FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout  
FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout
 

(Pesquisar fics e autores/leitores)

 


 

ATENÇÃO: Esta fic pode conter linguagem e conteúdo inapropriados para menores de idade então o leitor está concordando com os termos descritos.

::Menu da Fic::

Primeiro Capítulo :: Próximo Capítulo :: Capítulo Anterior :: Último Capítulo


Capítulo muito poluído com formatação? Tente a versão clean aqui.


______________________________
Visualizando o capítulo:

22. Aisha


Fic: O Mistério de Starta - por Livinha e Pamela Black - Último Capítulo no AR!


Fonte: 10 12 14 16 18 20
______________________________

Capítulo 22


 Aisha


 


A vontade de Draco era chacoalhar, azarar ou simplesmente dar um tapa no rosto de Lyx Vechten. A inanição da mulher misto ao seu olhar opaco já estavam lhe dando nos nervos.


Ele mal havia entrado no quarto da mãe de Lyx, no Saint Mungus, ela já ameaçava gritar por ajuda. Porém, três palavras calaram Lyx, deixando-a naquele estado por bons cinco minutos: eles a pegaram. Foram as palavras que Draco disse assim que percebeu que teria que ser direto para conter Lyx.


Finalmente, a Sra. Vechten fechou os olhos e suspirou.


— Quando?


— Essa noite. – Aproximando-se da cama, Draco falou, não demonstrando seu estado de espírito: – Você precisa me dizer exatamente o que aconteceu, Sra. Vechten. Syndia disse que a senhora a alertou, quando acordou. E contou outras coisas também.


— Ela te disse isso?


— Disse.


— Então por que você está aqui? – Lyx perguntou com desprezo. – Não seria melhor fazer o que tanto querem de você, Draco?


— Eu não vou procurar Short até saber do que se trata tudo isso.


Lyx, então, soltou um leve riso, no entanto sem humor.


— Ela não te contou tudo. Eu sabia.


— Quem?


— Syndia. Eu contei absolutamente tudo a ela, mas ela não contou a você. Ela só te disse que eu a havia alertado, não foi? Mas não sobre o quê.


— Você a alertou sobre as pessoas que te atacaram – Draco disse, percebendo, pelo olhar de Lyx, que ele acertara. – Quem são essas pessoas, Sra. Vechten?


— Seu pai – Lyx praticamente cuspiu as palavras. – Seu pai, e a pessoa que meu pai não sabia ser um traidor. Que faria de tudo, até correr o risco de matar a mim e minha família, para alcançar seus objetivos.


Mesmo sentindo que seu mundo estava virando de cabeça para baixo, Draco não se mostrou abalado. Entretanto, olhou fixamente nos olhos de Lyx Vechten e falou com uma fúria determinada:


— Eu não estava no meio disso, Sra. Vechten, mas a partir de agora estou. Não sei por que nasci para esse destino, e nem por que a Syndia nasceu marcada. Só que, a partir de agora, vou me enfiar nessa história. Portanto, se você quiser que sua filha volte, é melhor me contar tudo o que sabe antes que eu procure as pessoas que a raptaram. Pois eu vou trazer Syndia de volta... Nem que para isso eu precise enterrar meu pai de vez.


 


xxx---xxx


 


Ela custou a abrir os olhos, uma vez que queria continuar com a percepção de que tudo não passara de um sonho. Um sonho muito ruim. No entanto, a claridade do lugar a instigava a abrir os olhos.


Syndia percebeu que estava em um amplo aposento. Era um lugar bem iluminado, porém as luzes não a incomodavam, fazendo-a apenas perceber a riqueza de detalhes e ostentação que cada canto daquele quarto apresentava.


Virou o corpo de lado a fim de se levantar e sentiu uma dor aguda nas têmporas; quando se sentou na cama, tudo parecia rodar. Ela gemeu. Queria colocar sua cabeça no lugar para saber o que estava acontecendo e onde ela estaria, mas aquela dor incômoda, misto à tontura, não permitia. Syndia não soube diagnosticar por quanto tempo ficou ali, sentada, os olhos fechados e querendo que seu estômago parasse de se enjoar simplesmente por ter a impressão de que o mundo girava, menos ela. Parecia que estava curtindo a pior das ressacas.


Quando abriu os olhos, forçando-se, viu que ao lado da cama, em uma mesa de cabeceira, havia uma jarra de água e um copo. Encheu-o sem nem pensar quem colocara ali ou por quê. Só precisava acalmar seu corpo. A água lhe fez bem, e logo ela conseguia respirar normalmente e perceber que o chão não girava mais e a dor na cabeça começava a abrandar. Portanto, começou a analisar o local em que estava.


Como ela bem vira anteriormente, o quarto era bem iluminado à luz de velas. Os candelabros, presos às paredes, emitiam uma luz alaranjada e branda. E, ela teve a impressão, deixavam um aroma adocicado no lugar que era relaxante. Levantou-se devagar para que não se sentisse mal novamente. Respirou aliviada quando nada sentiu.


Perto de uma das paredes havia um sofá, recostado, e atrás dele uma cortina. No entanto, atrás dela não havia janela alguma. Syndia gemeu mais uma vez.


Andando um pouco mais, saiu da parte do quarto onde ficava a cama para chegar onde havia uma mesa cercada de quatro cadeiras. Mais uma parede com cortina, mas nada de janelas. Essa era a única possibilidade que ela tinha para ver onde estava, mas nada de janelas no quarto para que pudesse saber onde se encontrava.


A porta, oculta pela parede que dividia parcialmente o quarto daquela antessala, estava trancada.


 — Droga! – exasperou Syndia.


Ela voltou para o quarto e jogou-se sentada na cama, as mãos passando, irritadas, pelo rosto. Forçou sua mente a lembrar o que havia acontecido na noite passada... Ou quando ela estava em sua casa, verificando os papéis de seu avô, e ouvira alguém entrando em sua casa. Será que ela ficara desacordada apenas durante a noite?


No entanto, nada vinha à sua mente. Ela não se lembrava de rosto algum, apenas sentira um estranho perigo. Teve tempo apenas de lançar um feitiço estuporante na pessoa que entrara na casa, mas que ricocheteara em um de seus móveis. Depois, o silêncio e a escuridão. Sem rosto, sem suspeito, sem um fio para se segurar.


— O que está acontecendo? Onde estou? – perguntou para si mesma, não querendo deixar que o medo a dominasse.


Nesse mesmo instante, alguém bateu duas vezes na porta do aposento. Ela ergueu-se de imediato, seu corpo tenso. Engoliu a seco quando ouviu a porta abrindo; sentiu seus pés querendo recuar, mas continuou firme onde estava. Ao menos coragem queria mostrar para quem quer que a tivesse aprisionado naquele lugar.


 Syndia não sabia o que esperar. Talvez homens de rostos cruéis, rudes. Até mesmo usando as temíveis roupas de Comensais da Morte de Voldemort. Por isso mesmo que o homem de rosto afável a deixou totalmente desprevenida, permitindo que sua guarda baixasse e seu rosto demonstrasse sua total surpresa. E horror.


Não era boba. Estar cativa naquele lugar já deixava claro que era por alguma razão nada boa para si. Por isso que ver o rosto outrora tão amigável de Alexander Malcom foi-lhe tão chocante.


— Olá, Syndia – ele a cumprimentou com um leve sorriso e, sem seguida, uma reverência respeitosa.


— Malcom! O que está acontecendo? Onde estou? Exijo que me diga! – ela praticamente cuspiu as palavras, dando um passo na direção do homem.


Malcom sorriu.


— Tudo será respondido, minha cara. Não precisa se exasperar. Antes, porém, precisa de algo? A cabeça está melhor? Creio que a tontura e a dor tenham sido muito ruins.


— Estou bem, obrigada – ela disse indiferentemente.


— Claro – Malcom sorriu novamente.


Ele continuou olhando-a, sem dizer nada. Antes que Syndia dissesse alguma coisa, entretanto, outra pessoa entrou no aposento. Syndia reconheceu-o, no entanto Elliot Short não lhe dirigiu a palavra, embora tenha feito uma mesura tão educada quanto a de Malcom, quando entrou. O jovem cochichou algo no ouvido do mais velho, que assentiu. Em seguida, fez um estalo com os dedos para que uma mulher adentrasse o aposento, deixando uma bandeja em cima da mesa e saindo. Ela não olhou para Syndia. Com outra mesura, Elliot deixou o lugar.


— Gostaria de um chá? – Malcom perguntou, indicando a mesa e indo até lá. Serviu duas xícaras, embora Syndia não tenha respondido nada. — Esse chá vai ajudá-la com a dor, eu garanto.


Syndia continuou quieta, as mãos fechadas em punho, tentando se controlar. Sua boca formava uma linha fina enquanto ela pensava em maneiras diferentes de render Malcom para sair dali. No entanto, não fazia ideia do que encontraria quando saísse por aquela porta. Talvez bruxos que estivessem dispostos a tudo para detê-la. A ignorância a deixava frustrada.


— Aqui está – Malcom continuou. – Adoçado na medida certa. Tenho certeza que seu incômodo vai passar logo, Syndia.


Ele estendeu a xícara, mas ela recusou.


— Onde estou?


— Tem certeza que não quer o chá? – Malcom perguntou, como se a pergunta irritada de Syndia tivesse sido apenas um educado “não” ao que ele lhe oferecia. – Bem, você quem sabe.


Ele colocou o chá na mesa, junto da bandeja, bebericando de sua xícara.


— Você está em Starta – ele disse.


— Como é? – Syndia retorquiu, como se Malcom tivesse dito a maior das sandices.


O homem sorriu.


— Starta. Você já esteve aqui, pois fui informado. Muito me admirou que você tenha vindo para cá, quando o soube, mas então me contaram que foi a mando do banco Gringotes. Aqueles duendes são bem espertos, devo admitir.


Malcom viu Syndia passar os olhos pelo aposento, e ele notou a descrença da moça com o que lhe dissera.


— Não estou mentindo para você, Syndia.


— Então como não reconheço esse lugar? – ela perguntou em desafio. – Gui e eu vasculhamos tudo o que era possível nesse lugar, e não encontramos nenhuma sala desse tipo.


— Não encontraram mesmo. Nesse lugar só é possível entrar se estiver junto do Guardião Sênior.


Por um segundo, Syndia pensou que ouvira errado, uma disparidade.


— Guardião Sênior? – ela repetiu, incrédula.


— Sim. O guardião da Deusa. De Aisha. O seu guardião, Syndia. E o que deve, também, ajudar-lhe na procura de seu companheiro. Mas, sente-se, te explicarei tudo que precisa saber.


Enquanto Alexander Malcom explicava tudo o que Syndia precisava saber, Draco encontrava-se no quarto ao lado.


Sentado na cama, mas mãos fechadas em punho apoiando a testa, ele tentava colocar suas próprias ideias em ordem. Precisava descobrir como sairia daquele lugar, incólume, e com Syndia ao seu lado.


Quando deixara o hospital, depois de Lyx explicar-lhe tudo o que sabia, Draco voltou até a casa de Rony e Hermione. Não se preocupou em esperar que Harry voltasse com Dumbledore, começando a repetir – e com mau humor por sentir que estavam perdendo tempo com tanta teoria, embora esta fosse primordial – as palavras da mãe de Syndia.


Por um destino que realmente não entendia, Syndia fora escolhida para seguir a ideia de Hórus, um deus egípcio que queria apregoar que apenas através da purificação a vida teria sentido; apenas uma pessoa pura de alma e corpo seria digno de ser adorado. Através dos anos, as pessoas dotadas de magia utilizaram essa ideia, percebendo que Hórus era, na verdade, um grande mago que fora dito deus pelo povo egípcio por ignorância deste. E o olho símbolo de Hórus era, na verdade, o que realmente seu outro nome dizia: o olho que tudo via. Por isso mesmo a Deusa, ou Aisha, tinha tal marca. A marca que Syndia carregava em suas costas, à base de sua coluna.


Quando saiu da casa do casal, Draco foi procurar por Elliot, como Eleonora lhe dissera para fazer sob influência da Maldição Império. Elliot apenas lhe disse para tocar na colher que estava em cima de um aparador quando Draco questionou sobre Syndia, e percebendo que não teria respostas, o rapaz fez o que lhe era ordenado. E, ao ver-se em terras desconhecidas, à frente de grandes muros, Draco teve a certeza de que eles estavam em uma grande fria.


Por isso mesmo ele estava sentado sozinho naquele quarto em Starta: pensava desesperadamente, colocando em ordem toda informação que conseguira naquelas últimas horas.


As pessoas a quem ele pedira ajuda sabiam sobre Starta, pois tanto os papéis que Hermione traduzira quanto o que Lyx dissera, deixavam clara a existência da cidade. E Gui Weasley já fora até lá. A última coisa que Draco dissera antes de sair da casa de Rony e Hermione fora para eles irem o mais rápido e eficientemente possível para aquele lugar.


Draco respirou fundo. Aquela situação toda tinha tudo para dar errado. Apenas um milagre os salvaria.


— Caraminholas na cabeça, Draco?


Draco sentiu seu corpo se retesar instintivamente. Em menos de um segundo, porém, já se encontrava em pé, encarando Lúcio Malfoy à sua frente.


— Olá, filho – Lúcio o cumprimentou com um sorriso que provocou ascos em Draco.


— Pelo visto você não estava mesmo morto – ele disse com desprezo. – Quem enterraram no seu lugar? Um coitado qualquer?


— Não sei quem foi. Malcom organizou tudo – Lúcio respondeu com um gesto displicente. – Mas eu fico feliz em saber que você está aqui, por vontade própria.


— Claro – zombou Draco. – Assim como Syndia, não é? Ambos por vontade própria.


Lúcio sorriu, sentando-se confortavelmente no sofá. O quarto em que Draco estava era tão suntuoso quanto o de Syndia, porém menor.


— Quando ela souber do que tudo isso se trata, tenho certeza de que usará o bom senso e perceberá que não há como dizer não às ideias da purificação mágica.


— E quem a irá convencer? Você?


— Não. Na verdade, Malcom está explicando tudo a ela, neste momento – Lúcio fez um gesto com a mão, apontando a parede atrás de Draco. Este percebeu que o pai deveria estar se referindo a algum aposento ao lado do seu, o que dizia que Syndia estava mais perto do que ele imaginara. – Assim como está explicando a sua participação em tudo isso, Draco – Lúcio continuou, chamando a atenção do filho às suas palavras.


— Minha participação?


— Sim. Em como vocês estarem ligados antes mesmo da purificação se iniciar é tão importante. Uma benção, Malcom diria.


Draco não quis nem imaginar o que essa verdade faria com Syndia. Talvez a moça entendesse tudo errado, crendo que ele estava a par de tudo e a conquistara apenas com o intento de tê-la em Starta mais facilmente. Assim como Lyx imaginara a princípio.


— Quando poderei vê-la? – Draco perguntou, cortando o pai no que quer que ele estivesse dizendo; não escutara nada no último minuto.


Lúcio sorriu.


— Logo, presumo. O ritual deverá ser feito essa noite. – Lúcio suspirou. – Dentro de duas horas, creio, alguém virá aqui para te instruir. Esteja pronto, Draco – ordenou, como se à sua frente estivesse o menino temente ao pai, não o homem que faria de tudo para que a mulher que ele aprendera a amar saísse salva daquele lugar.


— Tenha certeza que estarei pronto, pai – Draco retorquiu assim que Lúcio deixara o quarto.


Tão logo colocou os pensamentos em ordem, Draco verificou se havia alguém vigiando sua porta. O amplo corredor longo e estreito estava vazio. Rapidamente ele alcançou a porta que imaginava ser o quarto de Syndia. Contudo, antes que tocasse a fechadura, a mesma se mexeu, mostrando que alguém estava saindo. Sem pensar duas vezes, entrou em um nicho na parede, torcendo que a pessoa não o notasse ali. Prendeu a respiração quando reconheceu as vozes de Syndia e Lúcio.


— Sabe, Syndia, foi realmente bom o Draco envolver-se com você. Acho que consegui criar muito bem meu filho, apesar de tudo. Até quando ele não sabe o que está fazendo, ele o faz direito.


— Então devo presumir – Draco ouviu Syndia falar com desprezo – que quando ele sabe o que está fazendo, o executa com perfeição.


Lúcio riu.


— Nem sempre – respondeu. – Mas devo confessar que dessa vez, mesmo na ignorância, ele se superou, realmente. Agora eu me vou, minha cara. Tenho um ritual para comandar daqui alguns minutos, e tenho que estar preparado.  Quanto a você, Syndia, seja boazinha e facilite as coisas, sim?


Draco teve que usar toda sua força de vontade para não sair daquele esconderijo. Embora sempre se escondesse ou fugisse de todos os problemas que aparecera em sua vida, pela primeira vez queria dar a cara a tapa e enfrentá-los. Mas sabia também que isso seria idiotice. Agir por impulso era um ato que apenas um Weasley idiota faria. E agir feito herói, ele preferia deixar para o Potter.


Portanto, esperou que o som dos passos de Lúcio desaparecesse completamente. Tão logo o silêncio pesou, Draco saiu do nicho, entrando em seguida no quarto de Syndia.


Ele estava acostumado com todos desconfiando dele. Sabia que, embora tivesse se mostrado contra a guerra ainda adolescente, denunciando seu pai, seria muito difícil que cressem que ele não era uma pessoa que não queria o mal para os trouxas ou o sangues-ruins. Mas, mais que tudo, ele nunca imaginaria que Syndia pensaria dessa maneira sobre ele. Por isso que foi com uma surpresa imensamente ruim que viu a mulher, que ele estivera junto por pouco tempo – mas o bastante para senti-lo tão maravilhoso –, olhar para ele com repugnância e imensurável tristeza quando o viu.


— Você está bem? – ele perguntou, sentindo sua coragem começar a esvair-se diante daquele olhar. Não ousava se aproximar dela, cruzar os quase cinco metros que os separavam.


— O que você acha?


— Syndia – Draco começou, mas ela o cortou.


— Seu pai acabou de sair daqui, sabia? – ela riu sem humor. – Ele contou que vai comandar o ritual. Talvez eu devesse ficar despreocupada, afinal, por ele ser seu pai, não vai representar uma coisa tão ruim ter minha mente apagada de qualquer valor moral que eu aprendi em minha vida. Uma vez que você vai estar ao meu lado para governar o mundo bruxo, eu não preciso pensar que eu poderei matar meus amigos mestiços quando me tornar a Deusa deles. 


— Você precisa me ouvir, Syndia.


Mas ela não o fez. Parecia fechada em suas próprias acusações, não se dando conta do olhar frustrado e desesperado de Draco.


— Foi por isso que você insistiu tanto para que a gente começasse a sair, que eu... Que eu me apaixonasse por você! – ela o acusou, sentindo os olhos arderem. Porém não choraria. Não faria isso por outro homem. Por mais que doesse saber estar sendo enganada por Draco, Syndia não se permitiria ser fraca como fora quando seu mundo caíra por causa de Karl. Agora era diferente. Ela estava mais forte. Ela tinha que estar para enfrentar o que aconteceria àquela noite. De um jeito ou de outro, ela precisava resistir.


— Syndia – Draco tentou novamente, dando um passo na direção dela. Syndia sequer se moveu.


— O que passou pela sua cabeça? – ela não o permitiu falar. – O que, Draco? Que me levando para a cama, eu facilitaria?


— Syndia, eu vim aqui por outro motivo.


— Ah, e eu posso saber por quê? Oh, deixe-me adivinhar! – sua voz estava carregada de sarcasmo e dor. Draco não conseguia raciocinar perfeitamente. – É alguma coisa relacionada ao ritual. Acertei?


— Eu quero que tudo isso se dane. Ritual, meu pai, essa porcaria de cidade! – Draco praticamente rosnou.


— Ah, é mesmo?


— Isso – Draco falou entre os dentes. Sentia uma raiva insana apoderar-se dele. Syndia o acusando, seu pai vivo, toda a sua vida virando de cabeça para baixo e, para piorar, nenhum sinal do Weasley ou do Potter. Onde diabos aqueles lerdos estavam que não apareciam naquela porcaria de lugar? – Eu não faço parte de nada disso, Syndia. Você precisa acreditar em mim, precisamos sair daqui.


— Você não faz parte disso? – Syndia quase riu, mórbida. – Então me diga, Draco, que porcaria é essa que você tem no ombro?


— Uma marca de nascença? – perguntou entre jocoso e irritado. – Eu já disse a você, Syndia! Isso é tudo o que essa marca representa para mim.


— Você tem certeza disso? Você tem certeza que é apenas isso, Draco?


— Eu não tenho nada a ver com eles – foi o que ele respondeu.  


Por dentro, Draco sentia seu desespero aumentar. Não como fora antes, por não conseguir achar uma saída para livrar-se e salvar a Syndia também. Era por Syndia não confiar nele. Por ela estar correndo perigo e ele não ter como protegê-la. Não enquanto ela não confiasse nele novamente. Um sentimento novo que ele não conseguia controlar.


— Eu sei que eles te disseram coisas que a fizeram desacreditar em mim. Que sua mãe disse. E meu pai, o qual eu também pensava estar morto, aparecer do nada e dizendo que eu fiz tudo corretamente, a deixa confusa. Mas eu sou tão vítima quanto você, Syndia!


— Vítima? Você é vítima, Draco? – Ela estava enfurecida. – Meus pais são vítimas! EU sou a vítima, Draco! Já você... Você é um deles! Você me usou!


— Syndia, eu não tenho nada a ver com isso! E eu vim justamente aqui, hoje, para te tirar daqui! Eu apenas hoje fiquei sabendo do real significado do ataque aos seus pais, da porcaria da Ordem de Starta e dessa cidade com a ajuda da Granger. Eu a procurei, pedi sua ajuda.


— Ah, e onde ela está? Enfiada em seu bolso? Não envolva Hermione nisso, Draco! Não envolva ninguém nisso, a não ser você!


— Assim como você, eu achava que essa marca que eu tinha era apenas marca de nascença! Você TEM que acreditar em mim! – ele insistiu, dando um passo na direção de Syndia e segurando-a pelo braço. Ela se livrou dele com um safanão.


— Eu não tenho que fazer nada! Eu não devia ter acreditado em você, que você seria diferente de Karl, que...


— Agora você vai me comparar a ele? – Draco falou enojado. – Eu nunca faria com você o que ele fez. Eu nunca trairia sua confiança.


Syndia riu, parecendo estar à beira de uma histeria.


— Por acaso você sabe onde estamos? Em uma cidade que eu achava ser fantasma, com pessoas loucas que querem fazer um ritual insano comigo para governar o mundo bruxo. Portanto, acho que você traiu sim minha confiança, Draco.


Apensar de toda aquela acusação, a raiva que transbordava de Syndia, Draco sentiu que ainda tinha chance de fazê-la acreditar nele. A dor nos olhos da mulher à sua frente, a vontade – que ela nunca admitiria possuir – de acreditar que ele estava dizendo a verdade queimava em seus olhos verde-mel.


— Eu vou te tirar daqui.


— Ah, você veio então me buscar? A seita vai começar agora? – ela retorquiu sarcasticamente.


— Não faço idéia. O que eu sei é que vou te tirar desta cidade – ele disse, sua mente funcionando. Se Syndia não fosse acreditar nele, ao menos a tiraria dali. Poderia sumir de sua vida e ela acreditaria que ele apenas se arrependera. Não importava naquele momento. Nada importava, a não ser ela.


— O que foi, Draco? Desistiu de se tornar deus?


— Hei! Deixe de bancar a vítima, ’tá legal? Que merda, Syndia! – ele explodiu.


Syndia deu um passo para trás; sua máscara de sarcasmos quebrou-se e, em seu lugar, havia apenas tristeza e dor.


— Eu já disse que não tenho nada a ver com tudo isso, sou tão vítima quanto você! – Draco insistiu.


— Mas eu não te vejo trancado como eu estou, Draco! E Malcom me disse que você os procurou! Como você quer que eu acredite em você?


— Foi a única maneira que encontrei para te salvar! – irritou-se Draco mais ainda. – Será que você não percebe? Não entende que... – ele parou, querendo socar alguma coisa para sanar sua frustração.


— O quê? O que eu não entendo, Draco?


Draco passou a mão no rosto.


— A cidade só ficará visível para outras pessoas que não são daqui, durante o dia – ele desconversou, olhando-a então. – Daqui uma hora, o sol vai se por. Não vai dar tempo de o Ministério chegar. Eles vão fazer o ritual hoje.


— Ministério? Do que você está falando? O Ministério está do lado do Malcom?


— Claro que não! – Draco estava começando a cogitar que o medo de Syndia estava se sobressaindo à razão e inteligência dela. – Você acha que eu vim aqui sem uma retaguarda? – resolveu dizer. – Quando saí, indo atrás do Short, contei à Granger tudo que havia descoberto. Eles não vieram junto, pois precisavam esperar o seu amigo Weasley, além do Potter. O Weasley conhece esse lugar, então ele pode trazê-los. Mas apenas enquanto for dia.


— Por que você está fazendo isso?


— Droga, Syndia! Por que você está discutindo isso comigo? Vamos embora e pronto!


Syndia mostrou-se indecisa. Primeiramente ela pensara que Draco estava envolvido em tudo aquilo por vontade própria. Agora, ele vinha até ela, dizendo que estava ali para salvá-la, que pedira ajudar à Hermione e Harry, seus grandes desafetos quando criança.


— Por que você não me disse nada sobre essa marca que você tem? Por que não me contou o que sabia? – perguntou por fim.


Draco resolveu explicar, percebendo que ela não moveria um músculo se ele não o fizesse. Só pedia a Merlim que tivessem tempo.


— Eu só soube de toda essa porcaria ontem – disse, tentando controlar o nervosismo. – Remexendo em alguns papéis em minha casa, com a ajuda da Granger, a gente viu que a minha marca e a sua, que achávamos ser de nascença, na verdade era outra coisa. Eu fui até sua casa, lembra?


Syndia ficou olhando Draco por alguns segundos. E o que percebeu ao colocar seus olhos nos de Draco foi a grande frustração que ele carregava. E naquele momento, ela entendeu o que Lúcio quis dizer antes de sair dali: “Mas devo confessar que dessa vez, mesmo na ignorância, ele se superou, realmente”


— Você não faz parte de tudo isso, então?


— Quantas vezes eu vou ter que dizer que não? Agora, por favor, vamos embora! – Draco irritou-se, embora quisesse sorrir. Pelo visto, Syndia estava acreditando nele. Talvez ele nem precisasse deixá-la em paz, ao fim de tudo.


Syndia sorriu, abraçando-o.


— Me desculpe!


O alívio que Draco sentiu ao perceber que ela acreditara nele o fez se esquecer momentaneamente da pressa que estava. Não se importou que alguém poderia entrar ali, atraído pela discussão acalorada que tiveram. Não lhe pareceu importante que, a qualquer momento, alguém poderia procurá-lo em seu quarto, dizendo que o ritual começaria dali alguns instantes. Ele só queria sentir Syndia em seus braços, abraçando-o de volta; queria sentir o cheiro dela, o calor de seu corpo, o gosto de seus lábios...


— Quando eu pensei que você estava envolvido, pensei que fosse morrer – Syndia disse ao ouvido de Draco, quando terminaram o beijo.


Eu pensei que fosse morrer quando vi sua casa revirada.


Eles se olharam por alguns segundos, uma frase presa na garganta de Draco, querendo a muito custo sair, porém sua razão e orgulho, além de anos de aprendizado distorcido, não permitiram que a voz saísse. Disse, então:


— Vamos sair daqui.


— Claro.


Quando eles alcançaram o corredor, correram o mais silenciosamente que conseguiram. Syndia sentia-se como se estivesse em um labirinto devido a tantos corredores, porém Draco sabia por onde andar. Ele chegara até ali sem ser prisioneiro, portanto andara até seu quarto estudando tudo o que lhe passasse pelos olhos. Portanto, ao contrário de Syndia, não estava espantado com os ricos detalhes que os desenhos nas paredes possuíam. Hieróglifos mostrando tudo o que a Ordem de Starta defendia e pretendia fazer. Em determinado momento, Draco sentiu o horror em uma exclamação de Syndia quando ela vislumbrou o desenho de uma mulher imponente diante de vários homens, mulheres e crianças caídos no chão, notavelmente mortos.


— É isso que eles querem que eu faça – ela disse num sussurro. – Draco?


— Apenas com os trouxas. Os mestiços seriam escravos.


— Meu Deus.


Draco diminuiu a velocidade, uma vez que eles pareciam ter alcançado um lugar bem espaçoso, que mais parecia um grande hall. Pela porta, que deveria estar a mais ou menos cem metros de distância, era possível ver a areia dura e seca que era o chão de Starta, além da fonte que Syndia vira quando fora ali pela primeira vez.


— Estamos quase lá – Draco murmurou enquanto apertava de leve a mão de Syndia na sua e verificava o quão vazio aquele hall estava.


— Na verdade, estamos bem na hora.


Draco não teve tempo de virar para ver quem dissera aquilo, pois em seguida de tais palavras, tudo era escuridão e silêncio.


 


xxx---xxx


 


Quando Syndia acordou, sentiu que estava deitada e que seu corpo estava estranhamente pesado. Tentou mexer seus braços e pernas, mas nada aconteceu; tentou puxá-los de encontro ao corpo, pois sentia que estavam estranhamente afastados, também. Nada. Havia apenas um zunzum de vozes ininteligível que ela não conseguia distinguir e reconhecer. Quando mexeu a cabeça levemente, sentiu que o mundo girava mais que o normal. Porém, seus sentidos começaram a voltar a funcionar corretamente, e o que diagnosticou a deixou em pânico.


Estava presa. Pés e punhos atados. Por isso não conseguia se mexer. Entretanto, antes que pudesse dizer alguma coisa, um rosto conhecido apareceu à sua frente.


— Que bom que acordou, Syndia. – Alexander Malcom sorria, tranquilo. – Desculpe-nos por essa horrível prisão que você se encontra, mas foi necessário. Mas logo tudo isso terminará, quando você perceber o quão grandioso e maravilhoso é o seu destino.


— Draco... Onde ele está?


— Se preparando. Ele também fará parte do ritual, porém, podemos iniciá-lo em sua presença. Não queremos correr nenhum risco.


Syndia tinha vontade de gritar, mandar Malcom para um lugar nada educado. No entanto, nem sua raiva ela conseguia demonstrar. Seu corpo lhe parecia pesado, sem forças.


— O que está acontecendo comigo? – perguntou com a voz fraca.


— O que acontecerá com você a partir de agora, Syndia, é o procedimento normal. Essa noite, você deixará de ser uma mulher qualquer e se tornará nossa Deusa. O espírito e a mente de Hórus lhe abençoará completamente, fazendo com que seus próprios conhecimentos recaiam sobre ti e te envolvam para que consiga fazer o que nosso sacerdote tanto pretendia, no passado.


Malcom fez um sinal e Lúcio Malfoy se aproximou. Ele segurava uma pequena cumbuca, cujo conteúdo Syndia não enxergava. Sentiu que Malcom elevava sua blusa até a altura dos seios, deixando seu abdômen desnudo. Em seguida, percebeu que Lúcio lhe desenhava algo na pele enquanto dizia com a voz alta e clara:


— Eu, que possuo o sangue do deus pela minha descendência, marco-te como a receptora do poder, sabedoria e alma de Hórus, aquele que sempre quis que a magia fosse pura. Desenho-te o Olho Que A Tudo Vê em teu ventre, mostrando que tu és a Deusa, Mãe da Pura Magia.


A pasta antes gelada começou a queimar a pele de Syndia. Ela queria se mexer, sair dali, mas não tinha mais forças. Virou a cabeça devagar para sua direita, não vendo nada que lhe prendia àquele altar. Sua força estava sendo minada, e ela não sabia como e nem como reverter tal situação. Conseguia apenas enxergar uma pequena pira a alguns centímetros de sua mão direita. Havia outras pequenas cumbucas a poucos centímetros de sua mão esquerda e de ambos os pés, porém muito bem trabalhadas em detalhes; cada uma com um símbolo que ela não conseguia diagnosticar com tão pouca visibilidade.


Ouviu a voz de Malcom atrás de si, etérea e pausada:


— Os elementos estão postos. Fogo. Água. Terra. Ar. A mulher marcada está ao centro, pronta para ser regida pelo Espírito de Hórus. Sua carne sendo purificada de toda a imperfeição pelos Elementares, mas sua magia retornará junto de Hórus, porém pura e forte. Faça com que ela reine ao lado de seu deus para nos guiar, para nos purificar para que apenas a Pura Magia reine sobre nós!


Syndia ouviu um ruído, como de uma porta sendo aberta e posteriormente fechada, mas não conseguia virar-se para ver o que estava acontecendo, quem entrara. Não conseguia pensar em nada. Apenas implorava que a pele de seu abdômen parasse de queimar, que suas forças voltassem. Implorava que Draco aparecesse, de onde quer que estivesse, e a tirasse dali, a livrasse daquele inferno...


— Oh, Olho que Tudo Vê! – a voz de Malcom tornou-se mais forte, quase implorativa e desesperada. – Humildemente lhe convoco para purificar esta mulher e este homem ao seu lado! Dê-me poder para ultrapassar a todos e sacrificar a mulher que a reveste a fim de que ela atinja a Pureza do Sangue e, através deste, alcance a Pura Magia. Que as criaturas dos elementares: Terra, Ar, Fogo e Água lhe deem o domínio do Espírito sobre a Matéria, da Inteligência sobre os Instintos. Façam com que Sin, a rainha das Fadas, a Deusa do Poder, acorde! Oh, Olho que Tudo Vê, eu lhe peço! Reviva aquela que tu marcaste, reviva Sin, a que tem a magia mais pura! A Deusa da Pura Magia.


Como se esperasse as últimas palavras de Malcom, Syndia sentiu e ouviu várias coisas ao mesmo tempo: seu corpo começara a perder o restante de forças que tinha; ouviu um gemido leve de dor que precedeu palavras ininteligíveis; uma mão abriu sua boca, porém soltou-a logo em seguida como se tivesse sido obrigada a fazê-lo; vozes alteradas, enraivecidas, fachos de luzes lhe cruzando os olhos semicerrados.


Virou o rosto para tentar decifrar o que se passava e por que o som lhe parecia vir de muito longe, mas um borrão foi tudo o que viu até perder a consciência enquanto o nome de Draco saía num mudo sussurro de seus lábios.


 


xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


 


N/B: Eu vou comer seu fígado guria! Com pimenta síria e mostarda! >( - Como, COMO é que você termina assim????? Quer me matar do coração, cozinhando os pulmões e picando o esofago no processo?????????? Aaaffeeeee... Não, porque isso que você faz tem nome, sabia? Chama-se TORTURA! Quem precisa do Jigsaw ou do Maquiavel, se temos Liv Maria para enfiar agulhas gigantescas em nossa curiosidade?????
ô.O - Rsrsrsrs... desabafos à parte Livinha, o que posso dizer além de: PELO AMOR DE DEUS, ESCREVE LOOOOGOOOOOOOO!!! - Capítulo estupendo, Betinha!  Muito bem escrito e enredado !!!!APLAUSOS!!!!!!!!Eu sou a Betona mais folgada que se tem notícia! Não fica nada para eu fazer... ;D - Beijos muitos, e até breve, no próximo! Entendeu direitinho????? B - R - E - V - E!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! =D


 


N/A – Livinha: Sim, capítulo clímax da fic! Muitas explicações, finalmente o ritual, o que significa essa tal Ordem de Starta, a cidade, as marcas da Syn e do Draco. Porém, se acalmem que mais ação os aguarda no próximo e último capítulo!


Um beijo muito especial e carinhoso à minha imensurável Betona! Sonia, te adoro, mana!


E beijos também, mais que especiais, às minhas queridas Priscila Louredo e Paty Black.


Até o próximo capítulo.


Livinha

Primeiro Capítulo :: Próximo Capítulo :: Capítulo Anterior :: Último Capítulo

Menu da Fic

Adicionar Fic aos Favoritos :: Adicionar Autor aos Favoritos

 

_____________________________________________


Comentários: 0

Nenhum comentário para este capítulo!

_____________________________________________

______________________________


Potterish.com / FeB V.4.1 (Ano 17) - Copyright 2002-2023
Contato: clique aqui

Moderadores:



Created by: Júlio e Marcelo

Layout: Carmem Cardoso

Creative Commons Licence
Potterish Content by Marcelo Neves / Potterish.com is licensed under a Creative Commons
Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Based on a work at potterish.com.