Disclaimer: Harry Potter não me pertence.
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Enquanto Lily acenava mecanicamente com a varinha para que suas roupas fossem para sua mala, Dorcas e Sofia se entreolhavam numa muda discussão para decidir quem falaria primeiro. Sofia por fim suspirou e enrolou as pontas loiras do seu cabelo castanho, como sempre fazia quando estava nervosa.
- Hm, Lily? – Ela chamou, no que a ruiva murmurou qualquer coisa de volta, completamente distraída. – Bem, eu e Dorcas estávamos pensando se... era uma boa ideia você ir dormir em um quarto, sozinha.
Aquilo pareceu prender a atenção da Evans, que franziu ligeiramente o cenho e virou-se para encarar a amiga. Ela própria estava preocupada com aquela mudança, visto que estava fadada a ter aqueles pesadelos todas as noites desde que voltara à Hogwarts e a ideia de tê-los enquanto sozinha em um quarto lhe parecia amedrontadora. Mas como podiam Dorcas e Sofia saber disso?
- Por quê? Vão sentir minha falta tanto assim? – Tentou brincar, no que as outras sorriram levemente, mas o momento logo passou.
- Lily, nós sabemos que está tendo pesadelos todas as noites. – Dorcas falou e quando Lily pareceu pegar ar para rebater, a loira continuou. – Não sabemos o quê você sonha, mas sabemos que é ruim o bastante, pois fica gemendo de pavor e com uma expressão realmente preocupada.
- Se não quiser falar sobre isso agora, tudo bem, mas não seria melhor se a gente estivesse por perto enquanto isso ainda estiver acontecendo? – Sofia completou e a Evans desviou o olhar de volta a suas roupas, com um suspiro.
Então as amigas sabiam. Então os pesadelos eram realmente tão horríveis a ponto de elas acordarem com seu próprio medo. Isso deixou a ruiva subitamente com muita raiva. Não sabia por que estava tendo aqueles malditos sonhos ou por que eles significavam tanto, mas não podia deixar que isso tomasse conta dela, como vinha deixando. A ponto de deixar suas amigas preocupadas? A ponto de ir parar na ala hospitalar por conta do estresse? A ponto de ficar irritadiça e quase estragar a trégua que ela e Potter estavam tendo?
Não, ela não permitiria isso. Virou-se novamente para as outras garotas e abriu um sorriso.
- Está tudo bem. Eu... realmente prefiro não falar sobre isso no momento, não até que eu mesma entenda isso tudo, mas estou realmente bem. Desculpa por preocupar vocês.
Antes que qualquer uma das outras duas pudesse protestar, Summer entrou pela porta e sorriu ao ver Lily.
- Lily! Que bom que está de volta. Você está... – Ela começou, mas então Sofia começou a freneticamente agitar os braços para que ela parasse de falar. – ... bem?
Lily revirou os olhos para Sofia, mostrando sua língua, antes de voltar a atenção para Summer.
- Estou bem sim, Summer, na verdade, estou ótima! – E fechou sua mala, parecendo satisfeita. Dorcas e Sofia se entreolharam, sem entender. – Estou me mudando para o dormitório dos monitores-chefe, mas deixei algumas coisas por aqui, para eu vir visitar quando vocês perceberem que não podem viver sem mim. – E abriu um largo sorriso, no que as outras três a acompanharam.
- Acho que está enganada, querida Lily, meus planos de juntar minha cama e a sua e ter uma king size só para mim começam hoje! – Dorcas disse com um sorriso malicioso, recebendo um olhar indignado de Summer.
- Ei, a ideia tinha sido minha, que injusto!
Enquanto as duas decidiam de quem era o direito de juntar as camas, Sofia sutilmente agitava a varinha para trazer a cama de Lily para o lado da sua e, quando as outras perceberam, gritaram em uníssono:
- Sofia!
As quatro começaram a rir e Lily percebeu que realmente não tinha nada a temer. Mesmo que não estivesse no mesmo dormitório que elas, suas amigas estariam sempre ali para animá-la - até mesmo Summer, que era mais próxima das sextanistas. Sorriu, satisfeita.
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Mais tarde, naquela noite, Sofia sorrateiramente caminhava de volta ao seu salão comunal com uma caneca cheia de chocolate quente e alguns outros doces nos bolsos de suas vestes.
Não era segredo para ela e as outras setimanistas que o “quarteto fantástico” conhecia muito bem as inúmeras passagens de Hogwarts, afinal, iam e vinham dos lugares mais estranhos possíveis. Elas, porém, só não sabiam como eles descobriram todas essas passagens e como nunca eram pegos.
Certa vez, no sexto ano, Sofia surripiara um pedaço de pergaminho enfiado às pressas no bolso de Sirius e, de início, ele parecia estar em branco. Ela tocara nele com a varinha, dizendo para que o que quer que estivesse dentro dele, se revelasse, e o que aparecera a seguir a fizera rir por algum tempo.
“Mr. Moony deseja um bom dia à Sofia Dumont e sente muito, mas terá que pedi-la para cuidar da própria vida.
Mr. Prongs concorda com Mr. Moony e gostaria de acrescentar que a senhorita Dumont poderia, por exemplo, ajudá-lo a convencer a senhorita Evans a aceitar seu pedido para um encontro.
Mr. Padfoot deseja registrar o quanto a senhorita Dumont está bonita e que ela realmente deveria esquecer esse papel velho.
Mr. Wormtail pede para que a senhorita Dumont não comente sobre esse pergaminho com a senhorita Meadows, ou ele nunca mais irá ter paz.”
Ela ainda lembrava-se das exatas palavras, como um ar risonho nos lábios, que aos poucos se transformou num muxoxo. Lembrar-se daquela época a lembrava, também, de quando ainda namorava Sirius, o que sempre a deixava desconfortável. Os dois namoraram por pouco mais de um ano, começando mais ou menos ao final do quinto ano deles, quando um Sirius meio desajeitado a chamara para um passeio a sós em Hogsmeade e uma Sofia feliz e corada aceitara. O relacionamento ia bem até brigas sem motivo começarem e, no final do sexto ano, ambos decidirem que era melhor dar um fim àquilo antes que estragassem, também, sua valiosa amizade. O término era recente, mas ambos se esforçavam para que nenhum clima estranho pairasse quando estivessem juntos.
Até então, estava funcionando e a familiaridade que existia entre os dois ajudava.
Sofia bebericou seu chocolate quente. Bem, temos que olhar pelo lado bom. Pensou consigo mesmo, afinal, graças ao seu relacionamento com o Black, conseguira fazer com que ele lhe dissesse o caminho para as cozinhas de Hogwarts, onde os elfos domésticos pareciam mais do que felizes em atendê-la.
Murmurou a senha para a Mulher Gorda, que a olhou feio começando a dizer algo como “Por que está fora da cama essa hora, mocinha?” no que Sofia apenas sorriu amarelo, entrando silenciosamente no salão.
Levantou as sobrancelhas ao ver Sirius e Remus jogando uma partida de xadrez enquanto conversavam. Planejara sentar-se e aproveitar as guloseimas sozinha, mas fazer o mesmo na companhia de amigos não lhe parecia uma ideia ruim.
- Vindo da cozinha? – Remus perguntou, sorrindo, ao notar a presença da garota, mas logo em seguida meneou a cabeça, fechando a cara. – Quer dizer, não! Eu deveria ralhar com você por estar saindo essa hora.
Sofia arqueou uma sobrancelha, intrigada.
- Não me entenda mal. – Ele continuou. – Mas a patrulha está mais acirrada esse ano, à pedidos do diretor, então é melhor evitar sair a noite, ou vai ser pega.
Sirius franziu o cenho e olhou para Remus.
- Dumbledore pediu? Por quê? – Perguntou, no que a Dumont sentou-se perto deles, também interessada.
- Bem, eu não deveria falar sobre isso... – Os outros dois o olharam, céticos, no que o Lupin suspirou. – Mas aparentemente não tenho escapatória. Bem, o fato é que Dumbledore está preocupado com o que anda acontecendo e com... vocês-sabem-quem. E, se querem saber, creio que está preocupado com seguidores dele aqui em Hogwarts, por isso pediu que reforçássemos a segurança. Não quer ninguém perambulando por aí durante a noite. – E lançou um olhar repreensivo para Sofia, que corou.
- Hã, desculpa. Não sabia disso. Quero dizer, eu sei o que está acontecendo lá fora, claro, mas Hogwarts sempre nos passa a sensação de segurança. É difícil acreditar que algo possa acontecer aqui.
- Se querem saber, tenho certeza quem são os seguidores dele aqui. Posso até nomeá-los, se quiserem. – Sirius falou, fechando a cara, deixando muito claro para Remus e Sofia que o Black pensava nos alunos da Sonserina.
- Não podemos sair julgando ninguém, Sirius. – Sofia repreendeu levemente, no que ele pareceu querer protestar, mas ela o impediu. – Não estou dizendo que não há a possibilidade, claro, mas não podemos simplesmente dizer “Ei, você é um sonserino, deve ser um comensal também”.
O moreno soltou um muxoxo. Sabia que a garota estava certa, mas não iria simplesmente concordar, então só limitou-se a voltar à atenção para o jogo. Sofia meneou a cabeça, acostumada com o jeito orgulhoso do Black, e tirou alguns doces de seus bolsos, entregando aos outros dois, que agradeceram.
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O dormitório dos monitores-chefes da casa Grifinória. O recinto era como uma miniatura da sala comunal dos Leões. As mesmas poltronas vermelhas e aconchegantes, as mesas de aspecto antigo, as cores douradas e vermelhas se destacando por todo o local. A única diferença era uma bandeira da escola que pendia do centro do teto, tendo ao seu lado direito uma vermelha com um leão dourado e ao esquerdo uma dourada com um M vermelho-sangue. A escada era única antes de haver uma bifurcação que separava os dormitórios que agora pertenciam a James e Lily, respectivamente.
O local, no momento, encontrava-se no mais absoluto silêncio e vazio. Bem, quase. Com um leve ranger de sua porta, James saiu silenciosamente e jogou-se em uma das poltronas. A insônia não o permitia dormir e a causa dessa insônia lhe era bastante clara.
Quer dizer, Lily Evans dormia tranquilamente bem ali, logo ao lado. A garota por quem ele estava perdidamente apaixonado há o quê? Três anos? Não era como se o dormitório estivesse mais próximo do que estava quando ainda estavam no salão comunal ou qualquer coisa do gênero, mas, querendo ou não, eles passariam muito mais tempo sozinhos do que antes. E James não podia evitar ficar extremamente consciente desse fato, suas mãos suadas e suas bochechas levemente coradas.
Ele fechou os olhos por um momento e suspirou longamente. As coisas entre eles estavam diferentes, não estavam? James havia amadurecido, ele não tinha vergonha de admitir isso, e Lily notara. O olhar que ela lhe lançava não era mais um cheio de desprezo por sua arrogância, suas palavras não eram mais tão ríspidas. Bem, claro que nem tudo era perfeito e o “local de despejo de estresse” preferido de Lily ainda parecia ser ele, mas comparado a como ambos eram há dois anos, James tinha muito o que comemorar. O Potter só esperava que algum dia algum milagre acontecesse e seu sentimento se tornasse recíproco...
Um grito repentino fê-lo voltar imediatamente do seu devaneio.
- Lily? – Ele chamou, não tendo certeza se o grito viera do quarto dela ou não. Mas, como que para respondê-lo, a ruiva gritou novamente e o maroto correu para as escadas. – Lily? Lily, o que foi? – Olhou para baixo e praguejou por não poder subir sem a permissão da garota, voltando a chamá-la. – Lily, não posso subir se você não permitir, o que está acontecendo?! Lily!
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Remus concentrou-se em sua jogada seguinte e, após realizá-la – sorrindo por dentro ao ter a certeza de que Sirius perderia em apenas mais algumas rodadas –, ergueu a cabeça, olhando de Sofia para o outro maroto e vice-versa. Sirius pensou por um momento e jogou.
- Ei, posso perguntar uma coisa? – Disse, fazendo com que os outros dois olhassem para ele. – Vocês... já conheceram alguém tão diferente que ficaram meio que... curiosos e querendo saber mais sobre a pessoa?
Sirius e Sofia se entreolharam sorrindo e o primeiro voltou o rosto sorridente para Remus.
- Espere um momento. Estamos diante do primeiro interesse amoroso de Remus John Lupin?! Sofia, como você se sente diante desse momento histórico? – Sirius perguntou, levemente exultante, no que Remus o olhou, incrédulo e corado.
Sofia arregalou levemente os olhos diante da confirmação do que ela e suas amigas haviam sempre pensado: Remus era realmente virgem amorosamente. E, bem... corporalmente também.
- Não é nesse sentido! – O Lupin exclamou, limpando a garganta. – Por que tem que ser sempre um interesse amoroso?! É apenas... hã, curiosidade. – Completou, fazendo uma nova jogada, porém completamente distraído e estragando completamente sua estratégia anterior.
- Quem é? – O Black perguntou, quase debruçando-se na mesa em que jogavam.
Remus sorriu-lhe cinicamente, arqueando uma sobrancelha.
- Como se eu fosse fazer isso comigo.
- Remus! Não acredito que está escondendo a identidade da futura sra. Lupin!
- É exatamente por isso que eu sabia que não deveria ter falado nada. Nossa, Sirius, parabéns por me confirmar que você tem 5 anos. – No que Sirius revirou os olhos, um tanto indignado.
- Ele está certo, porém. – Sofia murmurou e antes que o Black pudesse protestar, ela virou sua atenção para o Lupin. – Certo. Sem nomes. Por enquanto, te deixaremos em paz. Sim, Sirius, deixaremos. – E olhou de cara feia para o citado, mas ao mesmo tempo escondendo um riso. – Do que você exatamente está falando?
Sirius moveu uma de suas peças e Remus percebeu, um tanto humilhado, que perderia horrivelmente. Encarou Sofia, achando melhor do que encarar sua iminente derrota.
- Bem, de... de simplesmente não entender uma pessoa. Perceber que ela não trabalha no mesmo plano que você. E, independente de qualquer interesse romântico que o bobão aqui possa achar que tenha, essa singularidade te atrair ao ponto de você querer entender como essa tal pessoa funciona. Pura curiosidade. Eu não sei... Você já esteve em alguma situação parecida?
A medida que foi terminando de formular sua pergunta, Remus Lupin percebeu o erro cometido, afundando-se um pouco em sua poltrona. Notou que as orelhas de Sofia se avermelharam e que Sirius encarava fixamente as peças de xadrez, a boca um pouco apertada. Não acreditava no que tinha feito. O acordo silencioso de ninguém se meter nos assuntos deles e de não falar nada sobre estava indo maravilhosamente bem até aquele momento. Parabéns, Remus, parabéns. Ótimas pessoas que você escolheu para perguntar sobre seus assuntos esquisitos.
A Dummont engoliu em seco por um segundo, mas firmou o olhar em Remus e sorriu.
- Claro que sim. Acho que... Acho que quando você tem certo interesse em uma pessoa, tudo isso que você está pensando acaba passando pela sua mente. O que isso virá a se tornar, nunca dá para saber. Às vezes você descobre uma amizade incrível. Às vezes você se apaixona. E às vezes... às vezes os dois. – Sofia suspirou e se levantou. Olhou para o jogo de xadrez por um momento e olhou com piedade para o Lupin. – Sirius pode ter cinco anos, mas se continuar se distraindo assim, vai continuar a perder feio, querido.
Remus esperou um sorriso triunfante de Sirius, mas o mesmo parecia um pouco aéreo e só deu um fraco sorriso quando Sofia avisou que iria se deitar. O Lupin moveu uma de suas peças, novamente sem pensar muito, tentando digerir tudo o que Sofia lhe dissera e tentando ignorar a torta de climão quentinha que se instalara no salão comunal.
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James escorregava inutilmente pela terceira vez na maldita escada do dormitório da Evans. Ainda escutava a ruiva ora gemendo ora gritando em seu quarto, completamente sem saber o que fazer para ajudá-la. Estava começando a considerar chamar uma das meninas ou a própria professora McGonagall, ao menos alguém que realmente pudesse fazer algo, quando um novo grito veio. Dessa vez na forma de seu nome. A escada imediatamente voltou a se tornar uma escada, e não uma rampa, e James, sem pensar duas vezes, correu acima, entrando sem cerimônias no quarto de Lily.
As cobertas da garota estavam completamente bagunçadas, enquanto a mesma se revirava nelas, a pele brilhando pelo suor e o rosto com uma expressão de extrema dor. O Potter sentiu suas mãos suarem de preocupação ao se aproximar dela. Sentiu-se um pouco perdido por um momento ao notar que ela não estava exatamente em perigo, mas que estava entranhada em algum tipo de pesadelo horrível. Lily murmurava palavras inaudíveis, porém repetia o nome de James constantemente, o que lhe deu forças para se aproximar e sentar-se na cama.
Desajeitadamente, puxou-a para seus braços e aninhou-a. Ela ainda se remexia e murmurava seu nome.
- Shhh. Evans... Lily. Estou aqui. Vai ficar tudo bem, certo? Vai ficar tudo bem. Eu estou aqui. – E repetiu várias vezes as mesmas palavras, enquanto afagava suas costas, sentindo a pele fervente por uma provável febre da garota e ao mesmo tempo coberta por um suor frio.
Permaneceu assim pelo que lhe pareceram longos minutos, até que os olhos verdes marejados de lágrimas de Lily se abriram e o encararam em confusão.
- Ja... James? – Ela murmurou num fio de voz e o Potter decidiu que não era o momento para ficar arrepiado ao ouvi-la dizer seu primeiro nome.
- Estou aqui. Está tudo bem, certo? Só durma. Só... – E apertou-a contra si, encostando sua testa no mar vermelho que eram os cabelos da garota. Lily respirou pesadamente por um momento, ouvindo claramente seu coração bater louco em seu peito, com o cenho franzido. Sentia-se zonza e não completamente acordada. Sentia-se etérea, mas ao mesmo tempo sabia onde estava e com quem estava, só não sabia como isso acontecera. Não encontrava forças para perguntar e ainda sentia todos os efeitos do pesadelo tremendo em sua pele, mas James Potter estava quente e aconchegante contra seu corpo, o que lhe trazia um conforto que apenas agora descobrira que precisava. Não iria dizer nada. Pelo menos não agora, não nessa noite.
James afastou-se para pressionar um corajoso e terno beijo em sua testa antes de aninhá-la melhor em seu colo. O gesto fora tão cheio de carinho e gentileza que fora o bastante para embalar uma febril Lily de volta ao seu sono.
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N/A: Atualizações muito loucas, eu sei, desculpa. Mas aqui está! Obrigada pelos comentários e pelo apoio, se é que alguém lê ainda hahahaha
Obrigada sempre à Morgs, por me fazer escrever.
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