FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout  
FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout FeB Bordas para criar o Layout
FeB Bordas para criar o Layout
 

(Pesquisar fics e autores/leitores)

 


 

ATENÇÃO: Esta fic pode conter linguagem e conteúdo inapropriados para menores de idade então o leitor está concordando com os termos descritos.

::Menu da Fic::

Primeiro Capítulo :: Próximo Capítulo :: Capítulo Anterior :: Último Capítulo


Capítulo muito poluído com formatação? Tente a versão clean aqui.


______________________________
Visualizando o capítulo:

6. Pegue-Me, Cure-Me, Mate-me


Fic: Darkest Passion, Sexy Love


Fonte: 10 12 14 16 18 20
______________________________

CAPÍTULO SEIS



"Pegue-me, cure-me, mate-me, leve-me para casa. Minha queda será por você, meu amor estará em você. Se for você quem me cortar, sangrarei para sempre."


 


- Hum, e você acha que pode mesmo me queimar?


- Não ruiva, é só um conselho. Olha, hoje eu não estou com tempo o humor para joguinhos.


- Se conselho fosse bom era vendido, ainda mais vindo de você. Eu não estou fazendo nenhum joguinho, mas se você quer jogar...
- É natural que as crianças queiram brincar com fogo, desafiar, sabe? Mas eu não estou com paciência para brincar. Tente outro dia, coloque outra ficha.

 Pareciam que começariam a discutir nitidamente, pior, iriam se bater. Mas... algo de diferente aconteceu. O olhar de ambas recaiu uma na boca da outra e a atmosfera de início de briga se esvaiu. Olharam-se, só ouviam uma a respiração da outra. Inacreditavelmente o mesmo desejo e o mesmo pensamento passou nas duas mentes e foram expulsos da mesma forma ao mesmo tempo, porém o desejo falou mais alto e... fixaram ainda mais o olhar uma na boca da outra... e então Anny despertou, voltou à realidade.

 - O recado está dado – disse ela como se nada houvesse acontecido, o que fez Gina imaginar que estava ficando louca e que tinha imaginado tudo o que acabara de acontecer nos últimos segundos.
Anny saiu andando como sempre, sempre a deusa fria e inalcançável que era...



[...]



Anny  andou ainda mais veloz do que de costume e foi para o quarto, econtrou Melody compondo alguma coisa no violão. Sua expressão devia estar realmente demonstrativa, pois embora  a amiga conhecesse muito Anny, a garota sempre conseguia disfarçar suas emoções, mas dessa vez assim que ela entrou no quarto, Melody ficou séria, largou o violão e levantou-se.  

- O que foi?


- Nada – disse incrivelmente inalterada.


- De quem é a carta? – A amiga notou o envelope totalmente enrugado nas mãos de Anny.


- Ninguém. Vou tomar banho -  disse sem expressão e entrou no banheiro.

Sentou-se e se encostou na parede. Apertou ainda mais o envelope em sua mão enquanto fechava os olhos. Assim que fez isso algumas imagens passaram em sua cabeça, lembranças em sua mente de novo, as que gostaria de esquecer para sempre. Risos ecoavam na cabeça de Anny, imagens antigas e muito bem guardadas se formavam, ela queria deixar aquele sonho, mas não conseguia. Não conseguia sequer abrir os olhos.

Numa sala grande, bem decorada e muito confortável duas crianças brincavam. A mais velha devia ter no máximo sete ou oito anos. Brincavam de boneca assim como todas as outras meninas. Divertiam-se bastante. A porta abriu-se e por ela um homem entrou e as duas meninas correram para abraçá-lo. O jovem homem atirou suas coisas no sofá e pegou as meninas no colo, foi até o centro da sala onde as duas crianças brincavam anteriormente e sentou-se lá com elas.

- Vocês estavam brincando de boneca? Ah, eu quero ver!

A menor das meninas saltou do colo do pai e apanhou a boneca mais próxima e seu pente cor-de-rosa. Ajeitou o vestido verde claro da bonequinha com suas pequenas mãozinhas e mostrou ao pai.

- Eu que escolhi o vestidinho e o cabelo.


- Que linda! Uma princesinha, como você. – disse o homem tocando o narizinho da menina fazendo-a rir – E você?

A menina mais velha apanhou uma outra boneca, essa trajava um vestido roxo, e mostrou-a ao pai.

- Mas que linda! Onde você arranjou esse vestido?


- Eu fiz, papai.


- Pois as minhas meninas são duas artistas! As duas bonequinhas são lindas, iguazinhas vo... – Mas não pôde completar a frase, passos fortes romperam as risadas e marcaram certo clima ruim. Uma bela mulher desceu as escadas e foi direto à duas portas do escritório avisando:


- Preciso falar com você. – disse ela sem sequer olhar os três. O homem colocou as garotinhas completamente no chão e encaminhou-se para a porta.


- Continuem brincando, papai já volta. – e entrou onde a mulher estava parada à porta.


- Eu já não disse pra guardarem essas porcarias? Vocês têm o quarto pra brincar. Subam.


Anny conseguiu abrir os olhos, conseguiu levantar. Despiu-se vagarosamente e abriu o chuveiro. A água gelada tocou-lhe a pele mais uma vez. Sentou-se embaixo d’ água e novamente fechou os olhos, as imagens teimavam em brotar em sua mente.


O silêncio foi quebrado por passos duros, a garotinha olhou e desceu rápido as escadas. Um pouco intimidada pelo grupo todo coberto por capas negras, dirigiu-se receosa à mulher que novamente passava sem olhá-la e abria as portas do escritório.

- Suba agora. E não apareça aui. – ordenou à menina.


- Mas, mas a L...


- Brinque com ela e a faça parar.


- Mas...


- SUBA AGORA! – disse a mulher – E não desça mais até amanhã



[…]



Gina caminhava de volta ao dormitório, estava meio perturbada. O que fora aquilo que sentira? Tivera vonatde de beijar Anny? Mas isso não era possível! Bem, ela era uma garota,  mas isso não era o primordial. Gina não via nada de errado em pessoas do mesmo sexo beijarem-se, embora nunca tivesse feito isso. O que lhe atormentava não era o sexo de Anny, o que lhe atormentava era exatamente isso: Era Anny Oleanders. Não era uma garota qualquer, era ELA! Aquela garota insuportavelmente magnética e odiada por Gina. Pois bem, mas não é verdade que o ódio é o amor adoecido?



[…]



Anny continuava tentando acordar daquele sonho, despertar daquele pesadelo, mas ainda algumas imagens vinham em sua memória. Lembranças que tentava arrancar de sua mente há anos, sem sucesso algum...

 Chovia muito e havia alguma lama no chão. Chorava desesperadamente, parecia não haver sentido, parecia não ser real... A mulher encaminhou-se para trás de um dos túmulos e foi recebida por alguém completamente encapuzado e dois homens. Aparataram.

Duas meninas estavam no quarto iluminado apenas por um fraco abajur. Uma encontrava-se sentada na cama observando a outra que suava muito, sua expressão era de dor o que assustava a outra que a observava.

- Mamãe! Mamãe... – a menina deitada chamava. Mas de nada adiantava. A mãe havia mandado que a outra não descesse mais.

Uma lágrima imperceptível por causa da água do chuveiro rolou de um dos olhos fechados de Anny. Não poderia suportar, a dor daquelas e outras lembranças era demais... Como uma garota de apenas dezessete anos podia ter tantas lembranças amargas?


 


[...]



Gina chegou ao dormitório e encontrou Fran quase acordada e Lauren no décimo sono.

- Te acordei? – perguntou baixinho.


- Não – disse a outra esfregando os olhos – Onde você estava?


- Perdi o sono – disse Gina sentando-se em sua cama e arrancando a bota.


- O que foi? Você está vermelha, parece irritada.


- Encontrei a Oleanders – disse Gina realmente irritada. Fran sentou-se na cama.


- E então? Colocou seus palo em prática?


Gina percebeu um leve tom de deboche na fala da amiga, mas pelo bem de sua sanidade mental decidiu ignorar.

-Deu tudo errado. Aquela vaca inverteu a situação.


Fran caiu na risada.


- Não ri!


- Impossível! Olha sua cara!


- Dá pra vocês duas discutirem a relação amanhã? Eu tô querendo dormir!



[...]



Assim que o olhar de Hermione Granger cruzou com o de Harry Potter quando a garota juntou-se aos colegas para irem ter a primeira refeição do dia, leves manchas vermelhas surgiram em suas bochechas. Ela desviou o olhar e encarou o chão até o segundo passar e quando ficou cara a cara com os amigos, já estava recuperada. Sentiu o olhar cúmplice sobre si enquanto puxava assunto com eles.


O Trio desceu as escadas cuidadosamente, pois não tinham tempo o suficiente para ir parar completamente fora do caminho caso elas resolvessem mudar, e, para a raiva de Hermione, quando atingiram o último degrau, a Monitora lembrou-se de ter esquecido sobre seu criado mudo, o dever de Poções.
Explicando rapidamente aos amigos, ela lançou-se correndo pelas escadas, deixando a precaução de lado para chegar logo a seu destino.



[...]



- Gina! Gina! Acorda!


- Ahh, que foi? – resmungou a outra.


- Transfiguração. Não quer chegar atrasada né? – disse a amiga divertida.


- Nãão. – disse a garota enfiando a cara embaixo de um travesseiro. - Tudo menos isso...


- Gina, anda logo!


- Como você tem a cara de pau de me tirar de um sonho com o Tom Cruise e ainda me apressar?


- Gina, falando sério. Agora eu tô indo. Vê se não demora. Não tem ninguém pra te acordar.

A ruiva aproveitou de sua deliciosa e confortável cama por mais alguns momentos, mas assim que o dormitório ficou completamente silencioso novamente, ela forçou-se para fora das cobertas.  
Arrumando-se rapidamente, em poucos minutos estava passando pelo buraco do retrato da Mulher Gorda, e foi aí que deu de cara com um rosto muito conhecido, talvez conhecido até demais, pois de um tempo para cá não seria muido bem-vindo à sua visão.




[...]



Hermione retrocedeu os passos que fizera deixando os garotos seguirem em frente. Havia esquecido de um de seus livros e voltaria ao dormitório para buscar, mas antes que pudesse dizer a senha o quadro girou e alguém passou pelo buraco e deu um encontrão com ela. Hermione reconheceu imediatamente quem era e com uma dor no coração lembrou-se que era Gina, sua ex melhor amiga. E a perdera porque traíra sua confiança. Eram melhores amigas e passavam bastante tempo juntas, mas já fazia vários dias que sequer falava com a garota e se dera conta que havia ganhado Harry, mas perdido uma das pessoas mais importantes de sua vida e isso machucava.


- Oi – disse Gina.


- Oi...


- Vou indo.


- Gina.


- Sim?


- Como você está? Eu quero dizer, você ainda está com raiva de mim?


- Não Hermione, estou fazendo votos de felicidade ao casalzinho. – Gina respondeu com ignorância e Hermione abaixou a cabeça. A ruiva virou-se pronta para ir embora, mas também não pôde deixar de pensar que estava diante de sua ex melhor amiga. Virou-se de volta e suspirou cansada. – Desculpe. Eu acordei estressada hoje, mas a culpa não é sua e não devo descontar em você.  Desculpe. – suspirou novamente – Olha, pra falar a verdade eu nem penso mais nisso.


-Gina... sério?


-Verdade. Se você e o Harry estão juntos... não me importa mais.


- Eu...


- Sinto sua falta.


- Eu ainda estou aqui, Gih.


- Mas eu não... - sorriu tristemente.


- Eu queria poder consertar isso, as coisas entre nós.


- Eu não confio mais em você, Hermione. - disse Gina com um suspiro cansado. - Mas quem sabe isso não se reconstrua? Precisamos de tempo.


- Você acha?


- Talvez.



[...]



Thomas Holopainen examinou seu exercício mais uma vez, e percebendo que não poderia deixá-lo melhor do que aquilo nessa vida, realizou o feitiço secante e enrolou o pergaminho, pousando-o no canto da mesa com o resto do material. A seu lado encontrava-se a amiga de longa data, Anny Oleanders. Normalmente a garota variava entre dois tipos de penteado: suaves cachos presos na cabeça em um penteado todo seu, ou lisos e soltos nas costas. Hoje ela havia decidido-se pela segunda opção e os longos fios escuros emolduravam um pescoço branco e suave, onde jazia uma pequena e delicada tatuagem. Grifinória.

O rapaz a  odiava, é claro, mas Anny a amava. Não tinha feito-a por pertencer à casa dos corajosos, mas porque esta era a casa de seu pai. Seu amado pai. A morena sempre fazia questão de deixar as diferenças entre si e sua mãe bastante claras, e homenagear o que o único Oleanders decente mais prezava era uma excelente forma. Thomas observou o rosto concentrado da amiga e, por simples curiosidade, deu uma espiada em seu dever:  números complicados ditando coisas confusas espalhavam-se por todo o pergaminho.

- Uma mente perturbada, se você me perguntar. 


Ela sorriu.

- Eu não ia perguntar.


- Precisamos de um tempo juntos, só você  e eu.


- Como agora?

 A terceira integrante do trio, Melody  Ramon, não queria fazer nem mesmo as matérias básicas de Hogwarts, quem dirá as opcionais como Aritmancia. No entanto, Anny e Thomas amavam a matéria e tinham aula juntos desde o terceiro ano.

- Mais vezes.


- Você tem sumido. E eu não consigo deixar de me perguntar onde você tem estado. E nem comece com suas desculpas furadas - ela disse sorrindo - eu não sei o que você realmente anda fazendo, mas eu não acredito em nenhuma delas.


-Você não seria você se acreditasse.


- Você me conhece, Holopainen. - murmurou ela enrolando seu pergaminho também. - Não subestime meu poder de investigação.  


- Eu não vou. Para meu próprio bem.


- Quem vai estar lá mesmo?


- Sei lá. Todo mundo.


- Bastante explicativo.


Anny, Melody e Thomas andavam em passos apressados e encolhidos – devido ao frio – até o Cabeça de Javal, onde um grupo de amigos que haviam terminado Hogwarts nos anos anteriores os esperava.


Chegando ao velho e empoeirado bar, os jovens amigos já estavam todos com seus coposos à postos. E, cumprimentando um a um, o trio se encaixou à mesa. Anny prefiriu ir para a ponta, perto de uma garota de rosa e um menino novo no grupo. Após ser apresentada a ele, seus olhos caíram em uma garota escondida do lado dele. Ao idenfiticá-la, um sorriso formou-se nos lábios da morena.


Ela era baixinha e extremamente magra. Cabelos negros com as ‘pontas’ ligeiramente castanhas e vermelhas caíam em ondas bastante suaves por sobre os ombros dela. Seus olhos verdes brilhavam em meio a toda maquiagem preta, e o piercing embaixo da boca cintilava.


- Quanto tempo, Carrie. Nem acredito que é você. – disse Anny – Você está bonita – ela disse ‘examinando’ a garota. – Como vai?


- Quanto tempo né! Obrigada, você também está linda. Eu vou indo e você?


- Ah, eu? Ótima.   


- Faz realmente bastante tempo que não nos vemos, não é? Nem lembro mais quando foi a última vez.


- Oito de fevereiro de pouco mais de dois anos atrás. Seu aniverssário.


- Nossa, que memória! - disse Carrie com um sorriso debochado. - Nunca mais tive notícias suas. Eu estava longe também, na verdade.


- É, imagino que você esteve muito ocupada.- Anny alargou o sorriso. - Já que você não teve tempo nem pra me avisar que nunca mais ia olhar na minha cara.


- É. Eu fiz muita besteira, mas eu precisava disso pra crescer. Eu mudei muito, An.


 


- Lana? - disse o rapaz que Anny acabava de conhecer para a menina de cabelo rosa.


- O que está acontecendo?


Os olhos acinzentados de Lana piscaram se entender por um momento, mas logo depois ela entendeu sobre o que o amigo estava falando.


- Anny é ex da Carrie.


- Ah, entendi. Ô legal, segurar vela quebrada.


- Mas a intenção nuca é prejudicar! A gente erra tentando acertar!- argumentou Carrie dando um gole de sua bebida. - Todo mundo merece segundas chances.


- É, mas há memórias que nunca se apagam de nossa mente.


- É verdade! Mas...


- Ô povos, - interrompeu Andre. - nós estamos indo para a Floresta Proibida. Alguém tem interesse?  


Os dez – Anny, Melody, Andrews, Thalles, Lana, Carrie, Henry, Sammy, Christie e Phillip(amigos do grupo) – seguiram para a floresta. Todos conversavam juntos e animadamente.


- Quem quer brincar de duro ou mole? - sugeriu Melody.


- Isso não pegou bem hein! - riu-se Christie.


- Eu tô dentro! Ou melhor, quero por dentro – Andre falou.


- Idiota. - resmungou Anny.


- Ai seus mente sujas, será que vocês não estão vendo que ela se referia à brincadeira infantil chamada Pega-Pega? – disse Lana com falso pudor e indignação.


- Tudo bem, quem vai querer que eu pego?


- Se mata, Phil.


- Por favor, gente! - suplicou Melody juntando as mãos como que em oração. - É tão legal!


- Tá, Melody, tá.


- Ok. Todo mundo vai brincar?


- Eu não. - anunciou Anny.


- Comigo duas. - disse Carrie dando um sorrisinho que fez Anny girar os olhos.


- Eu também não. – Christie anunciou – Acho que fiz alguma mistura que não deu certo...


- Alguém mais? Beleza então! Eu começo! Só não pode se separar hein.


Em pouco tempo não se via mais o grupo de ‘crianças’ brincando de pega-pega, embora Anny e Carrie ainda conseguissem ouvir ao longe uma risada ou um palavrão. Anny acamodou-se sob uma árvore de copa cheia e foi seguida por Carrie. Christie havia misturado bebidas demais, por isso resolveu conjurar um banco e deitar-se logo à frente das meninas.




- Então? Está comprometida? - foi Carrie quem perguntou.


- Não.


- Enrolada?


- Não. - respondeu Anny, um sorriso de divertimento brotando em seus lábios.


- Apaixonada?


- Eu não estou disponível, Carrie. Ao menos não para você. Desista.


- Quem disse que eu estou interessada? - perguntou a outra arqueando a sobrancelha.


- Não está?


Anny sorriu.


- Ainda sinto sua falta, sabia? - sussurrou Carrie segurando o queixo da ex namorada.


- Eu senti a sua há muito tempo atrás – Anny disse em seu tom normal.


- Eu te adoro. - continuou a ex.


Anny apenas abriu um sorriso largo.


- Eu faria qualquer coisa para consertar o que fiz....


E dizendo as palavras que Carrie julgava serem de sedução, a garota aproximou os lábios dos de Anny com a intenção clara de beijá-la e a morena deixou até o momento em que os lábios roçarem-se, e então afastou-se.


- Você já me teve, mas nunca mais me terá novamente. - disse divertida. - Aliás, eu nunca realmente te perdoei por aquelas traições.


- Traições?


- Você realmente acha que eu não descobri? Quando você foi embora, todas as suas amantes vieram me procurar por notícias.


- Eu... Anny...


- Não se preocupe. Eu não estou com raiva. Eu não ligo mais.


- Eu amava você, sabia?


- Por favor! Nós nunca nos amamos. Mas namoramos e isso era importante pra mim. Mas já foi. Eu vou usar uma frase muito tosca, mas... lá vai: figurinha repetida não completa álbum.


- Mas fica colada pra sempre – Carrie mal completara as palavras e investiu mais uma vez e outra vez Anny afastou o beijo. - Nem um beijo?


- Você consegue brincar com fogo?


- Meninas, me ajudem. Não estou me sentindo muito bem... - doi Christie quem pediu do banco onde estava deitada.


- Eu não tenho medo de me queimar. - disse Carrie.


- Carrie, Carrie. Se você realmente me quer, – falou Anny já levantando-se. - Suba até o céu e traga uma estrela pra mim. - completou já descendo o pequeno barranco em direção a amiga alcoolizada. - Ah, cadente.


- Você não mudou nada!




[...]




- O que ele queria? – a loirinha perguntou.


- Ah, adivinha, minha filha! – debochou Collin.


Fran pareceu surpresa.


- E o que você disse pra ele? - perguntou.


- Dei um for a, é claro. - explicou Gina.


- E ele?


- Esquece isso. - disse a ruiva firmemente. - Você não quer saber.


- Gina. - disse Fran pousado a varinha que estivera usando para fazer os próprios cachinhos levitarem na mesa. - O menino que eu gosto deu em cima de você, é claro que eu quero saber!


- Ele disse que queria ficar comigo. - respondeu Gina desgostosa. - Falou que eu era linda e todo esse tipo de babaquice.


- E você acha isso babaquice?


- Eles não teve nem um pingo de criatividade e —


- Então se não fosse por isso você tinha ido direto pra cima dele?


- Você sabe muito bem que não!


- Eu não sei de nada, Gina. Por que ele iria ter chamado logo você para sair pra início de conversa?


- Eu não sei o que se passa na cabeça daquele louco!


- Agora ele é louco, né?


- Fran, - ponderou Collin sabiamente. - Gina deu um super fora no garoto. Tudo por sua causa. Você está sendo paranóica.


- Não se mete, Collin! - vociferou Fran.


- Você está querendo arrumar confusão à toa. Você não tem motivo nenhum pra isso. - disse Gina claramente aborrecida.


- Você sabe muito bem os motivos que tenho!


- Você ser a fim dele? Por favor!


- Se toca, Gina!


- Cale a boca, Fran.


- Você não precisa experimentar todos os garotos da escola só porque não consegue esquecer o Potter! Aliás, nem adianta, porque nenhum deles vai aguentar o tranco!


Gina encarou a melhor amiga por um longo minuto, antes de dar as costas e dirigir-se para for a da Sala Comunal.


- Gina espera, não foi isso que eu quis dizer...


- Mas foi o que você disse.


Gina caminhou mais uma vez para longe dali, saindo da Sala Comunal.


O castelo parecia mais sóbrio do que de costume, o frio havia aumentado por causa da brisa gelada que entrava, a iluminação feita apenas por velas e relâmpagos, o silêncio profundo e apenas o barulho dos trovões e da chuva eram os principais responsáveis por isso.


[...]




- O que você está sentindo?


- Frio – murmurou a garota batendo o queixo.


- Você está gelada... – disse Anny verificando a testa da outra. - Vai chover e a floresta não é um lugar muito apropriado numa tempestade e a Christie não está muito bem. Precisamos ir embora.


- Vamo vazar então.


O namorado de Melody, Thalles Walters, tomou à frente entre o grupo e com um simples movimento de varinha levitou a garota, porém, assim que o corpo da adolescente deixou o chão, uma voz arrastada foi ouvida.


- Ah, os homens de hoje...Desde quando se carrega uma dama por magia?


- Desde que eu comprei minha varinha?!


- Thomas é viaaado. - cantarolou Melody.


O Sonserino passou por entre os amigos e tomou Christie nos braços. Ele era magro e alto, porém foi perfeitamente capaz de carregar a amiga todo o caminho de volta até a Casa dos Gritos.


Após certificarem-se que Christie não tinha nada mais sério do que uma ressaca precipitada, Anny Oleanders decidiu voltar para Hogwarts, enquanto que seus amigos colegas de ano prefeririam passar a noite com os outros. A morena despediu-se de todos e bem como de Carrie e voltou-se para a passagem, mas Carrie seguiu-a até a entrada e segurou sua mão.


- Que cor você quer sua estrela?


Anny sorriu.


- Busque qualquer cor, então tinja-na de preto.


[…]




Gina continuava sua caminhada pelos corredores desertos da escola, quando ouviu um miado e depois uma voz, era Filch. Gina correu e correu, subiu as escadas e virou todos os corredores possíveis, quando achou que nem se ele a tivesse visto e corresse atrás dela a acharia, passou apenas a andar novamente, rápido, mas andando. Quando por precaução virou mais um corredor, mas ao invés de continuar sentiu que havia esbarrado em alguém. Aliás, ela andava boa nisso não? Sempre esbarrando em alguém. 


[...]


- Perseguição?


Anny encarou a ruiva à sua frente incrédula. De todas as pessoas com as quais a Weasley poderia trombar com, fora justa com ela mais uma vez?


- Eu perseguindo você? Até parece!


- Stress faz mal para o coração, ruiva.


- E respeito conserva os dentes.


- Quê? - a sobrancelha de Anny ergueu-se ao fazer a pergunta desdenhosa.


- Eu não me importo com os seus conselhos, garota. Dê pra algum dos seus fãzinhos ridículos.


- Você está falando sobre o que eu te disse sobre brincar com fogo? - a morena parecia estar se divertindo.


- Você se acha demais, você provoca demais. Pensa que eu não saquei o seu jogo? Você usa as pessoas a sua volta, quantas precisar. Usa e joga com elas depois ignora, como um brinquedo velho.


- Por que você acha que eu faço isso? Acha que estou tentando fazer isso com você? - Anny deu um passo a frente encarando Gina mais do que nos olhos, na alma. - Você não tem tanta importância assim.


- Não mesmo! Não sou nada perto da deusa Oleanders, não é mesmo?


- Você não sabe nada de mim, Weasley. - disse a garota virando-se para ir. - Cresce e aparece!


- É isso o que você faz? Por que quem gosta de aparecer aqui não sou eu...


- Crescer eu? Ah, quem precisa de uma dose de amadurecimento é você. Você pensa que pode tudo, que é poderosa, que está acima de todos...


- Eu não acho isso. – Anny interrompeu, mas Gina continuou falando.


- ... Pensa que pode tudo. Mas quer saber de uma coisa?  - Gina falou quase que no mesmo tom de Anny - Eu vejo quem você é. Todo esse teatro não me impressiona.


- Vá em frente, Gina. - disse Anny quando a ruiva não continuou. - Continue seu pequeno discurso sobre como Pobre-Ginny-Que-Não-Chama-A-Atenção-Da-Oleanders. - sorriu. - Você só quer brincar. Testar meus limites... testar os seus limites.


- Você é tão ridícula!


Gina desistia. Não suportava mais a outra garota e não a queria mais por perto. Desistiria também de sua idéia. Queria sumir dali. Anny Oleanders era a pessoa que mais odiava no mundo. Só sua simples presença a tirava do sério!


Mais uma vez a ruiva queria machucar a outra, machucar fisicamente. E ela havia decidido-se: partiria para agressão física.O único problema foi que quando Gina partiu para cima de Anny, algo tomou conta delas... exatamente como na outra noite...


A chuva, a fraca e mágica iluminação, os trovões, a proximidade... E de repente nada mais daquela rixa boba importava.


Os lábios tocaram-se e iniciaram um beijo, as línguas quentes - e os corpos gelados – envolveram-se em uma dança sensual fortemente ritmada, cheia de paixão. As mãos de Gina seguraram a cintura da outra sem nenhuma consciência do que se passava há poucos segundos, de onde estavam e de quem eram.


Os perfumes floral e lavanda se misturaram levemente e invadiram, respectivamente, as mentes de Anny e Gina. Quase que um silêncio absoluto, quase que desapareceram de vista, quase que esqueceram de onde estavam, pois o único – e agora completamente alto – som era o da chuva e dos trovões, e os relâmpagos não cessavam, iluminando hora uma hora outra. O ambiente parecia cinematográfico e inabitado, parecia conspirado para a cena por todo o mundo mágico. Parecia perfeito.


O longo beijo foi novamente diminuindo o ritmo até por fim terminar. Os lábios separaram-se, os olhos encontraram-se superficialmente, as mãos ainda tocavam-se uma a outra. Soltaram-se e Anny moveu sua mão, levemente tocou-lhe o rosto e, principalmente, a mecha de fios ruivos, olhou-a novamente, fez-lhe uma outra carícia e caminhou, sem olhar para trás.


Gina ficou parada alguns instantes. Ouvia a chuva bater forte em todos os vitrais, ouvia os trovões, ouvia uma melodia, ouvia seu coração bater acelerado, mas não pensava em nada. Mecanicamente suas pernas se moveram e a levaram de volta ao dormitório, mas sua mente estava vazia, nada, nada, passava por ela...


- Gina, desculpa. Você tem toda a razão, é ridículo eu brigar com você por causa de um garoto. 


- É...


- Desculpa. Você sabe que não é isso que eu penso de você e você sabe que você não é assim. Me desculpa?


- Tudo bem. Não tem nada. – disse ela ainda longe, não se importava com o que a amiga dissera,não se importava com aquelas ofensas, não mais...


- Então boa noite. Até amanhã.


- Ahã – disse ela retirando os sapatos, deitou-se na cama sem sequer se cobrir e adormeceu.


Após as pálpebras pesadas da Grifinória fecharem-se, um forte e delicioso perfume de lavanda invadiu o dormitório do 5° Ano da Grifinória... ou talvez fosse apenas a mente da ruiva cheia de tal fragância que agora a espalhava pelo lugar...

Primeiro Capítulo :: Próximo Capítulo :: Capítulo Anterior :: Último Capítulo

Menu da Fic

Adicionar Fic aos Favoritos :: Adicionar Autor aos Favoritos

 

_____________________________________________


Comentários: 2

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por Bells Black em 16/10/2011

Luh, eu não tirei. Eu só parei de colocar milhões de músicas por capítulo IUSHAUIHSUAI Agora coloco um trecho e/ou a música inteira que tenha a ver com o capítulo de um modo geral logo no início.

Nota: 1

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

Enviado por randomfairytail em 16/10/2011

Meu Deus! Espere, foi agora que eu percebi! Por que você tirou as músicas? Apesar de elas não fazerem tanta diferença, eu gosatava delas... bem, sua fanfic continua perfeita.

Próximo Capítulo!

Nota: 1

Páginas:[1]
:: Página [1] ::

_____________________________________________

______________________________


Potterish.com / FeB V.4.1 (Ano 17) - Copyright 2002-2023
Contato: clique aqui

Moderadores:



Created by: Júlio e Marcelo

Layout: Carmem Cardoso

Creative Commons Licence
Potterish Content by Marcelo Neves / Potterish.com is licensed under a Creative Commons
Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Based on a work at potterish.com.