Capítulo 6
Estudou os relatórios de porta em porta dos recrutas. A maioria deles era o que esperava. Fitzhugh e Foxx eram quietos, mas mantinham uma conduta amigável com seus vizinhos no edifício. Mas se omitiu em relação à declaração que andróide de quarto de Foxx fez em que ele deixou o edifício as vinte e duas e trinta horas e retornou as vinte e três horas.
- Ele não mencionou que saiu, Hermione? Nem uma palavra sobre sua saidinha durante esta noite?
- Não, nada foi mencionado.
- Temos os discos de segurança gravando o lobby e o elevador do prédio?
- Eu os carreguei. Estão sobre o relatório 10:51 de Fitzhugh em sua unidade.
- Vamos dar uma olhada.
Gina carregou sua máquina, inclinando-se para trás em sua cadeira. Hermione observava o monitor sobre seu ombro e resistiu em mencionar que ambas estavam agora, oficialmente, fora do horário de serviço. Era emocionante, apesar de tudo, trabalhar lado a lado com a melhor detetive de homicídios na central da Polícia. Gina podia desprezar tudo aquilo, pensou Hermione, mas era a verdade, seguira a carreira do Gina Weasley por anos, e não havia ninguém que admirasse ou desejasse rivalizar tanto quanto ela. O maior choque da vida de Hermione foi, de algum modo, no decorrer daqueles curtos meses, terem se tornados também amigas.
- Pare.
Gina empertigou-se na cadeira enquanto a transmissão se congelava.
Estudou a loira clássica que entrava no edifício as vinte e duas e quinze.
- Bem, bem, ai está nossa Leanore.
- Teve um tempo razoavelmente próximo. Dez e quinze.
- Sim, está na marca.
Gina passou a língua em torno dos dentes.
-Que você acha, Hermione? Negócios ou prazer?
- Bem, está vestida para negócios.
Hermione inclinou sua cabeça e permitiu que uma fugaz ponta de inveja subisse pela espinha observando o elegante traje de Leanore.
- Está carregando uma pasta.
- Uma pasta e uma garrafa de vinho. Realce o quadrante D, trinta a trinta e cinco. Uma garrafa cara de vinho. - Gina murmurou quando a tela estabilizou e indicou claramente a etiqueta. - Harry tem alguns dessa safra na adega. Eu penso que vale aproximadamente uns dois mil dólares.
- Um frasco? Uau!
- Um copo. – Gina corrigiu, divertida quando Hermione engasgou. - Algo não combina. Recomece em tamanho e velocidade normal, desloque a câmera do elevador. Hmm. Sim, sim. Imprima. - Gina murmurou, prestando atenção como Leanore examinava-se em um estojo compacto de ouro que tirara de sua pasta, pulverizando seu nariz com pó, retocando seu batom enquanto o elevador subia. - Olhe ali, abriu os três primeiros botões da blusa.
- Preparando-se para um homem. - Hermione disse, e encolheu os ombros quando Gina inclinou-se lançando um olhar em sua direção. - Eu suporia.
- Eu suporia, também.
Juntas, prestaram atenção aos passos largos de Leanore no saguão do trigésimo oitavo andar até chegar ao apartamento de Fitzhugh. Gina adiantou a gravação até que Foxx saiu quinze minutos mais tarde.
- Não tem um semblante feliz, não é verdade?
- Não. - Hermione estreitou os olhos. - Eu diria que tem o olhar meio transtornado. - Arqueou as sobrancelhas quando Foxx descontou o mau humor na porta do elevador. - Muito transtornado.
Esperaram o desenlace do drama. Leanore deixou o apartamento vinte e dois minutos mais tarde, o rubor corando suas bochechas, olhos que resplandeciam. Apertou o dedo chamando o elevador, engatando sua pasta no ombro. Pouco tempo depois, Foxx retornou carregando um pequeno pacote.
- Não permaneceu mais de vinte ou trinta minutos, no máximo uns quarenta. O que aconteceu no interior do apartamento essa noite? - Gina gostaria de saber. - E o que Foxx trouxe com ele? Contate os escritórios de lei. Eu quero Leanore aqui para interrogatório. Eu tenho um com Foxx as nove e trinta da manhã. Comece com ele ao mesmo tempo. Trabalharemos em equipe.
- Você quer dizer... eu interrogar?
Gina desligou o computador, dando os ombros.
- É uma boa ocasião para começar. Vamos nos encontrar aqui as oito e meia. Ou melhor. Venha para o meu escritório, lá em casa, às oito horas. Vai nos dar mais tempo. - Olhou de relance para seu tele-link que chamava, considerou ignorá-lo, mas depois aceitou a ligação. - Weasley.
- Oi! - A cara brilhante de Luna encheu a tela. - Eu estava esperando apanhá-la antes que fosse embora. Como é que vai tudo?
- Muito bem. Eu estava pronta para ir embora. O que está aprontando?
- Ótimo sincronismo. Sincronismo grande. Super. Escute, eu estou no estúdio de Jess. Nós estamos indo fazer uma sessão. Leonardo está aqui. Nós vamos fazer uma festa, assim que chegar aqui.
- Olhe... escuta Luna, foi um dia cheio para mim. Eu quero apenas...
- Vamos...! - Havia ansiosidade bem como entusiasmo. - Nós vamos trazer algo para comer, e Jess fermenta uma cerveja incrível. Vai atingir os seus sentidos em segundos. Ele acha que se pudermos gravar algo decente hoje à noite, poderíamos começara trabalhar. Eu gostaria realmente de você por perto. Você sabe, aquele apoio moral de merda. Você não pode, pelo menos, dar uma passadinha por aqui no caminho?
- Eu imagino que poderia. - Maldição. Não tenho nenhuma coragem. - Vou avisar a Harry que chegarei atrasada. Mas não posso ficar muito.
- Ah, eu já falei com Potter.
- Você, o que?!
- Eu falei com ele a algum tempo atrás. Ah, você sabe, Weasley, eu nunca fui naquele escritório super elegante. Ele estava tendo uma reunião... com as Nações Unidas ou com alguma coisa assim lá, sabe, todos aqueles rapazes de fora do país. Selvagem! Em todo o caso, me puseram direto para falar com ele por que disse que era amiga de vocês. Assim, - Luna riu sobre o suspiro de Gina - eu disse que você estava vindo, e ele disse que daria uma passada aqui após a reunião... ou a conferência... ou o que quer que fosse aquilo.
- Bem... parece que está tudo resolvido.
Gina observou sua fantasia envolvendo uma jakuzzi, um copo do vinho e um gordo bife se desvanecer.
- Claro que sim. Hey, essa é Hermione? Hey, Hermione, você vem também? Faremos uma festa! Venha agora!
- Luna. - Gina a impediu segundos antes que ela desligasse. – Onde, inferno, você está?
- Oh, eu não disse? O estúdio oito na avenida B. Apenas bata na porta. Alguém vai abrir para você.
Ela ouviu alguma coisa que podia ser chamado de música soar alto.
- Estão ajustando o som. Irei lá.
Gina deixou escapar um suspiro, e passou as mãos pelos cabelos afastando-os dos olhos, e olhou de relance sobre seu ombro.
- Bem Hermione, quer ir a uma sessão de gravação, para ter suas orelhas fritadas, para comer comida horrível, e beber uma cerveja ruim?
Hermione não teve que pensar duas vezes.
- De fato, tenente, eu adoraria.
Aceitaram seu destino batendo numa porta de aço cinzenta que parecia ter sido golpeada repetidas vezes por um objeto rombudo. A chuva dessa manhã tinha deixado um cheiro desagradável e gorduroso no ar vindo das ruas e das unidades recicladoras que nunca pareciam estar funcionando bem naquele ponto da cidade. Com mais resignação do que energia, Gina observou dois usuários de drogas fazerem negócios sob a iluminação fraca do poste de luz. Nenhuns deles pareceu preocupado ao ver o uniforme de Hermione.
Gina se voltou quando um dos drogados aspirou a droga a menos de dois metros de distância.
- Maldição, aquele é arrogante demais. Prenda-o.
Resignada, Hermione dirigiu-se para lá. O viciado a focalizou, praguejou e, engoliu o papel onde o pó tinha sido colocado, girou o corpo preparando-se para correr. Derrapou no pavimento molhado e bateu a cara no poste de luz.
Quando Hermione o alcançou já tinha achatado o traseiro no chão e sangrava profusamente pelo nariz.
- Este já está fora de combate. - ela informou a Gina.
- Idiota. Chame a central. Que venha um carro da patrulha aqui para transportá-lo. Você quer o colar?
Hermione considerou, agitou então a cabeça.
- Não tem importância. A policial da patrulha pode fazer isto. - Retirou seu comunicador, deu a posição enquanto voltava para junto de Gina.
- O negociante ainda está atravessando a rua. - comentou. - Tem patins aéreos, mas eu poderia tentar persegui-lo por baixo.
- Eu detecto uma certa falta de entusiasmo. - Gina estreitou os olhos, observando o negociante que atravessava a rua desajeitadamente com os patins aéreos.
- Hey, imbecil. - chamou. - Você vê esta policial aqui?
Apontou o polegar para Hermione.
- Faça seu negócio em outro lugar, ou vou pedir pra ela aumentar o nível da arma para três e ver você mixar as calças.
- Foda-se. - ele gritou e zuniu para longe com seus patins.
- Você tem um jeito todo especial de tratar este tipo de gente, Weasley.
- Sim, é um dom.
Gina virou-se, preparada para bater outra vez na porta, mas deu de cara com uma mulher de proporções enormes. Tinha ombros tão largos quanto uma rodovia. Eles se sobressaiam de um traje de couro sem mangas e ondulavam cobertos de músculos e tatuagens. Abaixo disso, vestia uma calça de pele cor de rosa. Ostentava um anel de cobre no nariz e gel no cabelo que formava curtas ondas lustrosas e negras.
- Atravessadores de drogas fudidos. – disse, sua voz como uma explosão de canhão – Fede mais que a vizinhança. Você é a policial de Luna?
- Ela mesma, e trouxe minha policial comigo.
A mulher olhou para Hermione de cima abaixo com seus olhos azuis leitosos.
- Tudo bem. Luna diz que você é confiável. Eu sou “Mary Grande”.
Gina baixou sua cabeça em sinal de entendimento.
- Sim, você é.
Fez-se um silêncio de dez segundos e então a cara de lua da “Mary Grande” abriu-se em um sorriso.
- Vamos entrar. Jess está apenas aquecendo os motores lá em cima. - Fazendo as boas vindas, segurou braço do Gina e entrou no curto corredor. – Vamos lá policial da Weasley.
- Hermione.
Com um olhar cauteloso, Hermione mantinha a distancia de “Mary Grande”
- Corpo de ervilha. Sim, você não é muito maior que uma ervilha.
Rindo de seu próprio gracejo, Mary Grande empurrou Gina para um elevador acolchoado, esperando que a porta se fechasse. Ficaram espremidas como sardinhas em latas, enquanto Mary programava a unidade para ir até o nível que queria.
- Jess disse para levar vocês até o controle. Você tem dinheiro?
Era duro manter algum tipo de dignidade quando tinha o nariz pressionado contra as axilas de Mary.
- Para que?
- Para trazermos algo para comer. Você tem que pagar a sua parte do rango.
- Certo. Harry já chegou?
- Não vi nenhum Harry. Luna diz que não posso deixar de vê-lo, pois é imponente.
A porta acolchoada abriu-se, e Gina deixou sair o fôlego que prendia.
Mesmo enquanto sugava o ar, suas orelhas foram assaltadas. Luna estava cantando, a voz selvagem berrava acompanhada do ruído ensurdecedor.
- Ela está no caminho certo.
Somente sua afeição profunda que sentia por Luna a impediu que pulasse para trás, de volta ao ambiente impermeável ao som.
- Aparentemente.
- Eu trarei suas bebidas. Jess já vai servir a cerveja.
Mary afastou-se, deixando Gina e Hermione em uma cabine controle de vidro transparente semicircular que se inclinava acima de um estúdio onde Luna colocava os corações e os pulmões para fora. Com um sorriso forçado Gina aproximou-se do vidro, para observar melhor. Luna tinha prendido seu cabelo para cima com uma presilha multicolorida de modo que parecia uma fonte roxa jorrando sua cabeça. Usava um de seus macacões modificados com cintas de couro pretas que passavam por cima de seus seios nus. O resto do traje era um brilhante caleidoscópio de cores que começava no estômago e terminado entre suas pernas. Dançava acompanhando as batidas da música sobre um tamanco com um salto de dez centímetros. Gina não tinha nenhuma dúvida que o amante de Luna projetara o traje para ela. Achou Leonardo em um canto do estúdio completando Luna com um sorriso resplandecente como um raio de sol e usava um macacão que parecia deslizar pelo corpo como se estivesse usando um terno de grife.
- Que par. - ela murmurou enganchando os polegares nos bolsos traseiros do jeans velho.
Girou sua cabeça para falar com Hermione, mas a atenção de sua amiga estava centrada a sua esquerda, e a expressão de Hermione, Gina notou com alguma curiosidade, era um misto de admiração, choque e luxúria. Ao seguir seu olhar fascinado, teve sua primeira visão de Jess Barrow.
Era bonito. Uma pintura em movimento, com um longo cabelo cor de carvalho lustroso. Seus olhos eram quase de prateados e moldados com longas pestanas, focalizavam com atenção os controles que tinha a sua frente. Sua compleição era perfeita, maças do rosto arredondadas e um queixo forte. Sua boca era cheia e firme, e suas mãos, que voavam sobre os controles, esculpidas tão finamente quanto o mármore.
- Recolha sua língua Hermione. - Gina sugeriu - Antes que você pise nela.
- Deus. Meu Deus. É melhor pessoalmente. Você não tem vontade de mordê-lo?
- Não particularmente, mas você pode ir adiante.
Hermione ajeitou os cabelos. Trocou o apoio dos pés algumas vezes.
Aquela era, lembrou a si mesma, sua superiora. Contenha-se.
- Eu admiro seu talento.
- Hermione, você está admirando o tórax dele. Que é muito bonito e eu não posso ir contra você nesta questão.
- Eu o quero para mim. - ela murmurou, limpou então sua garganta enquanto Mary Grande aparecia atrás delas com dois copos cheios de um conteúdo marrom escuro - Jess consegue esta cerveja de sua família sulina. É muito boa.
Levando em consideração que não tinha marcas nem etiquetas, Gina preparou-se para sacrificar algumas camadas que protegiam seu estômago.
Foi uma agradável surpresa quando o líquido deslizou refrescante por sua garganta abaixo.
- É ótima. Obrigado.
- Se você pagar, pode ter mais. Imagino que eu terei que descer agora, para esperar Harry. Ouvi dizer que ele tem dinheiro o bastante para se mergulhar dentro dele. Como que pode não usar nenhuma jóia se casou com um homem rico?
Gina decidiu não mencionar o diamante do tamanho de um punho de bebê que descansava entre seus seios sob sua camisa.
- Minha roupa de baixo é feita de ouro puro. Irrita um pouco, mas me dá sensação de segurança.
Depois de processar a informação com um breve atraso, Mary jogou a cabeça para trás e deu uma gargalhada golpeando duramente o traseiro de Gina, quase enfiando sua cabeça no vidro a sua frente. Dirigiu-se então para fora, deixando entrar o som do rock ensurdecedor.
- Precisamos de uma dessas trabalhando a nosso lado. - Gina murmurou - Ela não necessitaria de armas nem de escudos.
A música chegou a um nível quase dolorido e então foi interrompida como um golpe severo de faca. Luna deixou escapar um gritinho e se lançou nos braços abertos de Leonardo.
- Você esteve muito bem, querida. - A voz de Jess fluiu doce e seu acento sulino flutuou pelo ar. - Faça uma pausa de dez minutos e descanse essa garganta dourada para mim. - A idéia de Luna de descansar sua garganta foi deixada de lado com um outro grito, em seguida acenava desesperadamente na direção de Gina.
- Weasley, você está aqui. Isso não é super? Eu já estou subindo! Não saia dai. - E desapareceu através de uma porta com seus tamancos da moda.
- Então, esta é Weasley. - Jess empurrou a cadeira afastando-se de seu equipamento. Seu corpo era bem guarnecido, realçado dentro um calça jeans tão velha quanto as de Gina e uma camisa simples do algodão que custaria todo o salário do mês de um policial. Usava um brinco de diamante preso em sua orelha que cintilou enquanto cruzava a cabine e uma corrente trançada do ouro em torno de seu pulso que deslizou fluída, pendendo sobre uma daquelas bonitas mãos quando ele a estendeu. - Luna vive me contando histórias sobre sua policial.
- Luna nunca para de falar. É parte de seu encanto.
- Isso é. Eu sou Jess, e estou encantando em conhecê-la finalmente. - Com sua mão ainda cobrindo a de Gina, girou lentamente para Hermione ostentando um sorriso cativante - Ao que parece temos duas policiais pelo preço de uma.
- Eu sou uma grande admiradora sua. - Hermione tentava controlar seu nervosismo. - Eu tenho todos os seus discos em áudio e vídeo. Eu fui a seus concertos.
- Os amantes de música são sempre bem vindos. - Liberou a mão de Gina tomando a dela. - O que acha de eu lhe mostrar meu brinquedo favorito? - sugeriu, conduzindo-as até o console. Antes que Gina pudesse segui-los, Luna se atirou para dentro da cabine.
- O que você acha? Gostou? Eu que escrevi! Jess orquestrou, mas fui eu que escrevi. Acredito que poderia vender.
- Eu estou realmente orgulhosa de você. Você soou grande. - Gina correspondeu o abraço entusiasmado de Luna e sorriu para Leonardo sobre seu ombro. - Como sente estando para se unir a uma das próximas lendas da música em formação?
- É maravilhosa. - Inclinou-se para dar um abraço em Gina – Você esta ótima. Percebi que você usou meus modelos durante algumas reportagens e acontecimentos. Obrigado
- Eu é que agradeço. - Gina disse sincera. Leonardo era um genial projetista de roupas. – Graças a você, eu não fiquei parecendo uma prima pobre de Harry Potter.
- Você nunca deixa de ser você mesma. - Leonardo corrigiu, mas estreitou seus olhos e passou os dedos através de seu cabelo desarrumado. - Você necessita algum trabalho aqui. Se não refizer o corte a cada semana ele perde a forma.
- Eu ia aparar as pontas esses dias, mas não...
- Não. - Agitou sua cabeça solenemente, mas seus olhos cintilaram. - Acabaram-se os dias que você mesma cortava seus cabelos. Chame Trina e peça que o faça.
- Nós teremos que arrastá-la outra vez. - Mavis era toda sorrisos. – Ela fica inventando desculpas e depois corta de qualquer jeito com a tesoura da cozinha - Riu quando Leonardo estremeceu. – Nós pediremos a Harry para persegui-la.
- Me encantaria. – Saiu do elevador e foi direto para Gina, moldando seu rosto com as mãos, e a beijando os lábios. – E com que propósito eu irei persegui-la?
- Nenhum. Tome uma bebida. - Passou-lhe seu copo.
Em vez de beber, Harry beijou Luna em cumprimento.
- Obrigado pelo convite. É uma instalação muito moderna.
- Não é o máximo? É um sistema de primeira linha, e Jess trabalha com todos os tipos da mágica nesse console. Tem seis milhões de instrumentos programados ali dentro. Pode tocar todos. Pode fazer qualquer coisa. À noite que foi no D & D mudou minha vida. É como um milagre.
- Luna, você é o milagre. - Prontamente, Jess conduziu Hermione de volta ao grupo. Focou seus olhos ao dela. Gina podia ver o pulsar acelerado de sua veia na garganta.
- Fica fria, menina. - murmurou, mas Hermione somente rolou os olhos.
- Você conheceu Gina e Hermione, certo? E este é Harry Potter. - Luna deu um pulinho sobre seus tamancos. – Meus melhores amigos.
- É um genuíno prazer. - Jess ofereceu uma de suas mãos finamente tratadas a Harry. - Eu admiro seu sucesso no mundo dos negócios e seu gosto para mulheres.
- Obrigado. Eu procuro ter cuidado com ambos.
Harry olhou em volta e inclinou sua cabeça.
- Seu estúdio é impressionante
- Eu gosto de exibi-lo. Estava em estágio de planejamento por algum tempo. Luna é realmente o primeiro artista a usá-lo, à exceção de mim mesmo. Mary que vai trazer algo para comermos. Porque não lhe mostro minha criação premiada antes que eu ponha Luna de volta ao trabalho?
Conduziu o grupo para trás do console, e se sentou diante dele como um capitão no leme.
- Os instrumentos são programados, naturalmente. Eu posso fazer todo um número de combinações e variar o passo e a velocidade. É acessado diante do comando da voz, mas uso raramente este recurso. Distrai-me da música.
Deslizou os controles e fez soar uma singela melodia.
- Grava também as vozes.
Bateu seus dedos sobre teclas e a voz de Luna soou, surpreendentemente intensa e rica. Um monitor mostrou os sons convertidos em cores e formas.
- Eu uso para analisar o som pelo computador. – esboçou um encantador sorriso de autocrítica e acrescentou - Nós musicólogos não podemos controlar, mas isso é outra história.
- Soa bem. - disse Gina satisfeita.
- E soara melhor depois que mesclarmos com ela mesma. - Então a voz de Luna se dividiu em duas e uma se sobrepões a outra em total harmonia. As mãos de Jess dançavam sobre os controles, fazendo soar guitarras, instrumentos metálicos, o jingle de uma percussão, o lamento melodioso de um sax. - Suave. – Tudo ficou lento e calmo. – Agitado. - A música explodiu em velocidade e som. - Isto é tudo muito básico, como fazer um dueto com gravações de artistas do passado. Poderia ouvir a versão de “Hard Day's Night” com o Beatles. Eu também posso codificar qualquer som.
Com um sorriso encantador e atrevido, girou um seletor, e deslizou seus dedos sobre as chaves. A voz de Gina soou “Fique fria, menina” As palavras se fundiram com a voz de Luna, repetindo, ecoando até desvanecer.
- Como fez isso? - ela exigiu.
- Eu apenas gravei com microfone. - ele explicou - E adicionei ao console. Agora que eu tenho sua voz no programa, posso mandar sua voz substituir a de Luna. - deslizou os controles outra vez, e Gina recuou quando se ouviu cantar.
- Não faça isso. – ordenou.
Jess inclinou-se para trás rindo.
- Desculpe-me, eu não posso resistir a brincadeiras. Queria se ouvir cantando, Hermione?
- Não. - então inclinou os lábios – Bem, talvez.
- Deixe-me ver. Algo tranqüilo, leve e clássico. - Trabalhou por um momento, para em seguida se recostar na cadeira. Os olhos de Hermione arredondaram-se quando ouviu que cantava harmoniosamente através da canção “I've Got you Under my Skin”.
- É uma de suas canções? - perguntou. – Eu não a reconheço.
Jess riu.
- Não, é mais velha do que eu. Você tem uma voz firme, oficial Hermione. Um bom controle da respiração. Quer deixar seu emprego diurno e se juntar ao grupo?
Ela corou e agitou a cabeça negando. Jess cortou os vocais, ajustando o console para um instrumental blue.
- Eu trabalhei com um coordenador que projetou alguns aparatos eletrônicos para o Disney-World. Ficamos quase três anos para terminar este. – acariciou o console como um ser querido - Agora que tenho o protótipo e uma unidade trabalhando, estou esperando fabricar mais. Também funciona por controle remoto. Eu posso fazê-lo trabalhar de qualquer lugar. Eu comecei a projetar uma unidade menor, portátil, e tenho trabalhado em um alterador deânimos.
Pareceu travar-se, agitou sua cabeça.
- Eu sou muito entusiasmado. Meu agente está começando a se queixar que gasto mais tempo trabalhando com a eletrônica do que com a gravação.
- Chegou a comida! - Mary gritava.
- Ótimo então! - Jess sorriu, e olhou para sua audiência. – Vamos atacar. Você tem que repor seu nível de energia, Luna.
- Eu já estou indo. - Agarrou a mão de Leonardo e se dirigiu para a porta.
Abaixo, Mary entrava com sacos e caixas no estúdio.
- Vão se servindo. - disse Jess. - Eu irei em seguida. Tenho alguns ajustes para fazer.
- O que você acha? - Gina murmurou a Harry quando se dirigiram para baixo, seguidos por Hermione.
- Imagino que esteja procurando um investidor. - Gina fez um sinal assentido.
- É, também me pareceu. Sinto muito.
- Não é um problema. Tem um produto interessante.
- Eu pedi a Hermione que fizesse uma busca sobre ele. Nada veio. Mas não gosto da idéia de que ele pode estar utilizando você ou Luna.
- Isso é algo que ainda iremos ver. - Girou-a em seus braços enquanto pisavam no estúdio, deslizou as mãos sobre suas coxas. - Senti saudades. Senti saudades de passar todo o tempo ao seu lado.
Sentiu o calor despertar entre suas coxas, ardente, mais cobiçoso do que o momento pedia. Seus seios formigaram.
- Eu também senti muita sua falta. Porque não discutimos um jeito de sair correndo daqui, voltarmos para casa e fodermos como coelhos?
Ele estava duro com ferro. Enquanto se inclinava para beliscar sua orelha, teve que se conter para não arrancar suas roupas.
- Ótima idéia. Cristo. Eu quero você.
Ao inferno onde estavam, pensou Harry, e a agarrou pelos cabelos sob sua nuca para pilhar sua boca. No console, Jess os observou com atenção e sorriu. Em alguns minutos, pensou, poderiam estar no chão, transando apressadamente. Melhor não. Com dedos hábeis, deslizou as teclas, mudando o programa. Mais do que satisfeito, levantou e começou a descer para o andar de baixo.
Duas horas mais tarde, dirigindo-se para casa através das ruas escuras iluminadas apenas com o brilho dos letreiros, Gina acelerou seu carro além dos limites permitido por lei. A necessidade era uma lembrança constante latejando entre suas coxas, um desejo desesperado que precisava ser satisfeito.
- Você está quebrando a lei, tenente. – Harry disse suavemente.
Era como uma rocha outra vez, se sentia como um adolescente que fazia uso de hormônios.
A mulher que se orgulhava de nunca abusar de seu emblema murmurou:
- Dobrando-a. - Harry se inclinou e acariciou seus seios.
- Dobre mais.
- Oh Jesus. - Já podia imaginá-lo dentro dela, assim afundou o pé no acelerador e disparou pelas ruas como uma bala. O motorista de um carro aéreo ergueu seu dedo médio para Gina, quando ela fez uma curva brusca e se dirigiu para o leste. Com uma maldição, Gina ligou a sirene, instalando sobre o carro o globo vermelho e azul, fazendo-o piscar. - Não posso acreditar que estou fazendo isto. Eu nunca fiz isso.
Harry deslizou uma mão entre suas coxas.
- Sabe o que vou fazer com você?
Ela deu uma risada rouca, engolindo em seco.
- Não me diga, PELO AMOR DE DEUS. Vou acabar nos matando!
As mãos coladas ao volante tremiam, seu corpo vibrava como uma corda tensa. Sua respiração estava entrecortada. As nuvens que ocultavam a lua deslizaram-se para deixar passar seu brilho.
- Use o controle para abrir os portões. - ela arfou. - Use o controle. Eu não vou reduzir.
Ele codificou-o rapidamente. Aberto rapidamente os majestosos portões de ferro, ela passou a centímetros de ambos.
- Excelente trabalho. Pare o carro.
- Só um minuto, só um minuto. - Ela conduziu rapidamente pelo caminho da entrada, voando sobre as frondosas árvores e as fontes musicais.
- Pare o carro. - exigiu outra vez e pressionou a mão entre suas pernas.
Veio imediatamente, violentamente, mal conseguiu se manter na direção e quase colidindo com um carvalho. Arquejante, freou o veículo deslizando e parando-o inclinado sobre o chão.
Voou sobre ele.
Rasgaram suas roupas, lutando para se encontrar no interior estreito do carro. Mordeu seu ombro, arrancado suas calças. Ele amaldiçoava e ela ria, quando se arrastaram para fora do carro. Caíram na grama num redemoinho de membros e roupas retorcidas.
-Depressa. Depressa. - Era tudo que podia pedir pela tensão incontrolável.
Sua boca estava sobre seus seios através da camisa rasgada, os friccionava com seus dentes. Ela puxou suas calças, cravando os dedos em suas coxas. Sua respiração era rápida e áspera. A necessidade crua que o aprisionava era tão urgente quanto à dela. Podia sentir seu sangue rugindo, uma onda gigantesca, através de suas veias. Suas mãos a machucaram quando empurrou suas pernas para trás, e se dirigiram ao interior profundo.
Ela gritou. Um selvagem e primitivo som do prazer. Suas unhas raspando-lhe as costas, seus dentes fincados em seu ombro. Poderia senti-lo pulsar dentro dela, preenchendo-a com cada impulso desesperado. A ascensão do orgasmo era dolorosa e não mitigava a necessidade monstruosa. Estava molhada, quente, seus músculos que se contraiam, bem como seus dentes, com cada estocada em seus quadris.
Ele não podia parar, não podia pensar, mergulhava repetidas vezes como um garanhão que cobre uma égua no cio. Não podia vê-la através da névoa vermelha que toldava sua visão, apenas a sentia, o acompanhando, pressionando seus quadris. Sua voz soava em seus ouvidos, toda gemidos, sussurros e arquejos.
Cada som que partia dela penetrava em sua mente como um canto primitivo.
Chegou sem aviso, além de seu controle. Seu corpo explodiu, simplesmente como um motor que chega a sua potência máxima, e descarregou. A onda quente da libertação o inundou, engolido-o, afogado-o.
Era a primeira vez que não sabia se ela o acompanhara até o final.
Desmoronou, rolando fraco para o lado, tentando encontrar ar para seus pulmões. Estavam ao luar, estendidos na grama, suados, meio despidos e trêmulos, como sobreviventes solitários de uma guerra particular. Com um gemido, ela rolou sobre seu estômago e deixou que a grama úmida refrescasse sua face ardente.
- Cristo, o que foi aquilo?
- Sob outras circunstâncias, eu chamaria de sexo. Mas... -Tentou abrir seus olhos. - Eu não tenho palavras para definir...
- Eu mordi você?
Ele começou a sentir dores à medida que corpo se recuperava. Virou sua cabeça, olhou de relance para seu ombro e viu a marca de dentes.
- Alguém o fez. Imagino que provavelmente você.
Observou uma estrela cadente, atravessando o céu em direção a terra.
Tinha sido assim, ele pensou, como mergulhar cegamente no esquecimento.
- Você está bem?
- Não sei. Tenho que pensar sobre isso.
Sua cabeça ainda girava.
- Nós estamos no gramado. - disse lentamente. - Nossa roupa está rasgada. E tenho quase certeza que a marca de seus dedos está em meu traseiro.
- Eu fiz o meu melhor. - ele murmurou.
Gina sorriu primeiramente, em seguida soltou uma risada, e por fim gargalhava.
- Jesus Harry, Jesus Cristo, olhe para nós.
- Em um minuto. Acho que ainda estou parcialmente cego. - Mas estava sorrindo quando se virou. Ela ainda gargalhava. Seu cabelo tinha mechas arrepiadas em vários ângulos estranhos, seus olhos vidrados, havia manchas de grama e impressões de dedos em seu traseiro. – Você não parece uma policial, tenente.
Ela rolou para se sentar e o observou com a cabeça inclinada para o lado.
- Você tão pouco parece um menino rico, Harry. – arrancou uma manga solta de seu braço, era a única coisa que restara da sua camisa. – Mas é uma visão interessante. Como é que vai explicar isso a Moody?
- Vou dizer, simplesmente, que minha esposa é um animal.
Ela bufou.
- Ele já tinha chegado a esta conclusão sozinho.
Suspirando, olhou para a casa. As luzes brilhavam no andar térreo dando-lhes boas-vindas.
- Como iremos entrar?
- Bem... - Encontrou o que era os restos da camisa de Gina, amarrou-a em torno de seus seios, e começou a rir sem controle. Começaram a vestir as roupas arruinadas - Eu não posso carregá-la até o carro. Estava esperando que você me carregasse.
- Primeiro temos que nos levantar.
- Certo.
Nenhum deles se moveu. As gargalhadas começaram outra vez, continuou enquanto se agarravam como bêbados em busca de apoio e se levantavam.
- Deixe o carro ai. - ele decidiu.
- Uh-huh.
Começaram a andar com passos vacilantes.
- Roupa? Sapatos?
- Deixe-os também.
- Boa idéia.
Rindo como crianças que desobedeciam ao toque de recolher, tropeçaram escadas acima, silenciosos enquanto atravessavam a porta.
- Harry! - seguiram-se murmúrios de surpresa e passos apressados.
- Eu sabia. - Gina murmurou aborrecida. – Eu disse.
Moody apressou-se em sair das sombras, seu rosto normalmente plácido estava coberto de choque e preocupação. Observou suas roupas esfarrapadas, pele ferida e olhos selvagens.
- Foi um acidente?
Harry empertigou-se, mantendo seu braço em torno dos ombros do Gina tanto para sustentá-la quanto para buscar apoio.
- Não. Foi proposital. Vá dormir, Moody.
Gina olhou de relance sobre o ombro enquanto ela e Harry se ajudavam escadas acima. Moody ainda estava na porta, seu rosto aturdido. A imagem foi tão divertida que ela riu durante todo o trajeto até o quarto. Caíram na cama, exatamente como estavam e dormiram como bebês.