Parte 10
O mundo pareceu ficar mais lento agora, Deus como ele está lindo, até parece outra pessoa. Aqueles cabelos grandes caindo pelo rosto, realmente acho que é moda aqui em Londres, os olhos ainda naquela cor única, a pele clara; não consigo evitar olhar ele, Merlin, ele está gostoso demais. Veste uma camisa preta de botões, calça jeans escura e sapatos escuros, acho que estou babando, preciso me recuperar.
Tudo a nossa volta parece estar mais lento, vejo pelo canto de meu olho que as pessoas se movem bem devagar, a música se tornou um ruído, meu corpo para estar tão quente que me sinto em uma caldeira. Minha vontade agora é agarrar ele, e receio que é isso que vou fazer; mas infelizmente sinto uma mão me puxar pela cintura e antes de me virar para saber quem é, vejo uma loira passar a mão pelo rosto dele, o virando em sua direção. Quem será?
“Vamos beber algo?” Harry me pergunta um pouco irritado, talvez mais irritado do que deveria parecer; afinal não sou dele, nem o beijar eu beijei.
Eu concordo e começo a andar atrás dele, mas não consigo evitar, tenho que olhar pra trás; epa, cadê ele? Onde Malfoy foi? Aparentemente ele sumiu, e aquela loira junto. Que raiva.
“Quer beber o que?” Harry me pergunta, aquela cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças; eu sei que vou ser a amiga mais filha da mãe ao fazer isso, mas parece que somente isso vai fazer outro sorriso surgir nesses lábios.
“O que você for beber.” respondo parando ao lado dele no balcão, e me viro em sua direção; Merlin, me da forças para fazer isso. Ele me olha, parece que sabe o que vou fazer, porque se vira na minha direção também, olhando dentro de meus olhos; me aproximo um passo e seguro em sua nuca, puxando ele na minha direção, porém quando nossos lábios estão quase encostados...
“Você não quer fazer isso.” ouço a voz dele baixa e ao mesmo tempo parece um trovão, como ele pode saber isso? Ele continua a me olhar, suas mãos em minha cintura, prensando a sua contra a minha; tem algo aqui que não está concordando com as palavras dele, sabia? Melhor fingir que não estou sentindo. “Mione, eu vi. Vi o jeito que ficou por ver ele por alguns segundos. Você ainda o ama, não?”
“Harry, eu...” ótimo não sei o que dizer, pareço uma besta, ele ainda fica me olhando com essa cara de ‘Entendo seu sofrimento.’ Odeio quando as pessoas fazem isso, sabia? Eu não quero que ninguém sinta pena de mim, eu me viro; será mesmo que me viro?
“Ei, nem precisa dizer nada. Vamos fazer o seguinte, eu tive tempo de conhecer bem Malfoy nesses três anos em que você ficou longe, então sei que ele nunca vai embora acompanhado. Receio que você vai embora a pé, Mione.”
Eu não consigo evitar sorrir, por dois motivos: um, Harry me disse que ele nunca sai daqui acompanhado, pode ser que não tenha dormido com muita gente então; dois, ele me deu a esperança de procurar o Malfoy e ainda não vai ficar bravo por isso.
“Já disse que você é o melhor amigo que alguém pode ter?” eu digo o abraçando, e dessa vez faço porque ele merece; beijo de leve e rápido seus lábios e ele sorri, se virando e indo embora.
Certo, eu agora só preciso achar o loiro; bom, com esse tanto de gente nessa boate dever ser bem ‘fácil’. Vou começar a procurar por andares, mas apesar que se eu for para o segundo eu posso ver a pista com mais facilidade. Deus, esse local está fervendo. To ferrada.
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Tenha dignidade, duas horas procurando pelo loiro eu acho que são mais que suficientes para me confirmar que ele foi embora com aquela loira; sim, eu sei, eu sou uma besta, eu deveria ter agarrado ele naquela hora, mas não deu, eu tava em choque. Pelo jeito ele também não estava muito diferente, porque não fez nada para me procurar. O pior da história é que vou ter que ir de táxi pra casa dos garotos, ou seja, vou gastar aquela grana dos Infernos. Hades, Hades, sua raiva por mim nunca passa, não?
Ótimo, realmente ótimo, o frio aqui fora é pior que o da Alasca, eu realmente acho que vou morrer congelada; varinha? Deixei em casa, afinal que precisa dela em uma boate? Estúpida.
Certo, a vida está contra mim hoje e eu sei disso, só pode ser isso. Por que? Primeiro: eu não encontrei o loiro, segundo: ele provavelmente deve estar fazendo aquela loira gritar de prazer nesse exato momento, terceiro: está um frio de congelar picolé; e quarto: não tem uma merda de um táxi aqui.
“Mais que porra.” eu digo chutando uma pedrinha na calçada, minha vida não tem como ficar pior; saco, eu devo realmente aprender a ficar de boca fechada. Um carro preto com os vidros filmados em um preto totalmente escuro acabou de parar ao meu lado, receio que para finalizar meu dia, vou ser assaltada. Começo a andar na direção da danceteria outra vez, mais o carro me segue bem devagar, acompanhando meus passos. Eu não tenho sorte mesmo. Merlin, você só me fo...
“Granger.” aquela voz me chama, eu realmente devo estar sonhando. Paro de andar e olho para o carro, com a janela do passageiro aberta. É ele. Ele dentro do carro. “Entra.”
Eu fico o olhando, ele segura o volante com uma mão, enquanto com a outra abre a porta pra mim, seu rosto sério; Morgana é minha testemunha de que ele é que me chamou para dentro do carro e não fui eu que me ofereci, hein? Entro e fecho a porta, a luz do teto se apaga, mas mesmo com a pouca iluminação da rua eu posso ver seu rosto, ele fica me olhando.
“Você mudou.” burra, isso é coisa que se diga para uma pessoa que você não vê faz cinco anos? Mas é claro que ele mudou, né?
“Você também mudou. Está bonita.” ele responde; sua voz, nossa que voz é essa? Ele parece estar inteiro mais maduro, a voz, o corpo, o olhar, tudo.
“Obrigada.” certo, eu preciso puxar papo, afinal meu objetivo foi alcançado. “O que faz em Londres?”
“Eu me mudei pra cá faz uns três anos.” ele responde virando-se de lado no banco, olhando para mim; Merlin, esse homem está perfeito. Sei que já disse isso umas vinte vezes, mas ele consegue estar mais lindo a cada segundo. Os cabelos caindo no rosto só me fazem querer pular desse banco para o dele, sem me importar muito em estar no meio da rua. “Voltou faz tempo?”
“Não, cheguei hoje de manhã.” respondo e o vejo sorrir, daquele jeito que tanto senti falta. Meu Deus, é isso, quero ele.
“Certo, quer carona?” ele pergunta jogando o cabelo para trás e me olhando dentro dos olhos. Vamos fazer o seguinte, eu te agarro e você corresponde, parece uma pergunta melhor?
“Quero sim. Estou na casa do Harry e do Ron, sabe onde fica?” mais que merda, quando é pra minha boca falar as coisas mais abusadas ela resolve se comportar? Mas que Inferno.
“Sei sim...” ele se vira, se arrumando no banco e colocando o cinto; vejo que ele sorri olhando para frente, sem foco algum, como se estivesse procurando palavras para terminar aquela frase, e ele termina. “Mas, sinceramente, acha que vou te dar carona pra lá?”
Yes, amo esse loiro, ele sabe bem o que dizer. Epa, espera aí, ele quer dizer o que com isso? Loiro, para onde você vai me levar? Infelizmente minha boca se fechou, minha voz tirou férias e só consigo olhar pra ele, cada movimento que faz parece ter segundas intenções.
Ele liga o rádio, acelera o carro e parte, não consigo evitar a sensação de que estou sendo levada contra minha vontade; sensação que some assim que ele me olha e sorri de canto de boa, me fazendo arfar de leve. Não sei o porque, mas Draco consegue me fazer suspirar somente me olhando, algo que ninguém nunca conseguiu. Mas você tem que compreender, a visão que tenho é divina, sem brincadeira alguma; vejam só: sua boca é umidecida a todo momento por sua língua, qual sei bem que faz loucuras, seus olhos brilham de uma jeito que se me lembro bem é um pressagio para que aquelas íris azul-grafite se transformem em negras; seu cabelo que está perto dos ombros balança devagar, moldando seu rosto, fazendo com que fique com um ar angelical, mas que se quebra quando ele sorri pelo canto da boca. Os braços esticados na direção do volante me fazem imaginar quanto tempo ele gasta na academia, as mãos fortes me fazem tremer ao imaginar ele me segurando como me segurava em Hogwarts.
Suas roupas atrapalham minha visão, mas tenho plena certeza que seu corpo se tornou apetitoso; Merlin, eu quero esse homem.
“Se continuar a ter pensamentos como esses, eu simplesmente paro o carro aqui mesmo e juro...” ele para o carro em um semáforo e me olha, eu devo estar roxa de vergonha, porém ele continua. “Te faço ficar louca.”
Para tudo, o que? Ele falou o que? Meu Merlin, ele quer me deixar louca, isso sim; não posso negar que me deixou constrangida ele ter entrado em minha mente, mas ele dizer isso me deixou excitada em um nível que não deveria ser permitido. Cadê esse local que ele ia me levar que não chega logo? Ele continua a me olhar, hora de dizer algo de impacto, Mione.
“Malfoy, Malfoy, eu realmente acho que você deveria parar de dizer essas coisas, sabia? Eu posso querer cobrar, e você não vai conseguir pagar o preço.” eu digo olhando outra vez para frente, porém ouço o motor ser desligado; olho para ele surpresa, o que ele está fazendo?
“Granger, eu acho de verdade que você está a me provocar porque quer que eu faça...” ele diz soltando o cinto e começando a vir na minha direção; caramba, ele é louco, estamos no meio da rua, o semáforo já abriu. Ele parece pouco se importar, sua mão direita passa por meu ombro e se posta em minha nuca me puxando devagar contra ele, a outra para em meu joelho, ele inclina seu rosto; sinto sua respiração contra a minha, ele percebe que estou tremendo e sorri. “Ah sim, você quer que eu faça você gemer a noite toda.”
Não, ele não me deixa responder, e não sei se conseguiria responder aquelas palavras, ele cola os lábios nos meus e me beija, passando a língua de leve sobre meus lábios fechados, pedindo passagem; eu permito que sua língua brinque com a minha, fazendo meu corpo ferver por dentro, minhas mãos agarram os cabelos dele, puxando-o contra mim, quero ele em mim. Ouço de fundo o rádio tocar uma música, ele sobe a mão de meu joelho, indo segurar minha tatuagem, ele ainda lembra.
Last time lover,
Do you think I'm really cool and sexy, and I know
you want to get with me,
(Só mais uma vez, querido
Você realmente me acha legal e sexy, e eu sei
que você quer fazer comigo)
Ele puxa meu corpo contra o dele, e me sinto sair de meu próprio banco, aparentemente ele me quer também tão desesperadamente quanto eu o quero; suas mãos me puxam pela cintura, quando elas desceram para ai? Certo, quem liga? Ele não soltou minha boca, mas alterna entre beijos e leves mordidas no lábio inferior, o que me faz dar baixos gemidos de aprovação.
Last time lover
Do you wanna be my last time baby,
Could it be your first time maybe?
(Só mais uma vez, querido
Você topa ser minha última vez, baby,
Quem sabe esta é a sua primeira vez?)
Sento em seu colo, cada perna passando ao lado de seu corpo, Merlin, até de calça jeans posso sentir o quanto ele me deseja; suas mãos descem de minha cintura, parando em minhas coxas para logo depois ele as subir e acariciar minhas costas, me puxando ainda mais contra ele. Minhas mãos soltam seu cabelo, para procurar os botões de sua camisa, não quero nem saber se esta posição será desconfortável daqui alguns minutos, quero sentir a pele dele, mesmo que só um pouco.
Last time lover, treat me right,
lovin' under cover, all night
Só mais uma vez, querido, trate-me bem,
me amando escondido, a noite toda)
Abri os dois primeiros botões da camisa dele e já posso ver seu peito com mais músculos do que me lembro, escorrego minha mão para dentro, acariciando-o, enquanto ainda abro os botões; é isso, ele pode me ter aqui, não ligo, não do a mínima. Sinto suas mãos descerem por minhas costas, passando lentamente por meu bumbum, voltando para minhas coxas.
Last time lover, makes me feel good,
lovin' under cover like you should
(Só mais uma vez, querido, faça-me sentir bem
me amando escondido como você deveria fazer)
Ele levanta meu corpo segurando-me por minha cintura, eu solto de sua boca naquele momento, sentindo meus lábios inchados, vendo os dele inchados; ele deita mais um pouco o corpo no banco e me recoloca outra vez em seu colo. Morgana, ele fez de propósito, eu sei. Ele me colocou sentada bem lá, não é possível que ele tenha feito sem querer, ele quer mesmo me enlouquecer.
Last time lover
Last time lover, treat me right, lovin'
under cover, all night
(Só mais uma vez, querido
Só mais uma vez, querido, trate-me bem,
me amando escondido, a noite toda)
Escuto vários apitos de fundo, mas não sei o que eles significam, estou concentrada demais em arranhar o peito dele, enquanto sinto suas mãos deslizando para a parte interna de minhas coxas, onde começa a acompanhar a marca de minha calcinha. Isso, só mais um pouco e... Alguém bateu na janela, o descarado do Draco a abre comigo ainda naquela situação. Merda, é a policia.
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“Harry, preciso que você venha me buscar.” eu digo me sentindo péssima por ligar as quatro da manhã para ele, mas se ele não vier eu estou ferrada.
“Onde você está?” ele pergunta, a voz pastosa, deveria estar dormindo fazia tempo.
“Na delegacia.” ouço ele deixar o telefone cair e ouço mais barulho quando ele levanta da cama, merda.
“Já estou indo.” ouço isso e depois mais nada; certo, cadê aqueles imbecis dos Death Eathers quando precisamos deles? Harry vai me matar, não, Harry não, Ron vai me matar. Isso, Ron vai tirar meu coro por isso.
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“O que aconteceu, Mione?” Harry me pergunta assim que eu peguei meus pertences no balcão da frente, porém eu não quero responder, imagina a cena. ‘O que, Harry?, Ah, eu fui detida por atentado ao pudor porque Malfoy estava quase me comendo dentro do carro dele em uma via pública. Mas pode ficar sossegado que escutar piadinhas dos policias sobre eu ser uma prostituta de luxo levantou meu astral.’ Não dá, né? Melhor contar uma meia verdade.
“É que eu tava com o Malfoy dentro do carro dele...” ei, que mão levantada é essa, Potter?
“Nem termina essa frase.” ele diz rindo e me olhando divertido, as mãos levantadas como se o que eu fosse dizer fosse atingi-lo.
“Bobo.” eu tenho que rir, só o Harry mesmo pra levar a situação numa boa; será que o loiro já saiu? “Ele já foi embora?”
“Eu perguntei para o guarda e ele disse que Malfoy está sendo liberado também.” Harry responde me oferecendo seu casaco e sentamos em umas cadeiras pouco confortáveis na entrada da delegacia. Merlin, quem um dia poderia imaginar que eu acabaria presa? Ninguém merece. Nem quero encarar Ron depois disso.
“Granger.” a voz do loiro me traz de volta para a Terra, me levanto ao vê-lo sair da delegacia ao lado de um homem de terno e gravata e muito bem alinhado, provavelmente seu advogado.
“Malfoy.” digo e não consigo evitar sorrir, a situação é extremamente constrangedora e divertida.
“Vejo que seu herói veio te salvar.” ele diz rindo e dando a mão para Harry. “Tudo bem, Potter?”
“Indo. Mi, te espero no carro.” o melhor amigo do mundo esse Harry, eu não mereço ele mesmo; olho o loiro outra vez, ele parece ainda mais safado. A cadeia faz isso com as pessoas?
“Então, quando vou te ver?” o que? Ele quer me ver? Eu não consigo estar mais feliz.
“Quando você quiser.” eu preciso parar de parecer tão disponível, afinal cinco anos longe eu teria que aprender que não mais estamos juntos.
“Certo, então diga para o Potter que você vai comigo pra casa...” nem ferrando, Malfoy.
“Não, não. Não é assim.” eu o corto, ora, ele está divagando se acha que agora que sei que ele me quer eu vou me atirar em seus braços; Malfoy, você vai ter que se esforçar. “Eu aceitei te ver, então seja homem e me leve para jantar e depois podemos ver se você merece que eu vá pra sua casa com você.” adoro bancar a superior.
“Certo, então eu passo te pegar hoje, as oito?” eu preciso fazer ele esperar mais, afinal as vezes faz bem passar um pouco de vontade, dá mais prazer a hora que você come. Não é no sentido sacana a frase, mas deu pra sacar.
“Não, hoje não.” desculpa, eu preciso inventar uma desculpa bem rápido. “Eu vou ter que ir até A Toca, tenho que ir ver Molly. Se eu não for, ela me come viva.” olha só, e nem é uma mentira por total, preciso mesmo ir n’A Toca. Vejo ele olhar para o chão, um sorriso de cansado se posta em seus lábios, ele coloca as mãos nos bolsos.
“Certo, então eu te ligo hoje e marcamos algo para outro dia. Pode ser?” ele pergunta com a voz meio decepcionada.
“Pode. Você tem o número da casa dos rapazes?” ele balança a cabeça dizendo que sim. Bom, eu me vou antes que o agarre outra vez, e dessa vez a policia vai me prender com razão. “Estou indo. Boa noite.”
“Hermione.” ele diz pela primeira vez meu nome desde que nos reencontramos, Merlin, minhas pernas estão bambas. Sua mão segura meu pulso esquerdo, ele puxa minha mão a trazendo para perto de seu rosto e vira a palma para cima. Por um momento não entendo o que ele está fazendo, mas ao sentir o toque de seu dedo passando por minha palma compreendo muito bem. Ele me deixou uma bela cicatriz, o machucado demorou mais de seis meses para cicatrizar, algum ingrediente na faca de poções naquela noite impedia o corte de fechar totalmente e deixou uma cicatriz não muito visível; receio que a mão dele tenha ficado igual.
“Draco.” merda, eu tenho que tremer até na voz? Seu dedo continua a acariciar de leve minha cicatriz e ele me olha nos olhos quando digo seu nome; porque ele está com os olhos claros desse jeito?
“Eu me perguntava se sua mão teria a mesma cicatriz que a minha.” ele beija minha palma da mão e me traz para perto de seu corpo, segurando minha cintura de leve, quase não sinto seus dedos frios em mim. “Hermione...”
Ótimo, ele vai ficar sussurrando meu nome agora? É pra deixar qualquer bruxa louca, sabia? Vamos lá, Draco, facilita.
“Draco...” ótimo, eu vou ficar gemendo o nome dele, é? Vocabulário do caramba, viu? Ele segura meu rosto com as duas mãos, eu adoro quando ele faz isso, me sinto tão segura.
“Hermione, não foge mais.” ele diz em meu ouvido, numa voz baixa e calma, um pouco rouca e tremida. É, esse loiro me ganha na lábia. Não sei se respondo ou não, mas acho que ele sabe bem a resposta; busco seus lábios e o beijo bem devagar, de um jeito que pode ser considerado apaixonado. Isso, apaixone-se de novo por ele, anta.
“Boa noite, Draco.” eu desejo ainda com os lábios colados ao dele, Merlin, ele precisa ser tão lindo assim? Me afasto devagar, perdendo o calor gostoso do corpo dele, mas preciso ir embora; me viro e começo a andar na direção do carro do Harry. Antes de entrar nesse, porém eu me viro e olho na direção dele, ele está encostado em um poste de luz, as mãos no bolso, o rosto sério, os cabelos caindo no rosto e os olhos brilham outra vez; Morgana, eu amo esse homem.
Entro no carro e acho que é clichê demais olhar outra vez ele, me seguro e olho para Harry, que está me observando com aquele olhar que me lembra muito Dumbledore. Harry, você definitivamente vai ser um velho muito esperto.
“Você ainda o ama tanto assim?” me pergunta, mas não de um jeito acusatório, mas para saber dos fatos e me ajudar caso eu precise, pergunta de amigo mesmo.
“Amo.” recosto minha cabeça no encosto e olho o teto do carro, ouço Harry rir baixo e ligar o veiculo, acelerando e nos levando de volta para sua casa.
“Um aviso, Ron acordou quando eu estava saindo e já sabe que você foi presa, boa sorte na desculpa que vai dar para ele.” Merda, fodeu.
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To adorando escrever e ver que tem gente gostando...
Valeu mesmo...
Kiss
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