Potter passou o dia bem distante de mim.
Ele estaria arrependido por ontem?
Chegava perto das seis hora da noite, e eu não tinha começado a me arrumar.
Estava ajudando as garotas a se arrumar.
Eu ajudei a passar vestidos, arrumar cabelo e fazer maquiagens.
– E você Lily? – perguntou Marlene
– Ah eu me arrumo rapidinho.
– Já são sete e meia!
– COMO?
Eu estava a mais de hora ajudando elas.
Eu corri para o banheiro.
Faltava meia hora para o baile, eu tinha que estar apresentável.
EU desci as escadas que levavam ao dormitório feminino lentamente.
Meu sapato de salto médio era irritante.
Segurando o vestido com uma das mãos, eu sentia todo o esplendor dele.
Seu trabalhado em ouro, na parte de cima, era algo totalmente requintado.
A saia volumosa, era o detalhe mais fofo dele.
Eu havia pedido que as meninas avisassem Potter, para me esperar no Salão Comunal.
Com a outra mão eu estava segurando a máscara.
Eu parei no antepenúltimo degrau.
Esperei o garoto moreno e de terno preto, que observava a lareira, olhar para mim.
E ele olhou.
Ao encontrar seus olhos, eu sorri.
Ele estava boquiaberto.
– Exagerei? – perguntei.
Apertei os lábios, nunca fui muito boa para me arrumar.
– Não, não – ele respondeu vindo em minha direção. – Apenas estava concluindo. Você fica bonita, sempre.
Sorri.
Eu peguei a máscara e arrisquei colocar em meus olhos.
E Potter também.
Ao abrirmos a porta do salão de festas todos nos olharam.
Era óbvio que não reconhecemos quase ninguém.
Eu só reconhecia o vestido das garotas.
Mal reconheci os marotos quando chegaram para conversar conosco.
– E ai Almofadinhas – cumprimentou Tiago.
– Está um gatão Pontas – ele piscou.
Eu não falei nada.
Os apelidos eram estranhos.
Após isso, a música começou.
Potter estava parado, enquanto todos se dirigiam a pista de dança.
Ele viu o desejo de dançar em meus olhos.
Sua boca chegou perto do meu ouvido.
– Eu não sei dançar. – ele disse.
E eu respondi, sincera.
– Também não sei. – rimos juntos.
– Vamos tentar – ele me puxou.
Claro que sabíamos dançar!
Era algo como, dois pra lá e um pra cá.
Contemplamos a música, e todo o esplendor da festa.
Quando a banda “As Esquisitonas” entrou em cena, Potter me puxou pela mão.
– O que houve? – eu perguntei.
Mas não obtive resposta!
Ele apenas me puxou.
Os jardins da escola, eram algo estranho a noite.
Mas não com a luz da lua nova.
Ela iluminou o ambiente.
Potter pegou em minha mão.
– Lily!
Eu não estava preparada para escutar o que Potter iria me dizer.
Ele me deu uma prova disso ontem.
– Potter! – eu sorri.
Ele pegou minha outra mão.
- Posso lhe dizer uma coisa, do fundo do meu coração?
– Claro.
Eu respirei fundo, e ele também.
– Eu estou conectado a você de uma forma inexplicável. E não gostaria que isso acabasse, queria continuar saindo com você. Que a gente possa viver até depois da escola juntos. Acho que isso vai se tornar repetitivo porque lhe disse algo assim ontem, mas...
Ele olhou para baixo, e sua face ficou triste.
– Não quero que acabe. Está no começo do ano e eu estou realizando um sonho de seis anos. Sair com Lílian Evans, meu grande amor – ele sorriu para mim.
A seguir, eu faria algo que posso dizer que foi impulso.
Mais seria injusto.
Eu queria, e ele também.
Ao encostar meus lábios no dele, eu esperava uma resposta.
E ela se deu por completa, quando Potter colocou suas mãos em minha cintura e me puxou para ele.
O meu primeiro beijo, o primeiro beijo com Tiago Potter.
Estávamos começando nossa história, a nossa felicidade!
