“Mais um ano se iniciando, tomara que este seja mais calmo. – pensava Hermione - Claro que com a volta daquele-que-não-deve-ser-nomeado todos ficam mais apreensivos, mas enquanto estivermos em Hogwarts nada poderá nos atingir.”
Hermione estava sentada na mesa da grifinória, não prestava muito atenção nos alunos que estavam sendo selecionados, seus pensamentos estavam na guerra que estava tão iminente, ela junto com seus amigos, Harry e Rony iniciariam o sexto ano.
Hermione tinha uma singela esperança de ter um ano calmo, mas era tão pequena que nem ela mesma acreditava, desde que entrara na escola todos os anos eram a mesma coisa, cheio de aventura e perigos, claro que muito deles ela não queria ter participado, mas foi “induzida” pelos os amigos. Hermione sorriu a este pensamento ela, a garota mais cabeça-dura de Horgwats ser induzido por Harry e Rony, fala sério, era quase uma piada.
Tudo que ela enfrentou nestes anos de convivência com eles e as coisas que enfrentou de um jeito ou de outro foi por que ela escolheu, nada mais. Saiu de seus pensamentos quando a prof. McGonagall terminou a seleção e o diretor e começou dar os avisos.
- Uma grande noite para todos! – começou ele sorridente abrindo os braços como se quisesse abraçar o salão.
Hermione percebeu que a mão do diretor estava escura e sem vida.
- O que aconteceu com a mão dele?- perguntou a Harry.
- Não sei. – respondeu simplesmente.
Hermione continuou a escutar os discursos do diretor, os mesmo de todos os anos, não entrar na Floresta proibida, não utilizar os logros e brincadeiras comprados na loja Gemilialidades Weasley. Os testes de quadribol, coisas que ela já estava cansada de ouvir, só uma realmente a surpreendeu, o temível professor de poções fora substituído agora ele daria Defesa Contra Arte das Trevas, para desgosto de Harry e alegria da Sonserina, e quem assumiria seu posto seria prof. Horácio Slughorn.
-Mas, Harry pensei que Slughorn iria ensinar DCAT?- perguntou a garota. Harry havia ido junto com Dumbledore chamar o professor para lecionar este ano.
-Pensei que fosse. – respondeu o garoto confuso- Bem tem uma coisa boa. – disse com selvageria – Snape vai embora até o fim do ano.
- Como assim? - perguntou Rony.
- O cargo é azarado. Ninguém aguentou mais de um ano... Quirrel até morreu . Pessoalmente, vou torcer para que haja outra morte.
- Harry! – exclamou Hermione , demostrando surpresa e desaprovação.
Dumbledore pigarreou. Harry, Rony e Hermione não eram os únicos que conversavam. O silencio se estabeleceu novamente no salão.
- Nem todos os presentes neste salão sabem que Lord Voldemort e seus seguidores estão mais uma vez em liberdade e cada vez mais fortes. - Todos olhavam para o diretor apreensivos e muitos não escondiam o medo em suas feições. – Não posso enfatizar suficientemente o perigo da presente situação e o cuidado que cada um de nós, em Horgwats, precisa tomar para garantir que continuemos seguros. As fortificações mágicas do castelo foram reforçadas de maneiras novas, mas mesmos assim temos que nos defender escrupulosamente dos descuidos de estudantes e funcionários. Peço, portanto, que respeitem as restrições de seguranças que os professores possam impor a vocês, por mais incômoda que lhes pareçam. Confio que agirão sempre com maior respeito pela segurança dos outros e a sua própria.
Os olhos azuis do Dumbledore percorreram os rostos dos estudantes e por fim, ele torno a sorrir.
- Mas no momento suas camas estão a sua espera, quentes e confortáveis como poderiam desejar e sei que sua maior prioridade é descansar para as aulas de amanhã. Vamos, portanto, dizer boa noite. Pip pip!
Todos se levantaram e foram para seus salões comunais, Hermione saíra correndo um pouco antes para cumprir a tarefa de monitoria: arrebanhar os alunos do primeiro ano já que tinha que fazer isto sozinha, já que Rony ficou para trás propositalmente para conversa com Harry. Ela adorava ser monitora, mas aguentar aqueles pirralhos era muitas vezes difícil.
A noite foi tranquila e na manhã seguinte desceu conversando com Harry e Rony descontraidamente até o salão principal. Rony estava todo animado por este ano terem tempo livres.
- Mas teremos que estudar Rony, não ficar vadiando por ai. – falou brava par o amigo.
-Ah, Hermione já vem você falando em estudar no primeiro dia de aula! – disse bravo.
-Por isto mesmo – respondeu dando de ombros, tomou seu café e foi direto para suas aulas, ele ao contraio dos meninos não teria muito tempo livre pois iria fazer, DCAT, Feitiços, Runas antigas, Transfiguração, Herbologia, Poções e Aritmancia.
O dia passou tranquilo teve o ultimo um período livre e foi a biblioteca par fazer seus deveres antes de ir par o jantar, mal adentrou a feniz do diretor se aproximou dela com um pergaminho na pata.
- Oi Fawkes, o diretor quer me ver? – perguntou retirando o pergaminho da ave.
Cara Srta. Granger
Gostaria de convidar-la para tomar uma xicara de chá em minha sala se possível neste momento. Tenho assuntos extremamente importantes a tratar com a senhorita.
P.S.: Gosto de sorvete de limão.
Dumbledore.
Hermione assim que terminou de ler foi para a sala do diretor, estava apreensiva. O que o diretor queria com ela no primeiro dia de aula? Sua mente fértil levava a muitas hipóteses, mal sabia que não chegara nem tão próximo a verdadeira. Falou a senha para a gárgula e bateu a porta.
- Entre Srta. Granger – disse o diretor.
- Mandou me chamar, diretor? – perguntou adentrando a sala.
- Sim, tenho um assunto importante a tratar, sente-se por favor. – apontou pra uma cadeira a frente de sua mesa, Hermione se sentou estava muito nervosa o diretor parecia, cansado e preocupado e seus olhos que brilhavam sempre estava opacos. – Srta, você sabe como a guerra esta próxima de nós?
- Sim, diretor.
- E com isto temos que tomar alguns cuidados e precauções. - falava o diretor calmamente – Não quero que me leve a mal, nem diga o que te falarei para seus amigos. – falou, suava mas sabia que não era um pedido e sim uma ordem – Creio Hermione que precisarei de sua ajuda para ganhar esta guerra.
- Claro professor, pode contar comigo em apoiar a Ordem e também a Harry, para mim ele é como um irmão. – disse a garota firmemente, mais o diretor maneou a cabeça em negação.
- Não minha querida, temo que precisarei mais da sua ajuda do que apoio. – parou e suspirou pesadamente – Quero que saiba que acredito em Harry e que ele que deva destruir Voldemort, mas para que ele consiga isto, nós precisaremos de informações valiosas e que só a senhorita poderá conseguir.
- Desculpa diretor, mas não entendo o que o Sr. quer dizer. – falou Hermione confusa.
- Senhorita, tenho uma missão para você, caso queira aceitar-la, não será obrigada a nada e também terá tempo para me responder. Quero que saiba também que não foi escolhida para esta missão a esmo, mas sim por sua capacidade de adaptação, sua inteligência e perspicácia, além de ser simpática e ter um senso de justiça grande não se deixando levar por ideias alheias.
Hermione corou fortemente a todos os elogios do professor, abaixou os olhos envergonhada e o mesmo continuou.
- Descobri no ultimo verão uma Magia antiga que pode enviar uma pessoa ao passado. – Hermione ergueu os olhos interessada – Não como um vira-tempo, que pode voltar no máximo trinta e seis horas, mas sim pode voltar anos no tempo. Minha missão é a seguinte Hermione: te mandar no tempo que Tom Ridller estudava no sexto ano e para que a senhorita possa observá-lo. – Hermione olhou assustada para o diretor, se não fosse o respeito que sentia pelo velho a sua frente teria o chamado de louco.
- Senhor, acho que não entendo bem, o senhor quer que eu vá para o passado para observa Voldemort?- perguntou temendo a resposta.
- Sim, não será necessário que se aproxime dele mais observar-lo de longe, descobrir algumas coisas a seu respeito. – continuava o diretor - Você ficaria um ano lá, cursaria seu sexto ano no passado e quando terminasse as aulas voltaria para este tempo.
Hermione olhava chocada para o diretor, como ficaria sua vida nesta era? O que aconteceria com ela e seus amigos? Ficaria próximo a Voldemort aquela cobra nojenta que matou a tantos, não sabia se conseguiria ter estômago para tanto, suas mãos estavam frias.
- Mas senhor eu não posso sumir assim no inicio do ano, e Harry e Rony?
- Você falaria para eles que ganhou um intercâmbio em Beauxbatons, para cursar o sexto ano lá, eles não estranhariam e podem te ajudar a tomar a decisão. – o professor se aproximou de Hermione – O Tom não é Voldemort, Hermione. Quando ele estudava aqui ele sempre foi um ótimo aluno, claro que ele nunca foi bom, sempre teve uma terrível queda por Magia Negra, misterioso e solitário mesmo sempre rodeados de moças e “amigos” que o admiravam, ele nunca se apegou a ninguém e nem os considerou como tal. Mas talvez naquela época eu estivesse prestado mais atenção a ele, ou não sei, o ensinado o valor da amizade e do amor ele não se tornaria tão cruel com é hoje. – Hermione percebeu que o diretor falava mais com ele mesmo do que com ela, continuou em silencio. – Não quero que mude nada, somente que o observe. Não precisa me dar a resposta hoje, terá até o final da semana para responder e poderá falar para seus amigos do “intercâmbio”, mas sem revelar o verdadeiro motivo. E Hermione não esqueça talvez isto seja nossa única chance.
Hermione entendeu como um modo de ir embora, saiu da sala ainda em transe pensando em tudo que o diretor lhe falou.
E agora o que faria?
Hermione desceu e foi direto ao salão principal, já estava na hora do jantar. No caminho não deixou de pensar em todas as informações passado pelo diretor, notou como ele estava abatido e preocupado, poderia ser coisa de sua cabeça mais achou que o diretor não esta contando com a vitória de Harry em Voldemort.
Saberia que se Voldemort ganhasse a guerra, ela por ser nascida-trouxa teria somente um fim a morte, seus pais e seus amigos também. Teria que viver a fugir para se proteger, não poderia ser livre. Mas Harry ia ganhar. Ela confiava em Harry, ele era o eleito, ele é que tinha que matar Voldemort, mas e se ele simplesmente não conseguisse?
Hermione sabia que o professor estava desconfiado de algo, e que ele só contaria se ela aceitasse a missão. Mais como ela ficaria um ano inteiro longe de seus amigos? Em uma época totalmente diferente, de costumes diferentes? No meio de uma guerra bruxa e trouxa. Nossa é uma loucura isto! Pensou Hermione. Claro que se aceitasse seria uma experiência única, um conhecimento maravilhoso que adquiriria, quem podia ver aquilo que só leu nos livros? Teria que pensar muito e conversar com seus amigos.
- Oi Hermione, onde você estava?- Perguntou Harry assim que ela se sentou a mesa – Você esta meio pálida, está bem?
- Sim. – respondeu pegando comida.
- Nós fomos à biblioteca, mas você não estava lá. – falou Rony.
- Estava com o diretor. - disse normalmente.
- O que ele queria com você?- Pergunto Harry desconfiado.
- Depois no salão comunal conversamos. – falou Hermione autoritária, deixando claro que trataria depois do assunto.
Os três jantaram conversando com os colegas de casas animadamente, logo após subiram para o salão comunal se sentando a frente da lareira. Parecia que quando os três sentavam, os outros alunos da torre ficavam intimidado a se aproximar sabendo que eles queriam privacidade, mesmo nenhum do trio nunca ter falado nada a este respeito com ninguém ali.
- Então Hermione, o que o diretor queria com você? – falou Harry totalmente curioso.
-Nossa Harry, você nem espera a gente relaxar e já enche de pergunta. – ralhou Hermione com ele.
- É que estamos curiosos Mione, o diretor nunca te chamou em particular. - completou Rony.
Hermione suspirou pesadamente tinha que conversa com eles, mais sem falar a verdade para onde iria.
- Certo o diretor me pediu para fazer algo pela Ordem. – disse Hermione sem alterar a voz.
- Da Fênix? – pergunto Rony.
- Não Rony de Merlin! – respondeu brava – Claro que é da Fênix. Bem se eu aceitar terei que me ausentar de Horgwats por este ano.
- O que?! – falou Rony e Harry juntos.
- Como o diretor te pede para ficar longe da escola por um ano? – falou Rony – ele poderia ter pedido a mim. – completou com a voz triste, pensando em como seria bom ficar sem estudar durante um ano (doce ingenuidade... UHaushaus)
- Explique melhor Hermione. – pediu Harry.
- É o seguinte: eu não ficarei sem estudar, simplesmente iria para Beauxbatons, como se fosse um intercâmbio e lá observaria como anda entre os alunos, o recrutamento para os lados das Trevas, parece que ele ficou sabendo que Voldemort esta recrutando alunos lá assim como em outras escolas também.
- Mas porque você? Por que não manda outra pessoa? - Harry falou com a voz irritada, não gostava de ter Hermione longe.
- Quem ele poderia chamar do nosso meio? O Rony não fala francês, você o Dumbledore não deixaria nem embaixo de Impérios, Lilá? Parvati? Neville?- disse sarcástica – Por favor Harry, nem têm muitas opções, não é?
Harry concordou não teria muita opções, mais mesmo assim deixar Hermione ir para outra escola com a Guerra tão próxima parecia uma loucura, ele não poderia deixar ela se arriscar. Ele a amava como uma irmã, ficaria muito temeroso por ela.
- Mais você aceitou Mione? – perguntou Rony.
- Não. Ainda. – completou rápido – Tenho até o final da semana para pensar. Fique sabendo que se aceitar ficarei com muitas saudades de vocês dois, e se fazer isto será para o bem de todos. – disse abraçando os amigos um de cada lado.
- Não gosto que as pessoas se arrisquem por mim, não é justo Mi. - Harry voltou a falar.
- Não estarei me arriscando por você Harry. Você já imaginou o que seria de nossas vidas se você- sabe-quem vence a guerra? Eu seria morta como todos da minha família, independente de ser sua amiga ou não, porque eu sou uma nascida-trouxa. – Falou Hermione calmamente.
- Como sempre está certa.
Continuaram a conversa colocando os prós e contra dela ir, claro que Harry e Rony só os contra, mas eles sabiam que a decisão seria dela, Hermione não deixava se intimidar com opiniões dos outros.
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O prazo acabaria naquele dia, Hermione ainda estava indecisa esperava por um sinal, ou qualquer coisa que a ajudaria a tomar a decisão. E não sabe se foi a sorte ou o destino mais ela foi ouvida. Logo pela manhã estavam todos a tomar o café, um barulho de diversas asas de coruja entrou no salão, deixando a frente de Hermione um Profeta Diário, com uma manchete chocante.
Mais famílias trouxas assassinadas
Na noite de ontem um conjunto do grupo que auto se domina Comensais da Morte, atacou três vilarejos na cidade de Gloucester, resultando em vinte e cinco vitimas fatais, sendo que em sua maioria eram famílias de bruxos nascido-trouxa. As autoridades trouxas estão abismadas com o aumento de assassinados em varias regiões da Inglaterra, inclusive em algumas que não havia tido assassinado em mais de anos. Eles não entendem como os mortos aparecem em sua maioria como se estivessem apenas dormindo, sem nenhum corte ou machucado. Nossos informantes nos avisaram que eles estão pensando em uma doença...
Hermione deixou o jornal de lado, aquilo estava tomando proporções imagináveis. Os trouxas já estavam desconfiados, buscando respostas. Seus pais estavam correndo risco de morte, por sua causa. Não poderia deixar estas coisas acontecerem sem tomar alguma atitude, ela poderia ajudar e ela iria ajudar, mesmo sendo uma loucura um risco, mais ela iria. Ela voltaria ao passado e descobriria com matar Voldemort, descobriria sua fraqueza. Não deixaria aquela cobra, sem coração e alma destruir tudo que amava, destruir seus sonhos e planos.
A decisão de Hermione estava tomada, ela voltaria para o passado.