Enganando Niobe
Hermione sentiu uma nova pessoa depois daquele banho. A banheira era enorme e pode ficar um tempo de molho só sentido o prazer do toque morno da água. O lugar era completamente luxuoso. Mas apesar de tudo isso ainda sentia vontade de chorar. Era tudo tão vazio dentro dela e ao mesmo tempo tão sufocante. "Quem sou eu ? E quem é ele? Sei seu nome, e só. Como uma pessoa pode ser tão bonita e cruel ao mesmo tempo? Draco Malfoy! Quem é você? E o que quer comigo?-Murmurava baixinho.
Ela não precisaria esperar muito para saber.
Ela enrolou-se na toalha negra posta para ela no banheiro. Escovou os longos cabelos castanhos. Vestiu suas peças íntimas e foi até o closet. Quando abriu viu que todas as roupas lá dentro eram idênticas. Lá havia um número grande de calças justas bem coladas ao corpo de um material que ao ver da Castanha era de couro. As camisetas eram regatas de um tecido fino e maleável. Mas o que mais chamou atenção dela eram os corpetes altamentes mediévais. Lindos. Tudo na cor preta. Sensual demais para o gosto da Castanha. Do lado delas, sobretudos negros que tampariam até os pés.Observou que era o mesmo que as outras guerreiras usavam. No topo do closet tinha uma máscara branca. Hermione se perguntou por que as máscaras, decidiu que de qualquer jeito iria descobrir. Se vestiu e olhou no imenso espelho. Até que gostou do que viu. Seu corpo obtinha formas invejáveis. Cintura fina. Seios fartos e quadril na medida certa. Seu rosto combinava perfeitamente com todo o resto. Ao colocar o corpete pode visualizar perfeitamente a bela silhueta. Trançou os cabelos e viu o tamanho deles. Realmente estavam enormes. Terminou de se arrumar e estava saindo do banheiro para esperar o servo, e quase entrou em choque ao ver Draco sentado em uma poltrona do seu quarto.
Hermione não disse nada, apenas ficou ali, estática, sem mover um músculo. O loiro fixou seus olhos cinzas sobre ela. E avaliou.
"Eu vejo que você já tomou banho .- disse friamente, sem sair do lugar onde eu estava.
Hermione ficou em silêncio. Draco sorriu.
Está com medo Niobe? ..- perguntou com certa ironia em sua voz. - Depois de todo esse tempo .. acho que é um pouco tarde para começar a ter medo de mim.
A castanha o olhou interrogativamente. Ele falou como se soubesse disso há muito tempo. E não foi a primeira vez que referiu a ela nessas condições. Quis responder que não tinha medo, mas não seria verdade. Estava muito confusa.
"Como queria dizer quanto eu o odiaria a partir de agora. Que ele era um idiota cruel e repugnante." Esse era seu desejo, porém fez uma promessa à Elisa. E no fundo sabia, que tinha um medo terrível do desconhecido.
"Além disso, era melhor eu ouvir, tive a nítida impressão de que ele sabia muito sobre mim. Por isso eu estava em suas mãos. Ele é muito astuto. Ele parece ser o tipo de cara que não joga para perder." Eu não sei porque mas, os seus olhos transmitem o tempo inteiro, um ar de inteligência e arrogância, que eu jurava ter visto isso em algum lugar." - pensou Hermione.
Draco não deixou de observar. O quanto ela havia mudado. Estava uma mulher perfeita. Ele se repreendeu por esse pensamento. O ódio reprimido voltou nos seus olhos frios como gelo, latente puro. Qualquer um poderia ter medo diante deste olhar e da presença imponente. Ele olhou para ela e enxergou olhos inocentes, mas o brilho que emanava neles era de astúcia e mistério. Um silêncio pertubador se instalou na sala. Draco dirigiu seu olhar para ela novamente, ficou irritado por ela não ter respondido.
Levantou-se da cadeira e caminhou em direção à cama, acariciando a borda de metal com as pontas dos dedos.
"Eu quero que me responda quando eu perguntar, entendeu?
"Eu pensei que era proibido .- ela disse de repente. E o loiro sentiu um alívio extremo quando finalmente, depois de todo este tempo, ouviu a voz dela.
"Sim, é proibido para escravos. Mas você não é um escravo .- disse secamente, tentando conter o desejo que tinha de matá-la naquele momento.
"Eu sou uma escrava.- disse ela. - Estou aqui contra minha vontade, e ainda tenho um quarto com todas as comodidades, e mesmo assim não vejo a diferença entre estar aqui, ou no calabouço com os outros.
Draco olhou para ela com fúria.
"Então talvez você queira voltar. Se você quiser posso te mandar de volta agora para o serviço doméstico, ou pior, a sala de tortura. O que gostaria?
"O que eu gostaria, eu não posso ter, que estar fora daqui" .- disse enquanto ia para a janela.
Draco avançou sobre ela e agarrou-a pelos cabelos explodindo numa raiva alucinante. Pressionou-a contra a parede, virando-a bruscamente de costas para ele. A força que ele exercia sobre ela, era quase animal. Alcançou seu ouvido e murmurou com sua voz baixa e mortal.
"Eu acho que você não percebeu a sua situação sangue-ruim. Você está em minhas mãos, eu posso fazer com você o que eu quiser. E você ainda se atreve a me responder. Você quer morrer?
Hermione sentiu o hálito quente de Draco em seu pescoço, e um arrepio percorreu sua espinha seria medo ou ....."Não, não podia ser."
Draco sentiu o perfume da Castanha. Chegou a fechar os olhos e roçar a ponta de seu nariz na pele do pescoço dela. E se perdeu um pouco no delicioso cheiro de seus cabelos. No entanto, se manteve firme, e no momento que ela respondeu, todo ódio e repulsa voltaram em dose ainda maior.
Tá aí mais um cap. Beijão aos meus leitores que estão passando por aqui. Valeu pessoal.
A fic agora começa ficar quente. Ah josy; Eu vou deixar meu mail na sua fic. Pra você me add. Preciso de ajuda na capa einh!
Galera vamo comentar!
Beijão!
Hermione olhou para ele com calma. Mas seus olhos castanhos teve um olhar de sarcasmo.
"Você disse que era para responder, não era? Isso é o que estou fazendo..
Draco soltou-a e cerrou os punhos. Como ele a odiava. Naquele momento não queria mais nada a não ser enforcar o delicado pescoço com ambas as mãos e vê-la morrer lentamente. "Mantenha a cabeça firme."-pensou. Tenho tempo para isso. Um ano se passaram desde que deixaram Hogwarts, e tudo que eu queria esse tempo todo era achar um jeito de destruir ela e seus amigos. Agora, que estava tão perto não poderia estragar os planos."
O homem jovem, ali presente tinha tanto conhecimento de magia negra, quanto qualquer comensal. Ele teria sua chance. E se tinha uma pessoa que sabia como ferir alguém, era Draco Malfoy.
"Eu acho que tenho que esclarecer qual será o seu trabalho a partir de agora .- disse ele caminhando ao redor da sala. - Você sabe o que as guerreiras fazem?
"Eu tenho uma pequena ideia .- disse ela. - Somos como guarda-costas para os Comensais da Morte, não é?
Draco sorriu maldosamente.
"Exatamente. Meu pai e eu somos de extrema importância para os Comensais da Morte e Voldemort. Estamos mais perto de conseguir nossos objetivos. Portanto, estamos constantemente em missões e, claro, bruxas e feiticeiros brancos tentando interferir. É aí que você entra. Seu dever é impedir que eles nos machuquem ou nos peguem, e como eles são incapazes de tocá-las porque saberem que são inocentes em tudo isso, nós sempre ganhamos. Claro, que existem algumas baixas. Sendo assim, colocamos outras no lugar. Entendeu?
"Eu entendo .- disse ela secamente. Seus olhos castanhos estavam fixos nele, transmitindo num relance todos o nojo que sentia pela informação que lhe foram dadas.
Draco caminhou até ela e parou a poucos centímetros.
"Mas eu tenho outro assunto mais importante para tratar com você."
Hermione sabia. Ele não iria em seu quarto apenas para explicar-lhe. Ele queria alguma coisa a mais. "E se ele quisesse algo que ela não estava preparada para dar?- pensou.
Draco deu um passo mais perto dela. Hermione não se mexeu de onde estava.
Elisa .. esse é o nome da outra sangue ruim que veio com você?
Os olhos castanhos de Hermione brilharam em horror. Assustada sentiu seu coração pular pela boca. - O que você vai fazer com ela?... - perguntou a Castanha, já temendo a resposta.
Draco riu.
"Que tipo de monstro você acha que eu sou, Niobe?
Ela não respondeu.
"Eu tenho escravos, sim, mas dou-lhes um lugar para morar, comida e trabalho. Outros simplesmente no meu lugar já a teriam matado. Eu não sou tão terrível quanto você imagina .- disse ele, mas em sua mente, ele arquitetava várias formas de destruí-la. No entanto, ele deu sua cartada final - - Eu vou libertar Elisa!
Hermione ficou chocada com essa declaração. Ela não conseguia dizer uma única palavra durante vários segundos, a sua expressão refletia uma grande confusão. Draco podia sentir, e tinha um sorriso irônico.
"O que disse ?...- não entendi nada. Seria impossível ...- Por que ...? Por que fará isso?
Draco olhou para ela.
"Não seria, na verdade, eu faria sim a troco de uma coisa.
Hermione olhou assustada.
"O que quer?
Draco sorriu. Ela parecia entender tudo perfeitamente bem antes dele se explicar.
"O que eu quero é muito simples .- disse enquanto caminhava lentamente em torno dela, sem desviar sequer um segundo de seus olhos castanhos esverdeados.- Eu quero sua fidelidade e sua lealdade. Você servirá apenas a mim. Vai ser minha escrava pessoal e servir-me para o resto de seus dias. Não se atreverá a me trair, muito menos pensar em fugir. Sua vida será minha. Terá também minha proteção perante os outros comensais, se você cumprir todas as minhas ordens. E não só terá minha proteção como também, se você quiser, eu vou descobrir para você sobre seu passado, assim você saberá quem você é.
Hermione parecia ter acordado de um pesadelo. De repente focou seu olhar no homem a sua frente e milhares de emoções passaram por ele.
"Você faria isso? - Disse quase inaudível.
Draco sorriu.
"Eu sou o mais poderoso Comensal da Morte, posso fazer o que quiser. Mas como eu disse, eu tenho um preço. A questão é: você está disposta a pagar ?
Hermione olhou para ele.
Se você soltar Elisa, e me ajude a lembrar do meu passado, eu vou fazer tudo o que você quiser para o resto dos meus dias. Meu único objetivo na vida é obedecer, mas por favor, me ajude a lembrar.
"Draco sorriu levemente perturbador. Eu a tinha em minhas mãos para fazer com ela o que eu quiser" . A vontade de matá-la cessou dando a ele um sentimento de posse indescritível." Ela era minha agora. Minha escrava! Talvez mantê-la viva por enquanto seria realmente prazeroso". Ele não conseguia acreditar como estava sendo fácil enganá-la. Sorriu diante de sua vitória. Ele ganharia sua confiança, faria dela uma assassina, saciaria seus caprichos futuros. E depois, quem sabe...
"Niobe... Você não sabe o que te espera!"