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ATENÇÃO: Esta fic pode conter linguagem e conteúdo inapropriados para menores de idade então o leitor está concordando com os termos descritos.

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0. Prólogo


Fic: Não Podia Ser Você


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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A SOLUÇÃO
 
            Dylan Stuborn era o tipo de menina incomum no Instituto Durmstrang. Era bonita, simpática e jogadora de quadribol, além de não ter qualquer interesse nas Artes das Trevas. No auge de seus 17 anos, era a garota mais desejada da escola.
            Das suas características, a que mais se destacava era a beleza. Tinha 1,70 de altura, um corpo atlético, rosto oval perfeitamente desenhado e cabelos loiros que escorriam por suas costas dando a garota, uma beleza quase surreal. Muitos acreditavam que ela era descendente de uma veela, mas não, a beleza de Dylan era totalmente vinda de seus pais. Era dona de olhos verdes profundos, lábios finos e rosados onde sempre estava um sorriso, nela tudo parecia ter sido perfeitamente desenhado para atrair a atenção de todas as pessoas.
            A garota encontrava-se nas portas do castelo de Durmstrang com os pais. O castelo era cercado por neve e montanhas, o que frequentemente fazia Dylan ficar mal-humorada, ela odiava neve e frio. Seu pai, Richard Stuborn, sorriu para ela e disse sério:
            - Comporte-se esse ano, por favor.
            - É, não quero saber da senhorita sendo pega nos corredores enquanto se agarrava com alguém, a vida é boa, mas nem tanto querida! – Sophie, sua mãe a avisou em tom de brincadeira. Dylan enrubesceu um pouco com o comentário da mãe, sorriu e respondeu brincalhona:
            - Você me conhece muito bem mamãe, sabe que discrição não é uma das minhas melhores características...
            - Por isso mesmo que te avisamos todos os anos, mas no fundo sabemos que até o final do ano letivo, receberemos uma carta super educada do diretor Karkaroff falando de suas novas proezas! – Sophie respondeu provocando risos na filha e no marido. Os alunos que estavam com suas famílias começaram a entrar na escola, Dylan deu um beijo e um abraço nos pais e disse apressada:
            - Tenho que ir.
            - Cuide-se querida! – Seu pai disse com um ar preocupado enquanto tentava sorrir. Richard era completamente diferente da esposa, tinha um ar meio “nerd” e sério, adquirido após anos trabalhando como auror. Enquanto Sophie era totalmente excêntrica, brincalhona e risonha. Dylan realmente achava que ás vezes, tinha sorte em ter um pai como Richard, temia o que iria se tornar caso só fosse criada pela maluca Sophie.
            Dylan tentou dar um sorriso enquanto acenava aos dois e entrava no castelo, mas teve certeza que só conseguiu uma careta. No castelo sentiu sua sensação de liberdade ser novamente aprisionada pelas paredes que faziam de Durmstrang uma fortaleza, seus pais não sabiam, mas Dylan odiava Durmstrang.
            - Dylaaan!
            A loira ouviu uma enérgica e conhecida voz feminina chamá-la, virou-se e viu sua amiga Elizabeth Lively vindo em sua direção com um sorriso nos lábios. Elizabeth era mais baixa que Dylan, tinha um corpo bonito, os cabelos eram castanhos e compridos, olhos castanhos também e um rosto de menina.
            - Lizzie, senti sua falta... – Dylan disse sorrindo assim que a amiga chegou até ela, as duas se abraçaram e Lizzie perguntou enquanto caminhavam pelos corredores e cumprimentavam alguns colegas:
            - Como foram as férias?
            - Ah... Nada más e as suas? – Dylan perguntou um pouco mais animada, Lizzie era uma das poucas coisas que faziam com que ela voltasse para Durmstrang ano após ano, Dylan se sentia aprisionada e ainda pior, perseguida por um certo monitor. Lizzie deu uma gargalhada e respondeu:
            - Você ainda pergunta? Até parece que não conhece meus pais!
            - Ok, tirando o fato que eles andam querendo ver a sua cabeça pendurada na parede da sala, o que você andou aprontando? – Dylan perguntou rindo assim que as duas encontraram o quarto que dividiam juntas, em Durmstrang não haviam casas como em Hogwarts. Lizzie deu um suspiro e respondeu cansada:
            - Eu fiquei fugindo da morte sabe? Minha mãe me queria empalhada na cozinha e meu pai queria me enforcar no quintal...
            Dylan não pode deixar de rir do relato da amiga. Lizzie a olhou com cara de “isso tudo é culpa sua” e bufou de raiva, Dylan jogou sua mala na cama e perguntou impressionada:
            - Isso tudo por causa do que aconteceu no final do ano passado?
            - Você acha que foi pouco o que a gente fez? Não são todos os dias que um banheiro explode em Durmstrang! Nem são todos os dias que alguém lança um feitiço em um monitor! – Lizzie respondeu indignada e em troca, recebera uma almofada na cara.
            No final do ano passado, Dylan e Lizzie haviam dado um presente de natal a um monitor que odiavam, Patrick Levorsky nunca esqueceria a explosão do banheiro e muito menos da azaração do Bicho-Papão de Dylan. Karkaroff teria usado uma das Maldições Imperdoáveis para castigá-las se pudesse, ele ficara muito furioso.
            - Mudando um pouco de assunto, o que aconteceu com seu irmão depois de ser expulso? Ele acabou não se formando né? – Lizzie perguntou tentando parecer indiferente, mas Dylan sabia que a amiga era apaixonada pelo seu irmão. Dylan fingiu não ter percebido o olhar indagador que Lizzie lhe havia lançado e respondeu:
            - Terminar os estudos nunca foi a prioridade de Ryan, então, ele começou a tocar com a banda e hoje, vive na estrada...
            - Nossa cara, ele é realmente sortudo. Quem dera fazer o que quiser da vida... – Lizzie dissera impressionada, Dylan terminou de guardar suas coisas no armário e respondeu melancólica:
            - Se eu fosse fazer o que quero da vida, seria mudar de escola e viver jogando quadribol. Afinal, pra que aprender a fazer uma poção do Morto-Vivo? Não quero deixar ninguém desacordado!
            - Hey calma Dylan, é só mais esse ano... Depois, adeus escola! – Lizzie disse sorrindo a amiga enquanto terminava de arrumar suas roupas. Dylan e Lizzie eram bem diferentes, enquanto Lizzie era organizada e extremamente estudiosa, Dylan era bagunceira e só estudava para garantir suas notas. Apesar de serem diferentes, a amizade das duas era muito forte.
            As duas continuaram a conversar quando, de repente, a porta do quarto se abriu. Uma garota loira, com ar de patricinha fútil e mimada entrou no aposento, Lizzie e Dylan entreolharam-se assustadas, a loirinha sorriu e perguntou melosamente:
            - Olá cunhadinha querida, sabe onde Ryan está?
            - Cunhada? Da onde você tirou isso Maggie? Tá pirando de vez? – Dylan perguntou em meio a uma risada, Lisa a acompanhou. Logo as duas conseguiram o efeito que queria, Maggie ficara vermelha de raiva.
            - Como assim Dylan? Você sabe que eu e seu irmão temos um compromisso bem sério... – Maggie respondera a beira de um ataque de choro, o que provocou ainda mais risos em Lizzie e Dylan. Dylan já estava com lágrimas nos olhos de tanto rir, assumiu uma expressão séria e respondeu:
            - Qual é Maggie? Não venha com seu showzinho pra cima de mim, desembucha logo o que você quer da vida!
            A expressão de Maggie mudou da água pro vinho, se antes ela tinha um sorriso bobo nos lábios, agora estava com a cara fechada e encarando as outras duas garotas com ódio. A loirinha olhou para as duas garotas e perguntou em um tom de voz mandão:
            - Vamos direto ao ponto, já que vocês duas não sabem lidar com boa educação. Onde está meu namorado?
            - Oras... Como você mesma disse, é você que namora o Ryan, logo, você que tem o dever de saber onde ele está, não nós. – Dylan respondeu como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo, Ryan tinha ordenado que a irmã cuidasse de Maggie e a dispensasse, os dois eram muito unidos e Dylan faria qualquer coisa pelo irmão. Lizzie desatou a rir em sua cama, Maggie ficou tão vermelha que Dylan achou que ela fosse explodir, depois a loirinha realizou um bizarro ritual para retomar a calma que incluía ruídos estranhos e olhos fechados. Maggie respirou fundo, abriu os olhos e perguntou mais calma:
            - Onde ele está?
            - Está viajando com a banda dele querida... Você devia saber disso! – Lizzie respondeu indiferente enquanto olhava para o teto do quarto. Maggie lançou um olhar fuzilante a ela, depois voltou a olhar para Dylan. A loirinha deu um sorriso falso e disse com a voz melosa:
            - Obrigada queridas, bye bye!
            - Poupe-nos da sua “boa educação” Maggie, apenas cai fora daqui antes que eu faça uma plástica na sua cara! – Lizzie respondeu com a voz cheia de veneno enquanto pegava a varinha ameaçadoramente, Maggie deu um pequeno ataque de nervos e saiu do quarto. Dylan aproximou-se da amiga, passou o dedo no canto da boca dela, Lizzie a encarou confusa e perguntou:
            - O que você tá fazendo?
            - Limpando o veneno, tava escorrendo... – Dylan respondeu com a voz de anjo, Lizzie fez uma careta para ela e disse:
            - Ah eu odeio essa garota, não vejo a hora de seu irmão terminar com ela!
            - Eu sei, porque aí você vai ter o caminho livre não é? – Dylan respondeu rindo e em troca, teve que se desviar de um feitiço que tinha como destino, seu rosto.
 
***
 
            - Sabia que eu odeio esses eventos que realizam aqui na escola? – Dylan disse mal humorada minutos após serem avisadas sobre um tal “banquete” de abertura do ano letivo, nunca haviam tido aquilo antes e as duas garotas desconfiavam de alguma coisa.
            - Seria novidade se você não odiasse, você odeia tudo relacionado a Durmstrang! – Lizzie respondera rindo a amiga enquanto ambas saíam do quarto e dirigiam-se ao salão onde eram feitas as refeições.
            Uma multidão de alunos trajando as vestes vermelho-sangue da escola seguia pelo mesmo caminho, Dylan e Lizzie se destacavam por não usar o uniforme da forma tradicional. Dylan estava com uma jaqueta de couro preta, suéter, calças e botas da mesma cor; enquanto Lizzie estava com um sobretudo bege por cima das vestes vermelhas.
            - Vejam só senão é a dupla dinâmica, Stuborn e Lively! – Uma voz seca e arrastada veio das costas de Dylan, ela nem precisou virar-se para saber quem era. Lizzie e Dylan se olharam e disseram cansadas:
            - Levorsky e sua trupe de idiotas.
            As garotas viraram-se para olhar Patrick Levorsky. O garoto era bonito, tinha cabelos loiros, um rosto cativante, um sorriso sedutor e olhos incrivelmente azuis. Mas era um perfeito idiota e Dylan sabia disso já que namorara o rapaz por dois anos que ela considerava terem sido os piores de sua vida. Lizzie cutucou a amiga, deu um sorriso repleto de ironia e disse:
            - Vejo que conseguiu livrar-se do pó de fura-frunco e dos tentáculos que saíam de sua cabeça. Que pena Levorsky, você estava muito mais sexy daquele jeito.
            - É... Mas você não conseguiu se livrar de um castigo de seus pais não é? Qual é Lizzie, você já é uma mulher feita pra ficar trancada em casa... – Patrick levantou a voz em meio a risadas que os demais alunos davam, um sorriso irônico se formou quando viu Lizzie vermelha de raiva. Ela estava para sacar a varinha quando sentiu Dylan segurar seu pulso, lançou um olhar indagador a amiga que apenas sorriu. Dylan virou-se para Paul e disse:
            - Ouvi dizer que você está com seu cargo de monitor ameaçado, fico me perguntando... Como alguém pode ser monitor se mal sabe controlar a própria varinha?
            Dizendo isso, através de um feitiço convocatório, Dylan tirou a varinha das vestes de Patrick e trouxe-a para suas mãos. Depois a girou entre os dedos e deu um sorrisinho desafiador ao rapaz. A multidão que se formara em volta deles começou a rir, era difícil alguém conseguir calar Patrick Levorsky, mas Dylan tinha esse “dom”. Patrick deixou seu sorriso morrer nos lábios, seu queixo estava tremendo de raiva e Dylan ficou bastante feliz com o resultado que alcançara.
            Os olhos azuis e frios de Patrick travavam uma guerra com os verdes e enérgicos de Dylan, a garota parecia disposta a não baixar o olhar diante de Patrick Levorsky. Ficaram se encarando por vários minutos, até que Patrick finalmente deu as costas ás garotas e disse friamente:
            - Isso ainda tem volta!
            - Ah claro... Ô senhor vingativo, não esquece a varinha! – Dylan disse irônica enquanto jogava a varinha na cabeça de Patrick, a varinha o atingiu e o garoto bufou de raiva enquanto cerrava os punhos. Depois respirou fundo e saiu caminhando pelos corredores, Lizzie tomou a frente e disse enérgica:
            - Venha nos ameaçar de novo que eu vou fazer o tentáculos de sua cabeça entrarem por um lugar nada agradável seu!
            - Ei Lizzie, cale a boca. Tem crianças aqui! – Dylan disse fingindo irritação, Lizzie riu da cara da amiga e as duas tomaram novamente o caminho em direção ao salão de refeições.
            Mas Dylan estava calada, alguma coisa no modo com que Patrick falava e nos olhos dele faziam a garota pensar que ele tinha certeza que alguma coisa muito ruim iria acontecer a elas. Lizzie percebeu que a amiga estava preocupada, abraçou-a e disse:
            - Qual é Dylan?! Não é a primeira vez que ele nos ameaça!
            Lizzie estava certa, não era a primeira vez que eram ameaçadas, considerando as ameaças de professores, alunos, funcionários, fantasmas e outros.. E caso ocorresse alguma coisa a elas, não seria a primeira vez que se safariam também. Dylan deu um sorriso e disse mais calma:
            - É verdade, sou só eu que estou um pouco paranóica.
            - Concordo. Eu acho que aquela almofadada na cabeça que você recebeu agora a pouco te afetou ainda mais! – Lizzie respondeu em tom de zuação à amiga, Dylan fez cara feia e respondeu sarcástica:
            - Eu já acho que o que me afeta é você.
            Lizzie a encarou com uma fúria flamejante nos olhos e Dylan saiu correndo dali com a amiga em seu encalço, da última vez que dissera aquilo, recebera um Rictusempra. Então era melhor correr do que enfrentar uma Lizzie louca com uma varinha na mão.
 
***
 
            - Bem... Antes de vocês voltarem aos seus quartos, gostaria de transmitir algumas notícias a vocês! – Igor Karkaroff disse a seus alunos sem um pingo de animação assim que todos terminaram de jantar os milhões de litros de sopa e quilos de carne. Dylan virou-se para Lizzie e disse mal-humorada:
            - Eu nunca falho, sabia que tinha alguma coisa por trás do tal banquete de boas vindas.
            - Ah você nunca falha é Dylan? – Lizzie perguntou maliciosa a amiga, Dylan arqueou a sobrancelha e respondeu:
            - Ah cale a boca garota, você me entendeu.
            Lizzie sorriu e concordou com Dylan, pousou sua mão em cima da mão de Dylan e deu um olhar tranqüilizador. Dylan voltou seus olhos para o diretor, mas antes disso, eles encontraram Patrick, o rapaz parecia inquieto e pelo que conhecia dele, estava bastante ansioso.
            - Nossa escola recebeu um desafio de Hogwarts e eu achei justo aceitá-lo depois que fomos derrotados no Torneio Tribuxo de três anos atrás... – O diretor continuou com um leve tom de amargura na voz, estava mais do que claro que ele não se esquecera da derrota. Um murmurinho de conversas tomou conta do salão, todos estavam curiosos.
            - Se isso tiver algo a ver com quadribol, eu to dentro! – Dylan disse animada a Lizzie, as duas sorriram e se calaram assim que ouviram os estampidos das bombinhas que Karkaroff estourara para pedir silêncio. Assim que o salão se calou, Karkaroff continuou um pouco mais sério e rude:
            - Daqui há alguns meses, será realizado um jogo de quadribol em Hogwarts e para isso, escolherei um capitão para guiar o time de nossa honrada escola a vitória!
            Mais murmurinhos de excitação e animação preencheram o salão, Dylan olhou incrédula para Lizzie e exclamou animada:
            - Eu não to acreditando nisso!
            Lizzie sorriu e então Dylan notou que mais da metade dos alunos estavam com os olhos pregados nela, todos sabiam da excelente artilheira que Dylan era e seria mais do que óbvio se ela fosse eleita capitã do time. Mais estampidos e o salão se calara novamente, Karkaroff lançou um olhar impaciente e continuou:
            - O capitão terá o direito de escolher seus jogadores e deverá honrar a nobreza e a superioridade de nossa escola, por isso, não acho ninguém mais indicado a assumir esse cargo do que Patrick Levorsky!
            Dylan não acreditara no que tinha ouvido, Patrick nem sabia o que era quadribol! Tá, não era pra tanto, mas ele não jogava! Olhou para Lizzie, mas a amiga estava tão boquiaberta quanto ela, os professores e alguns bajuladores de Patrick iniciaram uma salva de palmas que não foi seguida pelos demais alunos. O resto do salão estava confuso e impressionado demais para fazer algo.
            Patrick abriu um sorriso enorme antes de se levantar para receber os parabéns dos professores, fez questão de dar um olhar irônico e cheio de superioridade a Dylan que estava inconsolável.
            O rapaz levantou-se e cumprimentou o diretor e os demais professores com um sorriso falso nos lábios, conforme ele realizava esses movimentos, o resto do salão acordou e bateu palmas para o capitão do time de quadribol do Instituto Durmstrang. Lizzie e Dylan continuaram imóveis, ainda estava incrédulas com o que havia ocorrido.
            Os alunos começaram a levantar e Dylan percebeu que haviam sido liberadas, ainda não conseguia acreditar no que iria acontecer. Alguma coisa estava errada, Patrick não jogava quadribol e mesmo assim havia sido eleito, Dylan tinha quase certeza que havia galeões envolvidos. Lizzie abraçou a amiga nos ombros, o que acordou Dylan de seus devaneios, tentou dar um sorriso conformado a amiga, mas não conseguiu. Lizzie disse em um tom de afirmação:
            - Patrick sabe que se ele não te convocar, irá perder o jogo.
            - É, ele sabe que a gente vai jogar contra o time da Grifinória que ganhou o Intercasas e tem o Potter e os Weasleys... Ele sabe de tudo isso, o problema é que ele me odeia só porque eu dei aquele fora nele! – Dylan respondeu desanimada, Lizzie levantou o rosto da amiga e disse seriamente:
            - Não quero te ver assim por causa desse jogo idiota, se ele não te convocar sabe que a escola inteira ficará irritada com ele!
            Dylan sorriu e abraçou a amiga. As duas ouviram alguns passos, mas não se separaram.
            - Ah que cena mais comovente! Acho que se chegasse mais tarde, presenciaria além desse abraço! – Mais uma vez a voz seca e arrastada de Patrick Levorsky pode ser ouvida, Dylan e Lizzie separaram-se irritadas. A trupe de Patrick caiu na gargalhada com o comentário do garoto, Dylan deu um sorrisinho, sempre tinha uma resposta na ponta da língua para os comentários infelizes do rapaz. A garota deu um passo à frente e respondeu sarcástica:
            - Patrick, só porque você não consegue satisfazer uma garota, não significa que todas sejam gays ou bissexuais...
            - Apesar de que até para uma hetero assumida é bem melhor escolher uma mulher a um traste como você, esse é o caso da Dylan... – Lizzie completou a frase da amiga em um tom irônico e levemente brincalhão, mas que aos ouvidos das outras pessoas que presenciavam a cena, pareceu bem verdadeiro. Dylan olhou para Lizzie assustada, se ela estava tentando ajudar, só estava piorando as coisas. Patrick as encarou com olhos do tamanho de pratos e disse vermelho de raiva e vergonha:
            - Vocês são só amigas!
            - Quem te garante isso? – Lizzie disse maliciosa enquanto enlaçava o pescoço de Dylan e piscava indiscretamente para a amiga. Dylan estava assustada e furiosa agora, olhou para Lizzie, mas ela lhe deu aquele tradicional olhar de “está tudo sob controle” e Dylan não teve escolha senão ficar na sua, apesar de todas as loucuras de Lizzie, confiaria sua vida a ela. A trupe de Patrick começou a fazer comentários como:
            “A Dylan trocou o Patrick por ela?”
            “Sabia que essas duas tinham algo mais além da amizade!”
            “Cara, como que pode? Elas são lindas demais, é muito desperdício!”
            Os comentários pareceram irritar mais o rapaz, estava mais do que visível o ódio nos olhos dele, Lizzie que estava de frente para Dylan segurava o riso com muito esforço e Dylan tinha que fazer o mesmo, não podia negar que a brincadeira estava sendo engraçada.
            Patrick abriu a boca e a fechou várias vezes enquanto as pessoas riam e falavam as suas costas. Quando, enfim, ele tomou coragem, virou para o bando de garotos e garotas que o idolatravam e lançou um olhar mortífero que fez com que todos se calassem, voltou seu olhar para as garotas e disse furioso:
            - Vocês me pagam!
            - Senão me engano, é a segunda vez que você diz isso hoje! – Dylan disse com uma voz doce e melodiosa, Lizzie afundou a cabeça no vão de seu pescoço e desatou a rir que nem uma hiena no cio. Patrick bufou de raiva e foi embora seguido por sua trupe. Dylan certificou-se que eles estavam bem longe, Lizzie separou-se dela e continuou a gargalhar, Dylan respirou fundo e disse transtornada:
            - Da próxima, experimente me avisar antes de me jogar na parede e me chamar de lagartixa!
            - Ah cale a boca Dylan, eu não fiz isso! – Lizzie respondeu irritada, Dylan fez um gesto positivo com a mão e disse sarcástica:
            - Você quase abocanhou meu pescoço garota. Acho que você deveria se concentrar e ver que eu sou a Dylan e não o Ryan!
            - Cale a boca Dylan, eu não vou pedir de novo! – Lizzie disse ainda irritada, Dylan sorriu e disse:
            - Mas amiga, você não está pedindo, está mandando mesmo!
            - Então acho melhor você ficar quieta! – Lizzie respondera furiosa enquanto saía caminhando na frente. As duas calaram-se por alguns minutos, até que Lizzie pigarreou e disse:
            - Mesmo assim, nós não daríamos certo.
            - Ah é? Parecia tão apaixonada minutos atrás, pode falar, eu sei que sou irresistível! – Dylan disse no seu tradicional tom de modéstia exacerbada, o que arrancou risadas de Lizzie. Lizzie a empurrou em uma armadura e disse:
            - Porque você é extremamente louca!
            - Eu? Quem não é louco hoje em dia Lizzie? – Dylan disse rindo e abraçando a amiga, Lizzie sorriu e disse enquanto caminhavam abraçadas:
            - Verdade, nós duas somos um bom exemplo. Temos sérios problemas!
            - Sério? Você também descobriu que quando chove, a água cai milagrosamente do céu? – Dylan disse em tom de zuação, o que lhe garantiu uma cotovelada bem dolorida dada nas costelas. Lizzie saiu correndo pelo corredor com Dylan em seu encalço, assim que chegaram ao quarto, Lizzie jogou uma almofada na amiga e disse num misto de medo e diversão:
            - Olhe lá o que você vai fazer, foi você que começou!
            - Putz... Você podia ter me matado com aquela cotovelada! Esqueceu que você é muito bruta quando tá brava?! – Dylan disse fingindo estar sentindo dor, Lizzie sumiu com o sorriso e começou a se aproximar preocupada. Assim que a amiga aproximou-se o bastante, Dylan lhe aplicou um tapa bem dado na cabeça dela e apressou-se a dizer na defensiva:
            - Nem vem, eu só revidei!
            - Idiota! – Lizzie disse furiosa enquanto perseguia a amiga pelo quarto. Dylan não sabia por quanto tempo correu pelo quarto com Lizzie em sua cola, mas teve que se dar por vencida, afinal, tinha uma amiga que além de maluca, era incansável.
 
***
 
            Dylan acordou na manhã seguinte e admirou o estado em que se encontrava seu quarto, havia penas de ganso por todo lado, era o que restara dos travesseiros das duas após a guerra que haviam travado. Lizzie ainda estava dormindo e Dylan resistiu ao impulso de ir acordá-la com um grito. Caminhou pelo quarto sonolenta, agitando a varinha e tentando colocar tudo no lugar.
            Enquanto caminhava pelo amplo quarto e ia ao banheiro fazer sua higiene pessoal, Dylan não conseguia esquecer a tonelada de informações que recebera na noite anterior. Mesmo que quisesse parecer desencanada com tudo que acontecera, não conseguia, estava sentindo-se extremamente injustiçada por não ter sido nomeada capitã.
            Ela não se achava, de forma alguma, só sabia que dentre as pessoas que jogavam quadribol em Durmstrang, ela era a melhor entre todas. Muitas pessoas diziam que Dylan era uma das grandes revelações desde Vitor Krum e na verdade, ela sentia-se extremamente honrada, vira poucos apanhadores como Krum.
            E tinha outro problema, conhecia os boatos que corriam a respeito do time da Grifinória. Tinha Harry Potter, o apanhador mais jovem da história de Hogwarts e que tinha apanhado o pomo na maioria dos jogos que disputara e além do mais, tinha os Weasleys. Muita gente ousava dizer que era a família mais talentosa tratando-se de quadribol, os gêmeos haviam sido batedores, o irmão mais moço era goleiro e a caçula Weasley jogava de apanhadora e artilheira.
            Aliás, Dylan ouvira muitos boatos sobre a caçula Weasley. Muitos diziam que ela era uma das maiores revelações do time da Grifinória e se tinha uma pessoa que podia pará-la em Durmstrang, essa pessoa era Dylan. Só que também sabia que Patrick era extremamente egocêntrico e orgulhoso, ele não deixaria alguém além dele mesmo ser o centro das atenções do time da Durmstrang. Com certeza, o destino não estava conspirando a favor de Dylan Stuborn.
            Dylan saiu do banheiro completamente vestida com qualquer coisa que não era o uniforme de Durmstrang. Ela não fazia questão e os professores já haviam cansado de pedir para ela usar o uniforme adequadamente. Dylan calçou as botas pretas enquanto olhava Lizzie praticamente babar na cama, aquela cena já estava se tornando extremamente patética.
            Então, uma coruja entrou batendo as asas no quarto e tirando a garota de seus devaneios. Dylan conhecia aquela coruja e sabia muito bem do que se tratava. Abriu a carta impacientemente:
 
            “Olá maninha linda do meu coração! Eu sei que é estupidamente cedo pra enviar uma carta, ainda mais pra você que acorda sempre de mau humor. Mas acontece que é uma emergência, preciso que você diga aos nossos pais onde eu estou.
            Eu fui preso irmãzinha, só que não foi pelas autoridades bruxas e sim, pelas trouxas. Parece que reclamaram do barulho que eu e minha banda estávamos fazendo no hotel! Diga ao pai e a mãe que eu estou bem, em anexo, estou enviando o endereço da delegacia, mas peça que papai venha aqui me tirar dessa. Por favor, lembre-se do que eu fiz ano passado por você, ok?
            De qualquer forma, obrigado pela atenção e ah... Termine com Maggie por mim? Ela está me bombardeando com corujas a cada 10 horas!
            Bem, dê um beijo na Lizzie de bom dia! Com carinho, Ryan.”
 
            Dylan releu a carta várias vezes para fixar bem as palavras do irmão na sua cabeça, como ele a deixava numa situação como aquela? Não era nenhuma empregada dele pra sair dizendo aos pais que ele estava preso e depois, terminar com uma garota insuportável que ele seduziu! Ele achava que a vida era fácil? Pois não era, ainda mais no caso de Dylan que tinha um irmão extremamente maluco. Depois de muito refletir e até cogitar um suicídio, Dylan concordou má humorada em ajudar o irmão e depois matá-lo.
            - Ryan, seu filho da mãe! – Dylan exclamou em um misto de risada e irritação. Lizzie remexeu-se preguiçosamente na cama, mas não acordou. Deu uma volta pelo quarto, amenizando os pensamentos e depois, decidiu acordar Lizzie.
            - Lizzie, o Ryan tá aqui e quer se declarar pra você. Acorde logo! – Dylan falou com a voz firme enquanto abria as cortinas para deixar a luz do sol entrar, tinha certeza que Lizzie acordaria com o que tinha dito. E não deu outra, quase que no mesmo instante, Lizzie levantou-se bruscamente da cama e disse semi-acordada e com a voz apaixonada:
            - Ah Ryan... Também quero ficar com você!
            - Ah que ótimo que você acordou, já estava ficando patético te observar babar em todo o edredon! – Dylan respondeu as gargalhadas diante da cara que Lizzie fez ao constatar que Ryan Stuborn não estava ali. Dylan foi atrás de sua capa e quando virou-se para mandar a amiga ir se arrumar, recebeu um dos últimos travesseiros sobreviventes da noite anterior na cara e milhares de pensar de ganso voaram em seu rosto.
            - Tem vezes que eu te odeio mais do que odeio a Maggie! – Lizzie disse irritada saindo da cama e chutando as cobertas com fúria. Dylan nem deu atenção, Lizzie tinha um sério distúrbio de comportamento. Pelo menos fora assim que Dylan diagnosticara a amiga. Minutos depois, Lizzie reapareceu no quarto, completamente vestida, Dylan olhou para ela e perguntou:
            - Ainda me odiando?
            - Me dê um bom motivo pra não te matar hoje! – Lizzie respondeu mal criada enquanto jogava suas coisas com força e raiva para dentro da mochila, Dylan a encarou brincalhona, sabia que brincar com o humor de Lizzie logo de manhã poderia trazer sérias conseqüências, mas não podia resistir. Dylan colocou as mãos nos bolsos e disse entediada:
            - Lê aquela carta ali em cima da minha cama e veja se melhora esse seu humor de pitbull com raiva!
            Lizzie lançou um olhar de “mais uma palavra e você morre” e caminhou impaciente até a cama de Dylan, pegou a carta e seus olhos correram por ela curiosos. Dylan ficou esperando a reação da amiga, assim que Lizzie terminou a carta, disse estupefata:
            - Seu irmão é maluco!
            - Disso eu sabia, só não sabia que o caso dele era pra manicômio! – Dylan respondeu irritadiça enquanto jogava a mochila nas costas, estava saindo do quarto quando notou que Lizzie não estava na sua cola. Voltou para o quarto, Lizzie ainda estava sentada na cama com um enorme sorriso bobo nos lábios, Dylan bufou de raiva e perguntou estressada:
            - O que você tá esperando? Testando meu humor logo pela manhã?
            - To esperando meu beijo de bom dia... – Lizzie respondeu inocentemente enquanto se levantava e ajeitava o uniforme, Dylan ficou a encarando e disse mal-humorada:
            - Se você me pedir mais uma vez, vai levar um feitiço na testa!
            Lizzie aproximou-se de Dylan e contra a vontade da amiga, deu-lhe um estalado beijo na bochecha deixando uma marca de batom e disse sorrindo:
            - Qual é? Você não faria isso, você me ama e não vive sem mim!
            - É e eu odeio ter que admitir isso sua mala! – Dylan respondeu rindo enquanto empurrava a amiga para fora do quarto.
***
 
            Dylan e Lizzie saíram de seu dormitório sob olhares inquisidores e curiosos dos demais alunos, as duas apenas se olhavam confusas, pelo menos daquela vez não se lembrava de ter aprontado alguma coisa. Dylan notou certo tumulto próximo à sala de Poções, puxou Lizzie pelo cotovelo até lá, ignorando completamente os protestos da amiga que reclamava de fome. As duas abriram caminho entre os alunos e encontraram o seguinte aviso:
 
CONVOCADOS PARA SELEÇÃO DE QUADRIBOL
Jogo: Hogwarts (Grifinória) x Durmstrang
 
Goleiro: Mathias Zabayévisk
Batedores: Arthur Dínamo, Spencer Trench
Artilheiros: Jonas Gorbatov, Nicholas McCuteon, Alexander Dínamo
Apanhador: Patrick Levorsky (Capitão)
- Os convocados deverão comparecer ao campo de quadribol imediatamente.
 
            Assim que terminou de ler o aviso, Dylan sentiu uma enorme vontade de matar Patrick, uma coisa era ser orgulhoso e outra bem diferente era ser burro e Patrick estava sendo MUITO burro. Com aquele time iria ser massacrado por Hogwarts. Sentiu a mão de Lizzie em seu ombro, olhou desamparada para a amiga que lhe deu um sorriso encorajador, também notou que as pessoas começavam a observá-la com piedade.
            - Olha que coisa mais fofa: Lizzie sempre disposta a consolar a Dylan não é mesmo? – Uma voz enjoativa dissera a frase, Dylan nem precisou virar-se, já sabia de quem era a voz, respirou fundo e virou-se para encarar Maggie. Lizzie estava com uma fúria perigosa nos olhos, a morena deu um passo a frente e disse irritada:
            - Qual o problema Maggie? Cansou de passar maquiagem nessa sua cara horrível e veio encher o meu saco e o da Dylan!?
            Dylan estava mais do que agradecida por Lizzie ter tomado as rédeas da situação, não estava com cabeça e se desse ouvidos as provocações de Maggie iria acabar fazendo besteira. Maggie deu uma daquelas gargalhadas estupidamente escandalosas e histéricas, a turma de garotas que a acompanhava riu também. Lizzie olhou espantada para Dylan que apenas deu de ombros, Maggie se recompôs e disse irônica:
            - Que isso Lizzie, só vim me certificar o quão bonita é a amizade colorida de vocês duas...
            - Como é que é?! Sua cadela mal amada! Eu vou explodir essa sua cara falsa e nojenta! – Lizzie exclamou furiosa, ela tentou partir para cima de Maggie, mas Dylan foi mais rápida e entrou na frente segurando a amiga a tempo. Maggie deu um gritinho assustado, as pessoas agora haviam formado uma roda para observar a discussão. Dylan fez uma cara séria e Lizzie se acalmou, virou-se para Maggie e disse:
            - O que somos só interessa a nós mesmas e não a pessoas burras e sem noção como você. Mas se ainda acha que somos namoradas, eu vou dizer o que eu acho de você! Você não passa de uma vadiazinha fútil, metida e falsa que meu irmão usa pra passar o tempo, mas que graças a Merlim, resolveu te dispensar! Então, cala essa porcaria que você chama de boca e fica na sua!
            A cena ficou em profundo silêncio, as palavras da garota haviam sido fortes demais e Maggie parecia querer enforcar Dylan. A garota virou-se para Lizzie que encarava Maggie com ódio, viu Patrick rindo da cena, abaixou a cabeça e puxou a amiga para saírem dali. Assim que deram as costas, Maggie disse sarcástica:
            - Ahm ok... Da próxima vez não deixem nada tão evidente. Todo mundo viu essa marca de batom em seu rosto.
            - Você vai ter uma coisa bem visível nessa sua cara já já se não calar a boca! – Lizzie exclamou irritada antes de Dylan a puxar com agressividade para fora do local. Assim que saíram do hall de entrada, as duas puderam ouvir murmurinhos e comentários maldosos. Dylan forçou mais o aperto no braço da amiga e as duas saíram para os frios e congelados jardins de Durmstrang. Passaram um bom tempo caminhando com neve na altura das canelas e em silêncio, Lizzie colocou a touca da capa vermelho-sangue e perguntou histérica:
            - Por que você não me deixou arrancar a peruca daquela falsa?
            - Por que será né Lizzie? Você ia ser expulsa e além disso, ver Maggie careca não seria nada bom! – Dylan respondeu tirando sarro da situação, se estava tentando descontrair o ambiente, obtivera exatamente o resultado contrário. Lizzie fechara ainda mais a cara e retrucou mal educada:
            - Do que adianta? A gente tá por um fio nessa escola! Qualquer coisa que fizermos vai ser considerado um atentado ao pudor do mesmo jeito!
            Dylan não dava muita atenção a esses ataques de Lizzie, após anos de amizade, chegara a conclusão que era melhor deixar a amiga extravasar a raiva e depois tentar um contato. Dylan começou a observar o jardim desinteressada, mas assim que viu Patrick entrar com o time de quadribol, teve uma excelente idéia. Notou que Lizzie parara de falar para recuperar o fôlego e continuar a resmungar, encarou-a cansada e perguntou:
            - Acabou o sermão?
            Lizzie fez uma cara feia e afirmou fazendo um sinal com a cabeça. Dylan deu um sorriso maldoso e disse excitada:
            - Ótimo, porque vamos ser expulsas agora!
            Lizzie tentou encontrar um tom brincalhão na voz de Dylan, mas em vez disso, encontrou um olhar maníaco. Teve certeza que iriam mesmo ser expulsas e Lizzie nada pode fazer a não ser deixar a amiga arrastá-la em direção ao time de quadribol.
 
***
 
            - As senhoritas derrubaram sete rapazes sozinhas! – Karkaroff bafejava nos cangotes de Dylan e Lizzie minutos depois, as duas tiveram uma pequena “troca de elogios” com o time de quadribol seguida de um duelo do qual saíram vitoriosas e agora, estavam na sala do diretor prontas para receberem suas cartas de expulsão.
            - Eram rapazes, mas não muito inteligentes. Sabe professor, eu presto atenção nas aulas de Duelo, tenho um talento nato para enfrentar babacas! – Dylan respondeu desinteressada olhando para o teto, Karkaroff lançou um olhar a ela que pareceu assustado e furioso ao mesmo tempo, depois disse cansado:
            - Tá certo que eles não são muito inteligentes mesmo, mas precisava fazer com que Patrick Levorsky saísse com a cabeça em forma de pomo-de-ouro?
            - Precisava sim diretor. Ele precisa entender como um pomo-de-ouro pensa e se comporta, então, nada melhor do que dar a ele a sensação de ter um na cabeça... Se é que o senhor me entende né? – Dylan respondeu com um falso tom de meiguice e dando uma piscadela ao diretor, Lizzie que estava ao seu lado, começou a rir descontroladamente. O olhar que Karkaroff lançou as garotas fez com que Lizzie se calasse e Dylan assumisse uma expressão séria, comportamentos bem raros vindos de meninas como elas.
            - E quanto aos irmãos Dínamo? De quem foi a brilhante idéia de transformá-los em esquilos?
            - Ah, essa é inteligente demais para mim, isso foi coisa da Lizzie! – Dylan respondeu enquanto tentava segurar a risada, mais de nada adiantou, porque a garota começara a rir assim que terminara a frase. O diretor lançou um olhar intimidador e confuso a Lisa, a garota aprumou-se na cadeira e respondeu num tom falsamente sério:
            - Bem diretor, não sei se o senhor percebeu... Mas eles possuem muitas semelhanças com nossos amigos dentuços!
            Assim que respondeu, Lizzie e Dylan olharam-se e caíram na gargalhada. O professor Karkaroff estava a beira de um ataque de nervos, em seus muitos anos como educador, nunca tivera alunos mais problemáticos como aquelas duas e perdera a paciência com elas há muito tempo. Karkaroff respirou fundo e exclamou furioso:
            - Quer saber? Cansei de vocês! Estão expulsas!
            Dylan e Lizzie levantaram como se nada tivesse acontecido, atitude essa que Karkaroff não aprovou. As duas garotas apanharam suas cartas de expulsão e saíram da sala, o diretor sentiu-se muito aliviado, finalmente tinha se livrado de Dylan Stuborn e Elizabeth Lively, ele respirou aliviado e espreguiçou-se satisfeito em sua cadeira. Mas a porta abriu-se novamente, Lizzie enfiou a cabeça para dentro e disse:
            - Ah professor... Também estávamos cansadas de encarar essa sua carranca mal amada!
            Lizzie deu um sorriso inocente e fechou a porta no exato momento em que receberia uma maldição, ela e Dylan riram, apanharam suas coisas e deram adeus a escola.
 
***
 
            - Já comprei o material de vocês e Dylan, comprei calças como você exigiu! – Sophie disse séria enquanto terminava de servir a mesa, fora realmente um milagre ter encontrado duas vagas em Hogwarts faltando menos de um dia para o início do ano letivo.
            - Sophie, a minha mãe deu algum sinal de vida? – Lizzie perguntou temerosa enquanto colocava um pedaço de carne na boca, nem gostava de pensar no que aconteceria a ela quando voltasse para casa e encarasse a mãe. Sophie terminou de se servir e respondeu brincalhona:
            - Ela enviou um berrador exigindo que eu te enviasse de volta pra casa.
            - Você vai fazer isso?! – Dylan e Lizzie exclamaram alarmadas, Sophie e Richard trocaram sorrisos e a mulher respondeu:
            - Pra quê? Pra ver seu corpo estripado no dia seguinte? Não querida, eu não vou fazer isso!
            - Amor, estamos jantando, por favor. – Richard reprimiu a mulher sorrindo. Lizzie e Dylan suspiraram aliviadas e continuaram o seu jantar. Quando ambas iam se levantar, Richard disse sério:
            - Meninas, quero que levem a sério Hogwarts. Eu estudei lá, assim como sua mãe e antes que me pergunte Dylan, não te coloquei lá porque Durmstrang ofereceu a vaga primeiro. Mas de qualquer forma, levem a sério, lá é uma excelente escola e Dumbledore é um grande amigo meu, não quero ele reclamando de vocês.
            - Ok pai, você sabe muito bem que eu só explodia banheiro, azarava monitores e enfeitiçava os professores porque queria irritar Karkaroff. Tentarei não fazer nada de errado! – Dylan respondeu com um sorriso nos lábios e Lizzie concordou com cada palavra da amiga. Richard suspirou e mesmo não acreditando, sorriu para as garotas e mandou-as para o quarto.
            - Eu não acredito que nós fizemos aquilo! – Lizzie disse animada após certificar-se que estava sozinha com a amiga no quarto, Dylan sorriu e disse:
            - Não acredito que estamos indo para Hogwarts!
            Dylan deitou-se na sua cama e encarou o teto, por mais que tivesse sido expulsa de Durmstrang e enviada para Hogwarts, não estava satisfeita. Precisava se vingar de Patrick e da escola, foi então que teve uma idéia.
            - Lizzie! Tive uma excelente idéia!
            Lizzie que estava sentada na cama lixando a unha, pulou tamanho foi o susto que levara. Lizzie respirou fundo e disse:
            - Nem vem Dylan, da última vez que eu segui suas idéias psicóticas deu nisso! Eu fui expulsa, minha mãe quer me matar e eu fui enviada pra Hogwarts à custa de seus pais!
            - Então! Só aconteceu coisas boas! Agora o que vamos fazer é nos vingarmos de Patrick, de Maggie e de toda Durmstrang! – Dylan respondeu ansiosa com o mesmo brilho nos olhos que tivera minutos antes de puxar Lizzie para perto do time de quadribol. Lizzie percebeu aquilo e respondeu aflita:
            - Pode parar Dylan!
            - Vamos Lizzie, largue de ser idiota! – Dylan respondeu cansada, Lizzie a encarou mal humorada e disse:
            - Ok, não vai me fazer mal nenhum ouvir as besteiras que saem da sua cabeça.
            - Então, eu tava pensando em entrar pro time da Grifinória! – Dylan respondeu com a maior naturalidade possível, como se aquilo que dissesse fora fácil de fazer. Lizzie a encarou incrédula e disse:
            - Você escutou a besteira que acabou de falar?
            - Que besteira? – Dylan perguntou confusa, Lizzie deu um tapa na testa da amiga e disse:
            - Não conhece a história de Hogwarts? Você tem que ser selecionada pra entrar na Grifinória, não pode chegar lá e escolher!
            - Ah, mas quem sabe a sorte não está do meu lado amanhã e eu acabo indo pra Grifinória? – Dylan disse sorrindo enquanto se aconchegava na cama e preparava-se para dormir e realmente, a sorte estava do lado dela e ela nem sabia o quanto.
 
***
 
Aí está o prólogo... Espero que tenham gostado! Foi feito especialmente para apresentação das P.O's e do clima da fic (acho que perceberam que está bem mais leve do que o clima das duas outras fics minhas xD)
 
De qualquer forma, posso demorar a postar o capítulo 1 por causa da finalização da Entre a Guerra e o Amor, mas prometo postar o mais rápido possível... Beijos, até a próxima e comentem por favor!
 

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