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15. Blameless


Fic: Restless - Rose&Scorpius - FINALIZADA ULTIMO CAP ON


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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Blameless
– Hey, Rose! – Jenny exclamou e eu, num sobressalto, encarei-a de volta. Ela estava me ajudando a empacotar todas as minhas coisas enquanto esvaziávamos o apartamento.
Eu ia morar com Scorpius e isso me deixava ansiosa. Não que, depois de tanto tempo passando os dias comigo, alguma coisa fosse ficar diferente. Só que... viver oficialmente ao lado dele, numa cidade, e dizer que tínhamos uma casa para nós dois era uma idéia real dessa vez e ia acontecer, porque nada me faria tão feliz e eu não ia continuar negando a minha felicidade, mesmo que isso se resumisse a ficar um tempo longe da minha melhor amiga e da sua nova família, com Albus. Mas nada que aparatação não possa resolver nos momentos de saudades.
– Eu conheço essa tua cara – ela disse com um sorrisinho, ficando de frente para mim. Empacotar minhas roupas e meus pertences não tinha durado muito tempo, apenas meia hora usando magia. – Está pensando em Scorpius.
– Eu tenho uma cara específica quando fico pensando no Scorpius? – perguntei, guardando a varinha no bolso e olhando ao redor para ver se não tinha mais nada faltando. O apartamento estava vazio.
– Oh, tem sim. Essa daqui – e ela fez uma cara idiota.
– Pare com isso – eu ri. – Até parece que você também não fica assim quando está pensando no Al!
– Eu sei, eu sei, somos duas idiotas apaixonadas por dois idiotas. E por causa desses dois idiotas, agora o apartamento vai ficar aqui, vazio... – Jenny se jogou no sofá, se espreguiçando e sua expressão era nostálgica. – Lembra quando a gente fez uma festa aqui?
– Hum, a gente? – eu ergui as sobrancelhas. – Você que me apareceu com cinqüenta pessoas e me obrigou a participar dela sendo que eu precisava fazer um relatório para o Dansford no dia seguinte.
– Não diga que você não gostou! – exclamou Jenny, indignada. – Porque eu lembro bem em como estava se divertindo no colo do Roran Stewart nesse sofá!
– RORAN STEWART? Como você ainda lembra desse cara? – eu disse toda exasperada.
– Foi o primeiro cara que dormiu com você depois do Scorpius, um avanço marcante naquela época, amiga, e eu que achava que você nunca ia encostar as mãos em outro cara! – ela disse com um sorrisinho quando se levantou. – Mas, claro, não é hora de ficar se lembrando dos seus antigos "namorados" sendo que o seu épico atual namorado está esperando você para brincar de casinha lá em Liverpool, LITERALMENTE, ok?
– Não tem problema compartilhar memórias – eu dei de ombros. – Obrigada por me ajudar a limpar e arrumar tudo isso, Jenny.
– Tudo bem, assim eu posso deixar Albus cuidando do David mais vezes – ela parecia emocionada. – E podemos passar mais tempos juntas, como nos velhos tempos!
– Um dia eu vou recompensar você pela sua amizade! – eu disse, segurando seu braço. – Sério, você foi a melhor amiga que eu poderia ter. Se não fosse pelas verdades que você me fala, eu seria a pessoa mais iludida do mundo.
Jenny me encarava como se eu estivesse fumando.
– O que foi essa declaração? – ela estranhou, embora estivesse rindo por dentro. – Sei que sou uma amiga excelente e tudo o mais, mas não precisa recompensar nada. Acredite, você já recompensou quando me apresentou ao Albus no primeiro ano.
– Talvez sim – dei um sorriso de lado, observando ao redor do apartamento. Minha voz ecoou a sala quando eu disse: – Bem, acho que é só, já podemos ir.
– Não precisamos fazer esse drama todo só para sair desse apartamento, ok? Eu sei que, apesar de todas as pequenas coisas, você sempre o odiou.
Soltei uma risada, passando as mãos no cabelo. Ela tinha razão. Depois de tantos anos morando ali, eu finalmente ia poder me livrar daquela rotina. Estava tão cansada dela!
Assim que acabamos de ajeitar minhas coisas, fiquei de encontrar Scorpius numa cafeteria na rua do prédio. Eu nunca tinha visto ele tão animado com uma idéia antes. Abriu um daqueles sorrisos aliviados e brilhantes quando eu disse que aceitaria ir com ele para Liverpool. A última vez que vi aquele sorriso estancado em seu rosto bonito e pálido foi no nosso sétimo ano, quando Albus perguntara ameaçadoramente: "O que você está fazendo com a minha prima?" e eu segurei a mão de Scorpius, entrelaçando nossos dedos. "Estamos juntos, Albus. Acostume-se a isso." Minha atitude tinha surpreendido Scorpius e ele sorrira para mim, satisfeito, como se nada fosse mais certo e errado do que ser meu namorado.
– Estou pronta – eu disse no momento em que o avistei sentado numa das mesas do restaurante. Sentei a sua frente.
– Gosto quando você diz isso – ele respondeu. – E sabe do que eu mais gosto? Do fato de que nada vai nos atrapalhar nessa decisão. Sem pais que se odeiam para nos dizer o que fazer.
– Acha que teremos um final feliz? – eu perguntei, descontraída. Era só uma curiosidade.
– Prefiro que não haja nenhum final, ruiva – ele disse, piscando e ajeitando-se na cadeira. Olhava ao redor, analisava os casais ali sentados na cafeteria. Abriu um sorrisinho de lado e suspirou. – Não sabia que eu iria me acostumar tanto.
– Com o quê?
– Essa cidade é tão... trouxa – comentou Scorpius. Depois ele espreitou através de mim e pareceu surpreso. – Ei, parece que alguém está bem entretido lendo o seu livro.
Imediatamente, me virei para onde Scorpius apontava. E de fato havia um rapaz pouco mais velho do que eu lendo o meu livro, com um copo de café na outra mão. Parecia tão concentrado que fiz esforço para não ir até lá e perguntar: "Em que parte você está?" Mas quando pude ver seu rosto, eu voltei a encarar Scorpius, rezando para que ele não reparasse no que eu estava reparando.
Eu conhecia aquele cara. E muito.
– Que foi? Você parece assustada – Scorpius me conhecia bem.
– Nada. É só que...
– Não se preocupe, ele não pode achar o livro tão ruim assim!
– Hum, não é isso.
– Você conhece ele?
– Não quero falar sobre isso.
– Oh, então você já dormiu com ele.
Fácil assim. Scorpius tinha um jeito confuso. Reconhecia de cara o que acontecia entre as pessoas. Ele era ciumento, mas falava como se não fosse. Deu um sorrisinho, fingindo que não ligava para a minha confirmação. Afinal, a culpa tinha sido totalmente dele. Naquela época, eu tinha o direito de voltar a me relacionar com outros caras, embora fosse difícil acreditar que alguém faria com que eu esquecesse Scorpius.
Mas aquele cara quase fez. Quase.
Eu não sabia muito bem o que o destino estava pregando, mas comecei a desconfiar há muito tempo que nada acontecia por acaso. Encontrar Roran Stewart lendo meu livro numa cafeteria onde eu estava passando uma tarde gostosa com Scorpius Malfoy, não era coincidência.
– O que ele fez? – Scorpius quis saber de repente. – Para você não estar com ele, quero dizer.
– Foi só um cara. – Por que eu estava tão incomodada? Quero dizer, eu não pensava em Roran há muito tempo. Mesmo.
– Eu sei. Fico imaginando quantos vou encontrar por aí.
– Não muitos – confessei. – Você sabe disso.
– Eu também passei por poucas – Scorpius disse todo pensativo. Ergui uma sobrancelha. – Que eu me lembre – acrescentou, fazendo-me rir. – Você, hum, não vai falar com ele? O cara está lendo o seu livro. Ele ainda sabe que você existe.
– Por que você quer que eu fale com ele?
– Ele está olhando para nós.
– Isso não te incomoda?
– Bastante, mas estou pagando pelos meus pecados, esqueceu?
Dei outra risada. Não precisei me levantar ou sequer fazer esforço para ir lá falar com Roran, que era algo que intimamente estava curiosa para fazer. Roran que se aproximou da nossa mesa. Estava com a mesma postura que eu conhecia de dois anos atrás. Nada tinha mudado nele, nem o cabelo cacheado. Tinha um ar juvenil, apesar de que, quando conversava, parecia ser sério e responsável, exceto quando usava seu senso de humor ácido. Eu não o via há tanto tempo!
– Com licença, senhorita, mas você é a autora desse livro tão fantástico?
– Ok, fantástico. Está exagerando – eu disse depressa. – Foi sorte eu ter publicado isso daí.
Ele sorriu e olhou para Scorpius. E de Scorpius, voltou a olhar para mim.
– Oh, esse é, hum, Scorpius Malfoy. Scorpius, esse é Roran Stewart – apresentei.
– Scorpius Malfoy – repetiu Roran assim que apertou a mão dele. – Conheço esse nome.
– Primeira manchete do Profeta Diário dessa semana – Scorpius citou, mostrando uma arrogância que há muito não mostrava. – Provavelmente porque ajudei a Inglaterra, capturando o pomo de ouro. Em dois minutos de jogo.
– Oh – ele disse, voltando a olhar para mim. – Quanto tempo, Rose! Parece que muitas coisas aconteceram desde aqueles tempos. Você publicou um livro! Ele está sendo bem recebido pelas críticas, sabia?
– Sorte de principiante – eu disse.
– Ela é foda – completou Scorpius como se quisesse ter sempre a última palavra.
– Ah, eu sei disso – assegurou Roran. – Já estou na metade do livro, quero saber o que vai acontecer no final logo de uma vez.
– Ela fica com ele – disse Scorpius como se fosse óbvio.
Roran o ignorou. Eu fiz o mesmo.
– Bem, hum, foi um prazer revê-la – disse Roran educadamente. – Ah, e parabéns pelo livro. Fico feliz por você.
Quando ele se afastou, cruzei os braços, olhando Scorpius.
– Você não tem que contar o final do livro para todo cara que vier falar comigo sobre ele.
– Mas posso contar para os que dão em cima de você?
– Sabia que você ia falar isso – girei os olhos.
– Só estava observando.
– Você queria que eu falasse com ele! – exclamei indignada.
– Você parecia ansiosa para isso. Só não ia lá porque eu estou aqui.
– Está desconfiando de mim?
– Eu quero saber o que aconteceu – ele disse, ficando mais sério.
– Com o Roran?
– Com qualquer outro.
– Por que faz tanta questão, Scorps?
– Fico me perguntando como você foi feliz com outro.
– Eu não fui feliz. Eu não estava com você. Satisfeito?
– Eu não posso ter causado tanto tanto sofrimento assim, não posso – ele parecia mais incrédulo do que muitas vezes quando parava para pensar naquilo. – Ei, caso isso acontecer de novo, certifique-se de me matar, ok?
Eu sabia que ele estava brincando, por isso disse que assim o faria.
– Eu espero não ter motivos para isso – acrescentei brava.
– Não terá.
– É uma promessa?
– Não – ele sorriu, fazendo-me sorrir também. – Porque você não confia nas minhas promessas.
– Claro, você é péssimo em cumpri-las! Prometeu semana passada que ia capturar o pomo no primeiro minuto do jogo, mas você capturou no segundo.
– Oh – ele fez uma exclamação de desculpas falsas. – O apanhador adversário me desconcentrou quando disse: "Ei, vi sua namorada gostosa na arquibancada! Manda um beijo para ela." Foi mal se atrasei um minuto só porque tentei socar a cara dele.
– Como é que você pode saber o que ele disse sendo que o time era russo?
– Como é que você pode não perceber quando estou sendo sarcástico? – ele rebateu.
– Veja só, estamos discutindo de novo.
– Como nos velhos tempos – comentou Scorpius suavemente. Depois ele voltou a sorrir, como se já estivesse acostumado, ou até gostasse disso. Anunciou que ia ao banheiro e quando saiu, para minha surpresa, Roran reapareceu e sentou no seu lugar.
– Desculpa, Rose, eu não consigo fingir que só quero te elogiar pelo livro.
Ergui uma sobrancelha.
– Como assim?
– Na verdade, estou aqui por um motivo específico. E, antes que você pense em qualquer outra coisa, não estou dando em cima de você. Eu só quero te avisar... – ele hesitou – para você não ter surpresas no final.
– Avisar o quê?
Então Roran tirou do bolso um papel. E me entregou, com cautela, como se ainda se preocupasse com as minhas reações. Eu peguei, sem entender. Eu confiava em Roran. Ele não era o tipo de cara que, quando tinha alguma relação, não ligava mais para a garota, mesmo que não tivesse mais nada com ela. Há dois anos, ele morava no apartamento que Haley Geller estava morando ultimamente, e quando comecei a morar no prédio, ele sempre aparecia na minha porta para perguntar se eu tinha leite ou qualquer outro ingrediente que pudesse fazer a comida dele ficar boa. E teve aquela festa que a Jenny fizera e simplesmente aconteceu de ficarmos juntos, como se fosse o mais certo para se fazer. E detalhe, eu nem estava bêbada.
Ele teve de se mudar alguns meses depois, mas durante esses meses tínhamos passado algum tempo juntos. Roran era confiável e vinha de uma família confiável e trouxa. Ele era o primeiro bruxo da família e quando terminara Hogwarts, dois anos antes que eu, virou um auror muito bom. Ele era inteligente e investigava coisas, como um detetive ou algo assim. Sempre levou seu trabalho a sério, por isso não hesitou ao se mudar para outro país quando precisou. Ele não tinha me largado simplesmente, ele só disse que tínhamos objetivos diferentes e garantiu que nos veríamos em breve.
E lá estava ele. Observei o envelope que ele havia me entregado.
– O que é isso?
– Algo que você deve saber. E, vendo as manchetes de algumas revistas ultimamente, imaginei que precisava ser a primeira.
Eu abri o envelope e comecei a ler. Era uma carta. Do Ministério da Magia. Parecia um relatório, à medida que eu ia lendo. Um relatório muito sério. A princípio imaginei que só estava delirando, mas tinha o nome Scorpius Malfoy citado em muitas linhas. Por um segundo, achei que Roran só estava com ciúmes e escrevera aquelas coisas para que eu voltasse a achar que Scorpius era o pior cara do mundo. Mas quando terminei a carta e olhei a expressão dele, não consegui desconfiar, embora quisesse muito.
Quando Scorpius saiu do banheiro, passando as mãos no cabelo, despreocupado, Roran se levantou com uma postura formal. Scorpius girou os olhos.
– Você de novo. Está perdendo a melhor parte do livro, sabia?
– Sr. Malfoy. – Ninguém que chamava-o de sr. Malfoy era alguém que Scorpius gostasse. Roran tirou do bolso interno do casaco um distintivo, daqueles que meu tio Harry tinha para afirmar que era mesmo um auror formado, e mostrou a Scorpius, dizendo como se citasse tais palavras todos os dias: – Pela lei do Ministério da Magia, o departamento de aurores e das execuções das leis mágicas espera sua presença no julgamento para sua sentença. Você é acusado de executar uma maldição imperdoável, há dois anos atrás, na quarta feira dia vinte e cinco de maio, no ex-jogador de Quadribol italiano Adelpho Lenoni.
Roran continuou falando, mas eu já nem escutava devido ao choque do momento.
Eu nem sabia quem era Adelpho Lenoni. Eu ainda estava tentando absorver aquela novidade na minha mente. Por um momento, achei que Scorpius ia começar a rir. Mas Roran, com sua varinha, conjurou um feitiço nos pulsos dele, como se estivesse prendendo um criminoso. Eu engoli em seco, forçando-me para não me assustar com aquilo.
– ... você não tem o direito de dizer nada até o momento de sua sentença – Roran terminou.
– Eu não sou assassino – Scorpius disse, mantendo-se calmo.
– Convença o Ministro disso. Ele era um grande fã seu, Malfoy – Roran falou, mostrando a decepção que provavelmente todo mundo ia sentir ao descobrir do que ele estava sendo acusado. Roran o levou para fora da cafeteria.
Os olhos de Scorpius não desviavam dos meus até lá. Imediatamente me lembrei de quando ele tinha roubado um pergaminho da diretora Minerva e mentira que não tinha sido ele. Mas depois ele confessara a mim a verdade. Será que estava fazendo o mesmo com aquele olhar?
É claro que estava. Ele não era um criminoso!
– Isso é uma acusação muito grave, Roran! – eu exclamei, levantando-me e indo ao seu encontro. – Ele não fez nada disso.
– Não está por minha conta decidir se ele é inocente ou não, eu apenas colecionei as pistas evidentes, que ninguém havia solucionado anos atrás. Embora tenha demorado dois anos para chegar a um consenso do crime, teremos ainda que confiscar a varinha de Scorpius lá no Ministério.
– Você pode se dirigir a mim quando estiver falando sobre o que vai acontecer comigo – grunhiu Scorpius, irritado que Roran estivesse falando comigo.
– O julgamento será amanhã de manhã – avisou Roran. – Está escrito o horário certinho na carta, se você quiser ver.
– Então porque está me prendendo agora, hein? – perguntou Scorpius, perigosamente entediado.
– Você tem que chegar um pouquinho, hum, mais cedo.
– Não – eu me vi exclamando.
– Não se preocupe, Rose – Scorpius disse. Eu vi um tom de preocupação na sua voz, embora ele estivesse tentando ocultar. – Quando tudo isso acabar, eu ainda vou querer morar com você.
E então Roran aparatou com Scorpius para o Ministério.

Eu corri até a casa de James. Na verdade, aparatei em sua sala. Ele levou um susto tão grande que deu um berro.
– Caramba, Rose! Por que você fez isso?
Ele tinha caído do sofá e se levantado. Havia uma garota com ele e eu fiquei com raiva ao vê-la.
– Achei que estivesse tentando conquistar a Haley! – já fui repreendendo-o.
Quando eu vi que era... Haley.
– Obrigada, Rose, você me salvou – ela fez um suspiro aliviado, levantando-se do sofá e indo até a porta. Ela ajeitou a camisa como se estivesse tentando esconder o fato de que meu primo estava agarrando ela antes de eu chegar.
– Você não vai embora – advertiu James, desesperado.
– E se eu quiser?
– Mas não vai! Temos que terminar o beijo.
– Existe uma regra para isso?
– PAREM! – eu me vi exclamando, nervosa. Haley calou a boca, em seguida de James.
– O que houve, Rose? – perguntou meu primo quando percebeu que eu estava ofegante. Haley voltou e se aproximou de mim, preocupada.
Eu não conseguia pensar direito.
– Será que... podemos conversar? – eu quis saber. – Eu preciso saber de algumas coisas.
– Claro, sente aqui no sofá.
Eu desabei no sofá.
– Bem, provavelmente eu devo ficar fora disso se é assunto de família – Haley comentou. – Além disso, preciso lavar a minha boca com sabão agora.
– Haley, você pode ficar. Não tem problema – fui eu que disse aquilo, antes que James voltasse a discutir com ela. – Vocês dois são viciados, muito viciados em Quadribol, certo?
Haley sentou numa poltrona, mais afastada possível de James, para me escutar.
– Algum de vocês coleciona revistas de Quadribol? – quis saber.
– Eu – Haley disse.
– Desde que ano? – perguntei.
– Desde o sétimo ano. Tenho uma pilha cheia!
– Por acaso você lembra de um tal jogador chamado Adelpho Lenino?
– O apanhador da Itália? – James adivinhou, surpreso. – O cara era muito foda.
– Você o conhecia? – perguntei.
– Não pessoalmente, claro, mas ele era muito conhecido na Itália. Foi o melhor jogador de lá.
– Eu tinha um álbum de figurinha – contou Haley – e todas as figurinhas repetidas eram dele.
– Ele morreu, não morreu?
– Não – disse James, sério. – Ele foi assassinado. Ninguém nunca descobriu quem fez aquilo, de fato.
– Na época acusaram muitos jogadores da França, porque foi durante um jogo contra ela.
– Foi na Copa Mundial, lembra? – disse James a Haley.
– Foi uma final espetacular – ela confirmou, sorrindo pela lembrança.
– Mas a Itália ganhou – continuou James como se tivesse contando uma história. – E no dia seguinte o apanhador, Adelpho Lenino, foi encontrado morto no quarto de um hotel. Havia sangue para todos os lados...
– É. Então acharam que ele tinha sido baleado por um trouxa qualquer, por causa da arma que estava no chão...
– Mas um tempo depois fizeram uns testes e descobriram que o sangue era artificial. E não havia bala nenhuma no corpo dele.
– E então começaram a interrogar milhares de franceses bruxos e a confiscarem varinhas. Você sabe, a raiva de ter perdido o jogo pelos italianos deve ter sido muito grande e alguém do time ou um torcedor francês matou o cara por vingança.
– Muitos foram presos, mas se safaram porque provaram inocência... Depois isso acabou virando um arquivo morto, mas sempre tem uma ou outra notícia sobre o caso que nunca deixou de ser investigado. Um dia o cara que causou tudo aquilo vai ser encontrado.
A essa altura eu me sentia enjoada.
– Afinal, Rose, por que você está tão interessada?
"Porque estão acusando Scorpius de ter feito isso", pensei, mas não disse nada. Eu não queria contar a ninguém.
– Curiosidade. Estava fazendo uma pesquisa para, hum... o próximo livro – menti.
– Legal! – exclamou Haley. – Vai ser de investigação?
Eu abanei a cabeça, abalada.
– Desculpem ter atrapalhado o que vocês estavam... hum, fazendo – eu disse, sinceramente. – Tenho que ir... vou dar uma passadinha na casa dos meus pais.
– Eu também – anunciou Haley se levantando.
James cruzou os braços.
– Por que vocês, meninas, adoram me abandonar? – ele indagou, levantando-se. Olhou fixamente para Haley. – Tem certeza? Eu fiz chá para você.
Chá? Consegui rir, embora estivesse trêmula por dentro.
– Eu preciso ir – falei, sem querer atrapalhar mais um minuto deles. O resto, James que resolvesse e ele parecia estar resolvendo. Eu tinha coisas mais urgentes com o que me preocupar agora.

Mamãe já sabia. Decidi que não queria assustá-la aparatando na sala, então aparatei no jardim. Mesmo assim, assustei Hugo, que estava aparando a grama e regando as plantas.
– Castigo – ele respondeu de cara feia quando eu perguntei porque ele estava fazendo aquilo.
– Você tem dezoito anos.
– Diga isso para mamãe! – ele exclamou, voltando ao seu trabalho.
– Onde ela está?
– No escritório.
Eu corri e entrei na casa. Fui até o corredor onde ficava a porta do escritório dela. Estava aberta e quando mamãe me viu, levantou-se da sua escrivaninha e me abraçou.
– Eu sabia que viria.
– Você tem que ajudá-lo, mamãe – eu disse incapaz de me controlar. Afinal de contas, ela trabalhava no departamento de execução das leis mágicas e podia dar um jeito na situação. Éramos inteligentes!
– Acalme-se, Rose, vai dar tudo certo. Se Malfoy for inocente, ele não vai para Azkaban.
– E se ele não for? – o que era algo que atormentava minha cabeça.
– Aí ele terá o que merece, sinto muito.
– S-sinto muito?
– Espere, Rose, vamos conversar direito. Sente aqui.
– Cadê o papai?
– Foi comprar brinquedo.
– Hugo já tem dezoito anos!
– Pro David – acrescentou mamãe. Ela segurou meu braço e me fez sentar na cadeira de frente para ela da mesa. Era como se eu estivesse tendo uma consulta médica ou algo assim. – Eu levo você até o Ministério amanhã comigo. Você só tem que prometer que não vai dizer nada durante o julgamento. Escute, filha – ela disse toda paciente quando fiz menção de dizer alguma coisa –, eu sei que você ama esse rapaz, mas se ele for o culpado, você não poderá fazer nada.
– Ele não é culpado, ele não é assassino! Como é que você pode acreditar...
– Não estou acreditando que ele seja! – ela acrescentou depressa. – Merlin sabe que se nem o próprio pai conseguiu matar Dumbledore sendo obrigado a isso, até parece que o filho iria fazer tal coisa por vontades tão absurdas.
– A senhora vai falar isso, não vai?
– Eu não sou advogada do Scorpius.
– Mas você pode ser!
– Não. Não, não.
– Mamãe.
– Eu não posso, porque ele é, hum, meu genro.
– Mas eu não sou casada com ele, mãe!
– Olha... Scorpius que deve escolher quem o defenderá no julgamento, ok?
– Eu sei. Eu só não consigo acreditar que isso esteja acontecendo. Por que estão acusando ele, por quê?
– Descobriremos amanhã.
Fiquei em silêncio. Eu estava transtornada, confusa. Aconteceu tão de repente, sem motivo que eu não conseguia raciocinar direito. Então suspirei, olhando para o rosto gentil e sábio da minha mãe. Ela tinha passado por coisas muito piores e eu me senti muito fraca em relação a isso. Numa situação como essa, ela estaria com a cabeça erguida, e não implorando por algo que gostaria que acontecesse. Não deixaria os sentimentos a levarem para um senso irracional.
– Posso ficar aqui essa noite? – perguntei com a voz firme. – Scorpius e eu íamos viajar hoje para Liverpool.
– Por quê?
– Ele queria que eu morasse junto com ele.
Ela segurou minha mão e sorriu gentilmente, aquele sorriso que diz: "Vai ficar tudo bem. Vamos assistir um pouco de televisão e esperar seu pai para passarmos uma tarde tranqüila juntos."

Eu estava impressionada com Scorpius. Além de ter escolhido não ter ninguém para defendê-lo naquele julgamente, assim que o Ministro entrou para fazer algumas perguntas, Scorpius comentou: "Engraçado como tudo pode mudar depois que saímos do banheiro, não é, Ministro?" Surpresa com o humor que ele conseguia adquirir num momento daqueles, fiquei meio rígida na cadeira, apenas me preparando para qualquer coisa, inclusive a pior. Afinal de contas, fizeram Scorpius beber dois goles da poção da verdade. Ele não tinha como mentir.
– Então, sr. Malfoy, o que você estava fazendo dia vinte e cinco de maio há dois anos atrás, durante às nove horas da noite até as dez, no momento que aconteceu o assassinato do jogador?
– Transando – respondeu delicadamente.
– Quem seria o álibi dessa situação? – perguntou o Ministro.
– Isabella Lespour.
Ah claro.
– Por favor, encontrem Isabella Lespour – pediu o Ministro para os bruxos.
– Ela saiu na capa da revista Fashion Wizard – disse um cara lá trás. Ele parecia estar super feliz por fazer aquele trabalho de buscar a modelo internacional na casa dela. E então aparatou.
O Ministro fez mais algumas perguntas para Scorpius até que Isabella apareceu acompanhada pelo cara do ministério. Ela parecia ter saído do banho. Estava de roupão, chinelo e sem maquiagem. Não parecia mais tão linda desde a primeira vez que a vi.
– Ora, o que está acontecendo? Scorpius! – ela olhou para ele. – Você vai para Azkaban?
– Não, não. Estamos reunidos aqui para dizer o quanto você está maravilhosa com esse cabelo.
Acho que Scorpius não deveria ter sido tão sarcástico nesse momento. Isabella Lespour podia salvar sua pele. Assim que ela sentou na cadeira, o Ministro começou a interrogar:
– O que você estava fazendo dia vinte e cinco de maio há dois anos atrás, durante às nove horas da noite até as dez, no momento que aconteceu o assassinato do jogador?
– Então é isso o que está acontecendo? – ela arregalou os olhos. – ESTÃO ME ACUSANDO DE ASSASSINATO?
– Não, estão me acusando – disse Scorpius. Isabella ficou mais calma.
– Que susto. Então, como o senhor acha que eu lembro o que estava fazendo há dois anos atrás?
– Malfoy disse que vocês estavam tendo relações sexuais durante aquele momento.
– Oh, provavelmente – ela disse pensativa, com um sorriso bobo. – Nós fazíamos tantas vezes, não sei como ele pode lembrar especificamente da hora e do dia. Mas fico feliz que tenha lembrado!
Scorpius massageou as têmporas. Obrigado, Isabella, ele provavelmente estava pensando.
– Sr. Malfoy, alguma vez já conversou com Adelpho Lenoni?
– Poucas vezes.
– Você entrou para o time da França um mês antes do assassinato. O senhor não disputou a final da Copa Mundial daquele ano por algum motivo especifico?
– Eu tinha quebrado a perna – ele respondeu.
– Em que lugar você estava quando estava fazendo amor com essa jovem?
Tenho certeza que Scorpius se esforçou para não dar risada ao ouvir "fazendo amor".
– No hotel que os jogadores da frança tinham se hospedado. Que era o mesmo hotel dos italianos.
– Você sabia qual quarto o apanhador da Itália estava hospedado?
– Quarto 21.
– Como sabe?
Scorpius hesitou. O que estava acontecendo?
– Como sabe que o quarto dele era 21, sr. Malfoy? – ele repetiu a pergunta diante do silêncio de expectativa.
– Porque eu entrei no quarto.
– Para parabenizá-lo pelo jogo?
– Não.
– Para o quê, então?
– Para me vingar.
Eu ofeguei. Tenho certeza de que todos tinham ofegado.
– Por que queria uma vingança? Por causa do jogo que ele tinha vencido?
– Sim.
Meu coração disparava. Eu não podia acreditar naquilo.
– Scorpius Malfoy, você assassinou Adelpho Lenoni com a maldição Avada Kedavra?
Eu percebi que não conseguia respirar.
– Não – Scorpius respondeu, deixando todo mundo confuso. Até eu.
– Mas o senhor disse que queria se vingar pelo jogo que ele tinha vencido.
– Lenoni era um amigo – falou Scorpius com a voz grave. – Eu nunca mataria ele.
– Então...?
Mas Scorpius não o deixou terminar:
– Dois dias antes nós saímos para jogar Poker em um cassino e ele venceu. No dia em que ganhou a taça da Copa, eu fui até ele convidá-lo para jogar Poker de novo. Mas porque eu tinha uma estratégia para vencê-lo daquela vez. Eu queria me vingar nesse sentido.
– Pare de fazer piadas! – exclamou o Ministro, nervoso. – Não toleramos piadas.
– Não é piada, eu não faço piadas.
– Poker é um jogo trouxa. Você, sendo da família Malfoy, não parece se relacionar com nada trouxa.
– Eu não me importo com os trouxas – Scorpius disse, olhando de soslaio para o outro lado do tribunal. Então eu finalmente vi que seus pais estavam lá também. - E eu não sou bastardo.
– Voltando ao assunto. Por que vocês não foram jogar Poker afinal de contas?
– Ele recusou. Porque ele queria voltar para casa, para os filhos, então ficou arrumando as malas.
– Como vocês se tornaram amigos?
Scorpius olhou ao redor, como se estivesse procurando as câmeras.
– Isso é uma entrevista?
– Responda a pergunta, Malfoy.
– Ele não é italiano.
– O quê?
– Ele não queria contar a ninguém, mas contou a mim uma vez porque ele sabia que eu estava passando pela mesma situação. Eu sou inglês, mas jogava para a França. Ele era inglês, mas jogava para a Itália. É só isso o que sei dele, fico surpreso por vocês não souberem também. Acho que ele mantinha segredo. É isso! Compartilhamos esse segredo e ficamos amigos.
Dava para ver que, por mais estranha que fosse a história, o Ministro tentava considerá-la.
– Então, para completar a história – disse Scorpius. – Encontrei Isabella no meio do corredor do hotel, e o resto vocês já podem imaginar no que deu. Não saí do meu quarto naquela noite.
Todos ficaram em silêncio de novo, escutando atentamente. Depois de um tempo, um bruxo alto e esguio apareceu segurando uma varinha. Era a varinha de Scorpius. O bruxo sussurrou algumas palavras no ouvido do ministro. O ministro ficou pálido. Pigarreou e disse:
– Sua varinha foi confiscada, sr. Malfoy. Não tem como escapar agora. A avaliação diz que uma maldição imperdoável foi acionada há dois anos atrás. Mesmo que não tenha sido usada contra o ex-jogador, você usou. E isso significa que o senhor será levado pelos dementadores...
– Ei, espera aí – Scorpius franziu a testa. – Será que eu posso ter a chance de explicar ou terminar o que eu estava dizendo, antes de vocês me levarem para aqueles dementadores?
– Não.
– Porque eu sei quem matou Lenoni. E não fui eu. Deixe-me dizer uma coisa. Vocês já ouviram falar da expressão "pedir emprestado?". Sabe, eu e Isabella estávamos tendo uma noite legal até o momento em que ela parou de tirar a minha calça para perguntar: "Ei, me empresta sua varinha?" E eu emprestei, porque ela disse que tinha esquecido a dela e precisava ajeitar a droga do cabelo dela. Claro, claro, claro. Perguntem a ela se estou mentindo. Espere, pergunte a poção que vocês enfiaram na minha boca para ver se eu estou mentindo. – Então ele se virou para Isabella e perguntou: – O que você foi fazer no banheiro? Arrumar o cabelo para fazer sexo ou sair para matar um cara que nunca correspondeu ao seu amor, querida?
Isabella estava em estado de choque. E eu pensava na vez que ela tinha falado para mim: "Modelo e jogador de Quadribol é sinal de perfeição." Agora eu percebia que não importava que jogador, desde que fosse.
– Coloquem a poção na boca dela – mandou o Ministro.
E aquilo foi o cúmulo para nossa querida Isabella. Ela começou a berrar quando dois caras vieram lhe segurar e outro tentou fazê-la beber a poção. Depois de muito esforço ela tomou e despejou tudo: "Sim, EU matei aquele cara! E daí? Ele ia voltar para casa e dizer o quê pra mulher vagabunda dele? Que tinha ficado comigo? Ele nunca me amou de verdade, ele me usou várias vezes. Me traiu! Teve filhos com aquela vadia da Clair e iria embora para vê-la e ia me abandonar!"
Então depois que ela se calou minha mãe suspirou e disse:
– Isso é mais normal do que você imagina, srta. Laspour. Aconteceu com um monte de gente.
– Você já foi traída? Você já sofreu por amor? – perguntou Isabella, que chorava desesperadamente.
– Cara, de um julgamento sério isso virou novela mexicana – comentou Albus ao meu lado.
– Não, porque eu sei que meu marido me ama – minha mãe respondeu sem rodeios.
– Então não sabe o que eu passei todos aqueles anos!
– Eu sei. – De repente me vi falando, sendo que eu não podia abrir a boca. Mas quando senti todos os olhares para cima do meu, fiquei vermelha e acrescentei: – Mas eu não matei ninguém por causa disso.
– Porque Scorpius voltou pra você. Adelpho nunca vai voltar pra mim! – ela chorou mais.
– Claro, você matou ele – disse Scorpius com um brilho de raiva no olhar. – Quem sabe se você não tivesse matado, não é mesmo?
Depois foi muito rápido. Isabella tinha problemas, claro, a gente percebe isso quando alguém mata a outra apenas por ciúmes e raiva. Mas ela tinha mesmoproblema. Sacou a varinha no bolso do roupão e tentou acertar Scorpius com um feitiço. Não precisou de mais nada, o Ministro a proclamou culpada e Scorpius, inocente. Eu acho que eu esperava por isso, mas não esperava que um dia veria Isabella, uma modelo internacional, sendo presa.
Eu estava tendo surpresas demais. Em segundos, Isabella foi levada pelos dementadores. Foi perturbador, mas, sejamos sinceros, merecido.
Quando tudo aquilo acabou, eu encontrei Scorpius que estava conversando com o Ministro. Eles pareciam se dar muito bem. O bruxo sorriu para mim quando me aproximei, aquele sorriso de "Olha só a filha de Hermione aqui!" e se afastou para ir até minha mãe. Scorpius e eu nos entreolhamos e eu o abracei, dizendo:
– Eu não vou te matar, ok?
– Não vou dar motivos para isso – ele sorriu, tranquilo. – Você deve ter ficado apavorada. Eu só entro em encrencas.
– Você não seria o Malfoy que eu conheço se não entrasse em encrencas.
Alguém apareceu ali perto de nós. Era Roran. Ele parecia um pouco arrependido.
– Desculpe ter desconfiado de você, Malfoy. Mas eu tive que fazer o meu trabalho.
– Até eu desconfiei de mim mesmo. Já estava me perguntando "uh, que cagada eu fiz que eu não me lembro?".
– Você está muito engraçadinho hoje, Scorpius – eu disse incrédula quando Roran já tinha saído.
– Sarcasmo – ele colocou um braço nos meus ombros – é o que eu uso para ocultar meu nervosismo.
– Então você estava nervoso...
– Eu estava entre perder a minha vida inteira ou de ficar com você para o resto dela. Claro que estava nervoso.
Nós entrelaçamos nossos dedos e enquanto saíamos do Ministério, meu pai chegou perto da gente.
– Onde vocês estão indo? Acham que é simples assim sair de um tribunal e ir embora de mãos dadas. Esse rapaz, minha filha, esse rapaz poderia ser culpado! Você sairia de mãos dadas com ele se ele fosse culpado?
– Provavelmente não, pai – eu girei os olhos.
– Que bom. Fique sabendo de uma coisa, Malfoy – ele disse ameaçadoramente, apontando o dedo. Sabia que ele só estava fazendo aquela pose de pai durão para assustar Scorpius, mas até meu pai reconheceu que Scorpius sabia contornar situações temerosas com maestria. Então papai disse, se rendendo: – Eu quero ver a casa onde vocês vão morar.
– Mamãe te contou – adivinhei, não muito surpresa.
– É! E a gente vai visitar vocês! – ele disse bravo. – E quero café todos os dias. A casa limpa, decente, e NADA DE FILHOS CORRENDO PARA LÁ E PARA CÁ.
– Pai, ele quase foi culpado de assassinato, não o assuste mais!
– Ótimo. Não se esqueça, filha, eu que te amo de verdade.
E me deu um beijo na bochecha e me abraçou com força. Eu quase fui esmagada ali.
– Adoro seu pai – Scorpius comentou assim que ficamos sozinhos de novo.
– Oh, não, você está sendo sarcástico.
– Não estou não. Ele é divertido. Se preocupa com você. Eu queria que meu pai fosse assim.
– Seu pai me odeia.
– Nada pessoal. Quero dizer, você vai estragar a família, é por isso. Mas não é nada pessoal.
– Espere, para estragar a família, eu vou ter que entrar na família – calculei, confusa.
– Algum problema nisso?
Eu sorri e dei um beijinho nos seus lábios.
– Vamos conhecer nossa casa – sussurrei.

N/A: Oh meu Deus, me perdoem! Eu to morrendo de vergonha! Esperee... alguém ainda lê isso aqui? ESPERO QUE SIM, ESPERO QUE SIM, ESPERO QUE SIM *fazendo figas* Eu nunca fiquei tanto tempo sem escrever uma fanfic, eu nunca fiquei tanto tempo sem ter inspiração.
Gente, posso confessar uma coisa? Eu não sei que final dar a essa fanfic, então eu resolvi o seguinte: digam vocês o que deve acontecer. E veremos no que vai dar. Tipo, o que foi o Scorpius sendo acusado? Sei que deve ter sido muito repentino, mas pelo menos alguma coiosa aconteceu nesse capítulo! Eu devo ter assistido demais Veronica Mars durante esse tempo :O HAHAHA, sou viciada nessa série embora eu não tenha cabeça para pensar em algo investigativo.
Mas eu precisava postar mais um capítulo, certo? Vocês estavam quase me matando!
Obrigada a Larissa,  Sophia Lopes Rocha,  Mila,  Mimi Potter, Leh Malfoy, yasmin da silva, Lari_sl, Victoria Holzmann Gonzales, Cordy W. Malfoy, e  Felipe S. pelos comentários! Amo vocês, gente. Me desculpem mesmo pela demora "/

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Comentários: 2

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Enviado por Lana Silva em 29/12/2011

Awww *-* lindo sabia que essa Isabela não engava...

Nota: 5

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Enviado por Jheni weasley em 22/08/2011

Tadinho do Scorpius deu um susto e tanto na gente. Rose parabéns pelo lindo afilhado. Vou continuar a ler...

Nota: 5

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