando ou não. Seus pés estavam dormentes e a única coisa quente que sentia eram as suaves lágrimas que corriam de seus olhos. Estava doendo. Não sabia o que, não sabia o por que, mas doía. Estava sendo uma péssima noite. Para ajudar, gotas de chuva começaram a incrementar a neve no chão. Uma garoa fina começou. Gina sentia-se tão estranha... um vazio, uma dor, uma coisa tão incomôda em seu peito... Ela se perguntava por que tudo tinha que ser tão difícil... desejou estar em casa, no colo de sua mãe conversando sobre o casamento de Gui e Fleur.
De repente, notou, estava perdida. Não sabia para qual direção era a entrada da floresta e o frio estava causando-lhe espasmos violentos. Sem ter para onde ir, ajoelhou-se sob algumas árvores. Por que tinha que ser tudo tão dificil? Primeiro, era apaixonada por um idiota amigo de seu irmão mais velho que nunca notou que ela existia e mais tarde ficou com sua melhor amiga. Agora estava ali, no meio da neve, em uma maldita noite fria completamente confusa, com uma garota fria, insensível, que não dava a mínima à ela na mente, e ainda morrendo de frio. O pior de tudo eram as lágrimas salgadas que escorriam de seus olhos, a única coisa quente em seu corpo.
Realmente fria, realmente deprimida, sua cabeça doía, talvez fossem as lágrimas, tremia de frio. Sua cabeça girou... girou... girou... e a garota caiu desmaiada.
***
Anny não estava bem. Por que será que não conseguia tirar certa ruiva de sua mente? Nunca pensara tanto em alguém como ela, alguém que não tinha nada a ver com ela.
“Ela deve ter ido dormir”, argumentou para si mesma, “Além disso, você não tem nada a ver com isso”
- Você ao menos está me escutando? - uma voz masculina chamou-a de volta a realidade.
- Quê?
- Por que eu ainda pergunto?
- Tenho que ir! Vá para casa, Melody deve estar sentindo sua falta... eu... a gente se fala mais tarde!
Anny não conseguiu dizer nada mais coerente para o amigo, que apenas tomou as duas doses de bebida de uma vez antes de deixar a festa também.
Deixando o instinto guiá-la, caminhou, como sempre, em direção a Floresta Proibida.. Sentia frio, mas já estava bastante acostumada. Só não estava acostumada a ter sensações estranhas ao ver lágrimas nos olhos das pessoas, essa era uma coisa nova. Anny caminhava pelas àrvores quando avistou algo à neve. Parou, olhou novamente e correu até o lugar.
- Gina! Gina! – abaixou-se a ruiva e apoiou-a em seus braços. Mas Gina não acordou, Anny sentiu que a garota estava muito fria. Pousou sua mão no rosto da menina, ela realmente estava gelada e molhada. Levantou-se e apanhou a varinha, levitou Gina e recomeçou a andar depressa.
Algum tempo depois, Gina abriu os olhos de relance, via algumas coisas passarem por ela realmente rápido. Não sabia o que era exatamente, fechou os olhos de novo. Sentiu uma onda de calor preencher o espaço e abriu os olhos. Ainda não enxergava direito, estava parcialmente consciente. Não conseguia assimilar tudo.
- Anny! Que foi? Quem é ela?
- Com licença. – Gina pôde ouvir a voz grave de Anny dizer rápido.
Poucos instantes depois foi tomada nos braços e pousada na cama.
- O que aconteceu com ela? – ouviu alguém dizer.
- Nada de grave, eu acho. Faz um favor pra mim, faz um chocolate bem quente por favor. – disse Anny rápida, foi ao banheiro e abriu duas torneiras, voltou ao quarto e abrindo o armário retirou duas toalhas e um roupão.
Gina finalmente despertou. Olhou em volta, estava em um belo quarto. Anny apontava a varinha para ela.
- Não precisa – disse com a voz um pouco fraca enquanto sentava-se. – Onde estou?
- Eu acho melhor então você mesma secar essas roupas rápido. Na Casa dos Gritos, agora ela é minha, mas essa é uma história para um outro dia. Você está bem?
- Com um pouco de frio – levntou-se lentamente.
- Veste – falou já colocando o roupão em Gina – A banheira está pronta. É melhor você tomar um banho bem quente. Achei que era melhor vir aqui para evitar perguntas.
- O chocolate já está aqui. – uma garota entrou no quarto e pousou uma xícara realmente apetitosa na cômoda e retirou-se.
- Eu estou bem – disse Gina com simplicidade – Mas acho que vou aceitar o banho sim... estou com frio. – ela falou movendo-se à porta do banheiro – Anny?
- Sim?
- Você foi atrás de mim? Você me salvou... me tirou da neve...? Por quê?
- Eu não deixaria ninguém morrer de hipotermia.
- Ah. - fez baixinho voltando-se para a porta do banheiro.
- Porque – disse de repente - Só você pode me despertar. Só você é a vida entre os mortos.
A primeira coisa dita na noite que não fez Gina queimar de raiva. A primeira coisa que não gelava seu coração. Voltou-se para Anny, estendeu a mão para a morena, que, depois de uma longa olhada, segurou-a devagar. Um forte trovão ecoou, as velas, espalhadas em decoração por todo o quarto, apagaram-se. Dando dois passos a frente, Gina conseguiram encarar-se sem desafio. Os lábios tocaram-se mais uma vez.
Anny ergueu a mão para o rosto da outra e acariciou a pele fria e macia. A chuva agora era intensa e batia violentamente contra a porta de madeira e vidro que erguia-se antes de uma sacada ao lado do banheiro. A iluminação era fraca, a lua estava quase que totalmente escondida atrás de nuvens negras de chuva, mas os relâmpagos eram frequentes e faziam a iluminação perfeita no tempo certo.
Não souberam dizer se os beijos intensos que vieram a seguir ou clima em geral fez aquele ar misterioso e mágico tomar conta do lugar. Nenhuma das duas, no entanto, preocupou-se em descobrir. Não sentiam o resto do mundo, mas sentiam uma a outra profundamente.
O roupão escorregou-lhe dos ombros, onde a alça do vestido azul-escuro já caía. As mãos e os corpos das garotas entendiam-se perfeitamente no beijo profundo. Pararam apenas para que Gina pudesse contornar a cintura perfeita de Anny com as mãos antes de voltarem a se beijar.
Enquanto, aos beijos, chegavam à cama ainda ao som da tempestade, alguma coisa no fundo de Anny gritava que fora fraca, que não conseguira resistir, que deixara-se entregar. E ela sabia que era verdade, e odiava-se por isso, mas, apenas por aquela noite, decidira não se importar.
Quando o beijo terminou, a lua iluminava parte do rosto de Anny e parte do rosto de Gina. A morena pouso as pontas dos dedos nos ombros de Gina e, delicadamente terminou de descer a alça já caída. Gina assistiu os dedos de Anny trabalharem, beijou-os quando a garota terminou e olhou de volta para ela. Beijaram-se mais uma vez.
Após o beijo, Gina arqueou o pescoço para trás enquanto Anny descia pelo queixo, mandíbula e pescoço da garota, distribuindo beijos e mordiscadas. Uma mão de Gina não demorou a enrolar-se nos longos cabelos negros que caíam em ondas leves por sobre a ruiva e a outra puxou o cordão do vestido de Anny, desmontando as tranças ornamentais nas costas da garota. O vestido foi ao chão, deixando à mostra o belo sutiã negro trabalhado em vermelho. Gina mordeu o lábio ao ver a lingerie excepcionalmente sexy.
A certeza de que estava irreparavelmente perdida caiu sobre Anny, não havia volta. Seu coração soubera que estava perdida para sempre no momento em que notou os olhos vermelhos de Gina, que afundaria na insanidade quando provou seus lábios pela primeira vez e agora tinha certeza de que cairia por esse amor. Porém, agora também a mente de Anny finalmente percebera tudo isso. Ela estava consciente de sua futura perdição.
- Minha queda será por você. - sussurrou no ouvido de Gina ao subir as mão por dentro do vestido dela, cravando as unhas pintadas de negro nas coxas da ruiva.