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3. Capítulo Três


Fic: Destino Tentador


Fonte: 10 12 14 16 18 20
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O Comanche, Gina descobriu durante os dias seguintes, era um hotel tão bem dirigido quanto qualquer um que sua tia teria patrocinado. A comida, o serviço, o ambiente, tudo era rico e de boa qualidade. Rony havia começado sua carreira ainda adolescente, e alcançara o sucesso com o próprio esforço. Ela disse a si mesma que podia respeitá-lo por isso, até mesmo admirá-lo, mas sem envolver-se. Não estava disposta a correr riscos, afinal, não se considerava uma jogadora.


Mesmo sem querer, Gina aprendeu mais sobre Rony. Ele possuía uma integridade que ela jamais associaria a um jogador, a mente perspi­caz, uma vulnerabilidade que somente Hermione podia provocar-lhe. Seu irmão era um homem que teria lhe conquistado o coração se não fosse pelos anos que Gina era incapaz de esquecer.


Quanto a Harry, ela o vinha evitando deliberadamente. Em pouco tempo, ele testemunhara muitas de suas emoções pessoais. Quase podia aceitar que ele a confortara no momento do acesso de choro porque era um homem sensível e gentil. Porém, os instantes na praia fria não saíam de sua cabeça.


Aquele tipo de paixão era perigoso. Podia lembrar-se de cada detalhe, reviver tudo sem esforço. Se ele a abalava meramente pronunciando seu nome numa sala repleta de pessoas, Gina podia imaginar o que aconteceria quanto estivessem a sós. E certificou-se de não deixar isso acontecer.


Então, havia a raiva. Como ele a irritava! Gina sempre valorizara sua habilidade de controlar as próprias emoções. Tinha anos de prática lidando com a tia, a fim de evitar sermões inevitáveis. De alguma maneira, Harry podia deixá-la nervosa com uma sentença casual.


Precisava esquecer aquilo, pensou enquanto acabava de se vestir. Talvez se encontrassem em Boston de vez em quando, porém, nada mais. De qualquer forma, Boston seria o solo profissional. Ela sabia exatamente quem era e o que queria.


Nunca fora uma mulher regrada pelo humor. Era muito disciplinada para isso. Uma vez que vol­tasse para Boston e para o trabalho, não estaria suscetível àquele tipo de emoções.


Não queria emoções, disse a si mesma. Não sabia lidar com elas. E enquanto estivesse na­quele lugar, se sentiria ameaçada.


Rony e todas aquelas lembranças e emoções que ele lhe despertava... Gina não queria recor­dar ou sentir toda a tristeza que já experimenta­ra um dia.


Harry brincava com vulnerabilidades que ela nem sabia existir, com paixões que não queria. Quando estava a seu lado, precisava... do que não podia precisar.


Com um longo suspiro, lutou contra os senti­mentos confusos. Controlaria aquilo. E quando voltasse a Boston, prosseguiria com sua vida de sempre.


Distraída, ajustou a gola do suéter cor-de-rosa. Estava feliz por ter ido. Agora que vira Rony de perto, pararia de se questionar sobre o irmão e esqueceria o assunto. Também aprendera a amar Hermione rapidamente, o que não era uma característica sua. Era muito cuidadosa ao compartilhar afeições. Mas, pela primeira vez na vida, Gina conhecia o prazer de ter alguém que podia ser tanto família como amiga.


Pendurando a bolsa no ombro, deixou a suíte. Passaria pelo escritório da cunhada antes de ir caminhar na praia. Harry andava mais cedo, e ela mudara o horário a fim de não encontrá-lo. Não fazia sentido tentar o destino.


Enquanto andava pelo cassino, ficou nova­mente impressionada pela decoração bonita e informal. Pelo que Hermione lhe contara, o cassino, assim como o resto do hotel, refletia o gosto de Rony. Era muito diferente da pequena casa cora uma varanda minúscula que eles haviam com­partilhado em Nevada.


Mas então, os dois tinham mudado de vida, pensou, lembrando-se da casa da tia em Beacon Hill. Antiguidades e pratarias brilhantes. Empre­gados de fala mansa. Sim, eles haviam progre­dido desde a pequena casa com um gramado amarelado. Entretanto, talvez ela tivesse sido mais feliz naquela época que em qualquer outra de sua vida.


Imersa em pensamentos, Gina entrou na área de recepção e quase colidiu com seu irmão.


— Gina. — Rony segurou-lhe o braço para apoiá-la, então desceu a mão na lateral do corpo. Ela era tão linda, pensou. E o sorriso educado que lhe deu comprimiu-lhe o estômago. Ele não a alcançaria, sabia disso desde o primeiro instante. Mas o fato de vê-la tornava mais difícil acei­tar a perda com a qual vinha convivendo há tanto tempo.


— Bom dia, Rony. Vim falar com Mione, se ela não estiver ocupada. — Era estranho que, mesmo com olhos verdes, ele parecesse tão indígena, pensou Gina.


— Ela só está verificando a programação. — Quando Gina continuou olhando-o, ele arqueou uma sobrancelha. — Algo errado?


— Lembrei-me daquela história da mamãe sobre um de seus ancestrais capturado. Ela aca­bou ficando com ele livremente. Não é estranho que, por causa dela, olhos verdes apareçam pelo menos uma vez em cada geração?


— Você tem os olhos do nosso pai — murmurou Rony. — Escuros e secretos.


Porque se sentiu amolecendo, Gina endirei­tou a coluna.


— Não me lembro dele — disse secamente, então pensou ter ouvido Rony suspirar.


— Diga a Hermione que voltarei em algumas ho­ras. Tenho uma reunião.


Cheia de culpa, com medo da rejeição, Gina o chamou.


— Rony. — Ele se virou. — Eu não sabia sobre o julgamento... que você foi preso. Sinto muito.


— Faz muito tempo — ele disse simplesmente. — Você era criança.


— Parei de ser criança quando você me deixou. — Sem esperar resposta, ela se virou e foi para a sala de Hermione.


— Gina. — Sorrindo, Hermione pôs de lado a papelada diante de si. — Por favor, diga-me que quer ser entretida, de modo que eu possa me li­vrar dessa montanha de papéis.


— Eu não queria interrompê-la.


— Às vezes, rezo por interrupções — replicou Hermione, então franziu o cenho. — O que houve, Gina?


— Nada. — Virando-se, Gina foi para as portas de vidro, olhar o cassino. — Eu nunca poderia trabalhar aqui. Sempre me sentiria no meio de uma festa.


— É só uma questão de se concentrar em dois níveis.


— Rony mandou avisá-la que ficará fora por algumas horas.


Então era isso, Hermione pensou e se levantou. Atravessando a sala, colocou a mão sobre o om­bro de Gina.


— Gina, fale comigo. Só porque eu amo Rony, não significa que não entendo como você se sente.


— Eu não devia ter vindo. — Gina meneou a cabeça. — Lembro-me de coisas que tinha esque­cido por anos. Mione, eu não sabia que ainda o amava. Isso machuca.


— Amar alguém tem suas desvantagens. — Hermione apertou-lhe o ombro gentilmente. — Mas se você ama Rony, e der a si mesma algum tempo...


— Tenho muito ressentimento em relação a meu irmão. — Gina se virou. — Talvez esse sentimento seja maior que o amor. Ressinto-me por todos os dias de todos os anos que vivi sem ele.


— Gina, não vê que ele também sofreu com sua ausência?


— Foi escolha dele, eu não tive uma. — Sentindo-se muito abalada pelas emoções, ela distanciou-se para andar pela sala. — Rony me deixou com minha tia e foi viver a própria vida.


— Você tinha seis anos e ele dezesseis. O que esperava que ele fizesse?


— Ele nunca me escreveu, telefonou ou visitou.


Com as palavras que vinha guardando há tan­tos anos, Gina virou-se.


— Eu achava que se fosse uma menina obediente, meu irmão voltaria para mim. Naqueles primeiros anos, fui uma criança modelo. Comportei-me, estudei e esperei. Mas Rony nunca veio. Enquanto eu o esperava, ele sequer pensou em mim.


— Isso não é verdade! — exclamou Hermione frus­trada. — Você não entende.


— Você é quem não entende — devolveu Gina. — Não sabe o que é perder tudo o que lhe perten­ce e ter de viver da caridade de alguém! Saber que cada garfada que você come, cada peça de roupa que usa, tem um preço.


— Você acha que deve pela comida e roupas, Gina?


— Oh, sei que devo. Tia Muriel nunca me deixou esquecer isso, em seu jeito discreto. Não acredita em generosidade pura.


— Generosidade? — Nervosa, Hermione atravessou a sala. — Ela não sabe mais do que você sobre generosidade.


— Talvez não — concordou Gina. — Mas ela me deu tudo o que tive.


— Rony pagou por tudo aquilo. — As palavras saíram sem que Hermione pudesse controlá-las. — Ele enviou um cheque à sua tia todos os meses, desde que Muriel a levou, até que você se formou em Harvard. Os cheques podem ter sido baixos no começo, mas foram aumentando com o tempo. Muriel aceitou você e o dinheiro de Rony, com a condição de que ele ficasse fora de sua vida. Seu irmão pagou, Gina, com muito mais do que dinheiro.


Gina parecia ter congelado. Tinha medo de se mover e se quebrar era milhões de pedacinhos.


— Ele pagou para tia Muriel? Mandou-lhe di­nheiro para mim? — sussurrou com dificuldade.


— Ele não possuía mais nada para lhe dar. Que coisa, Gina, você é advogada. O que teria lhe acontecido se sua tia não a aceitasse?


Orfanatos, pensou ela.


— Tia Muriel podia ter ficado com Rony, também.


Hermione a olhou longamente.


— Ela faria isso?


Gina massageou as têmporas que tinham começado a latejar.


— Não. Mas quando eu estava mais velha, Rony poderia ter me contatado.


— Ele achou que você estava feliz, e melhor em Boston do que viajando o país a seu lado. Rony escolheu sua própria vida, é verdade, mas fez o que pensou ser o melhor para você da úni­ca maneira que sabia fazer.


— Por que ele não me contou?


— Porque não quer sua gratidão — replicou Hermione, impaciente. — Não vê que tipo de homem ele é? Rony não vai me agradecer porque eu lhe contei. E eu nunca lhe contaria se você não ti­vesse dito que ainda o amava. — Hermione observou a palidez e os olhos tristes da cunhada e se apro­ximou para tocá-la. — Gina...


— Não. — Gina ergueu uma das mãos para impedi-la. — Você me contou a verdade?


Hermione a encarou.


— Não tenho razões para mentir.


Uma risada amarga escapou da garganta de Gina.


— Que estranho, quando todo mundo parece ter mentido, a minha vida toda.


— Deixe-me levá-la para cima e preparar-lhe um drinque.


— Não. — Reunindo o que lhe restava de auto­controle, Gina foi para a porta. — Obrigada por ter me contado tudo, Mione. Eu precisava saber.


Quando a porta se fechou, Hermione sentou na cadeira atrás da mesa.


Oh, Deus, pensou, como pude fazer isso tão sem compaixão? Lembrando-se do semblante melancólico de Gina, começou a se levantar, então parou. Não, Gina precisava de tempo, e certamente não de sua companhia no momento. Mordiscando o lábio, pegou o telefone.


— Harry Potter, por favor.


Mesmo depois de uma hora, Gina ainda não se sentia controlada. Sua mente girava, perseguida por emoções. Tudo em que tinha acreditado era falso. Tudo o que possuía devia a alguém a quem estava pagando com frio ressentimento. A única coisa que estava clara, agora, era que teria de encarar Rony mais uma vez, e depois partiria. Era mais fácil se preparar para a segunda tarefa.


Pegando as malas, começou a guardar as rou­pas meticulosamente, fazendo a simples tarefa ocupar-lhe a mente. Se pudesse, faria aquilo durar a tarde inteira. Talvez até lá, não se sentis­se tão perdida.


Ouvindo uma batida insistente à porta, foi abri-la.


— Harry. — Gina ficou parada na abertura, mos­trando claramente que ele não era bem-vindo.


— Gina — disse ele no mesmo tom, enquanto estudava-lhe o rosto. Então, moveu-se para a frente a fim de entrar.


— Estou ocupada no momento.


— Não vou atrapalhar — murmurou ele, entran­do na saleta dos aposentos e indo até a janela. - Sempre gostei da visão desse quarto.


— Fique à vontade, então. — Virando-se, Gina foi para o quarto fazer as malas.


— Mudou de planos? — perguntou Harry.


— Obviamente. — Gina dobrou um suéter e o guardou na mala. — Mione deve ter lhe contado sobre a nossa conversa essa manhã.


— Ela disse que aborreceu você. - Gina dobrou outra peça.


— Você sabia o tempo todo. Sabia que Rony era o responsável pelo meu sustento e estudos.


— Mione só me contou depois que escreveu para você. Rony nunca mencionou o fato. — Saindo da saleta e entrando no quarto, Harry puxou a manga de um vestido e o estendeu sobre a cama. — Por que está fugindo, Gina?


— Não estou fugindo.


— Você está arrumando as malas — apontou ele.


— Não são sinônimos. — Gina virou-se de costas para continuar a tarefa. — Tenho certeza de que Rony ficará mais confortável quando eu partir.


— Porquê?


Gina encheu a primeira mala e fechou-a.


— Vá embora, Harry.


Ele se perguntou por que ela reprimia tanto as emoções. Era mais saudável liberá-las. Talvez pudesse lhe ensinar aquilo.


— Com quem você está zangada?


— Não estou zangada! — Virando-se para o armário, Gina tirou roupas dos cabides. — Foi tudo mentira! — Incendiada, bateu a porta do armário e o encarou comas mãos cheias de roupas. — Durante todos esses anos, tia Muriel me fez sentir como se eu dependesse de seu senso de obrigação familiar. Obrigava-me a usar sapatos de couro quando eu queria ficar descalça. E eu obedecia porque a temia. Porque devia a ela. E o tempo todo, era Rony.


Ela amassou as roupas na mão quando a frustração a dominou.


— Ela não falava do meu irmão. Insistia que eu esquecesse os seis primeiros anos da minha vida. Eu era comanche! Mas tia Muriel não queria que eu me lembrasse disso. Roubou minha he­rança, e eu ainda sentia que lhe devia. Aprendi sobre meu sangue em livros e museus, e esforcei-me para lembrar, em segredo, quem eu era. Pa­guei à tia Muriel, e enquanto meu irmão esta­va sozinho na cadeia, eu fazia aulas de balé e comia caviar.


Harry aproximou-se devagar, observando que Gina ainda reprimia as lágrimas.


— Não importa que era isso que Rony queria?


— Não! — Ela jogou as roupas em cima da cama. - Passei a maior parte da vida ressentida com meu irmão e satisfazendo uma mulher que nun­ca pôde me aceitar pelo que sou. Pensei que eu a tivesse recompensado com meus estudos, sain­do com os homens que ela aprovava, aceitando o emprego que ela aprovava. Agora, nem sei mais quem eu sou. — Gina enrolou uma blusa na mão e jogou-a no chão. — Não sei mais nada!


Harry segurou-lhe os braços e a sacudiu com impaciência.


— Você está sendo tola. Descobre que sua tia não era completamente honesta, e que seu irmão nunca a esqueceu. Por que isso muda quem você é?


— Não vê que fui criada sobre uma mentira?


— Então, agora você sabe a verdade. O que vai fazer com isso?


Gina suspirou e parecer relaxar.


— Oh, Harry, fui tão odiosa com Rony. Tão fria. Quanto mais eu queria me aproximar, mais me afastava.


Ele a beijou brevemente, num gesto quase fraternal.


— Da próxima vez, você não vai fazer isso.


— Não. — Afastando-se, ela se abaixou para pegar a blusa que jogara no chão. — Vou vê-lo assim que me recompor. — De costas para Harry, alisou as roupas que tinha amassado. — Você parece estar por perto toda vez que me despeda­ço. Não gosto disso.


— Também não sei se gosto — murmurou ele, então virou-a para encará-lo. — É difícil resistir à vulnerabilidade. — Harry traçou-lhe o rosto com o polegar.


— Não — sussurrou Gina quando sentiu os olhos dele fixos nos seus. Neles havia tanto de­sejo quando determinação.


— Tenho o hábito de tocar o que quero ter, Gina. — Ele deslizou as duas mãos pelo rosto dela, entrelaçando os dedos nos cabelos macios. — Você mexe comigo — sussurrou antes de tocar-lhe a boca com a sua.


Ela poderia ter impedido o beijo. Enquanto suas mãos o puxavam para mais perto, sabia que poderia ter se distanciado e ordenado que ele saísse do quarto. Mas os lábios de Harry estavam tão perto, tão tentadores. Mordiscavam-lhe beijinhos, prometendo infinito prazer, enquanto mãos fortes deslizavam para baixo de seu suéter e lhe acariciavam as costas.


Ele sabia como dar prazer a uma mulher. Co­nhecia todos os truques da sedução. Mas agora, com Gina nos braços, a boca sedenta na sua, esqueceu-se de tudo isso. O aroma feminino entorpeceu-lhe a mente, até que a estava agar­rando quase com desespero. De súbito, Harry se deu conta de que era ele quem estava sendo se­duzido. Ouviu um gemido baixinho de desejo e percebeu que vinha de si mesmo.


Para Gina não existia mais nada além do mar de sensações. Sensações que a dominavam e a faziam querer mais. O beijo era profundo e apaixo­nado, porém, desejava ir além. Pela primeira vez, entendia completamente a força do desejo sexual.


Mãos quentes deslizaram por seu corpo, des­de as laterais dos seios até a cintura e os quadris. Ele a moldava como um escultor dando vida à sua argila. E, de alguma maneira, ela sabia que Harry entedia seu corpo como se estivesse nua.


Harry afastou a boca para sussurrar com voz rouca:


— Eu quero você. Agora, Gina.


Voltando à realidade, ela se afastou. Virando-se, passou as mãos pelos cabelos.


— Eu não estou pronta para isso. Não com você.


— Que coisa, Gina! — Ele a virou.


— Não. — Gina o empurrou, distanciando-se um pouco. — Não sei o que está acontecendo dentro de mim no momento. Tudo está indo muito rápido. Mas sei que não serei uma das mulheres de Harry Potter.


Ele estreitou os olhos, mas não se moveu.


— Você não pára de rotular as pessoas, não é?


— Quero pôr minha vida em ordem, Harry, não complicá-la ainda mais.


— Complicar? — repetiu ele em tom controlado. — Tudo bem, Gina, faça o que tem de fazer. — Aproximando-se, não a tocou. — Mas Boston não é uma cidade tão grande, e esse caso está longe de terminar...


— Isso é uma ameaça, advogado?


Harry sorriu então.


— É uma promessa. — Segurando-lhe o queixo, deu-lhe um beijo rápido, virou-se e partiu.


Gina não soltou a respiração até que a porta foi fechada.


Aquilo era tudo de que precisava, pensou olhando para a bagunça de roupas. Ele apenas a atingira porque suas emoções estavam à flor da pele. Se havia algo que aprendera naqueles anos, era conter-se com os homens... no tribunal e na cama. Harry Potter não teria sido diferente se não a encontrasse num momento de vulnera­bilidade.


Não pensaria mais nisso. Gina fechou os olhos e tentou se acalmar. Agora precisava en­frentar seu irmão e vinte anos de enganos. Antes que pudesse enfraquecer, saiu do quarto e foi em direção à cobertura.


Rony podia não ter voltado ainda, pensou quando ergueu a mão para bater. Se ele não es­tivesse, ela iria para seu escritório e esperaria, linha de fazer isso agora. Bateu à porta, então prendeu a respiração.


Rony abriu-a, o peito nu, uma camisa pendurada sobre o ombro e os cabelos ainda molhados do banho.


— Gina? Está procurando Hermione?


— Não. — Ela olhou para a cicatriz nas costelas dele. — Posso entrar?


— É claro. — Depois de fechar a porta, ele observou-a cruzar os dedos e andar para o centro da sala. — Gostaria de um café? Um drinque?


— Não, nada.


— Sente-se, Gina.


— Não, eu... — A voz falhou e ela meneou a cabeça. — Não.


— O que foi?


Seria mais fácil se ela não o olhasse, pensou. Mais fácil se fosse covarde e falasse as palavras de costas. Mas manteve os olhos no irmão.


— Eu quero me desculpar.


Rony ergueu uma sobrancelha e começou a vestir a camisa.


— Pelo quê?


— Por tudo que não fiz ou falei desde que che­guei aqui.


Ele a fitou enquanto abotoava a camisa, mas os olhos não revelavam nada. Rony sabia como manter os pensamentos para si mesmo, percebeu Gina. Por isso era um jogador de sucesso.


— Você não tem do que se desculpar, Gina.      


— Rony. — Ela se aproximou, então parou e se virou por um momento. — Não estou fazendo isso direito. Estranho, sobrevivo juntando as palavras certas, mas agora não consigo encontrá-las.


— Gina, você não precisa fazer isso. — Ele queria tocá-la, mas, com medo da rejeição, enfiou as mãos nos bolsos. — Não espero que você sin­ta nada.


Reunindo coragem de novo, ela o encarou.


— Eu devo a você — murmurou.


Instantaneamente, os olhos dele se tornaram distantes e impenetráveis.


— Você não me deve nada.


— Tudo — corrigiu ela. — Rony, você devia ter me contado. Eu tinha o direito de saber.


— Saber o quê?


— Pare com isso! — exclamou Gina e agarrou a frente da camisa dele com ambas as mãos.


Arqueando uma sobrancelha, ele estudou o rosto teimoso e furioso da irmã, fazendo-o lem­brar de quando ela era uma garotinha.


— Você sempre foi estourada. Acalme-se e me explique o que está acontecendo.


— Pare de me tratar como se eu tivesse seis anos de idade — protestou ela quase aos gritos, ainda segurando-lhe a camisa.


— Então pare de se comportar como uma crian­ça — devolveu ele, divertido. — Você veio aqui para me falar alguma coisa. Pois fale agora.


Gina respirou fundo. Queria se desculpar, não gritar e acusá-lo. Mas o controle parecia lhe escapar das mãos.


— Fiquei profundamente magoada com você durante todos esses anos, até mesmo tentei odiá-lo por me esquecer.


— Acho que entendo isso — murmurou Rony calmamente.


— Não. — Meneando a cabeça, Gina sentiu os olhos marejados. — Como você poderia entender se eu nunca lhe falei? Perdi tudo tão rapidamen­te, Rony. Perdi todos. Acreditei que você tinha partido porque eu dava muito trabalho.


Ele a tocou pela primeira vez... alisando-lhe os cabelos como fizera tantas vezes no passado.


— Eu não sabia como fazê-la entender. Você era tão pequena.


— Eu entendo agora — começou Gina. — Rony, tudo o que você fez por mim...


— Foi necessário — ele a interrompeu. — Sim­ples assim.


— Rony, por favor. — Ela não sabia como pedir amor. Se tinha algum medo, era o de tentar e fracassar. — Quero agradecer-lhe. Você tem todo o direito de estar zangado, mas...


— Você não precisa me agradecer por nada.


Gina mordiscou o lábio para parar de tremer.


— Você se sentiu na obrigação.


— Não, Gina. — Ele tocou-lhe a ponta dos cabelos de novo. — Eu amava você. Ainda amo.


Os lábios de Gina se entreabriram, mas não houve som. Seu irmão estava lhe oferecendo amor... não aceitaria gratidão. Ela não lhe daria lágrimas. Em vez disso, pegou-lhe a mão.


— Seja meu amigo.


Rony sentiu um nó se desfazer no estômago. Lentamente, levou-lhe a mão até os lábios, beijou-a e então entrelaçou a mão na dela.


— Nós temos o mesmo sangue, irmãzinha. Sem­pre amei você. A partir de hoje, somos amigos.


— A partir de hoje — concordou ela e apertou-lhe a mão.



N/a: Prontooo!!
Como prometido, aí está mais um capítuloo!
E finalmente a Gina e o Rony se entenderammm!! \o/

Mas eae gente, o que estão achando da fic??
Vcs quase não estão comentando e eu preciso de comentários pra continuá-la!
Sem comentários = sem capítulos novos!
Por favorr vaiii...não custa deixar um comentáriooo! ;P
Faça uma autora feliz! =D 

beeijOs
e até o próximo capítulo!

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