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ATENÇÃO: Esta fic pode conter linguagem e conteúdo inapropriados para menores de idade então o leitor está concordando com os termos descritos.

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10. Wonderful


Fic: Restless - Rose&Scorpius - FINALIZADA ULTIMO CAP ON


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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Wonderful
(Maravilhoso)
Há tempos que o Beco Diagonal não se agitava tanto como naquela tarde de primeiro de dezembro. A começar pela chegada do Natal daqui alguns dias, todo mundo parecia disposto a sair e aproveitar todas as lojas daquele lugar, sem acanhar diante do frio que enregelava as entranhas. Havia uma, porém, que destacava-se de todas as outras lojas. Essa era chamada de Gemialidade Weasley, não havia alguém que desconhecesse. Estava completamente lotada; crianças e pais saíam e entravam toda hora, sempre com brinquedos ou outros objetos interessantes e divertidos carregados nas mãos. Era comandada pelo meu tio George e meu pai, desde a primeira vez que conheci aquele lugar, com cinco ou seis meses de idade.

Mas eu não passava por ali há um bom tempo, a última vez fora aos meus dezenove anos, antes mesmo de me encher com trabalho e ministério. E agora que eu estava livre, poderia aproveitar e rever a loja, onde sentia saudades de me aventurar.

O visual do lugar estava mais adaptado aos tempos natalinos, o que significava cores verdes, vermelhas, alegres e felizes. Havia tanta energia positiva, paz e honestidade que eu me sentia confortável, no paraíso. Ao entrar por lá, esquivando-me de pessoas eufóricas, a primeira pessoa que avistei foi meu irmão. Hugo estava logo ali na frente, testando um brinquedo na prateleira, que ao me ver explodiu em sua mão. Meu irmãozinho de dezoito anos soltou um palavrão muito alto, pelo susto.

– Droga, vai assustar o vagabundo da esquina! – ele disse irritado, virando-se bruscamente para mim. De repente franziu a testa e estranhou alguma coisa. – Rose?

– Nossa, faz tanto tempo que a gente não se vê assim? – abri um sorriso e me aproximei dele, para despentear seu cabelo do jeito que ele detestava. Ele tirou minha mão da sua cabeça. – Como vai, maninho?

– O que aconteceu? – ele perguntou. – Você parece... feliz.

Girei os olhos.

– É dezembro, Huguinho! – exclamei. – Neve! Presentes. Natal!

– E sexo – Jenny, que entrou naquele exato momento na loja, acrescentou, dando risada e tirando a neve do cabelo. – Né, Rose?

– E filhos – eu acrescentei, provocando-a. Tivemos um acordo que não contaríamos a ninguém sobre nada, nem sobre Malfoy nem sobre a gravidez de Jenny. Ela, que estava preocupada com a reação de Albus, optou por contar a novidade assim que as coisas entre eles melhorassem, porque estavam discutindo bastante durante a semana e eu disse então a Jenny que esperasse a coisa reduzir, para que Albus não pirasse de vez ao saber da gravidez.

– Vocês são malucas – falou Hugo, indiferente aos comentários, e depois se afastou para um canto da loja.

– Sra. Weasley! – Jenny apressou-se a abraçar minha mãe, que apareceu ali perto naquele momento.

– Olá, queridas – ela exclamou. Estava segurando duas sacolas nas mãos, eu me aproximei dela para lhe dar um abraço forte também. – Nossa, Rose, como você emagreceu! Jenny, já você... não posso dizer exatamente o mesmo.

Jenny fez uma careta para mim, de desespero.

– Droga, está tão evidente assim!?

– É brincadeira, calma – minha mãe apressou-se a dizer. Quero dizer, Jenny era magra, nunca fora gorda, com certeza minha mãe queria ser sarcástica num momento bem crítico. – Vocês estão ficando cada vez mais lindas. Como vão as coisas, filha?

– Sabe, mãe – eu falei, segurando seu braço –, eu gostaria de conversar com a senhora sobre isso. Tem como?

– Se tem como? Claro que sim, filha, que pergunta besta. – Jogou as sacolas numa cadeira a sua frente e me acompanhou.

Avisei a Jenny que voltaria mais tarde e que eu e minha mãe sairíamos para dar uma volta. Saímos da loja, displicentes, cumprimentando algumas pessoas conhecidas. Enquanto andávamos pela rua do Beco Diagonal, eu envolvi meu braço no dela como duas melhores amigas, da maneira que costumávamos ficar quando saíamos juntas.

Mas antes de dizer qualquer coisa, eu perguntei:

– Onde está o papai? Não o vi na loja.

– Ele e tio George e Bill foram viajar – respondeu, olhando para frente e sorrindo para mais pessoas.

– Como assim? Não estão cuidando da loja?

– Acredite, eles deixaram essa responsabilidade para três pessoas. Compro um chocolate quente se você adivinhar quem.

– Não me diz que o Hugo é um deles.

– Pois é. James, Hugo e o Teddy.

– Ah, mas parece que até estão fazendo um ótimo trabalho. Não pára de vir gente. Quando voltar, preciso encontrá-los para falar um oi. Mas primeiro eu preciso contar a senhora uma coisa.

– Aconteceu algo grave? – ela estranhou, enquanto ainda caminhávamos sem rumo algum.

– Eu não estou mais trabalhando no Ministério – contei, sem esperar que ela não se surpreendesse. – Eu me demiti, sabe.

– Não acredito... e no que está trabalhando agora?

Eu hesitei, mordendo os lábios.

– A realidade é que eu não estou – falei, sentindo-me um pouco envergonhada. – Quero dizer, nessa época é complicado encontrar outra profissão e...

– Se sabia que teria dificuldade pra encontrar outro emprego por que se demitiu?

– Eu não agüentava mais, mãe! – exclamei, inconformada. – A senhora nunca se cansou de alguma coisa a ponto de achar que está sendo obrigada a fazer o que não quer? Então, eu me sentia assim. Vovó costumava dizer que se não estamos bem com o caminho que seguimos, devemos desistir dele.

– Achei que gostasse do departamento que escolheu – ela comentou, sem muita controvérsia. – Está pensando em fazer alguma coisa? Suas dívidas podem aumentar.

– Não estou preocupada com dinheiro agora, é mais no que eu quero fazer para me sentir bem.

– Isso é muito bom, Rose – aprovou. – Acho que desde que começou a namorar o filho de seu ex -chefe, pelo que parece, você abriu os olhos.

Soltei uma risada e olhei para o céu. Mamãe estava meio desinformada.

– Não estou mais namorando ele – falei, calmamente. – Era um idiota, igual ao pai.

– Rose! Não fale assim.

– Desculpa, mas é verdade.

Mamãe só continuou acompanhando-me pela rua, observando as lojas. A conversa até pareceu morrer naquele minuto. Mas na realidade, havia mais coisa que gostaria de lhe dizer. Considerava-a minha melhor amiga, além de mãe. Suas opiniões, seus conselhos, sua calma diante de problemas e sua forma de entender praticamente tudo da vida, fazia-me compará-la a uma amiga sábia que tinha toda a minha fidelidade. Nunca escondi nada a ela, jamais, mesmo que fosse para receber sua repreensão. E mesmo que achasse que não seria mais seu problema ou interesse, achei melhor não esconder. Resolvi dizer, baixinho:

– Sabe, mãe, ele voltou.

– Quem? – perguntou, distraída.

Sorte que estávamos passando perto de uma banca. Agarrei um exemplar do profeta diário, onde havia a foto de Scorpius e a reportagem falando sobre seus planos futuros para o time da Inglaterra, e entreguei em suas mãos.

– Não sabia que ele estava fazendo os testes para entrar ao time! – ela exclamou, como se achasse que era a notícia que deveria ver. – Ron vai ficar muuuuuuuuuito pasmo ao descobrir que o filho do Malfoy pode ser o novo apanhador daqui.

– Tudo bem, mas esse não é exatamente o ponto onde eu quero chegar – eu disse, devolvendo o exemplar de volta a banca, e voltamos a andar. – A senhora tá lembrada que, quando eu estudava em Hogwarts, nós dois namorávamos e coisa e tal?

– Impossível não lembrar. Você amava esse menino.

– Eu ainda amo – acrescentei, como se fosse um mero detalhe. Minha mãe parou de andar abruptamente.

– Como assim?

– Bem, eu não sei – respondi, encolhendo os ombros. – De alguma forma, parece que tudo voltou ao mesmo lugar como se nada tivesse acontecido.

– Rose, esse rapaz magoou você. Pude sentir na pele de mãe o que você sentiu durante aqueles tempos.

– Aqueles tempos foi há muito tempo. Há explicações para o que houve. Idiotas e miseráveis, mas há.

– Acredita nelas?

– Mãe – virei-me para encará-la de frente e dizer seriamente: – eu quero dar uma chance a ele. Scorpius, querendo ou não, me faz feliz. E quer saber? Penso que cresci demais a ponto de não perdoar pelo resto da vida se ele fizer alguma besteira outra vez. Eu estou dando uma chance, se realmente desejar aproveitá-la, ele não ousaria cometer os mesmos erros.

Minha mãe voltou a andar, meio pasma. Mas apenas disse:

– Creio não poder fazer nada a respeito disso. Só lhe digo uma coisa, Rose, tome conta do seu próprio coração, não suportaria vê-lo quebrado.

– Eu sei me cuidar – dei um sorriso. – Tenho vinte anos, esqueceu?

– Desculpe, às vezes eu esqueço mesmo. Escuta, o que seu pai vai achar sobre isso? Lembro quando descobriu sobre o namoro de vocês... Tudo bem que você já é adulta, sabe se cuidar, mas Ron ainda não esqueceu que Scorpius é um sangue-puro. Ou pior, um Malfoy.

– Eu agradeceria se você não dissesse nada a ele, mãe, ou a ninguém. Não quero me aprofundar muito nessa volta porque... não que eu espere isso, mas nunca se sabe quando acontecerá uma outra decepção. Bem, eu também não vou esconder o que está acontecendo, descubra quem tiver que descobrir. Só não quero que isso vire anuncio ou coisa assim.

Minha mãe abriu um sorriso, demonstrando que me entendia.

– Sabe – ainda continuávamos andando. – Fico contente que ainda converse sobre essas coisas comigo, Rose.

– Sempre contarei o que tiver que contar a você – garanti.

– Ótimo. Então me fala, a Jenny está grávida, não está?

Franzi a testa.

– Jenny não esconde pela expressão, e eu não estava brincando na loja – ela falou. – Quero ver a cara da sua tia ao descobrir que vai ser avó primeiro que eu!

– Ei, calma aí! Ela quer que o Albus saiba primeiro que eles.

– Tudo bem, fico calada. Mas fala pra Jenny apressar logo a novidade, porque daqui alguns dias a coisa vai ficar mais evidente e se Albus descobrir sozinho, pode ser mais chocante do que ouvindo pela voz dela.

Voltávamos para a loja. Quando entramos, tivemos que nos afastar porque minha mãe precisava voltar para casa. Andei alguns passos, e encontrei James desocupado lá pelo fundo, observando uma prateleira. Fazia muito tempo que não nos víamos. Então precisava lhe cumprimentar.

– Rose! – exclamou, dando um beijo na minha bochecha ao me ver chegando. – Tá sabendo da novidade?

– Que você agora trabalha aqui – adivinhei. Ele afirmou.

– E por isso estou promovendo uma festa, vai ser amanhã à noite. Todo mundo que quiser vai aparecer.

– Uma festa? – pensei na proposta. – Já está aproveitando assim, eh?

James sempre foi o mesmo. Em Hogwarts, ainda lembrava, costumava criar festas nas salas comunais, e estas eram sempre as melhores. Tudo acontecia nas festas que James fazia.

– E vai ser aqui mesmo? – perguntei, quando ele me entregou de forma entusiasmada o convite.

– Exatamente. Venha com quem você quiser. Amigos, amantes, namorados, assaltante, quanto mais gente melhor! To competindo com um amigo meu quem consegue bater o recorde de mais convidados numa festa. E, sim, eu estou aproveitando. Você vem?

– Lógico, não perco suas festas, James.

– Então a gente se vê por lá, prima. Pois agora preciso atender aquela linda moça ali – ele sussurrou, galanteando. Afastou logo em seguida, aproximando de uma moça da minha idade que parecia procurar por ele também. Sorria enquanto o observava se afastar.

Voltei naquela mesma tarde fria para a casa com Jenny. Tínhamos feito muitas compras juntas, já que Albus ainda estava trabalhando e Scorpius fazendo o teste para conseguir uma vaga no time da Inglaterra. Não que duvidassem da capacidade dele para ser o novo apanhador, mas mesmo sendo considerado um dos melhores, era preciso demonstrar essa capacidade ao capitão para ser fielmente aceito, não pela fama, mas pelo talento. Então Jenny e eu aproveitamos a tarde no apartamento assistindo a um filme trouxa, e tomando chocolate quente, enquanto não tínhamos companhia deles.

No sossego, prestando atenção ao filme, fomos interrompidas pela batida na porta. Fui atender e Albus entrou perguntando se Jenny estava ali.

– Acabaram de me falar lá na academia de Aurores, estou entrando para um cargo mais avançado – exclamou, ao vê-la sentada no sofá. Jenny piscou, sem reação. – Meu horário vai ser até tarde, mas não tem problema, vou dar aula de Defesa Contra as Artes das Trevas para os principiantes da academia! Não é demais? – Estava muito feliz, até se aproximou de Jenny e lhe deu um beijo, nem parecia que eles andaram discutindo durante a semana.

– Parabéns, meu amor – ela exclamou, com um sorriso. Sabíamos o quanto Albus era fascinado pela matéria desde que descobriu sua existência. E ensinar parecia ser um conforto para ele. – Quando você vai começar?

– Só depois do ano novo, é claro. Já estou de férias. E aí, Rose, o que tem pra jantar? – ele sentou no sofá ao lado de Jenny. – Podemos jantar aqui hoje, não podemos? Faz tempo que a gente não se reúne assim.

– Claro! – respondi, ansiosa. – Mas não tem nada pra comer, só se eu fizer uma comida se materializar aqui.

– Podemos encomendar pizza e bebida – ele respondeu, colocando o braço ao redor de Jenny. Mas antes de me propor para ligar, Albus decidiu se levantar. – Deixe que eu ligo pra eles, podem continuar assistindo o filme!

Ele foi para a salinha ali perto, onde tinha o telefone. Encarei Jenny quando nos vimos sozinha outra vez. Sussurrei, urgentemente:

– Você vai contar a ele hoje. Está todo contente e de bom humor! Não perca essa chance.

– Tá – ela deu um sorrisinho. – Mas ainda não. Sinto que não... é a hora.

– Desde que aproveite o bom humor dele ainda hoje, não tenha pressa. Conseguiu? – desviei o olhar para Albus, que assentiu ao voltar.

Passamos meia hora continuando a assistir o filme, às vezes Albus contava novidades e quis saber como foi o nosso dia. Era um perfeito estado para saber que ia ser pai. E quando Jenny levantou-se e pediu para conversarem lá na cozinha, alguém bateu na porta outra vez.

– Deve ser a pizza, eu atendo – exclamei, aproveitando que podia sair dali e deixá-los a sós.

Mas não era o cara da pizza. Porque se fosse com certeza não se aproximaria daquele jeito, segurando minha cintura, puxando-me para ele num beijo antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Era Scorpius, claro. Foi trancando a porta, e aprofundando o beijo mostrando que ele desconhecia que havia visitas. Eu achei melhor avisar. Dei alguns tapinhas no seu peito, mas isso não funcionava com ele. De modo que fui obrigada a puxar sua cabeça para trás se não ele não ia parar, e se ele não parasse eu não ia parar. Então apenas falei:

– Albus e Jenny estão aqui.

Soltou-me imediatamente. Jogou o casaco no sofá, ficando apenas com uma camiseta preta de manga curta.

– E quando vão embora? – ele perguntou, parecendo meio revoltado.

– Scorpius, eles são meus amigos.

– É que eu entrei no time, sabe – comentou, aproximando-se de mim outra vez, com aquele sorriso conhecido no rosto. Ergui uma sobrancelha. – Eu acho que devemos comemorar por isso.

– Vai ter pizza – garanti, pegando sua mão e enquanto o levava até a cozinha dizia: – Aproveitamos que Albus subiu um cargo no trabalho dele, e você vai ser o novo apanhador da Inglaterra, vamos comemorar todos nós juntos!

Entramos na cozinha e fui interrompida pela risada de Albus.

– Muito boa essa, Jenny – falava como se Jenny estivesse lhe contando uma piada. Ele passou as mãos no rosto. – Grávida. Ah, essa foi boa.

– É sério, Al – ela disse, paciente. Não perceberam nossa presença. – Você vai ser pai, eu vou ser mãe. Tipo, a gente vai formar uma familiazinha agora, porque eu realmente estou grávida. Nenhuma piada, ok? Se fosse seria uma piada bem sem-graça e...

Albus virou-se para mim de repente. O sorriso estava desaparecendo aos poucos. Nem se deu ao trabalho de estranhar a presença de Malfoy. Estava mais estranhando a novidade.

– Bem – ele piscou algumas vezes. – Uau, né. Por essa eu não esperava hoje. Bom, a gente comemora por isso também – exclamou. Ao ouvir a porta bater ele anunciou: – É a pizza! Eu abro, eu abro.

Quando ele se afastou, tive que comentar com Jenny para que ela não pirasse com a reação indiferente de Albus:

– Vai demorar até cair à ficha. Eu acho que homens são assim, não são? Não são? – dei uma cotovelada na barriga de Scorpius.

– Opa, são sim – ele apressou-se a dizer.

Mas na realidade toda a ficha de Albus caíra naquele mesmo segundo. Pelos anos e anos de convivência com meu primo, pude comprovar seu nervosismo oculto através de seus gestos. Não que Albus tivesse medo, ficasse apavorado, mas para ele a novidade de que seria pai não era qualquer novidade, e ele parecia sem saber o que dizer ou o que fazer. Comemos a pizza num tenso silêncio, Jenny optava por não entrar no assunto outra vez, sabia que ali comigo e Scorpius presentes, não seria conveniente. Assim que terminaram a pizza, eles optaram por ir embora na desculpa que estavam me atrapalhando.

– A gente se fala amanhã, então – garantiu Albus, parecendo louco para sair dali.

– Não se preocupe com a gente, Rosie – Jenny sorriu, sabia que eu estava preocupada.

– Se cuidem – mandei.

– Você que se cuida, ouviu? Se não... ó: – apalpou a barriga para demonstrar a consequencia. Éramos amigas demais para haver cerimônia. Dei uma risada sarcástica e tranquei a porta de uma vez.

Depois que voltei para a sala, vi Scorpius deitado no sofá, todo folgado.

– Impressão minha ou Albus não gostou muito da idéia de que vai ser pai? – perguntou, segurando alguns papéis à frente de seu rosto. – Ele parecia roxo ao sair daqui.

Aproximei-me da ponta do sofá onde a cabeça dele estava encostada.

– Não que ele não tenha gostado – falei, tentando descobrir que papeis eram aqueles que ele estava lendo. – A novidade só chocou.

Deu de ombros, como se não interessasse para ele, e continuou atento aos papeis.

– O q... Ah me devolve isso, Scorpius! – Ao descobrir o que era, praticamente pulei nele e agarrei seus dois pulsos, tentando tirar aquele bloco de papel de suas mãos imediatamente. Só que, claro, Scorpius era muito mais forte que eu, de modo que ao perceber o que eu tentava, ele colocou o bloco entre os dentes da boca, para ficar com as duas mãos livre e com elas segurar os meus pulsos, e me empurrar para trás até ficar deitado em cima de mim no sofá, deixando-me inapta a movimentos. – Onde você achou isso? – perguntei, sem fôlego.

– Estava aqui do lado – ele voltou a segurar o bloco, mas ainda com apenas uma mão ele me prendia. Ria a cada vez que eu tentava fazer alguma coisa para me livrar. – E você não vai me impedir de ler, ruiva.

– Isso é invasão de privacidade, não é para você vir aqui na minha casa e ficar fuçando em tudo o que achar jogado por aí!

– Calma, Rose – Scorpius aproximou seu rosto e beijou meus lábios lentamente. Tentei não apreciar muito. – É só um papel. O que tem aqui que eu não posso ver?

– Eu odeio que fiquem lendo o que eu escrevo – rosnei. – Inclusive você. Por favor, esquece isso.

– Não li quase nada, você me interrompeu. Espera aí. – Ainda com o peso sobre mim, ele afastou um pouco a cabeça para poder ler em voz alta com entonação: – Tranque-os em um lugar, torture-os, mate-os, arranque-lhes a esperança. Mostre a realidade perto o suficiente para notá-las. O destino? Eu não faço idéia qual seria. Que aconteça o que tiver que acontecer. É tão insignificante o que não está na minha pele. Deveria pensar por mim mesmo? Sim, deveria. Egoísmo, egoísmo. Não saberemos compartilhar, nada... Somos nada. Apenas uma parte que preenche o mundo. Mas não pertencemos a ele, nunca pertenceremos. Então não há nada que eu sozinha possa fazer. Eu nunca vou mudar o mundo da minha maneira, contentarei-me com isso, não se preocupem. – Até aquele ponto eu já tinha desistido de impedi-lo de ler. Scorpius terminou, depois olhou para mim com uma expressão meio séria. – Você quem escreveu isso?

– Lembra quando disse que...

– Você gostaria de escrever um livro? Eu lembro. Isso faz parte do que você está escrevendo?

– Aham, mas por favor, Scorpius, eu agradeceria se você não lesse ainda – falei, baixinho. Ele sorriu de forma relaxada, e soltou minhas mãos. Consegui pegar o bloco de papel e guardá-lo na gaveta da mesinha ao lado do sofá. Estava com preguiça de sair do calor do corpo de Scorpius preso ao meu para me levantar e guardar num lugar mais seguro. De modo que confiei que ele não tentaria pegá-lo outra vez.

– Não sabia que ia ficar tão zangada – ele comentou assim que voltei a olhar para ele. – Bem, eu posso esperar para comprar quando estiver publicado. Acho que existe outra coisa para se preocupar agora.

– É – falei, com um sorrisinho que nasceu ali no meu rosto involuntariamente. – Antes acho que você deve me contar como foi o treino hoje.

Scorpius fez uma expressão semelhante de quem tenta relembrar o que aconteceu. Deitou-se entre eu e o sofá e respondeu:

– Eu reencontrei uns colegas.

– De Hogwarts?

– Você lembra do Kurnon? – perguntou, olhando para mim.

– Aquele menino que tentava tirar você do time da Sonserina? Como posso me esquecer? Você deu um soco nele só porque ele tentou me beijar.

– Eu odiava ele – murmurou Scorpius. – Maaaas... isso não vai me impedir de vencer os jogos naquele time. Agora – ele puxou meu corpo para cima do dele, e o encarei tão próximo que meu cabelo solto roçava seu rosto. Eu o coloquei atrás da orelha. – Podemos conversar sobre isso amanhã.

Ele veio se aproximando com o rosto até o meu, quase me beijando, mas me afastei um pouquinho.

– Por falar em amanhã, hum... vai ter uma festa lá no Beco Diagonal que o meu primo, sabe, o James, vai fazer. – Comecei a desenhar um círculo no peito dele, distraidamente. Há muito tempo que não convidava alguém para alguma coisa. – Se você não tiver nenhum treino ou jogo ou viagem, poderia me acompanhar.

Scorpius pareceu considerar a idéia.

– Mas não vai ficar receosa caso as pessoas nos verem juntos? Principalmente a sua família – ele disse. – Com certeza todo mundo vai estar lá.

– Preocupado com isso? – ergui as sobrancelhas.

– Eles sabem o que eu fiz a você uma vez, posso ser morto se me verem segurando a sua mão numa festa.

Eu neguei com a cabeça, dando um riso.

– Eu garanto que eles esqueceram disso tudo. Quero dizer, se passaram três anos. James nem sabe o que aconteceu entre a gente. Albus vai estar mais preocupado a novidade de hoje. E se eu não te conhecesse, Malfoy, desconfiaria que estivesse com medo deles.

Scorpius girou os olhos.

– Dane-se. Eu aceitaria acompanhá-la de qualquer jeito.

Eu me aproximei para poder beijá-lo.

– Mas só uma coisa... – Scorpius falou quando afastei um centímetro de sua boca e passei a roçar meus lábios na sua bochecha, perto do maxilar. – Prepare-se para sair no Profeta Diário.

Afastei-me para encará-lo, confusa. Ele explicou:

– Todo mundo adora saber com quem os jogadores de Quadribol andam saindo. Essas novidades nunca escapam da sociedade.

– Eu acho que não vamos escapar da sociedade nunca. Quero dizer, você é um ídolo praticamente. Acho que devo me acostumar em ser alguma coisa ao seu redor, um motivo de manchete de uma revista de fofoca relacionada a você.

– Não se importa com isso, não é? – perguntou Scorpius, enquanto eu voltava a apreciar sua pele no rosto. Ele estava deixando eu tomar conta da situação, até aquele momento não insistiu em me beijar. Às vezes eu gostava disso. – Podem dizer coisas nada verdadeiras sobre você, Rose.

– Droga, Scorpius, se você não quiser ir a festa é só dizer, ok?

– Eu quero ir. Só não quero que isso vire uma conseqüência depois para você.

– Acho que devemos nos arriscar. Se não – eu o provoquei dando um lento beijo na boca dele – eu vou sozinha, e aí – consegui um caminho entre a blusa dele para escorregar minhas unhas fracamente pela sua pele na barriga até que ele se arrepiasse – posso fazer tanta loucura a ponto de não achar que sou o suficiente pra você, e traí-lo pra não correr o risco de sair num jornalzinho ridículo.

Ao contrário do que achei como Scorpius ficaria, ele só deu uma risada, parecendo apreciar.

– Você sempre vai me provocar com isso – analisou.

– Vou – afirmei, friccionando minha língua no seu pescoço. – Eu acho que você merece imaginar o que perdeu durante esse tempo. – Eu sorri e passei um dedo no seu lábio. – Bobinho. Foi altruísta demais, e se esqueceu de aproveitar o bel-prazer. Sinceramente, Scorpius, espero que tenha aprendido a lição.

– Ah, sim – ele abriu mais um sorriso e agarrou minha nuca. Opa. – Eu aprendi a lição.

Ele me puxou e beijou minha boca daquele jeito dele, que eu conhecia tão bem e mesmo assim não havia me acostumado. Eu sabia lidar com aquilo, mas me acostumar seria uma coisa difícil. Não queria que Scorpius fosse um costume, entretanto, então só aproveitei para apreciar a novidade que havia em cada beijo que ele me dava. Eu gostava disso, e muito. Mas mesmo assim não queria continuar me exaltando tanto.

E claro que isso é meio impossível quando uma vez Scorpius descobre o caminho para me deixar fora de pensamentos, alisando suas mãos ágeis em toda a parte do meu corpo, como se assim pudesse cicatrizar qualquer ferida do meu coração. Porque cada contado dele em mim, na pele nua, fazia aquela bomba explodir contra meu tórax, e eu desaprendia a respirar. Ainda mais quando substituía as mãos pelos lábios, e os lábios pela língua, e esquentava-me como se não houvesse inverno entre nós naquela estação do ano.

Eu pareço me afogar na sensação que experimento toda vez que nossos corpos se encaixam, querendo eu ou não. E solto um arquejo, dentro de um gemido fraco, e ele encosta a testa na minha, segurando minha cintura para poder me ajustar em seu colo. Sorria enquanto abria os olhos para analisar minha expressão de prazer. A dele era de completa satisfação. Gostava do que via, do que sentia quando eu puxava seus cabelos, despenteando-os, e me apertava mais contra ele.

Foi tão calma aquela vez, Scorpius preocupava-se em me arrepiar, soprava em meu pescoço de forma lasciva. Levantava a cabeça, seus olhos recaiam-se sobre os meus, beijava meus lábios também entreabertos e ofegantes, e apesar de todo o toque, a sensação dele dentro de mim era a que prevalecia. Naquela vez enquanto nossos corpos suados se moviam juntos, ele murmurou:

– Eu amo você, Rose.

Fiz uma expressão aflita, em meio ao amor que eu também sentia. Mas fechei os olhos e agarrei seu rosto para suplicar num sufoco:

– Não diga... nada.

Ele obedeceu, afirmando com a cabeça e resolveu se concentrar na sincronia de nossos corpos mais uma vez rumo ao orgasmo. Não era necessário gastar essas palavras, eu não acreditava mais nelas. Scorpius fez tudo o que podia para demonstrar, e então sabia por mim mesma.



Às dez horas da noite seguinte, a festa agitava-se no fundo da loja. James usara seu talento para atrair os convidados, aumentando o espaço de um salão de jogos para que todos pudessem se acomodar na dança ou nas cadeiras. A música tocava no volume mais alto; a pista estava cheia. Encontrei várias pessoas que trabalharam comigo no Ministério, sem contar que avistei, de longe, alguns rapazes conhecidos, que uma vez convidaram-me para sair. Uns cumprimentavam, outros nem olhavam. Era normal.

– Olha, sua amiga está ali – Scorpius falou, apontando para a mesa que ela estava sentada. Ao nos ver, Jenny acenou. Segurei a mão de Scorpius e o levei até lá. No caminho, cumprimentávamos um monte de gente, que a primeira coisa que viam eram nossas mãos, mas não me importei.

– Como é que você tá? – perguntei, abraçando-a.

– Ótima – respondeu. – Albus está pegando uma bebida não alcoólica para mim.

– Ele está pirando ainda com a gravidez?

– Até que não, sabe... E é meio estranho, porque achei que ele ia ficar muito mais pirado que eu... ah, oi, tudo bom? – Jenny parou para cumprimentar Scorpius, que tinha se aproximado dela e lhe dado um beijo no rosto como todo cara educado. Ele fez isso com todas as mulheres que vieram nos cumprimentar, algumas eu sabia que saíram meio desnorteadas depois, mas Jenny só agiu como se ele fosse qualquer pessoa. Agiu como se fosse o namorado da sua melhor amiga. – Peguem mais cadeiras pra vocês.

– Viu a Lily por aí? – perguntei enquanto Scorpius foi até uma mesa pegar duas cadeiras.

– A Lily? – Albus apareceu, segurando um copo de suco que entregou a Jenny. – É aquela maluca que está se esfregando naquele cara na pista de dança.

Lily parecia extremamente alucinada, e realmente estava muito colada ao namorado, e dançava no ritmo da música agitada. Albus olhava de uma forma emburrada para os dois. Eu e Jenny nos entreolhamos e demos risada.

– Ela não tem vergonha não? – perguntou, revoltado.

– Albus, deixa ela – sugeriu Jenny. – Você também fazia a mesma coisa, e sua irmã não ficava com ciúmes.

– Além disso – completei – ela já tem dezenove anos, pode fazer o que quiser.

– Não estou com ciúmes – falou. – É só que...

Ele parou de falar ao ver Scorpius se aproximando com as duas cadeiras. Eles apertaram as mãos, e Albus perguntou:

– Então é sério que vocês voltaram? – Olhou para mim. – Preciso me preocupar em socar a cara dele, Rosie?

– Não, não – respondi, sorrindo, enquanto Scorpius sentava-se ajeitando a camisa social preta. – Pode deixar que, qualquer coisa, eu mesma faço isso.

– Você pode se preocupar em socar a cara dele – Jenny apontou para um rapaz que andava ali perto. – É a terceira vez que ele vem me secar.

Albus olhou para o rapaz, e riu voltando a olhar para ela.

– Provavelmente deve ser o garçom verificando se está tudo bem aqui na mesa. Ah, entendi. Você quer que eu fique com ciúmes também, não quer, amor? – perguntou, beijando-a. – Tudo bem, eu fico com ciúmes.

Depois eles decidiram se concentrar neles mesmos, e ficaram ocupados demais para ter que conversar.

– Viu? – virei-me para Scorpius ao meu lado quando meu primo e sua mulher ficaram entretidos num beijo. – Todo mundo está ocupado demais para se preocupar com a gente.

– Claro que eu vi – respondeu, analisando todo o lugar. Levantou-se e pegou minha mão. – Vamos dançar então.

Já era tarde para ter que objetar. Scorpius não me levou até a pista de dança, e sim a um lugar bem afastado dela, das pessoas. Era escuro e parecia um ótimo lugar para ficarmos. Deu uma risada ao ver minha expressão.

– Ainda não gosta de dançar?

– Não sei se você já reparou, mas eu sou péssima nisso. É broxante me ver dançando.

– Duvido. – Agarrou minha cintura com a mão direita e me puxou para ele, colando nossos corpos de uma vez como se fossem imãs. Sua outra mão passeava nas minhas costas, impedindo que eu fugisse. Inclinou-se para poder beijar meu pescoço, e com a sincronia da música ele dançava sendo logo mais tarde acompanhado pelo meu corpo. Não sei, mas Scorpius fazia a coisa toda parecer sensual. Eu soltei uma risada nervosa quando a mão que passeava nas minhas costas roçou um pouco abaixo dela, discretamente. Ele falava no meu ouvido: – Eu adoro quando você faz isso.

– O quê? – perguntei, curiosa.

– Quando você relaxa – respondeu – você solta o seu corpo.

– Assim?

– É. Mas tenta relaxar mais um pouco... Não pensa em nada, só nisso.

– Vai me ensinar a dançar agora? – provoquei. Mas acabei esquecendo de receber a resposta, e fechei os olhos, mordendo os lábios quando ele colocou os dedos no bolso de trás da minha calça jeans.

Ele falava, e eu percebia que estava com um sorriso no rosto.

– Avisa se eu estiver sendo um tanto ousado. Mas acho que você agüenta isso, não agüenta? Até a música terminar.

Joguei meus braços ao redor do seu pescoço, e relaxei o máximo que pude. Esqueci onde estávamos, esqueci que todo mundo poderia ver, eu só queria aproveitar o calor no meio do inverno. Não haveria conseqüência.

– Ou até a festa terminar...

Ficamos dançando um colado no outro por um bom tempo. Meia hora havia se passado e ainda dançávamos, eu não tinha certeza. Eu colava a boca dele na minha e até o beijo era sincronizado com a música e com nossos corpos que dançavam. Um tempinho mais tarde Scorpius me soltou depois que avisou que ia pegar bebida para nós.

Eu ainda estava relaxada, dançando, na espera de Scorpius que foi a um balcão há dois metros. Em um momento, achei que a pessoa que havia segurado minha cintura por trás fosse Scorpius, então eu continuei dançando. Mas o toque e as mãos e o cheiro eram completamente diferentes. Eu senti nojo, quando me virei e deparei-me com...

– JOSH! – gritei, empurrando-o.

– Olá, doçura. Aposto que sentiu minha falta!

Ele estava rindo alto, segurando um copo de whisky, completamente bêbado. A blusa estava desabotoada e ele dançava que nem um maluco e vinha para cima de mim. Não foi necessário esperar, que Scorpius apareceu e o jogou contra a parede. Talvez se Josh estivesse lúcido e não tivesse socado o rosto de Scorpius para revidar, fazendo-o cambalear para trás, uma briga não teria começado ali.

Mas por incrível que pareça, Scorpius não se mexeu quando voltou a se equilibrar, só ficou em forma de defesa. Enxugou o pouco de sangue que escorria do nariz com as costas da mão. O olhar que lançava a Josh, entretanto, parecia ser capaz de matá-lo.

– Vem, mariquinha! – exclamou Josh, jogando no chão o copo de vidro, que se espatifou, e fechando as mãos como se fosse um lutador.

Acho que todo mundo que parou para ver ficou esperando uma reação de Scorpius. Estimularam com pedidos de “Briga! Briga!”. Apenas fiquei parada, olhando para aqueles dois. Tantas vezes já o vi entrando em briga na escola, arrancando sangue de seus colegas, que se o visse fazendo aquilo de novo... não saberia como reagir.

– Vai ficar aí parada? – perguntou Josh, num sorriso de deboche. Deu uns passos em direção a Scorpius e com a mão direita fechada, socou fracamente o peito dele, para testar se seu adversário não tinha virado pedra.

Internamente, eu mesma sabia que tudo o que Scorpius queria era agredi-lo. Mas conteve-se. Estava vermelho, olhou a sua volta. Olhou para mim.

– Ah, qual é! – Josh ficou frustrado quando Scorpius deu as costas para ele. – Covarde! – Scorpius segurou meu braço para me tirar dali, então Josh gritou: – Não se lembra daquela noite, Rosely? Você... eu... juntinhos, coladinhos! Mas agora você tá transando com o melhor jogador de Quadribol dos últimos tempos! Olha só, gente, quem está aqui! O novo apanhador da Inglaterra. Peçam autógrafos!

Foi muito rápido. Scorpius praticamente voou em cima dele, demonstrando que não tinha paciência nem mesmo quando as pessoas estavam bêbadas. Eu não consegui impedi-lo, quem o fez foi Albus, onde duelava com Scorpius no mesmo nível de força.

– Calma, cara, ele está bêbado – gritou Albus tentando empurrar Scorpius para bem longe dali. – E vai ficar pior para o seu lado se você revidar.

E mesmo se Scorpius não percebesse o quão Albus estava com a razão, e tivesse avançado na briga, ele não teria chances. Josh caiu bem ali na frente de todo mundo, e, conhecendo-o bem, relembrando o quanto ele havia sido tantas vezes gentil e educado, fiquei envergonhada por ele. Mas não me aprofundei muito nisso, a conseqüência era de quem era inconseqüente. Não o impus a beber aqueles copos.

James apareceu, confuso. Ao ver Josh caído, girou os olhos e pediu ajuda de seus amigos para tirá-lo da festa.

– O que vocês estão olhando? – perguntou James para os convidados. – Voltem à festa, nunca viram isso? O showzinho extra acabou.

Albus sugeriu que voltássemos a nos sentar. Scorpius me envolveu com um braço, na direção da mesa. A meio caminho, uma coisa branca explodiu nossa visão. Era o flash de uma máquina.

– Isso vai dar no que falar! – exclamou o rapaz que tirou a foto. – A nova namorada de Scorpius Malfoy. Ei, cara, dá um autografo? Minha irmã, ali na mesa, é apaixonada por você...

– Dá um tempo – Albus o empurrou.

– Era o Josh Dansford aquele louco lá? – Jenny perguntou, quando chegamos na mesa onde ela estava. Eu afirmei, enquanto voltava a sentar.

– Droga, aquele cara arrancou sangue de mim – disse Scorpius, revoltado. Decidiu pegar a varinha e ajeitar o machucado.

– Vamos esquecer isso – eu sugeri. – Scorpius, a foto vai sair em alguma revista, não vai?

– É só ignorar. Isso não vai durar tanto tempo. A notícia, eu quero dizer.

Eu sabia daquilo. Ele já havia aparecido em revistas com outras mulheres também, cada uma como sua nova namorada. Isso não persistia muito, rezava para que não persistisse naqueles tempos também.

Por que as pessoas tinham que ser tão curiosas? Adoravam uma fofoca. E lidar com isso era meio difícil. Mas, pelo visto, Scorpius estava acostumado. Nos próximos dias a coisa toda foi muito estranha. Caminhava pela rua e as pessoas ficavam me olhando como se tentassem imaginar se eu era mesmo aquela do jornal, da revista, sei lá. Por um lado, além de ser estranho, era divertido, não vou mentir. Muitas garotas de quinze ou quatorze anos já vieram perguntar para mim se era verdade que Scorpius era mais gostoso de perto. E quando queríamos sair da visão de qualquer pessoa, tínhamos que fugir, nos esconder, como se estivéssemos nos escondendo dos nossos colegas na época de escola. Eu me divertia, Scorpius detestava, mas agüentava.

Além disso, as reportagens eram tão desnecessárias que eu acabava rindo.

– Você e Scorpius saíram no Profeta Diário como “O Casal Proibido” – exclamou Albus. Eu estava almoçando na casa dele. – Veja!

– Ah, meu Deus – girei os olhos, pegando o exemplar. – Lá vem...
Adoro Perigo!
Eu diria que o mundo seria mais feliz se os pais nos aceitassem como somos, assim: mimados e rebeldes. Eu digo que Rose Weasley, a filha mais velha do casal Weasley-Granger, simplesmente desobedeceu há muito tempo ao artigo nº 18 de sua família: nunca se envolver com um sangue-puro. E o artigo nº 19: Jamais beijar um sangue-puro. Bom, quem estudou em Hogwarts com eles sabem o que tanto rolou, sabemos até mesmo porque eles se separaram por um tempo. Mas parece que tudo voltou à tona, e a coisa realmente deve pegar fogo quando estão juntos. Quem estava na festa do nosso digníssimo James Potter, viu o que aconteceu, a forma protetora como o apanhador profissional – e lindo e cheiroso e maravilhoso e gostoso e tudo de bom – Scorpius Malfoy agiu diante de sua ruiva donzela preciosa, que foi assediada por um cara desnecessário e bêbado. Malfoy tentou agredi-lo, mas se conteve. Engoliu o orgulho e saiu abraçado a Rose Weasley como se nada tivesse acontecido. Ou seja, os dois estão juntos de novo! Perceberam que nosso assunto preferido no momento é Scorpius e Rose? Pelo simples fato de haver um fogo na paixão deles, um fogo proibido e perigoso. Mas será que os dois realmente são namorados ou só estão curtindo? Ou será que é tudo uma mera brincadeira da nossa querida Gossip Wizard? Veremos. Fiquem ligados, meninos: jamais tentem algo com Rose Weasley. Ela já tem um dono um pouco perigoso. Mas quem realmente se importa? Estamos aqui para argumentar. Por que Rose Weasley e Scorpius Malfoy são feitos um para o outro? Porque, é claro, se não fossem feitos um para o outro, não teriam voltado depois de anos e anos separados! Próximo capitulo: “10 motivos para Rose ter se apaixonado por Scorpius e vice-versa”.
– A estrela da semana – murmurou Albus, depois que olhei para ele indignada.

– Al, isso aqui é Gossip Wizard – soltei outra risada. – Não sei porque essa garota não cansa de escrever coisas idiotas! Pelo menos ela não falou de sexo que nem na semana passada.

– Não acredito que esteja namorando o Scorpius outra vez – exclamou Al, ignorando meu comentário. – Mas o que se pode fazer, né? Vocês dois agora são a nova sensação do momento. Só falta começarem a gravar um filme! Scorpius & Rose, baseados em fatos reais com uma pitada de Romeu & Julieta.

– Eu digo uma coisa: isso é pura idiotice.

– Quero só ver quando a gente for pr’A Toca, vão só perguntar disso pra você.

– É – suspirei. Na próxima semana iríamos à Toca para passar a noite de Natal por lá. – Eu to me preparando. Prepare-se também para a vovó chorar quando a Jenny anunciar que está esperando um filho seu.

Albus colocou a mão na testa, como se tivesse esquecido.

– Ainda não acredito...

– Que vai ser pai?

– É. Eu nunca pensei tão cedo em ter filho, sabe, eu e Jenny até combinamos de que só depois de dois ou três anos a gente pensaria nessa possibilidade.

– Parece que a coisa saiu dos seus planos – comentei. – Você está com medo?

– Medo, Rose? No que um filho vai poder me assustar?

– Quando ele nascer, você me fala. – Albus calou-se. – Bom, obrigada pelo almoço, primo. Quando a Jenny chegar avisa que eu mandei um beijo a ela.

Saí pelo jardim repleto de neve no gramado e passei pela rua. Optei por aparatar, já que eu estava com preguiça de ficar andando naquele frio insuportável. Avistei o prédio que eu morava logo à frente, e passei pelo Hall de Entrada, cumprimentando os gerentes simpáticos. Antes de começar a subir a escada, uma voz feminina proferiu meu nome:

– Rose Weasley.

Virei-me para verificar quem estava me chamando. Diante de tantas pessoas ali, apenas uma me encara. Era uma moça, provavelmente da minha idade, alta, esbelta, facilmente confundida por uma daquelas modelos. Usava elegantemente roupas de inverno, o cachecol ao redor do pescoço magro. Havia um gorro que protegia uma parte de seus cabelos lisos, compridos e loiros. Por um breve instante pensei que fosse minha prima Victoire, que eu não via há tempos, mas esta mulher era mais nova, tinha uma expressão juvenil. Foi só tirar os óculos escuros – sim, óculos escuros no inverno – que passou a ser uma expressão arrogante.

É desnecessário comentar que, com a minha calça e o meu suéter costurado um “R” pela minha avó, eu me senti meio que um lixo perto dela. Mas é claro que eu não era a do tipo que se rebaixava e demonstrava inferioridade. Tinha muito orgulho de usar aquele suéter.

– Eu te conheço? – perguntei, com educação.

– Provavelmente – respondeu, desfilando até mim como se o chão pinicasse seus pés. Ignorei o olhar que ela me lançou dos pés a cabeça. A voz dela era rouca e baixa, o tipo de voz que poderia te irritar facilmente, e tinha sotaque puxado e elegante. – Meu nome é Isabela Laspour – estendeu sua mão para que eu apertasse. – Creio que isto possa responder sua boba pergunta.

– Hum... desculpe, mas eu nunca vi você na minha vida.

Ela apoiou as mãos no coração.

– Isto é um insulto. Não vê revistas de moda? Sou modelo, capa da revista Fashion Wizard, meu sobrenome é a marca de um perfume que será lançado na França ano que vem.

– Eu não sou muito chegada à moda, com licença – tentei voltar a andar e subir as escadas, mas Laspour insistia.

– Isto é evidente.

– Ok, o que você quer?

Ela piscou os olhos.

– Achei que fosse simpática. Mas sem cerimônia, é claro. Só gostaria ver de perto a nova namoradinha do Scorpius.

– Ei, não sou escultura para ser analisada, vamos deixar isso bem claro. Está aqui só por isso?

– Não, mocinha – ela girou os olhos. – É que vejo-me competindo com você, querida. Não sei se uma vez chegou a ver, mas eu e ele fomos considerados o melhor casal do ano passado. Jogador profissional de Quadribol e uma Modelo era sinal de perfeição. Estava passando por aqui, e fiquei curiosa para ver se Scorpius continua tendo o ótimo gosto que sempre teve, mas eu estou com sérias dúvidas sobre isso agora. Você faz Scorpius perder o brilho que ele tem. Já mencionou a você que a culpada da fama que ele possui sou eu? – ela mordeu os lábios, parecia mergulhada em lembranças. Sorriu. – Seria muito diferente se ele não tivesse deixado eu tirar aquelas roupas. Hum... Scorpius sempre gostou de me ver tomando controle. Ele gosta quando você faz isso? Aposto que nem deixa.

Sabe quando não existe nada para dizer? Então. Eu fiquei calada, absorvendo aquelas informações, sem saber se poderia ou não acreditar nelas. Dei uma risada e olhei para o teto do salão. Só podia estar de brincadeira!

– Eu não perguntei nada a você – falei, sem me preocupar em ser educada agora. Ninguém nunca me avisou que eu ia ter que lidar com ex-namoradas de Scorpius. Eu fiquei meio irritada. – Perguntei?

Pareci também tirar as palavras de sua boca, porque realmente eu não havia feito nenhuma pergunta sobre aquilo, só queria saber o que ela queria. Ainda estava desejando saber. Mas, pelo visto, Laspour era do tipo imprevisível, aparece do nada só no objetivo de irritar, não havia outros motivos.

De repente Laspour tinha os olhos em outra direção, onde exatamente Scorpius se aproximava.

– Lindo, como sempre – murmurou antes de vê-lo por perto. – Olá, Scorps.

Ele a encarou.

– O que você...?

Laspour se adiantou para poder cumprimentá-lo com um beijo no rosto. Scorpius ficou estático, e seus olhos encontraram-se com os meus. Eu cruzei os braços. Momento tenso.

– Você não vai mais voltar para a França? – perguntou, tristemente, segurando seus dois braços. – Que graça vai ter Paris sem você?

Scorpius soltou as mãos dela.

– Não sei porque você está aqui, Isabela, mas creio que tem coisa melhor para fazer.

– Estou de férias! Não via lugar melhor para passá-la do que em Londres. É um lugar maravilhoso. Você está morando aqui, com ela? Céus! Já estão assim?

– Não estou morando aqui – respondeu.

– Oh! – ela olhou para mim, depois voltou para ele. – Claro, só está dormindo aqui! Isto é completamente entendível. Onde está morando então? – Scorpius demorou para responder, então Laspour adiantou: – Ah, compreendo. Ainda continua naquela fase de ficar sem lugar fixo porque anda viajando para outros países, jogando...

– É, é isso aí. – Scorpius desviava o olhar de mim. – Mas agora é preferível que vá embora, não temos que conversar. Disse que era para você nunca mais tentar alcançar onde eu estiver.

– Desculpe, Scorpius, mas não resisti. Quando soube do seu novo namoro, fiquei tão curiosa. Mas não precisa ficar todo assim, querido – ela exclamou. – Já estou indo embora. Bem, foi um prazer revê-lo. Até mais, pombinhos. – Piscou e deu as costas.

Enquanto ela desaparecia de vista, afastando-se até a saída do salão, ainda desfilando, Scorpius deu um suspiro nervoso. E nos encaramos.

– Ela parece ser bem legal, né. – Fiquei feliz ao notar como o sarcasmo perfurou a pele dele, metaforicamente falando. – Vir aqui só pra mostrar que já dormiu com você e tal.

Fui em direção à escada e comecei a subi-la, sem muita pressa. Scorpius, enquanto me seguia, perguntou:

– Ela disse isso?

– A gente geralmente sabe codificar algumas evidências – respondi.

– Ei – ele segurou meu braço e me fez descer alguns degraus para que eu me aproximasse. Segurou minha cintura. Parecia calmo, e sorria como se achasse engraçado. – Você está com ciúmes.

Girei os olhos.

– Até parece, Scorpius. Eu tenho coisa melhor para fazer do que ficar com ciúmes de uma ex-namoradinha sua.

Tentei me desvencilhar dele, mas Scorpius me prendeu mais.

– Não consegue esconder, está toda emburrada!

– Ela me irritou, só isso. E desfaça esse sorriso.

– Essa expressão emburrada só faz você ficar mais linda, sabia? – ele já tentou alcançar a minha boca com a dele, mas eu me desviei. A aparição daquela mulher desnecessária realmente me deixou zangada. Não que eu ia deixar aquilo mudar alguma coisa entre a gente, só não queria dar tanta satisfação assim de primeira.

Scorpius ficou sério de repente.

– Não vai deixar eu te beijar?

Neguei. Ele tentou de novo, mas não conseguiu. Eu não agüentei e dei uma risada. Era engraçado vê-lo ficar desesperado. Imediatamente notou que era só um joguinho e acabou me carregando para que eu não continuasse tentando me esquivar. Mas quando subiu três degraus comigo alguém exclamou:

– Digam CALCINHA!

E um flash ofuscou nossas visões. Paramos e nos entreolhamos, silenciosos, quando a pessoa que tirou a foto desapareceu da escada.

– Já descobriram onde eu moro – disse, ainda vendo umas coisinhas brancas voando na minha visão. Passei a mão no rosto, cansada.

– Há um lugar que ninguém conhece, onde eu geralmente passava minhas férias na dependência de um sossego. Se você não estiver mais agüentando tudo isso, eu levo você lá.

– Tem muita gente? – perguntei.

– É praticamente deserto.

– O que é?

– Minha casa.

Pisquei várias vezes, inconformada. Até voltei a ficar no chão e perguntei:

– Por que nunca me disse que tinha uma casa!?

– Shhh... você não quer que as pessoas escutem isso, quer? Nunca levei alguém lá.

– Nem ex-namorada?

– Nem ex-namorada – ele sorriu. – Se quiser passar um tempo longe das pessoas, faça suas malas.

– Mas... eu preciso voltar no dia vinte e quatro porque vou com Albus até A Toca, e...

– Tudo bem, fique o tempo que quiser, Rose – ele disse relaxado, enquanto me seguia subindo as escadas. Entramos no apartamento e quando eu acendi a luz ele me agarrou, e sempre fazia isso de forma inesperada que eu até ficava zonza: – Contanto que você possa aproveitar o fato de que vamos estar sozinhos, muito sozinhos.

É meio difícil recusar quando ele usa aquela voz baixa no meu ouvido, fazendo-me já imaginar o que diabos poderia acontecer num lugar desconhecido pela sociedade, na casa dele. E se um homem como Scorpius lhe convidasse para ficarem sozinhos, sem ninguém para atrapalhar, eu sei que também teria aí uma certa dificuldade de negar.

Corra esse risco, meu pensamento gritava. Ou se não eu iria me arrepender. E eu não queria me arrepender. Quero dizer, era irresistível demais para se arrepender.

Mas demonstrei-me não tão exaltada com a idéia, sabem. Até fiquei indiferente, avisando que ia fazer as malas. Scorpius ficou esperando, contente.

Devo dizer que não foi fácil esconder a minha empolgação quando eu conheci o lugar em que Scorpius morava. Não era uma mansão – sendo que seus pais já tinham uma - , mas sim uma casa espaçosa e maravilhosa. Chegamos lá por uma chave do portal que Scorpius usava para se deslocar, e o que mais me impressionou mesmo foi o lugar onde a casa dele se situava. Para ser sincera, a casa nem tinha muito destaque. Foram os metros quadrados de uma praia deserta de areia infestada de neve que causou falta de ar em mim. Uma paisagem magnífica. O céu claro e inteiramente azul atrás das montanhas enregelada, e o vento que perpassava por ali causando elevações em ondas calmas do mar... não conseguia imaginar que Scorpius tinha tudo aquilo só para... ele.

Eu sentia como se nós fossemos os únicos naquele mundo, por causa do silêncio. Talvez seja essa a impressão que Scorpius queria que eu tivesse.

Andávamos pela praia, e eu o seguia em uma única estrada onde não tinha neve, que dava para um morro de pouca elevação. A estrada ia até a casa, a única casa dali.

– Scorpius, tudo isso é uma ilha?

– Basicamente – respondeu. – Estamos na França, um lugar muito afastado de qualquer civilização tanto trouxa quanto bruxa. Gostou?

– Isso é muito... egoísta! – Era porque eu estava mesmo estupefata, como se nunca tivesse visto tanta natureza. E tudo aquilo na visão de apenas uma pessoa. Isso era egoísta mesmo!

– Qual é – ele deu uma risada enquanto atravessava uma espécie de jardim. Havia um paredão de vidro que era capaz de mostrar quase tudo o que havia lá dentro da casa. – Eu comprei aquele restaurante pro Gante uma vez. E agora estou trazendo você para conhecer esse lugar. Não sou egoísta. Tem a sua cara, não acha? – deu uma olhada para a paisagem. Depois me encarou. – Espere só ao anoitecer, aposto que você vai ficar mais admirada do que uma vez já ficou com o céu de Hogwarts.

Ele ainda lembrava. Lembrava de como me encantava com o crepúsculo, sempre admirei paisagens como aquelas. Acho que ele nunca esqueceu. Quantas vezes ele dizia na primeira época que namoramos que eu o admirava mais do que cores e nuvens. Era do feitio de Scorpius me levar para conhecer esses lugares, ele sempre me conquistava com isso.

– Entre, srta. Weasley. – convidou Scorpius com uma exagerada formalidade, assim que abriu o portão da casa acenando a varinha.– Sinta-se à vontade.

Sorri. E eu tinha até o próximo domingo para aproveitar. E relaxar.



N/A: Primeiro de tudo peço quantas desculpas for preciso para ser desculpada em relação a minha demora indesculpável até postar esse capítulo. É aquela mesma razão de sempre: estudos. Tentarei não atrasar no próximo capítulo. Desculpem mesmo! Mas acho que não será mais possível atualizar sempre em todo sábado. Mas não percam as esperanças *-*  É só comentar o que acharam do capítulo que ajuda bastante a atualizar mais rápido! :D

Comentários:

 Danny Evans - Obrigada pelo comentário, Danny! Fiquei feliz pelo que achou da NC, era isso mesmo que eu queria que tivesse entre eles naquele momento. Eu adorei escrever a parte da Jenny vendo o Scorps sem camisa! Hehehe espero que tenha gostado desse novo capítulo, estarei esperando comentários *-* Beijos!

Cordy W. Malfoy - Eeei! Muito obrigada pelo elogio! Que bom que adora o Scorpius, e vamos torcer pra que tudo continue bem entre eles, espero que tenha gostado desse capítulo! Beijos!

Larissa - Obrigada pelo comentário, Larissa! E, realmente, a Rose pedindo calma foi loucura, mas fazia tempo que não ficava assim com alguém como o Scorpius! SAHIUSAH Ahh, mas garanto que ela não ficar mais pedindo calma, cansamos de nos acalmar! UHAUAH Bom, acho que a gravidez só vai rolar entre a Jenny e o Albus, pq realmente: aqui jaz malfoy se isso acontecer. Aqui está o próximo capítulo, estarei esperando pelos seus comentários que eu adooooro! Beijãoo.

Leeh Malfoy - Leeh! Você voltoou! Obrigada pelo comentário e os elogiso, eu já disse, adoro quando ficam grandes, não se preocupe com isso! Também gostava do ESS, mas as palavras já estavam acabando aaeuygae agora vai ser o FUL ._. Bem, como toda vez falo, adoro seus comentários, sempre com reflexões que eu gostaria de passar aos leitores! Espero que tenha gostado desse capítulo, e como sempre, espero teus comentários *-* Beijos!

Tenham uma ótima semana, e COMEEEENTEM, POR FAVOR :D
Belac.

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Comentários: 3

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Enviado por Lana Silva em 28/12/2011

Hum...Que legal uma ilha *-* aff essa Isabela toda idiota não gostei dela :/

Nota: 5

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Enviado por Lana Silva em 28/12/2011

Hum...Que legal uma ilha *-* aff essa Isabela toda idiota não gostei dela :/

Nota: 5

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Enviado por Jheni weasley em 21/08/2011

Eu to adorando tudo, o Scorpius levou o Rose para sua casa mais que casa viu. E parabéns para o Alvo. E parabéns para essa autora também pois ela escreve muito bem. Vou parar de falar e vou continuar a ler.

Nota: 5

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