Huuum, bem, não tem aparecido ninguem por aqui. Que pena... eu vou continuar postando do mesmo jeito. =)
Poxa, leitores fantasmas, deem algum sinal de vida, só para me fazer feliz, sim?! hehehe.
O capitulo foi pequeno, mas os proximos, provavelmente serão maiores que esses. Pelo menos é assim que eu estou planejando. Ainda não sei quando irei postar o cap 50, provavel que semana que vem.
Beijos =**
Angel_S
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A sua voz arrastada, com sotaque, lembrou a Hermione o que devia fazer, deixando-a com a impressão de que ele estava lendo seus pensamentos.
O toque dela foi deliberadamente bruto quando começou a limpar o sangue seco da carne rija. Sentiu os músculos dele se contraírem ante a brutalidade, mas Malfoy não se retraiu nem emitiu o mais leve som, nem mesmo uma respiração mais forte, para demonstrar que ela lhe estava causando dor. O seu controle não diminuiu a crueldade do toque dela.
Quando os arranhões ficaram expostos, Hermione descobriu que eram piores do que pensava. Ela não ferira apenas a pele. As unhas tinham ido mais fundo, abrindo sulcos na carne. Estavam vermelhos e irritados, extremamente doloridos. O olhar se dirigiu para Potter, que estivera observando o trabalho.
A expressão no rosto dele corroborava o julgamento dela.
- Tem álcool aí para desinfetá-los? - perguntou Hermione, sem permitir que a emoção lhe transparecesse na voz.
Disse a si mesma que pouco lhe importava ter ferido Malfoy. Ele merecia. Mas sentiu uma onda de compaixão, e consolou-se dizendo com seus botões que pelo menos aquilo provava que não era tão bárbara quanto seus raptores.
Potter fez que sim com a cabeça.
- Vou buscar.
Demorou apenas alguns segundos, e voltou com uma garrafa de bebida, com dois terços cheios do liquido.
Desarrolhando-a, entregou-a a Hermione, pegando o pano molhado e sujo que ela segurava. Ela hesitou, lançando um olhar para a linha austera do maxilar de Malfoy, a arrogância friamente aristocrática do seu perfil.
- Vai doer - disse desnecessariamente.
- Quem sabe prefere aplicá-lo em gotas, para prolongar a tortura - replicou ele, com voz macia e irônica.
A compaixão sumiu numa explosão de mau gênio. Sem avisar, Hermione virou a garrafa, lavando os arranhões com o álcool, mas não sentiu nenhuma satisfação quando ele se crispou ao receber o liquido ardente nas lesões.
Imediatamente, Malfoy se levantou e foi até a cômoda pegar uma camisa. Hermione ficou pensando se não seria melhor ele colocar uma atadura nas feridas, mas não seria ela quem iria sugeri-lo. Calada, devolveu a garrafa para Potter.
- Aprendeu a cozinhar, señora? - Malfoy vestiu a camisa, tomando cuidado com os ombros.
Lançou um olhar indiferente para ela.
- Não. - Não a comida deles, com os utensílios toscos deles... Hermione qualificou a negativa mentalmente - Acho que vão ter que preparar vocês mesmos o desjejum, ou ficar com fome até a hora do almoço. A essa altura Pansy provavelmente já se terá acalmado, e voltará para prepará-lo - comentou serenamente.
- Pansy não voltará - Malfoy informou, depois virou-se para Potter. - Providencie para que a mulher de Neville venha diariamente preparar as nossas refeições. Diga-lhe que venha depois de ter feito a comida da sua própria família, e que pode trazer consigo o filhinho, se quiser. - Um leve sorriso apareceu nos seus lábios enquanto olhava para Potter. - Neville sempre nos contou que ela é a melhor cozinheira de Chihuahua. Vamos confirmar, não é?
Potter sorriu, concordando, antes de sair do quarto para cumprir a ordem. Depois que a porta da frente se fechou, Malfoy concentrou a atenção em Hermione.
- Trate de mudar os seus pertences para este quarto - declarou, enfiando a camisa para dentro das calças. - De agora em diante vai dormir aqui.
- Vou? - desafiou ela, sem esperanças de sustentar o desafio.
Os vincos marcantes dos lados da sua boca se aprofundaram, num divertimento zombeteiro, mas ele não respondeu enquanto saía do quarto, como se soubesse que o protesto dela era simplesmente uma tentativa de preservar o orgulho.