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12. Capítulo Doze


Fic: Regras do Jogo


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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 Apesar de ser novembro, Los Angeles enfrentava um calor que aquecia o mau humor e derretia a paciência. Gina não era exceção. Tivera com Harry dez longos dias isolados antes de voltar ao trabalho... mas eles não passaram esse tempo livres de problemas. Nada era li­vre de problemas, lembrou a si mesma enquanto dava um nó na faixa de sua blusa abaixo dos seios. Que tola poderia acreditar que uma lua-de-mel seria? Ela havia acreditado, admitiu com tristeza quando a grua foi descarregada. Mas, até aí, o quanto realmente pensara sobre ajustes, mudanças e, como Harry colocara, o fei­jão com arroz que fazia um casamento?


Aceitara o nome dele, e, embora fosse continuar com seu nome de solteira profissionalmente, assinaria como Gina Potter em todos os documentos legais. Harry desistira de seu apartamento e se mudara para a casa dela. Gina usava o nome dele, e Harry tinha a sua chave. Por que ela sentia estar quase fazendo um balanço contábil? Frustrada, limpou o suor da testa com o braço.


O matrimônio era isso, uma série de conferências e compensações?, questionou-se. Com aproximadamen­te três semanas de casamento, ela deveria estar se sen­tindo abençoadamente feliz, brilhando. Em vez disso, estava frustrada, irritada e insegura... talvez mais inse­gura porque sabia que Harry também não se sentia abençoadamente feliz.


Meneando a cabeça, disse a si mesma para reprimir os pensamentos. Levar problemas pessoais para o tra­balho não os solucionaria. Era mais provável que os tornasse ainda piores, uma vez que dirigisse Harry.


—  Vamos subir, E.J. Quero ver o enquadramento. — Sentando-se na cesta ao lado dele, Gina gesticu­lou com a cabeça para que o operador da grua os levas­se para cima.


Abaixo deles, a praia se estendia em tom dourado. As ondas quebravam em uma espuma branca, pegan­do o brilho do sol e refletindo suas cores para a câmera. Mesmo sem tocá-la, conseguia sentir o calor ema­nar da armação de metal.


—     Certo, vou querer um plano aberto quando ele começar. Então, feche o quadro, mas não demais. Deste ângulo, conseguiremos um bom perfil do cava­lo. O Palomino é um bom contraste com o jeans. Ajuste a velocidade. Quero que seja lenta o bastante para ver cada músculo.


—     De Harry ou do cavalo? — E.J. perguntou com um sorriso.


—     Dos dois — respondeu Gina brevemente, fazendo um gesto de cabeça para ser levada de volta ao chão. Batendo as mãos na calça, andou até onde Harry esperava. Ele não usava nada além de uma calça jeans DeMarco, justa e baixa nos quadris. — Estamos pron­tos para você.


—     Tudo bem. — Harry lhe deu um olhar firme e demorado, e enfiou os polegares nos bolsos. Não sabia ao certo por que estava insatisfeito, ou por que sentia a necessidade de irritá-la. O atrito entre os dois já vi­nha acontecendo nos últimos dias, crescendo, ganhan­do força, como uma tempestade elétrica. Todavia, não houvera o estrondo do trovão, nenhum raio para libe­rar a pressão. — O que você quer?


—     Você leu o roteiro — Gina o relembrou.


—     Você não vai me dar minha motivação?


—     Não faça gracinhas, Harry — disse ela. — Está um calor insuportável.


—     Eu só queria garantir que estou no clima certo, para você não me fazer repetir a mesma coisa meia dúzia de vezes.


A raiva brilhou nos olhos de Gina, e foi reprimi­da com esforço. Não permitiria que ele a provocasse em público.


—     Você vai fazer isso duas dúzias de vezes se eu achar necessário — declarou ela o mais calmamente possível. — Agora monte, galope reto ao longo da praia pela água rasa. E divirta-se.


—     Isso é uma ordem? — murmurou ele, de ma­neira enganosamente suave.


—     E uma instrução — retornou Gina no mesmo tom. — Eu sou a diretora, você é o talento. Entendeu?


—     Sim, entendi. — Puxando-a para mais perto, ele lhe tomou a boca na sua. Sentiu a umidade da blu­sa dela sob a mão, a rigidez do corpo e a suavidade dócil dos seios. Por que estava zangado?, perguntou-se, enquanto sua irritação aumentava. Por que sentia que a estava trazendo para mais perto e a afastando ao mesmo tempo? — Entendeu isso? — perguntou e foi para o cavalo.


Ela o olhou, um homem seminu montado num cavalo dourado, enquanto ele lhe sorria com a segu­rança arrogante que Gina tanto amava quanto de­testava. Fazê-lo pagar por aquela pequena vitória seria um prazer. Virando-se, Gina andou de volta para a sua equipe.


—  Tomada um — ordenou. Então, esperou, com idéias de vingança na mente. Pegou o megafone que sua assistente lhe entregou. — Posições! — Harry le­vou o palomino para a água. Gina o olhou, forçando-se a colocar os sentimentos pessoais de lado en­quanto pensava, sentia e via somente como diretora. — Silêncio! Rodando. E... ação!


Ele é magnífico, pensou ela com uma onda de or­gulho e irritação. Harry conduziu o cavalo num galope fácil, avançando pela água de modo a fazê-la espirrar alto. Gotas brilhavam em sua pele, uma pele tão bron­zeada que ele e o palomino se misturavam numa única forma dourada. Os cabelos de Harry e os pêlos do ca­valo esvoçavam ao vento. A força, a elegância do mo­vimento e a simplicidade de dois lindos animais. Gina não precisava de efeitos especiais para imagi­nar como a cena ficaria em câmera lenta.


—     Corta! E.J.?


—     Fantástico — respondeu ele. — As vendas de jeans DeMarco acabaram de subir dez por cento.


—     Vamos nos certificar. — Afastando a camisa úmida das costas, ela foi para onde Harry esperava, montado no cavalo. Fora fantástico, pensou, mas não perfeito. Avistando-a, Harry parou sua conversa com o treinador do palomino.


—     Então?


—     A cena ficou muito boa. Vamos fazer nova­mente.


—     Por quê?


Ignorando a pergunta, ela distraidamente alisou o pescoço do cavalo.


— Quero que você olhe para a linha da praia en­quanto cavalga... olhe toda a extensão, até o final. — Ela não queria aquela sexualidade vívida e livre de Harry desta vez, mas algo distante, o fascínio de um homem solitário com um tempero sensual que qual­quer mulher com mais de 12 anos reconheceria.


Harry se mexeu na sela, mantendo os olhos fixos nos dela.


—     Por quê?


—     Cavalgue, Harry. Deixe-me vender o jeans.


Muito devagar, ele desmontou. O treinador rapi­damente lembrou que tinha algo a fazer em algum outro lugar. Atrás deles, a equipe ficou instantanea­mente muito ocupada. Harry segurou as rédeas em uma das mãos enquanto ele e Gina se entreolhavam fixamente.


—     Já considerou pedir? — disse ele baixinho.


—     Já considerou obedecer à sua diretora? — de­volveu ela.


Harry sentiu a água salgada secando na pele.


—     Uma pena que você nunca tenha feito esportes coletivos, Gina.


—     Isso não é um jogo — retorquiu ela furiosa. — Nós todos temos nossos deveres para cumprir. O seu é obedecer ao que lhe digo para fazer.


A expressão de raiva nos olhos de Harry combinava com o humor dela. Gina queria uma briga, uma discussão turbulenta que acabaria com a tensão dos últi­mos dias. Determinada, preparou-se para atacar e de­fender.


—     Não, não é — murmurou ele subitamente com uma calma tão mortal que a colocou em desvantagem. — Meu trabalho é endossar as roupas DeMarco.


—     E é o que estou lhe dizendo para fazer. — Gina se forçou a usar o mesmo tom calmo, apesar de querer muito gritar. — Se você quer ser mimado, espere até acabarmos a filmagem. Pegue suas reclama­ções e fale com seu empresário.


Harry estendeu a mão para lhe segurar o braço an­tes que ela pudesse sair andando.


— Estou falando com a minha esposa.


Com o coração disparado, Gina olhou para a mão que a segurava.


— Com a sua diretora — corrigiu friamente, encontrando-lhe os olhos. — Minha equipe está com calor, Harry. Eu gostaria de terminar antes que alguém desmaie de exaustão.


O aperto dele se intensificou. Mas Harry viu que o rosto dela estava vermelho pelo calor e úmido com transpiração.


— Não terminamos esta conversa — disse quan­do lhe liberou o braço. — Desta vez, você vai dar uma boa olhada nas regras. — Montando no cavalo, Harry saiu cavalgando antes que ela conseguisse pensar numa resposta apropriada.


Gina franziu o cenho enquanto voltava para a grua.


—            Tomada dois.


 


Harry não teria conseguido dar uma explicação lógica e sucinta para sua raiva. Só sabia que estava furioso. Possuía somente uma motivação quando seguiu pelos corredores até a sala de Gina... discutir aquilo com ela. Não sabia bem o que era aquilo, mas teria discuti­do no local de filmagem mesmo se Gina não tivesse partido antes que ele se desse conta. A despeito de não se sentir radiante com a idéia de resolver a situação dos dois no escritório dela, tinha muita experiência em en­frentar desafios no campo do adversário. Tudo que isso significava era que ele começaria no ataque.


Passando pela secretária de Gina sem uma pala­vra, abriu a porta da sala. Vazia.


—   Sinto muito, sr. Potter. — A secretária se apres­sou em se aproximar, cautelosa pela expressão perigosa nos olhos dele. — A sra. Weasley... a sra. Potter não está aqui.


—   Onde? — Harry exigiu saber.


—   Eu... Talvez no escritório da sra. Granger. Se esperar, vou verificar para o senhor... — Mas ele já estava saindo com passos tão determinados que a fez roer as unhas. Parecia que Gina estava com proble­mas... e que algumas pessoas tinham toda a sorte do mundo, pensou a secretária antes de voltar à mesa.


Em menos de cinco minutos Harry passava pelas gêmeas do lado de fora da sala de Hermione e abria a por­ta sem bater.


—     Onde está Gina? — perguntou, sem se inco­modar em cumprimentar Hermione ou seu empresário.


—     Boa tarde, Harry — disse Hermione com tranqüili­dade. — Chá? — Ela continuou servindo chá para Rony como se não houvesse um homem furioso olhando-a naquele momento.


Harry deu uma olhada breve para o clássico apare­lho de chá.


—   Estou procurando Gina.


—     Ela já foi embora, lamento. — Hermione provou o chá e ofereceu a Rony um prato de biscoito de amêndo­as. — Gina esteve aqui meia hora atrás. Gostaria de um cookie, Harry?


—     Não... — Ele conseguiu se lembrar das boas maneiras. — Obrigado. Para onde ela foi?


Hermione mordeu um biscoito, então limpou os dedos num guardanapo de linho.


—   Ela não disse que ia para casa, Rony?


—     Sim. E não estava com um humor melhor que o dele. — Ele enviou um sorriso afável a seu cliente antes de comer um cookie.


—     Não, não estava. — Hermione uniu as mãos no colo. — Diga-me, querido, vocês dois estão tendo uma desavença?


—     Não, não estamos tendo uma desavença — murmurou Harry, incerto do que exatamente estava acontecendo com eles. Ocorreu-lhe de súbito o quão aconchegados seu empresário e sua produtora estavam no sofá de dois lugares.


—   O que vocês dois estão fazendo? — perguntou ele.


—   Tomando chá. — Hermione sorriu secamente.


—     Por que você não senta e se acalma? — convidou Rony. — Parece que acabou de jogar nove entradas.


—     Estávamos filmando na praia — murmurou Harry. Rony Dutton estava com o braço ao redor de Hermione Granger ou ele estava imaginando coisas?


—     A filmagem foi boa? — questionou Hermione, no­tando a expressão dele e se divertindo com a razão da­quilo.


—     Aparentemente Gina ficou satisfeita.


—     Aparentemente — repetiu Hermione. Então, o olhou com intensidade. — Quando você e Gina vão relaxar e se divertir?


O olhar especulativo de Harry foi substituído por uma expressão intrigada.


—     O que quer dizer?


—     Quero dizer que nunca vi duas pessoas passa­rem tanto tempo se provocando, implicando uma com a outra.


—     E assim que você chama? — murmurou Harry, enfiando as mãos nos bolsos.


—     Por falta de termos melhores. — Hermione colo­cou cuidadosamente a xícara no pires. — Eu percebo, é claro, que o jogo de poder é uma parte importante do relacionamento de vocês, e tem seu próprio fascí­nio, mas você não acha que é hora de se tornarem uma família, assim como oponentes? — Mantendo os olhos nos dele, ela se acomodou sobre a curva do braço de Rony.


Harry a olhou por quase um minuto inteiro. Jogo de poder, repetiu silenciosamente. Sim, aquilo era uma parte intrincada do que eles eram um para o ou­tro. Ambos procuravam por força, desafio, e teriam seguido caminhos opostos se não houvessem encon­trado. Mas quanto ao resto... uma família... Era isso que lhe estava perturbando?


Não era verdade que não conseguia se resolver com o fato de que estavam morando na casa dela, cercados pelas coisas dela! Ainda se sentia, e isso era bastante desconfortável, como um hóspede. Enquanto uma nova irritação crescia, lembrou-se dos dois discutindo a viagem para Maui. Dissera a Gina que queria que ela conhecesse a casa dele. Mas... mesmo procu­rando por uma desculpa, sabia que não a encontraria.


Virando-se, Harry andou até a janela e olhou para fora com uma carranca.


—     Não acho que Gina esteja pronta para um relacionamento familiar. — A resposta breve de Hermione o fez se virar, parcialmente divertido. Rony apenas se inclinou e pegou um outro cookie.


—     Ela vem procurando por uma família durante a vida inteira. Se sabe alguma coisa sobre Gina, você sabe disso. — Subitamente zangada, Hermione se levan­tou. — É possível que duas pessoas vivam juntas e não entendam as necessidades um do outro, as mágoas um do outro? O quanto ela lhe contou sobre o passado dela?


—     Quase nada — começou Harry. — Ela...


—     O quanto você perguntou? — murmurou Hermione. — Não me diga que não queria se intrometer — acrescentou rapidamente, interrompendo-o. — Você é o marido dela. É seu papel se intrometer. Você é capaz de ser civilizado o bastante para respeitar a privacidade de Gina e jamais tocar nos pontos em que ela realmente precisa de você.


—     Sei que Gina necessita saber que tem sua própria casa — replicou ele. — Sei que não faz diferença se é uma xícara lascada ou uma mesa Hepplewhite, contanto que seja dela.


—     Coisas materiais! — exclamou Hermione furiosa. — Sim, Gina precisa de coisas materiais. Deus sabe que ela nunca as teve quando criança, e a criança em seu interior ainda sofre por causa disso. Contudo, as coisas materiais são apenas um símbolo do que Gina realmente precisa. Ela entrou aqui aos 18 anos, sem mais do que alguns dólares no bolso e muita coragem. Alguém que acreditara amar lhe havia tirado tudo, fa­zendo-a resolver nunca mais deixar que isso lhe acon­tecesse. — A boca de Hermione se contraiu, os olhos es­friaram com a lembrança. — É seu trabalho mostrar a ela que isso não vai acontecer.


—     Não quero tirar nada de Gina — retorquiu Harry com raiva.


—     Mas quer que ela ofereça — disse Hermione.


—     É claro que quero. Eu a amo.


—     Então ouça. Gina se esforçou a vida inteira para ter alguma coisa para ela, para ter alguém para ela. Ela possui coisas materiais porque as conquistou. Se você quer compartilhá-las com ela, compartilhar da vida de Gina, é melhor que tenha algo muito espe­cial para oferecer em troca. Amor não é o bastante.


—     Então o que é? — questionou Harry, furioso por receber um sermão de alguém da metade de seu tamanho.


—     É melhor você descobrir.


Ele a estudou por mais um momento.


—   Tudo bem — murmurou friamente, e partiu sem mais uma palavra.


Rony levantou do sofá e se aproximou de Hermione. A pele delicada dela estava vermelha de raiva, os olhos castanhos-claros, gelados.


—     Sabe — murmurou ele enquanto a estudava. — Nunca a vi assim a toda antes.


—     Não perco a calma com freqüência. — Hermione alisou os cabelos. — Jovens — declarou, como se a palavra explicasse tudo.


—     Sim. — Segurando-lhe os ombros, ele a virou para si. — Eles não reconhecem uma coisa boa quando a encontram. — O rosto arredondado de Rony se enru­gou com um sorriso. — O que você acha de passar o resto da vida com um empresário acima do peso?


O gelo se derreteu dos olhos de Hermione, mas o rubor permaneceu.


—   Rony, pensei que você nunca fosse perguntar.


 


Harry dirigia no trânsito de Los Angeles quando ou­viu a primeira notícia do incêndio. Sua raiva de Hermione, sua frustração por ela não ter falado nada mais do que a verdade, foi instantaneamente esquecida quando pe­gou o final de um noticiário, reportando um incêndio em Liberty Canyon... a menos de uma hora da casa de Gina. Não, não havia raiva agora, mas um intenso medo que fazia suas mãos transpirarem e escorregarem no volante.


Gina tinha ido para casa?, perguntou-se enquan­to ultrapassava uma Ferrari. Estaria com a televisão ligada, o rádio, ou estaria em um de seus dias solitá­rios? Depois de um dia quente e enervante em set, ela freqüentemente tomava um banho e dormia por uma hora. Recarregando, como ele uma vez dissera de brin­cadeira. Agora, a idéia o apavorava.


Conforme subia a área montanhosa, começou a sentir o cheiro de folhas secas queimando. Uma nuvem fraca de fumaça subia no céu ao leste. Trinta mi­nutos, estimou Harry, pressionando o pé no acelera­dor. Quarenta, se eles tivessem sorte. Ele levaria quase metade disso para chegar lá.


Não havia vento para levar o fogo para longe, lem­brou, lutando para manter a calma. Ainda não haviam qualificado como uma tempestade de fogo... não ain­da. Gina provavelmente já estava empacotando suas coisas mais importantes... talvez ele até a encontrasse na estrada, no meio do caminho. A qualquer minuto, ela poderia surgir em uma das curvas enquanto descia a montanha. Eles iriam para um hotel, conversariam sobre seu relacionamento. Hermione estava certa, ele não se aprofundara o bastante. Um dia, prometera a si mesmo que a conheceria completamente. Já era mais do que hora de cumprir a sua promessa.


Harry quase podia sentir o gosto da fumaça agora, a fumaça preta e grossa que prenunciava o fogo. Viu alguns animais pequenos, coelhos, guaxinins, uma ra­posa, correrem na estrada do outro lado em sua fuga para as áreas mais baixas. Estava perto então, concluiu, muito petto. Por que, em nome de Deus, Gina não estava correndo com seu carro na estrada, em direção à segurança? Harry percorreu os últimos 25 quilôme­tros num borrão de velocidade e medo.


Só teve tempo de registrar que o carro de Gina se encontrava na garagem antes de saltar de seu próprio carro e correr em direção à casa. Ela só podia estar dormindo, concluiu, para não saber que o fogo se aproximava. Mesmo sem o rádio ligado, a nuvem de fumaça e o cheiro de queimado levariam a notícia. Ele abriu a porta, chamando o nome dela.


A casa estava silenciosa. Não havia qualquer som de movimento apressado, gavetas batendo, nada que indicasse um pânico frenético. Harry estava subindo a escada de dois em dois degraus quando escutou o ca­chorro latindo. Praguejou, mas continuou andando. Esquecera completamente do cachorro em seu medo por Gina. E o medo cresceu novamente quando viu que a cama estava vazia. Começou a correr para o se­gundo andar, ainda chamando, quando um movimen­to do lado de fora da janela lhe chamou a atenção.


Chuva?, pensou, pausando pelo tempo suficiente para olhar. Não, água... mas não chuva. Indo para a janela, ele a viu. O alívio foi imediatamente substituí­do por irritação, e irritação por fúria. O que Gina estava fazendo, parada no meio do quintal, regando a grama quando a fumaça era grossa o bastante para blo­quear a visão das árvores ao leste?


Com um movimento rápido, Harry abriu a janela e gritou através da tela.


—   Gina, o que você está fazendo, pelo amor de Deus?


Ela teve um sobressalto, então olhou para cima.


—   Oh, Harry, graças a Deus! Desça e ajude, não há muito tempo. Feche a janela! — gritou. — As fagu­lhas podem entrar. Corra!


Ele se moveu, e se moveu rapidamente, pretenden­do sacudi-la, depois arrastá-la para o carro. Na metade da escada, saltou sobre o corrimão e se dirigiu para a porta dos fundos.


—   O que você está fazendo? — Harry exigiu saber novamente. Então, em vez de sacudi-la, descobriu-se abraçando Gina forte o bastante para lhe causar dor.


Se ele não tivesse ouvido o rádio, se ela estivesse dor­mindo... Se. Uma centena de possibilidades passou por sua mente enquanto a beijava de maneira frené­tica.


Foi o súbito barulho do vento que o levou de volta à realidade. Uma onda repentina de terror lhe percor­reu a coluna. O vento espalharia o fogo e alimentaria as chamas. O incêndio logo se transformaria em uma tempestade de fogo.


—   Temos de sair daqui.


Harry a arrastara quase um metro antes de perceber que Gina estava lutando contra ele.


—     Não! — Com uma demonstração de pura for­ça, ela se afastou e pegou a mangueira que deixara cair.


—     Droga, Gina, não devemos ter mais do que vinte minutos.


Ele segurou o braço dela novamente, e mais uma vez ela se desvencilhou.


—   Sei quanto tempo temos. — Gina mirou em direção à casa de novo, molhando a madeira. O som foi ouvido acima do barulho crescente do vento.


Pela primeira vez, Harry notou que ela estava mo­lhada e suja, e usando um roupão. Estava saindo do banho quando a notícia no rádio a avisara da aproxi­mação do fogo. Ele olhou para as manchas de sujeira e grama no penhoar de seda, e percebeu o que tinha acontecido. O terreno fora capinado. Gina o fizera com as próprias mãos. Ele viu os arranhões e o sangue seco nelas, assim como nas pernas e tornozelos. Agora, com o cãozinho a seguindo e latindo freneticamente, estava molhando a casa.


—     Você está louca! — exclamou ele quando a rá­pida onda de admiração foi substituída por uma nova fúria. Harry lhe agarrou o braço novamente, rasgando a costura do ombro do penhoar. — Sabe o que é uma tempestade de fogo?


—     Sei. — O cotovelo dela atingiu as costelas de Harry enquanto Gina lutava para se afastar. — Se não vai ajudar, fique fora do caminho. Metade da casa já está molhada.


—     Você vai sair daqui. — Harry tirou-lhe a man­gueira da mão e começou a arrastá-la. — Mesmo que eu precise deixá-la inconsciente.


Gina chocou aos dois dando um soco sólido no maxilar dele. Foi o suficiente para libertá-la, fazendo-a tropeçar para trás, perder o equilíbrio e cair de qua­tro.


—   Eu disse. Saia do meu caminho! — murmurou ela, antes de engasgar quando a fumaça entrou em seus pulmões.


Harry a arrastou pelos pés. Seus olhos estavam tão selvagens de medo e fúria quanto os dela.


— Sua estúpida! Você vai combater uma tempes­tade de fogo com uma mangueira de jardim? É só madeira e vidro! — gritou ele e a sacudiu. — Madeira e vidro! — repetiu, tossindo enquanto apontava a casa com uma das mãos. — Vale a pena morrer por isso?


—   Vale a pena lutar por isso! — Gina gritou de volta contra a fumaça e o vento enquanto as lágrimas começavam a escorrer. — Não vou deixá-la para o fogo, não vou — Ela começou a lutar contra ele de novo, com mais desespero do que antes.


—     Droga, Gina, pare com isso! — Harry segu­rou-lhe os ombros até que as pontas dos dedos enter­rassem na pele macia. — Não há tempo.


—     O fogo não vai destruí-la. Não a nossa casa, você não entende? — O tom da voz dela aumentou, não de maneira histérica, mas com firme determina­ção. — Não a nossa casa.


Harry parou de sacudi-la, mais uma vez descobrin­do seus braços a envolvendo para mantê-la junto ao corpo. Então, ele compreendeu, e foi tomado por to­das as emoções que ele jamais experimentara. Era isso que Hermione quisera dizer, perguntou-se, quando falara que amor não era o bastante? Amor era o suficiente para começar, mas para sustentar um casamento eram necessários todos os sentimentos que um ser humano fosse capaz de ter. Nossa casa, Gina dissera. E, com duas palavras, havia consolidado tudo.


Ele a afastou de si. As lágrimas de Gina escorriam, a respiração estava ofegante. Os olhos estavam verme­lhos, mas firmes. Harry soube que jamais sentira algo tão intenso por alguém, e jamais sentiria. E de repente entendeu que perguntas e respostas não eram necessá­rias para que a conhecesse completamente. Sem falar, soltou-a e pegou a mangueira. Gina permaneceu onde estava enquanto ele direcionava a água para a casa. Com o dorso da mão, ela secou as lágrimas do rosto.


—   Harry...


Ele se virou, dando seu melhor sorriso de gladiador.


—   Vale a pena lutar. — Gina deu um suspiro trêmulo quando fechou a mão sobre a dele. — Vamos precisar de toalhas para respirar, e de alguns coberto­res. Vá buscá-los enquanto molho o resto da casa.


Pareceu como se horas tivessem passado enquanto trabalhavam juntos, molhando a madeira, molhando um ao outro, o cachorro, repetidas vezes, enquanto a fumaça se tornava mais espessa. O vento uivava, amea­çando tirar o cobertor que Harry jogara sobre ela. O calor, pensou Gina. Não seria capaz de suportar o calor. Mas as chamas ainda estavam afastadas. Havia momentos em que Gina quase acreditava que o fogo se desviaria, e então engasgava com a fumaça e usava a mangueira em si mesma até voltar a raciocinar. Havia um único objetivo: salvar a casa que compartilhava com Harry, o símbolo de tudo de que sempre precisa­ra. Lar, família, amor.


Com toalhas pressionadas nos rostos, eles contor­naram a casa diversas vezes, molhando o telhado, as laterais, todas as superfícies que o calor parecia secar novamente com tanta rapidez. Eles não mais falavam, apenas trabalhavam sistematicamente. Dois pares de braços, dois pares de pernas, trabalhando como uma única mente. Para proteger o que lhes pertencia.


Harry viu as chamas primeiro, e ficou estupefato demais para se mover. Não era uma fogueira, pensou, ou uma fornalha. Era o inferno. E estava vindo na di­reção deles. Torres enormes e famintas de fogo jorra­vam como lanças. E em meio ao calor insuportável, ele sentiu o gélido suor do medo humano.


—     Chega! — Num movimento rápido, segurou o braço de Gina e pegou o cachorro no colo.


—     O que você está fazendo? Não podemos partir agora. — Tropeçando e engasgando, Gina lutou para se libertar.


—    Se não partirmos agora, poderemos morrer. — Harry empurrou-a para dentro de seu carro e jogou o cachorro no colo dela. — Que coisa, Gina, nós fizemos tudo que podíamos. — As mãos dele estavam escorregadias enquanto virava a chave. — Não vale a pena morrer por nada que o dinheiro pode comprar.


—    Você não entende! — Com o dorso da mão, ela limpou sujeira e lágrimas do rosto. —Tudo... tudo que eu tenho está lá dentro. Não posso deixar o fogo levar tudo... tudo que significa alguma coisa para mim.


—    Tudo — repetiu Harry num murmúrio. Então parou o carro e lhe fitou os olhos vermelhos e lacrimejantes. — Tudo bem, se é assim que você se sente, vou voltar e ver o que posso fazer. — A voz dele estava curiosamente calma e sem emoção. — Mas, por Deus, fique aqui. Não posso arriscar você.


Antes que Gina pudesse absorver aquelas pala­vras ou entender o que ele estava fazendo, Harry desa­parecera. Por um momento, a histeria a dominou por completo. Ela tremeu, incapaz de se mover ou racioci­nar. O fogo levaria sua casa, todas as suas posses. Fica­ria sem nada, exatamente como tantas vezes no passa­do. Como poderia enfrentar isso de novo depois de todos aqueles anos de esforço, de trabalho, de deter­minação?


O cachorrinho se mexeu em seus braços e chora­mingou. Inexpressivamente, Gina o olhou. O que estava fazendo sentada ali quando sua casa estava em perigo? Tinha de voltar, voltar e salvar... Harry.


O medo a congelou por um instante antes de fazê-la saltar do carro e correr através da fumaça. Ela o mandara de volta... Harry voltara por ela. Pelo quê?, pensou com desespero. O que ela estava tentando sal­var? Madeira e vidro... fora assim que Harry chamara. A casa era mais do que isso. Era o seu lar, o lar verda­deiro que Gina tinha procurado por toda sua vida. Gritou, chamando-o, soluçando enquanto a fumaça bloqueava tudo de sua visão.


Podia ouvir o fogo... ou o vento. Não tinha mais certeza se as duas coisas estavam separadas. Tudo que sabia agora era que, se o perdesse, realmente perderia tudo. Então, gritou o nome de Harry repetidamente, lutando contra a fumaça para alcançá-lo.


Por um instante, Gina não conseguiu mais res­pirar, incerta de onde estava ou para onde correr. Uma imagem surgiu em sua mente, uma de si mesma. Uma garotinha se aproximando de uma casa de dois anda­res, onde passaria um ano de sua vida. Não conseguia se lembrar do nome das pessoas que seriam seus pais pelos próximos 12 meses, apenas daquele senso de de­sorientação e solidão. Sempre se sentira tão solitária quando entrava num novo lar quanto no momento em que saía. Sempre fora isolada, sempre excluída, até conhecer Harry.


Gina o viu correndo de volta para ela, parcial­mente coberto pela cortina de fumaça. Antes que pu­desse separar uma imagem da outra, estava nos braços de seu amor.


— O que houve? — perguntou Harry. — Eu a ouvi gritando, pensei... — Ele enterrou o rosto no pescoço dela por um momento quando o medo diminuiu. — Que coisa, Gina, eu disse para ficar no carro!


—     Não sem você. Por favor, vamos embora. — Ela estava lhe puxando o braço, levando-o de volta para o carro na estrada.


—     A casa...


—     Não significa nada — declarou Gina com firmeza. — Nada faz sentido sem você. — Antes que Harry pudesse reagir, ela estava se acomodando ao vo­lante. Assim que ele se sentou ao seu lado, Gina ace­lerou montanha abaixo.


Após aproximadamente um quilômetro e meio, a fumaça diminuiu. Foi então que Gina sentiu a reação se instalar, com tremores e novas lágrimas. Parando no acostamento, apoiou a cabeça no volante e soluçou.


—     Gina. — Gentilmente, ele passou uma das mãos pelos cabelos molhados e embaraçados dela. — Sinto muito. Sei que a casa era importante para você. Não sabemos ainda se já foi destruída, ou se existe al­guma chance de restaurá-la. Nós podemos...


—     Esqueça a casa! — Levantando a cabeça, ela o fitou com olhos que estavam tanto zangados quanto desolados. — Eu devia estar louca para agir daquela maneira. Mandar você voltar lá quando... — Parando, Gina praguejou e saiu do carro. Lentamente, Harry fez o mesmo e a seguiu.


—     Gina.


—     Você é a coisa mais importante da minha vida. — Ela se virou para ele então, respirando fundo diver­sas vezes para conter as lágrimas. — Não espero que acredite nisso depois do jeito como me comportei, mas é verdade. Eu não podia abrir mão da casa, das coisas, porque esperei muito tempo para obtê-las. — Como as palavras eram dolorosas, Gina engoliu em seco. — Por muitos anos tudo que eu tinha só era meu durante um tempo, como um empréstimo. Tudo em que consegui pensar foi que, se eu não conservasse a casa, os objetos, perderia tudo novamente. Não espero que você entenda...


—   Vou entender. — Ele lhe segurou o rosto nas mãos. — Se você me contar.


Ela deu um suspiro longo e trêmulo.


—     Nunca pertenci a lugar algum, a ninguém. Ja­mais. Isso deixa uma pessoa com medo de confiar. Sempre disse a mim mesma que haveria um dia em que eu teria minhas próprias coisas, minha própria casa... eu não precisaria compartilhá-las, não precisa­ria pedir. Foi algo que prometi a mim mesma, porque não poderia ter sobrevivido sem essa esperança. Es­queci de me libertar disso quando as coisas não preci­savam mais ser assim.


—     Talvez. — Harry alisou-lhe o rosto com o pole­gar. — Ou talvez você tenha compartilhado sem se dar conta disso. Lá atrás você a chamou de nossa casa.


—     Harry. — Ela se aproximou mais para tocá-lo. — Não me importo se a casa tiver pego fogo, ou mes­mo se tiver perdido tudo que há lá dentro. Tenho tudo de que preciso, tudo que amo, bem aqui em minhas mãos.


Eles estavam molhados, sujos, exaustos. Vivos. Harry observou-lhe o rosto manchado de preto, os ca­belos desalinhados, os olhos vermelhos. Gina jamais lhe parecera mais linda. Com a garganta seca pela fu­maça, os olhos ardendo, ele a abraçou. Juntos, tomba­ram no gramado. Gina estava rindo e chorando enquanto ele a beijava. Seu rosto estava manchado pela fuligem e co­berto de lágrimas, mas os lábios de Harry passeavam loucamente por ele. Paixão encontrou paixão. Não sentiram suas feridas enquanto se tocavam, e uma ne­cessidade tão volátil quanto o fogo que haviam desa­fiado os consumia. Quando o roupão rasgado de Gina caiu, as roupas ensopadas de Harry se juntaram a ele. Então se amaram, nus, sobre a grama. Repetida­mente, beijaram-se com ardor, absorvendo, um do ou­tro, a força e a vitória do momento, indo além da fu­maça e do fogo que haviam deixado para trás, para um mundo limpo e luminoso.


Gina sabia que jamais estivera tão consciente, tão incrivelmente viva. Seu corpo parecia vibrar em milhares de pulsações, que se tornavam mais instáveis quando Harry a tocava. Com os braços apertados ao redor dele, o corpo másculo pressionado contra o seu, ela teve a sensação de absoluta confiança. Harry prote­geria, ela defenderia, lutariam contra quaisquer forças externas que os ameaçassem. Durante o incêndio, ha­viam deixado de ser homem e mulher e se tornado uma unidade. Em algum lugar sob a paixão feroz, Gina sentiu paz. Encontrara a si própria.


Fizeram amor enquanto a fumaça se tornava ape­nas uma neblina sobre suas cabeças. E, quando esta­vam exaustos e saciados, continuaram abraçados, não querendo quebrar a unidade tão recentemente desco­berta.


— Você se machucou — murmurou Harry, tocan­do um arranhão no ombro dela.


—     Não me sinto machucada. — Gina enterrou os lábios no pescoço dele e soube que jamais se esque­ceria do aroma de fumaça, cinzas e amor. — Eu bati em você.


—     Sim, eu notei.


Ouvindo o sorriso na voz dele, Gina fechou os olhos.


—     Você só estava pensando em mim. Desculpe.


—     Agora você está pensando em nós. — Harry pressionou os lábios na testa dela. — Estou feliz.


—     Nós vencemos — sussurrou Gina.


Harry ergueu a cabeça para observá-la. Usando o polegar, limpou uma mancha de fuligem do rosto dela. Era da cor dos olhos de Gina, pensou, vendo-a na própria pele.


—     Nós vencemos, Gina.


—     Tudo.


Os lábios dele se curvaram num sorriso antes de tocar os de Gina.


— Tudo.


Ela lhe aninhou a cabeça em seu ombro, gentil­mente lhe acariciando os cabelos. Minúsculos pedaços de cinza continuavam a flutuar à volta deles, como memórias.


—     Falei certa vez que não queria que nada mudas­se... Eu tinha medo de aceitar a mudança. Estava erra­da. — Fechando os olhos, Gina permitiu-se absor­ver a proximidade dele. — Agora não é mais a mesma coisa.


—     Melhor — murmurou Harry. — Isso faz dife­rença. Sempre fará diferença.Ela suspirou, sabendo que o contentamento que sempre buscara estava irrevogavelmente ligado a um homem, um amor.


—   Mas ainda vamos jogar, não vamos?


Desta vez, quando levantou a cabeça, Harry sorriu. Os lábios de Gina se curvaram em resposta.


—   Segundo as nossas próprias regras.


 


FIM

n/a: mais uma vez só posso agrader pelos comentários! E espero que gostem do fim da fic!!! Bjus!!!!

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