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15. Capítulo 15


Fic: Êxtase Mortal - Concluída


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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Capítulo 15


 


Optou pelo elevador, querendo mover-se depressa e discretamente. Programou-o para uma breve ascensão, e a seguir para um deslocamento horizontal de ala em ala.


- Tenho que dizer que você e Potter têm um belo lugar aqui. Simplesmente incrível.


- Oh, servirá até que encontremos algo maior. - respondeu Gina secamente, e se negou a permitir que a gargalhada de Jess lhe crispasse os nervos – Diga-me, decidiu trabalhar a sério com Luna antes ou depois de inteirar-se de sua conexão com Harry?


- Já lhe disse, Luna é uma entre um milhão. Bastou-me vê-la algumas vezes dando uma breve apresentação no Down and Dirty para saber que combinaríamos. – Lhe dedicou um grande sorriso, charmoso, como um menino do coro segurando um sapo sobre a túnica - Claro que não a prejudicou ter um contato como Potter. Mas tinha que valer a pena. 


- No entanto se inteirou da conexão antes.


Jess encolheu os ombros.


- Tinha escutado alguns comentários. Por isso fui vê-la. Esse clube não é o tipo de local que costumo freqüentar. Mas ela me deslumbrou. Se conseguir que dê grandes concertos quentes como esse, e se Potter, ou alguém de sua posição, por assim dizer, estiver interessado em investir numa próxima atuação, tudo estará resolvido. 


- Tem muita lábia, Jess. – Gina saiu da cabine quando as portas se abriram. - Muita lábia. 


- Como eu já lhe disse, tenho feito shows desde menino. Acredito que sei como fazê-lo. 


Jess olhou ao redor enquanto ela o conduzia pelo corredor. Arte antiga, madeira cara, tapetes feitos a mão que um artesão devia ter confeccionado a séculos atrás. Isso era o dinheiro, pensou. O suficiente para levantar impérios.


Gina girou o corpo e o encarou diante da porta do escritório.


- Não sei quanto tem - disse, lendo-lhe o pensamento com perfeição - e também não me importa.


Sem deixar de sorrir, ele arqueou uma sobrancelha e lançou um olhar para o gordo diamante em forma de lágrima que descansava sobre o corpete de seu delicado traje de seda. 


- Mas não se veste com farrapos ou usa bijuterias, querida.


- Mas já o fiz, e posso voltar a fazê-lo. - Digitou abrindo a fechadura codificada - E não me chame de querida. 


Entrou e saudou com um movimento da cabeça a uma confusa, mas atenta Hermione. 


- Sente-se. - disse a Jess, e se moveu diretamente para sua mesa.


- Um lugar agradável. Oi docinho. - Não conseguiu se lembrar do nome de Hermione, mas lhe dedicou um radiante sorriso como se fossem velhos amigos – Acompanhou a atuação? 


- A maior parte.


Ele se estendeu na cadeira. 


- O que achou?


- Incrível. Você e Luna fizeram realmente uma bela  apresentação. - Aventurou-se em devolver-lhe o sorriso, sem saber ao certo o que Gina queria dela - Estou pronta para comprar o primeiro disco.


- É o tipo de coisa que aprecio escutar. Há alguma bebida aqui dentro? - pediu a Gina - Eu gosto de manter-se abstênico antes de uma atuação e estou mais do que pronto para começar a beber.


- Sem problema. O que prefere?


- Um champanhe me cairia bem.


- Hermione, deve haver uma garrafa na cozinha. Sirva a nosso convidado uma taça. E aproveite e nos sirva de um café.


Inclinou-se para trás e considerou. Tecnicamente, deveria começar a gravação deste ponto, mas quis uma pequena introdução antes do registro.


- Alguém como você, que projeta a música e a atmosfera tem que ser tanto técnico quanto artista, certo? Aquilo que você me explicava antes do desempenho.


- Que é o modo que as coisas seguem agora, e assim vai continuar por muitos anos.


Ergueu uma de suas belas mãos ornada com um bracelete de ouro.


- Eu tenho sorte de possuir uma aptidão para ambos os interesses. Os dias de tirar uma melodia de um piano ou um tema de jazz da guitarra foram apenas um combustível que praticamente se extinguiu.


- De onde tira sua preparação técnica? Eu diria que não está ao alcance de qualquer um.


Ele sorriu quando Hermione regressou com as bebidas. Estava tranqüilo, relaxado, e imaginou que estava numa espécie de entrevista de trabalho.


- De trabalhar até altas horas da noite. Mas também fiz um curso a distância com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts.


Ela já conhecia alguns dados por Hermione, mas queria aprofundá-lo. 


- Digno de elogio. Você fez sozinho um nome no mundo do espetáculo e das artes. Não é assim, Hermione?


- Sim. Tenho todos seus discos e espero ansiosa pelo próximo. Já faz tempo desde o último. 


- Ouvi dizer isso em algum lugar. - Gina segurou o gancho que Hermione lhe lançou sem saber - Passou por uma época de pouca inspiração, Jess?


- Em absoluto. Queria dedicar tempo a aperfeiçoar o novo equipamento, reunir todos os componentes adequados. Quando o novo material for lançado será algo que nunca ninguém escutou.


- E Luna é o trampolim.


- É um modo de dizer. Foi um golpe de sorte. Ela exibirá parte do material que não vai comigo, e personalizei certos temas para que encaixem com ela. Eu estarei fazendo apresentações por minha própria conta nos próximos meses. 


- Quando tudo estiver em seu lugar.


Ele bebeu um gole de champanhe.


- Exato.


- Desenhou alguma vez trilhas sonoras para realidade virtual?


- De vez em quando. Não é um ofício ruim se o programa é interessante. 


- E aposto que sabe colocar mensagens subliminares. 


Ele fez uma pausa e voltou a beber. 


- Subliminares? Isso é algo puramente técnico.


- Mas você é um bom técnico, não, Jess? Bom o bastante para conhecer os computadores por dentro e por fora. E igualmente os cérebros. Um cérebro é um computador, lembra-se? 


- Claro


Seu foco era todo para Gina de modo que não observou que Hermione tinha começado a se empertigar.


- E se aventurou em alteradores de ânimo, que provocam mudanças de humor. Padrões de conduta e emocionais. Ondas cerebrais. - Tirou da gaveta da escrivaninha uma gravadora e a colocou bem a vista – Fale-nos sobre isso.


- Que demônios é isto? - Jess deixou a taça de lado e se deslocou até a beirada da cadeira – O que está acontecendo?


- Ocorre que vou recitar seus direitos e vamos ter uma conversa. Oficial Hermione, ligue a gravadora de reforço e tome nota, por favor. 


- Não concordei com essa merda de entrevista. - replicou ele pondo-se de pé.


Eve o imitou. 


- Está bem. Podemos fazer que seja obrigatório e levá-lo a delegacia. Ali terá que esperar, já que não reservei a sala de interrogatórios. Mas não vai se importar de passar algumas horas preso, não é verdade?


Lentamente ele voltou a se sentar.


- Como você se transforma rápido em policial, Weasley.


- Digamos que nunca deixo de sê-lo. Tenente Weasley, Gina. - começou a dizer à gravadora, e passou a precisa a hora e o lugar antes de recitar o miranda revisado - Compreendeu seus direitos e alternativas, Jess? 


- Sim, compreendi-os. Mas não sei qual o motivo de todo esse inferno. 


- Vou lhe dizer claramente. Está sendo interrogando em relação às mortes não resolvidas de Drew Mathias, S. T. Fitzhugh, o senador George Pearly e Cerise Devane. 


- Quem? - exclamou ele, convincentemente confundido - Devane? Não é essa a mulher que saltou do Tattler Building? Por que está supondo que tenho algo a ver com esse suicídio? Nem sequer a conhecia. 


- Talvez não saiba que Cerise Devane era a presidente e principal acionista da Tattler Enterprises? 


- Bem, suponho que eu saiba, mas...


- Suponho que seu nome apareceu no The Tattler alguma vez ao longo de sua carreira.


- Claro, sempre estão escavando alguma sujeira. E cavaram alguns meus. É parte do negócio. – Tinha abandonado o medo da expressão que agora era de indignação - Escute, essa mulher pulou. Eu estava em meu estúdio do centro ensaiando quando ela fez isso. Tenho testemunhas. Luna é um delas.


- Sei que não estava no lugar dos fatos porque eu estava. Ao menos não estava ali em carne e osso. - Jess esboçou um sorriso zombador.


- Que sou então, um maldito fantasma? 


- Conheceu ou teve alguma vez contato com um técnico autotrônico chamado Drew Mathias? 


- Não reconheço o nome.


- Mathias e você estudaram na mesma escola.


- Como outros milhares. Eu optei por um curso a distância. Nunca coloquei meus pés no campus. 


- E nunca teve nenhum contato com outros estudantes? 


- Claro que sim. Mediante tele-link, correio eletrônico, fax laser ou o que fora. – Encolheu os ombros, tamborilando com os dedos na parte superior de uma de suas botas feitas a mão - Não me recordo de nenhum técnico eletrônico com esse nome. 


Decidiu mudar de tática.


- Quantas vezes trabalhou em mensagens subliminares individualizados? 


- Não sei sobre o que está falando. 


- Não compreende o termo? 


- Sei o que significa. - Desta vez os ombros de Jess estremeceram ao encolher os ombros – E pelo que eu sei, ela nunca foi feita, desse modo não sei por que está me perguntando.


Gina tentou outra possibilidade e olhou a sua auxiliar.


- Sabe o que estou perguntando-lhe, Hermione?


- Acredito que está bastante claro, tenente. - A oficial estava se esforçando para conseguir acompanhar aquela situação - Você gostaria de saber quantas vezes o interrogado trabalhou em mensagens subliminares individualizadas. Talvez deveria recordar ao interrogado que hoje em dia não é ilegal pesquisar ou interessar-se neste campo. Só o desenvolvimento e fabricação vão contra a atual legislação estatal, federal e internacional.


- Muito bem, Hermione. As coisas ficaram mais claras para você, Jess?


Aquela intervenção tinha dado tempo a Jess para tranqüilizar-se.


- Claro. Interessa-me esse campo. Como tantas outras pessoas. 


- É um pouco fora de seu campo, não? É um músico, não um cientista.


Esse era o botão certo. Jess se empertigou na cadeira e seus olhos piscaram brilhantes. 


- Sou bacharel em musicologia. A música não é só um monte de notas que tocando unidas, coração. É a vida. São recordações. As músicas provocam específicas reações emocionais e com freqüências previsíveis. A música expressa emoções e desejos.


- E eu aqui pensando que era só uma forma agradável de passar o momento.


- O entretenimento é só uma faceta. Os celtas iam à guerra com gaitas. Para eles era uma arma tão válida como o machado. Os nativos guerreiros da África se preparavam para a luta com tambores. Os escravos se alimentavam de seus cantos espirituais, e os homens há séculos seduzem às mulheres com música. A música atua sobre a mente.


- O que nos leva de novo a pergunta: quando decidiu dar um passo além e vinculá-la às ondas cerebrais individuais? Descobriu por acaso, por pura casualidade, enquanto estava compondo alguma melodia?


Ele soltou uma breve gargalhada. 


- Acredita mesmo que é só isso que eu faço, não? Limito-me a sentar em minha cadeira e apenas tocar algumas notas e pronto. É um trabalho duro. Um trabalho duro e exigente.


- E está muito orgulhoso de seu trabalho, verdade? Vamos, Jess, estava a ponto de contar-me antes. - Gina levantou e rodeou a escrivaninha para se sentar em sua beirada, a sua frente – Estava morrendo de vontade de me contar. Para contar para alguém. O incrível que é, a satisfação que lhe produz criar algo tão assombroso, para depois ter que continuar ocultando.


Ele voltou a pegar a taça e percorreu com os dedos a longa e delgada haste. 


- Isto não era exatamente o que eu tinha imaginado. - Bebeu um gole e considerou as conseqüências... e as vantagens - Luna diz que podes ser flexível. Que não segue ao pé da letra os códigos e procedimentos. 


- Oh, posso ser flexível, Jess. - Quando fosse autorizada a ser – Explique-me.


- Bem, digamos que, se tivesse inventado... hipoteticamente, uma técnica para introduzir mensagens subliminares individualizadas, alteradores do ânimo que atuassem sobre as ondas cerebrais pessoais, seria incrível. Pessoas como Potter ou como você, com seus contatos, base financeira e influência, por assim dizer, poderiam passar por alto em algumas leis antiquadas e fazer uma grande fortuna. Revolucionar a indústria do entretenimento pessoal.


- É uma proposta de negócio?


- Hipoteticamente. - disse ele e gesticulou com a taça - As indústrias de Potter tem o caminho, o poderio e o dinheiro para fazer algo como isso dá certo e levá-lo adiante. E uma polícia inteligente como você poderia achar uma maneira de dobrar a lei para que tudo deslizasse sobre rodas. 


- Por Deus, tenente, parece que você e Potter são o casal perfeito. - exclamou Hermione com um sorriso que não lhe atingiu os olhos - Hipoteticamente. 


- E Luna como o canal. - murmurou Gina.


- Ei, esqueça-se de Luna. Já tem o que queria. Depois desta noite vai decolar.


- E você acha que isso a compensa de ter sido utilizada para chegar a Harry?


Ele voltou a encolher os ombros. 


- Os favores estão sendo pagos, querida. E a tratei como uma rainha. - Nos olhos de Jess voltava a ter um brilho entre malicioso e divertido – Apreciou a demonstração informal de meu sistema hipotético?


Apenas o treinamento policial a fez manter seu semblante impassivo, deu a volta na mesinha voltando a se sentar.


- Demonstração?


- À noite que você e Potter vieram ao estúdio para observar a sessão de Luna. Pareceu para mim que ambos estavam muito ansiosos por saírem e ficarem a sós. - Seu sorriso se tornou mais amplo – Queriam reviver a lua de mel.


Ela manteve as mãos por trás da mesa até conseguir abrir os punhos.


Olhou de relance para a porta do escritório de Harry que comunicava com o seu e se sobressaltou ao ver piscar a luz verde do monitor.


Estava observando-os, pensou. Isso não somente era ilegal, mas perigoso nessas circunstâncias, pensou ela. Voltou-se para Jess. Não podia se permitir quebrar o ritmo.


- Parece que tem um interesse exagerado em minha vida sexual.


- Já disse, Weasley. Você me fascina. Tem uma mente. É puro aço, com todos esses espaços escuros adentro em seu interior. Eu quero saber o que aconteceria se você abrisse esses espaços. E sexo é a chave mestra. - Inclinou o corpo para frente e a olhou nos olhos - Com que sonha, Weasley?


Recordou os sonhos, os pesadelos horríveis da noite que assistira o disco de Luna. O disco que ele tinha lhe dado. Suas mãos tremeram.


- Filho de puta. - Levantou-se lentamente plantando as mãos na mesa - Você gosta de fazer demonstrações, não é, bastardo? É isso o que Mathias foi para você? Uma demonstração? 


- Já lhe falei, não sei quem é.


- Talvez tenha precisado de um técnico de autotrônica para aperfeiçoar seu sistema. Depois o testou com ele. Tinha seu padrão de suas ondas cerebrais, assim você o programou. Você o programou para que fabricasse uma corda e a deslizasse em torno de seu pescoço, ou deixou que ele escolhesse o método? 


- Você está louca. 


- E Pearly? Que relação tinha com tudo isto? Um motivo político? Olhava para o futuro? É um autêntico visionário. Ele teria sido contra a legalização de seu novo brinquedo. Por que não o usou nele?


- Pare com isso! – levantou-se - Está falando de assassinato. Por Deus, está tentando me envolver em um caso de assassinato?


- E depois Fitzhugh. Mais demonstrações Jess? Ou você apenas pegou gosto? Sentia-se poderoso, não? Podendo matar sem sujar as mãos de sangue.


- Nunca matei ninguém. Você não pode me envolver nisso!


- E Devane era um bônus, com todos os meios de comunicação ali. Você precisava ver. E aposto que realmente adorou observar. Que se excitou observando. Do mesmo modo que se excitou ao pensar que empurraria Harry esta noite com seu brinquedo maldito. 


- Isso é o que a irrita, não? - Furioso, Jess se inclinou sobre a mesa. Desta vez seu sorriso não era charmoso e sim feroz - Quer me ferrar comigo porque me conectei com Potter. Deveria me agradecer. Aposto que ambos treparam como búfalos selvagens.


Sua mão estava fechada em punho e seu punho acertou-lhe a maxila antes que seu cérebro registrasse o ato. Caiu como uma pedra, de cara para baixo e braços abertos levando seu tele-link com ele.


- Maldição. – prendeu a respiração enquanto abria e fechava os punhos - Maldição!


A voz de Hermione veio fria e serena acima do som da gravadora.


- Que conste em ata que o indivíduo ameaçou fisicamente a tenente durante o interrogatório. Em conseqüência disso o interrogado perdeu o equilíbrio e bateu a cabeça contra a mesa. Parece momentaneamente aturdido.


Quanto a Gina não pôde fazer outra coisa senão olhar Hermione enquanto esta se levantava, aproximava-se de Jess e o levantava segurando-o pela gola da camisa. Sustentou-o no ar por alguns instantes como se considerasse sua condição. Seus joelhos cederam e seus olhos reviraram-se na órbita. 


- Afirmativo. - declarou, e se estendeu em uma cadeira - Tenente Weasley, acredito que sua gravadora estragou. - A seguir Hermione derramou seu café no aparelho de Gina para fritar eficazmente seus chips  - A minha continua funcionando e bastará para continuar o interrogatório. Está ferida? 


- Não. - Gina fechou os olhos e recuperou o controle - Não, estou bem, obrigada. O interrogatório se interrompe a uma e meia. O indivíduo Jess Barrow será levado ao centro médico Brightmore para ser examinado e tratado, e ali permanecerá até as nove da manhã, hora em que este interrogatório continuará na central de polícia. Oficial Hermione, favor se ocupar do transporte. O civil será retido para ser submetido a um interrogatório.


- Sim, senhora. – Hermione se voltou para a porta do escritório de Harry quando esta se abriu. Bastou olhar em seu rosto para saber que teriam problemas. – Tenente. - começou a dizer com cuidado de manter a gravadora voltada para baixo - Há interferência em meu comunicador e seu tele-link poderia ter se danificado quando o interrogado caiu no chão. Peço permissão para utilizar o outro quarto para chamar os médicos.


- Pode ir. - Gina disse e suspirou ao ver Harry entrar e Hermione sair em grandes passadas. – Você não tinha nenhum direito a espionar este interrogatório. - começou.


- Lamento discordar. Tenho todo o direito. – olhou de relance para baixo, para a cadeira onde Jess gemia e mudava de posição - Está voltando em si. Eu gostaria de um momento com ele agora. 


- Escute Harry... 


Interrompeu-a com uma mirada glacial. 


- Agora, Gina. Deixe-nos a sós. 


Esse era o problema entre eles, decidiu ela. Ambos eram acostumados a dar ordens que nenhum dos dois aceitavam bem. Mas recordou o olhar atormentado quando ele tinha se afastado dela. Ambos tinham sido utilizados, mas Harry tinha sido a vítima.


- Você tem cinco minutos. Isso é tudo. Cuidado Harry. Na gravação aparece levemente ferido. Se aparecer com mais marcas, eles irão em cima de mim, o que poderia comprometer meu argumento contra ele. 


Harry esboçou um sorriso enquanto a pegava do braço e a acompanhava até a porta. 


- Me de um crédito, tenente. Sou um homem civilizado.


Fechou a porta em sua cara e a travou. Sabia como causar grandes tormentos a um corpo humano sem deixar rastro. Aproximou-se de Jess, levantou-o da cadeira e o sacudiu até que abrisse os olhos. 


- Acorde, está desperto? - Harry disse com voz macia - Está ciente?


O suor escorria frio na base da espinha de Jess. Estava olhando para o rosto de um assassino e ele sabia.


- Quero um advogado.


- Você não está tratando com um policial agora. Você está tratando comigo. Ao menos nos cinco minutos seguintes. E você não tem direito a privilégios.


Jess engoliu em seco e tratou de conservar a calma.


- Você não pode me machucar. Se o fizer, a responsabilidade cai sobre sua esposa.


Os lábios de Harry se curvaram e seu punho golpeou o estômago de Jess.


- Vou lhe demonstrar que está equivocado.


Seus olhos não se afastaram dos olhos de Jess enquanto se agachava, agarrou seu membro e o torceu.


Deu-lhe alguma satisfação ver cada gota de sangue desaparecendo do rosto do homem e observar a boca que torcia como um peixe moribundo. Com o polegar lhe apertou a traquéia até que seus olhos soltassem da órbita. 


- Não é repugnante ver-se conduzido por seu pênis?  - retorceu-lhe o membro pela última vez antes de deixar que se desaprumasse sobre uma cadeira e se encolhesse como um girino - Agora falemos. - acrescentou com tom agradável - De assuntos pessoais. 


 


Do lado de fora do corredor, Gina andava de um lado para o outro, olhando de relance a cada poucos segundos para a porta. Sabia que Harry tinha conectado a opção sem áudio, Jess podia estar gritando em plenos pulmões, que ela não o ouviria. 


Se o matasse... Por Deus, se o matasse, como iria resolver o caso?


Deteve-se horrorizada e colocou as mãos sobre o estômago. Tinha a obrigação de proteger esse idiota. Havia regras. Não importavam os sentimentos pessoais, havia regras.


Dirigiu-se à porta, digitou o código da fechadura e respirou fundo quando este foi recusado. 


- Maldito seja, Harry. 


Ele a conhecia bem demais. Com poucas esperanças dirigiu-se ao outro extremo do corredor e tentou abrir a porta que comunicava com o escritório.


Mas também foi negada sua entrada.


Aproximou-se do monitor e conectou a câmara de segurança de seu escritório, mas descobriu que ele também lhe tinha impedido o acesso.


- Meu Deus, ele está o matando.


Correu de novo até a porta e a golpeou inutilmente  com seu punho.


Alguns momentos mais tarde, como mágica, a porta se abriu silenciosamente.


Viu Harry sentado diante a mesa, fumando calmamente. 


Seu coração martelou ao ver a Jess. Estava pálido como um morto, suas pupilas estavam dilatadas, mas estava respirando. De fato, ofegava como um termostato defeituoso. 


- Não tem nem um arranhão. - disse Harry pegando o conhaque que acabava de se servir - E acredito que começou a compreender o erro que cometeu.


Gina se inclinou e examinou os olhos de Jess, que se encolheu de medo na cadeira como um cachorro medroso. O som que fez era quase sobre-humano.


- Que inferno você fez com ele? 


Harry duvidava que Eve ou o DPSNY aprovasse os truques que tinha aprendido em seu passado. 


- Muito menos que merecia.


Endireitou e lançou um longo olhar para Harry. Este tinha o aspecto de alguém que se dispõe a entreter seus convidados ou presidir uma importante reunião de negócios. Tinha o traje sem uma ruga, o cabelo perfeitamente penteado e as mãos firmes. Mas em seus olhos, notou, ainda restavam traços selvagens.


- Deus, você me dá medo. 


Harry deixou de lado o conhaque. 


- Nunca voltarei a te machucar.


- Harry. - conteve o desejo de aproximar e estreitá-lo em seus braços.


Não era o que pediam as circunstâncias do momento. Ou o que ele precisava.


- Harry, não pode ser assunto pessoal. 


- É. - respondeu ele, tragou o cigarro e exalou lentamente a fumaça. - Pode, é.


- Tenente. - Hermione entrou com rosto inexpressivo. - Os enfermeiros já estão aqui. Com sua permissão, acompanharei ao suspeito ao centro médico. 


- Eu irei.


- Senhora. – Hermione lançou um olhar glacial em direção a Harry, que ainda não tinha afastado os olhos de Gina, e viu que tinha uma expressão mais do que perigosa. - Se me desculpar, tenente, acredito que tem aqui assuntos mais importantes. Posso acompanhá-lo eu até o centro médico. Ainda tem a casa cheia de convidados, incluindo a imprensa. Estou certa de que preferiria que o assunto não se espalhasse até nova ordem.


- Você está certa. Chamarei a central daqui e farei os arranjos necessários. Prepare a segunda entrevista para amanhã às nove horas.


- Estou impaciente. - Hermione deu uma olhada de relance para Jess e arqueou uma sobrancelha - Deve de ter golpeado a cabeça com muita força, porque ainda está aturdido, e sua pele está fria e úmida. - Dedicou a Harry um sorriso e adicionou - Sei muito bem o que ele está sentindo.


Harry riu, e sentiu que um pouco da tensão o abandonava. 


- Não, Hermione. Neste caso não acredito que você saiba.


Levantou e se aproximou dele moldando seu rosto quadrado entre as suas mãos elegantes. Beijou-a.


- Você é maravilhosa. - ele murmurou antes de voltar-se para Gina - Eu cuidarei dos restos de nossos convidados. Faça o que tem que fazer.


Hermione levou os dedos aos lábios enquanto se dirigia à porta. O prazer se irradiava da ponta de seus pés até a cabeça.


- Oh... Eu sou maravilhosa, Weasley. 


- Estou em dívida com você, Hermione.


- Acredito que acabam de saldá-la. – atravessou a porta - Aqui estão os assistentes. Nós levaremos o nosso amigo. Diga a Luna que esteve absolutamente ultra.


- Luna? - Gina pressionou os dedos contra seus olhos fechados. O que iria dizer a Luna?


- Eu a deixaria brilhar esta noite. Deixe para dizer tudo a ela mais tarde. Será melhor. Ei aqui! - chamou gesticulando – Aparentemente ele está com uma suave concussão.


 


 


 


 

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